sábado, 30 de abril de 2011

LULA DIZ TER FEITO ACORDO COM DILMA PARA NÃO INTERVIR NO GOVERNO

Em meio a frases de efeito habituais durante congresso da CUT, ex-presidente afirmou ainda não ter 'desencarnado' do mandato e definiu medo da inflação como 'pseudo-crise'.

O ex-presidente da República Luiz Inácio Lula da Silva disse na noite dessa quarta-feira, 27, em Guarulhos, na Grande São Paulo, que tem evitado comentar os temas nacionais porque fez um acordo com a presidente Dilma Rousseff de não intervir nos assuntos do governo. Além disso, ele argumentou que a decisão tem por objetivo dar uma lição aos antecessores. "Queria ensinar a alguns ex-presidentes como é importante ser um ex-presidente sem dar palpites", afirmou, em uma referência implícita ao ex-presidente da República Fernando Henrique Cardoso, com quem tem trocado farpas nas últimas semanas.

Lula, que participou no fim da noite do Congresso Nacional de Metalúrgicos da Central Única dos Trabalhadores (CUT), em Guarulhos, disse que ainda não conseguiu "desencarnar" da Presidência. "Eu ainda não desencarnei totalmente do meu mandato de presidente. Não é uma tarefa fácil." Durante os 55 minutos de discurso, ele disse que está com "uma comichão", uma vontade forte, de voltar a viajar e fazer caravanas pelo País. "Eu estou com vontade de tudo, mas tenho de me controlar. Só com autocontrole vou conseguir desencarnar", brincou. 

Ao descrever a sua gestão como a que "mais" interagiu com os movimentos sociais, Lula afirmou que em nenhum outro País um presidente esteve tão disponível para ouvir a sociedade. "Duvido que, na história da humanidade - eu costumo dizer nunca antes na história do Brasil -, tenha havido um governo que tenha exercitado a democracia com tanta plenitude como exercemos. Nenhum segmento da sociedade deixou de ser ouvido." 

O ex-presidente admitiu também que o termo "nunca antes" era usado para afrontar a oposição. "Era para provocá-los, para dizer que ''nunca antes'' eles não fizeram nada." No primeiro encontro com líderes sindicais desde que deixou a Presidência, Lula declarou que se sentia, junto com os antigos companheiros, como se vivesse o "primeiro dia de militância". "Nem todo mundo pode retornar para casa de cabeça erguida", disse. 

Como se estivesse em um palanque de campanha, o ex-presidente fez um balanço do mandato e ressaltou que fez em oito anos o que parecia ser impossível, "para a desgraça de seus adversários". "Eu tentei provar para eles que eu era o governante mais competente deste País", provocou. Entre as realizações, Lula citou a criação de 15 milhões de empregos, o surgimento da nova classe média, a superação da crise financeira internacional de 2008 e a posição de destaque do Brasil na política internacional, o qual, segundo ele, "deixou de ser um País de banana para ser um País chique". 

Entre risos e aplausos da plateia, Lula afirmou que se sentia orgulhoso por fazer uma política que não era subserviente. "Ninguém deles (presidentes de outros países) trabalhou como eu trabalhei. Eu conheço a língua de quem produz o mundo", disse, ao comentar o sentimento diante de líderes mundiais que dominavam a língua inglesa, ao contrário dele. O ex-presidente acentuou que a administração de Dilma é a continuidade do governo de inclusão social dele e reclamou do "namorico" da imprensa com a presidente.

Para Lula, os constantes elogios a ela são tentativas de provocar divergências entre ele e Dilma. "O dia que tiver divergência, ela está certa", acrescentou. Além do ex-presidente, participaram do evento da CUT os ex-ministros da Secretaria-Geral da Presidência Luiz Dulci e dos Direitos Humanos Paulo Vannuchi. Lula, que é presidente de honra da Confederação Nacional dos Metalúrgicos, ganhou dos líderes sindicais um tablet e uma foto emoldurada em que aparece carregado pelos trabalhadores na década de 80. 

Fonte: O Estadão

sexta-feira, 29 de abril de 2011

JOÃO ALBERTO ASSINOU ATOS SECRETOS

Quando era membro da Mesa Diretora da Casa, senador chancelou boletins sigilosos de criação de novos cargos

O novo presidente do Conselho de Ética do Senado, João Alberto Souza (PMDB-MA), assinou atos secretos quando era membro da Mesa Diretora da Casa, entre 2003 e 2007. O nome do senador aparece chancelando boletins sigilosos de criação de novos cargos, aumento de salários e concessão de benefícios para servidores e senadores.
 Foto: AE
O novo presidente do Conselho de Ética do Senado, João Alberto Souza (PMDB-MA)
A reportagem fez um pente-fino nos atos reconhecidos pelo próprio Senado como não publicados e encontrou o aval oficial do novo presidente do Conselho de Ética para a aprovação dessas medidas quando ele era primeiro-suplente da Mesa Diretora, entre 2003 e 2005, e segundo-secretário, de 2005 a 2007.

O nome do senador está registrado, por exemplo, no ato secreto de 20 de dezembro de 2006 que transformou 14 cargos de confiança de R$ 1,6 mil mensais (valores atualizados) em vagas de R$ 12,2 mil. Naquele mesmo dia, uma outra medida, também não publicada na época, concedeu gratificação nos salários dos chefes de gabinetes - benefício cancelado só três anos depois.

Além do nome registrado nos boletins como membro da Mesa, a ata desta reunião confirma a presença do novo presidente do Conselho de Ética no dia em que foi tomada essa decisão. Na época, o presidente do Senado era Renan Calheiros (PMDB-AL), agora recém-indicado por seu partido para compor o conselho.

João Alberto foi procurado ontem pela reportagem, mas a assessoria informou que ele havia viajado para o Maranhão. Seu telefone celular estava desligado. O chefe de gabinete do senador foi informado sobre o teor da reportagem, mas nenhuma resposta foi dada até a publicação desta reportagem.

O Estado de S. Paulo.

quinta-feira, 28 de abril de 2011

COM QUASE 20 MIL NASCENTES, A DEVASTAÇÃO DAS BACIAS DO CERRADO AFETA A VIDA DE 88,6 MILHÕES DE PESSOAS, VEJA

 Com quase 20 mil nascentes, o Cerrado irriga seis das 12 regiões hidrográficas brasileiras e tem papel decisivo no abastecimento do Pantanal, situado na Bacia do Paraguai, e da Amazônia, na Bacia Amazônica. O bioma funciona como uma caixa d’água para 1,5 mil cidades de 11 estados, do Paraná ao Piauí, incluindo o Distrito Federal. Mas a fonte seca de forma dramática. Há provas suficientes da morte no berço das águas. Reportagem de Vinicius Sassine, no Correio Braziliense.

A maior savana da América do Sul, que ocupa um quarto do território brasileiro, foi o bioma desmatado com mais velocidade nos últimos 30 anos. Reduziu-se à metade para abrigar plantações de soja e, mais recentemente, de cana-de-açúcar. Levantamentos inéditos e com precisão científica nas nascentes comprovam a consequência da devastação: o fornecimento de água dentro e fora dos limites do Cerrado já sofre impactos irreversíveis, num processo de degradação localizado exatamente em pontos estratégicos para a existência e a qualidade dos recursos hídricos.

O retrato da morte do Cerrado é mais dramático quando se sabe que, desse reservatório, dependem regiões ocupadas por 88,6 milhões de brasileiros e lugares com grande quantidade de água, como a região amazônica. Para a Bacia São Francisco, onde está parte do Nordeste brasileiro, o Cerrado contribui com 94% da água que flui na superfície de rios e córregos. A água do Brasil Central chega aos estados que estão no litoral de Norte e Nordeste.

Um estudo do Ministério do Meio Ambiente (MMA), obtido pelo Correio com exclusividade, faz relação direta entre a devastação do bioma e as áreas de maior drenagem, aquelas com grande concentração de nascentes. Com base no levantamento feito pela Agência Nacional de Águas (ANA), o bioma foi dividido em 679 bacias de drenagem, situadas numa área de 3,5 mil km². Daquelas que drenam o Cerrado e outros biomas, 62,1% têm índice de desmatamento que impacta no abastecimento de água. As nascentes são assoreadas e deixam de aflorar por causa do rebaixamento do lençol freático. Morrem antes de encorpar e abastecer os corpos hídricos das bacias brasileiras.

Minas e São Paulo são os estados com maiores concentrações de nascentes. E são os lugares com os piores índices de desmatamento nas áreas de grande drenagem, assim como Mato Grosso do Sul e Goiás. O levantamento elaborado pelo Departamento de Políticas para o Combate ao Desmatamento do MMA relacionou 60 municípios com “risco muito alto” de impactos hidrológicos, ou seja, regiões de nascentes que perdem a função de abastecedoras por causa da devastação sem freio ou fiscalização. São os casos, por exemplo, das cidades de Pirajuba (MG) e Batatais (SP). Ricos em nascentes, os dois municípios têm um índice de desmatamento superior a 93%. Em Inocência (MS), que também aparece no documento do MMA, o desmatamento chegou a 85%.

“Essas áreas desmatadas são estratégicas para a manutenção do ciclo de unidades hidrológicas maiores”, aponta o engenheiro florestal Ralph Trancoso, responsável por elaborar o documento do MMA. A partir de amplo levantamento, que inclui pesquisas e visitas a áreas impactadas, o Correio reuniu provas sobre mortes de nascentes e de importantes cursos d’água do Cerrado. O resultado é publicado numa série de reportagens, a partir de hoje.

Poucos estudos analisam a relação entre desmatamento e qualidade dos recursos hídricos. Há levantamentos isolados, produzidos para regiões específicas. A ANA, por exemplo, mantém 89 estações sedimentométricas nos rios do Cerrado. Essas estações medem a quantidade de sedimentos nos cursos d’água, provenientes de processos de erosão. Pelas medições das estações, porém, é difícil correlacionar desmatamento e sedimentação.

A pedido do Correio, uma equipe da ANA e da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa Cerrados) analisou os dados de sedimentação nas cidades que mais desmataram o Cerrado nos últimos oito anos. Concluiu que em Formosa do Rio Preto, no Oeste da Bahia, a quantidade de sedimentos no Rio Preto mais do que dobrou a partir de 2002 — chegou a triplicar em algumas medições.

O oeste baiano é o espaço por onde avança a fronteira agrícola em curso no país, principalmente a cultura da soja. Formosa do Rio Preto está sucessivamente no topo da lista de desmatamento do Cerrado nos últimos anos. Foram 2,2 mil km² devastados, somente na cidade, entre 2002 e 2009. As estações detectaram também índice elevado de erosões em rios da Bacia Tocantins-Araguaia. Uma região de chapada em Formosa do Rio Preto concentra nascentes dos Rios do Sono e Preto, que desaguam no Rio Grande, ainda na Bahia. É esse o principal afluente do lado esquerdo do São Francisco. A soja avança pela chapada.

Distrito Federal
A sensação dos trabalhadores mais antigos da Estação Ecológica de Águas Emendadas, no Distrito Federal, é de que a vereda existente no local está se deslocando. Trata-se de um encolhimento. Há dezenas de nascentes na estação. A expansão imobiliária em Planaltina, grudada à reserva, os novos loteamentos e o avanço da soja impactam no tamanho da vereda, de seis quilômetros de extensão. Num determinado ponto, apenas uma estrada separa a estação das plantações de soja e milho.

Um fenômeno raro ocorre em Águas Emendadas: duas grandes bacias nascem ali. Dois córregos afloram da vereda, em direções opostas. O que corre para o norte encontra o Rio Maranhão e abastece o Rio Tocantins, da Bacia Tocantins-Araguaia. O córrego que segue para o sul forma rios que vão desaguar no Rio Paraná, da Bacia do Paraná. A ocorrência desse fenômeno depende da conservação da área de proteção ambiental (APA) da Lagoa Formosa, na parte norte de Águas Emendadas.

A lagoa não conta mais com proteção natural: está cercada por plantações de soja, chácaras, clubes e empreendimentos imobiliários. O volume de água diminuiu nos últimos anos. O Correio flagrou uma plantação de eucalipto praticamente às margens da lagoa, bem ao lado de um clube recreativo. Um homem aplicava os defensivos agrícolas na plantação.

Em outra margem, um “empresário do Lago Sul”, em Brasília, constrói um haras a 150m da lagoa. No local é possível ver postes inundados pelo curso d’água. A margem na área do haras foi aterrada e concretada para a instalação de muretas, que servem de suporte para a entrada de jet skis na lagoa. Os próprios funcionários contam que o Ibama já questionou a concretagem da margem. “Meu patrão teve de ir ao Ibama em Brasília para resolver”, diz um dos trabalhadores do local.

Territórios Livres do Baixo Parnaíba

quarta-feira, 27 de abril de 2011

MENINA DE 14 ANOS BATE EM ASSALTANTE NO MA, CONFIRA

Ele disse que a jovem era mais forte do que ele pensava e que não reagiu com medo de ser enquadrado na lei Maria da Penha

Um assaltante de 27 anos foi espancado pela própria vítima, uma adolescente de 14 anos de idade, no bairro Olho D’Água, zona norte de São Luís. O autor tentou justificar sua passividade à surra dizendo ter medo de ser enquadrado na “lei Maria da Penha” - que é usada em casos de violência doméstica, quando mulheres são agredidas pelos namorados ou maridos.

Segundo informações da Polícia Civil do Maranhão, a adolescente ia para casa quando dois homens, com restos de garrafa de vidro, abordaram a jovem e anunciaram o assalto. Eles tomaram dela um aparelho celular com preço em torno de R$ 350.

No momento da fuga, a adolescente correu atrás dos dois, mas conseguiu alcançar apenas Raimundo Nonato Araújo, de 27 anos. Quando avistou o assaltante, a adolescente começou a espancá-lo com pontapés e socos. Araújo não revidou os golpes. Nesse instante, a polícia chegou e efetuou a prisão em flagrante de Raimundo Araújo. O outro assaltante, identificado apenas como Leandro, conseguiu escapar.

Essa é a primeira vez que Raimundo Araújo é preso pela polícia do Maranhão. Na delegacia, Araújo disse também que a adolescente tinha um porte físico avantajado e que não esperava a reação da jovem ao assalto. Os policiais civis também ficaram surpresos com a reação da jovem.

Wilson Lima, iG Maranhão

terça-feira, 26 de abril de 2011

TJMA CHAMA CONCURSADOS APROVADOS EM 2009, VEJA

Foi realizada nesta terça-feira, 26, audiência pública de convocação de candidatos excedentes do último concurso realizado pelo Tribunal de Justiça do Maranhão, em 2009, para a escolha, pelos candidatos, de acordo com ordem de classificação, da comarca de lotação, visando ao preenchimento das vagas disponíveis na Justiça de primeiro grau.

Excedentes aguardam atentos vez para escolher comarcas
Nessa sexta Convocação, o TJMA disponibilizou 36 vagas distribuídas para 23 técnicos judiciários, 27 auxiliares administrativos e 8 oficiais de justiça, nas comarcas de Estreito, Itinga do Maranhão, Araioses, São Francisco do Maranhão, Buriti Bravo, Açailândia, Alto Parnaíba, Cedral, Barra do Corda, Codó, Loreto, Mirador, Morros, São Raimundo das Mangabeiras, São Domingos do Azeitão, Tasso Fragoso, Vargem Grande, Pedreiras, Amarante do Maranhão, Parnarama, Passagem Franca e Penalva.

A primeira a assinar o termo de opção, a auxiliar judiciária Carla Fernandes Rocha Amorim, 23 anos, universitária, escolheu a comarca de Amarante do Maranhão. A nova servidora disse que pretende se empenhar no trabalho no sentido de obter a ascensão profissional dentro da comarca.

Já a auxiliar judiciária Marjoire César de Brito, 25 anos, escolheu a comarca de Penalva e disse estar feliz por ter sido chamada, pela segunda vez, para integrar o quadro de pessoal do Poder Judiciário.

Outra concursada, a universitária do 9º período de Direito, Ariadne Ribeiro Sales, aprovada no cargo de auxiliar judiciário, escolheu a comarca de Amarante do Maranhão e também disse estar satisfeita por ter tido a segunda oportunidade no Poder Judiciário.

Compareceram à audiência pública os juízes e diretores dos fóruns de Estreito e Pedreiras, respectivamente, Gilmar de Jesus Everton Vale (1ª Vara) e Lewman de Moura Silva (2ª Vara).

(Ascom/TJMA)

DEP DO PSDB TENTA SALVAR OBRA DO PAC NO MA

Carlos Brandão vai levar ao local os parlamentares, auditores e representantes do governo para evitar atraso da duplicação

Mesmo sendo de oposição, o deputado tucano Carlos Brandão (MA) resolveu antecipar-se ao Tribunal de Contas da União (TCU) para tentar impedir que a duplicação de 60 quilômetros da BR-135, entre a capital São Luís e Bacabeiras, venha a ser embargada. A obra está prevista no Programa de Aceleração do Crescimento (PAC). 

Na sua luta para assegurar a duplicação da rodovia, Carlos Brandão programou levar neste terça, 26, ao local da obra os deputados que integram a Comissão de Fiscalização e Controle da Câmara, auditores do TCU, representantes do Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (Dnit), Ministério Público Federal, Conselho de Engenharia e Associação Comercial do Maranhão.

"Há um desencontro de cálculos entre o TCU e o Dnit. É preciso que eles cheguem a um acordo para que a obra não sofra atrasos", disse Brandão. "São Luís é uma das únicas capitais do País que não tem uma via duplicada na sua saída. Há mortes constantes na área", afirmou o deputado ao Estado, justificando a luta que tem travado em prol de uma obra do PAC, orçada em R$ 290 milhões. 

O TCU alega que o preço está muito elevado. O Dnit diz que é o justo, porque há muitas dificuldades a serem superadas na obra. Por exemplo: a rodovia está espremida entre uma adutora de água e uma ferrovia. Para a duplicação da rodovia os trilhos terão de ser transferidos de lugar.

João Domingos do Estadão

domingo, 24 de abril de 2011

ESTUDO DA HIPERTENSÃO ARTERIAL NA COMUNIDADE DE SANTA CRUZ-BURITI/MA, VEJA

INTRODUÇÃO
A Comunidade Negra Quilombola Rural Santa Cruz localiza-se no Município de Buriti-MA, há mais de duzentos anos na região de cerrado do Baixo Parnaíba. A população vive da agricultura familiar de subsistência (plantio de arroz, milho e mandioca, do extrativismo das palmeiras de babaçu e buriti, dos frutos do bacuri e piqui) como complementação alimentar. Na comunidade não há água potável, saneamento ambiental e sanitário. O abastecimento se dá através da água do Riacho Santa Cruz que passa em várias localidades e desemboca no rio Parnaíba, na Lagoa do Escalvado. Este riacho surge de três nascentes na zona de preservação ambiental e sofre o impacto do desmatamento, do uso de agrotóxico para plantio da soja. A hipertensão arterial é doença que afeta mais de 20% da população mundial. No Brasil é um problema de saúde pública, afetando mais de 25 milhões de pessoa, sendo considerada como doença por razões étnicas, na população brasileira afro-descendente pelo Ministério da Saúde. Cerca de 75% da população maranhense são de afro-descendentes e vivem em comunidades rurais quilombolas e aglomerados urbanos, nas periferias das cidades.

METODOLOGIA
Baseou-se inicialmente em estudos realizados na comunidade para medir a pressão arterial e observar as condições de moradia e trabalho. Foi perguntado às pessoas sobre a hipertensão, seguido da medição da pressão arterial de cada uma das 116 pessoas com idade entre 12 e 86 anos. Constituídos de crianças, adultos e idosos, destes, 35 são do sexo feminino e 81 do sexo masculino. Foram utilizados equipamentos calibrados, a técnica auscultatória registrada nos braços direito e esquerdo de cada pessoa, sentada, através do esfigmomanômetro aneróide e estetoscópio. As medidas de pressão foram feitas nas residências das pessoas, orientando que não se alimentassem 30 minutos antes, assim como evitar fumo, bebidas alcoólicas e esforço físico.

RESULTADOS
Em uma população de cerca de 420 pessoas da comunidade, foram observados nas pessoas examinadas, que os níveis pressóricos variaram de 18 x 10mmHg a 10 x 6mmHg. Constatou-se que algumas das pessoas cadastradas no Programa de Hipertensão do Município vêm sendo medicadas com Captopril. Das moradias 99% são casas cobertas de palhas de palmeira do babaçu, incluindo paredes e coberturas, algumas de taipa e sem água tratada, sem fossa e sem energia elétrica. Das pessoas examinadas uma a uma, 38% apresentaram hipertensão arterial, foi utilizado, como parâmetro, as medidas de 14 x 9mmHg e 12 x 8mmHg; e 12 pacientes apresentaram pressão no limite recomendado pela OMS, alguns eram jovens.

CONCLUSÕES
Os dados preliminares demonstram que não tem saneamento básico, ambiental, abastecimento de água potável e nem esgotamento sanitário. O abastecimento é feito em riachos, córregos, poços, fontes e cacimbas. A terra não se encontra titulada. Os trabalhos na roça são feitos por homens, mulheres e crianças. A vegetação predominante é de cerrado. As condições ambientais de vida são precárias. Presença de desmatamento para a agricultura mecanizada próximo ao território quilombola e uso de agrotóxicos por colonos da região sul/sudeste, contaminação dos mananciais de água, onde a comunidade se abastece. Dos 116 examinados, a hipertensão arterial está presente em 38%, sendo um grave problema de saúde pública. Tem posto de saúde na comunidade, não têm profissionais de saúde. Estresse em pessoas da comunidade. Descontinuidade e irregularidades do programa de hipertensão, distribuição da medicação. Informação inadequada à população sobre a gravidade da doença. Melhorar acesso ao Sistema Único de Saúde às medidas de prevenção, tratamento e controle da doença. Reavaliar o Programa de Saúde da Família, considerando a Saúde da População Negra no contexto geral do SUS. O presente trabalho encontra-se em andamento.  


AUTORES
Luiz Alves Ferreira 1, 7 (luiz_brejo@yahoo.com.br), Rosilda Silva Dias 2, Tâmara Rúbia Coutinho 2, Hugo Leandro Araújo Moraes 2, Maria Eliana Alves Lima 4, Luciana Karla Almeida Rabelo 4, Luciana Brandão Ferreira 3, 5 e Kélcia Alexandra Taylor de Carvalho 6

INSTITUIÇÃO
(1. Depto. de Patologia, Universidade Federal do Maranhão - UFMA; 2. Depto. de Enfermagem - UFMA; 3. Curso de Administração, Universidade Estadual do Maranhão - UEMA; 4. Mestrado em Saúde e Ambiente - UFMA; 5. Depto. de Hotelaria - UFMA; 6. Curso de Especialização em Metodologia do Ensino Superior - CEMES, UFMA; 7. Centro de Cultura Negra do Maranhão - CCN-MA)
Trabalho de Iniciação Científica
Palavras-chave:  Saúde da População Negra; Hipertensão Arterial; Afro-descendentes.

Anais da 57ª Reunião Anual da SBPC - Fortaleza, CE
Territórios Livres do Baixo Parnaíba

O FERRO DE ENGOMAR OU PASSAR ROUPAS NAS CARRANCAS, DE BURITI DE INÁCIA VAZ

A narrativa dos proprietários tradicionais do Baixo Parnaiba maranhense se despedaçou ou sucumbiu às inúmeras pressões das narrativas “talentosas” que irrompem ao sabor do gosto das multidões e do mercado a céu-aberto. Aos que desgostam muito fácil das coisas ou aos que gostam do que nada lhes parece ainda resta por parte das narrativas microscópicas uma fidelidade infinita e eterna para com uma narrativa maior. As narrativas menores solicitam que ela encalhe junto às demais na ânsia de que o seu mundo se complete. Em determinado grau, as narrativas menores encalharam num mundo que provê todos de algum sentido e provem de uma certeza inestimável e irretocável.

Utilizando-se de todos os meios cabíveis e imagináveis, como um ferro que engomar ou que passa a roupa a partir do carvão, amarra-se uma série de narrativas; a do senhor Manoel, da comunidade de Carrancas, município de Buriti de Inácia Vaz, que presenteara o Aidil com uma cangalha. Logo depois que se pontuou a Chapada das Cardosas em seus bacurizeiros que arrebatam as atenções e tensões de qualquer um, o Aidil deu um agrado pelo ferro do senhor Manoel. Outro componente do projeto “As Carrancas do senhor Onésio” perguntava a esposa do proprietário pelo preço das amêndoas de babaçu que secavam sob o sol no quintal da casa. Ela botou cinco litros de amêndoas pra ele pela quantia de cinco reais.

Nessas Chapadas de Buriti de Inácia Vaz e Brejo, Baixo Parnaiba maranhense, os bacurizeiros encalharam num mundo que parecia de cabeça pra baixo como é a característica das áreas de Cerrado. Com os desmatamentos das espécies do Cerrado e com os plantios de soja e de eucalipto parte desse mundo desencalhou, só que as narrativas continuam encalhadas em seu mundo dos recantos das onças e da compra de milheiros de bacuris nas Chapadas do assentamento Mamede, município de Barreirinhas. As Chapadas das comunidades do Pacoti, Santa Tereza, Boi Morto e Vila das Almas, no município de Brejo, e as Chapadas das comunidades das Carrancas e de Belém, município de Buriti, ainda narram a coleta de bacuris e da venda de polpas de bacuri, só bem aquém ao que era antes.

Informações dos Territórios Livres do Baixo Parnaíba

sábado, 23 de abril de 2011

BURITI DE INÁCIA VAZ ESTÁ DE LUTO, MORRE ANTONIO BRAGA

Morre na manhã deste sábado de aleluia Antônio Braga, comerciante de longa data, uma pessoa pacata e muito querida pelos buritienses, que fez do trabalho árduo do dia a dia o seu principal meio de vida perante os que desfrutavam do seu convívio.
Braga era pai de família numerosa, que a todos soube educá-los na medida do seu caráter. Ele estava bem quando foi acometido de mal súbito e veio a falecer.

A DESTRUIÇÃO DO CERRADO MARANHENSE, CONFIRA

E por falar em Câmara Federal: Sarney Filho se finge de ecologista para defender desmatadores .

No CMQ de semana passada, mencionei o papel tosco do Deputado Sarney Filho tem feito na proposta de votação do novo Código Florestal. Sarneyzinho, se fingindo de ecologista, está preocupado com a aprovação do novo código, região na qual o Deputado mini Sarney tem interesse especial, já que uma parte significativa do cerrado brasileiro está localizado no Maranhão.

Pois bem, dia 06 de abril foi divulgado pela ministra do Meio Ambiente, Izabella Teixeira, o resultado do programa de Monitoramento dos Biomas Brasileiros para o Cerrado. Leia aqui

A Ministra quis dar uma boa notícia e deu, o resultado do estudo houve redução de 50% do desmatamento do Cerrado de agosto de 2010 a fevereiro de 2011 em relação ao mesmo período no ano passado (agosto de 2009 a fevereiro de 2010). A notícia é boa para todo o Brasil, menos para o Maranhão, o estado que mais desmatou sua área de cerrado, nada mais nada menos do que 2.338 km². Sarney Filho, filiado ao Partido Verde, passa dia e noite falando em ambientalismo, a ponto de se sentir o grande especialista no assunto dentro do Congresso Nacional, citou em discursos e entrevistas a diminuição Nacional do desmatamento das áreas de cerrado e se esqueceu de dizer que o Estado do Maranhão, onde sua família se apropriou de grande parte das terras, o desmatamento caminhou na linha inversa e cresceu assombrosamente.

Todos nós sabemos que uma das bases dos negócios de Sarney é a terra Maranhense. Terra da qual ele se apropriou ao criar a famigerada “Lei de Terras” quando ainda era governador em 1969; Lei que selou o destino de milhares de Maranhenses que até hoje vagam em uma diáspora sem rumo pelo mundo, legando ao Maranhão o posto de líder em exportação de trabalho escravo. Lei essa que arrasou com a próspera produção de arroz do Maranhão e transformou nossas terras em meras produtoras de produtos primários para exportação, que enriquecem meia dúzia de oportunistas, além do próprio Sarney . O cerrado Maranhense, o mais desmatado do Brasil, é um cenário projetado pelo Sarney para expor um dos últimos capítulos da triste história de humilhação de um povo em sua própria terra.

Quem conhece a região de Chapadinha e Balsas, sabe que estou falando. Um pedaço de chão totalmente transformado pelos gaúchos, que chegaram arrotando dinheiro do Prodecer 3, dinheiro japonês para financiar a espoliação das terras Maranhenses e expulsar seus moradores. A gauchada pedante, que não se mistura com os Maranhenses, não se dá nem ao trabalho de plantar frutas, arroz ou produtos para consumo interno nas terras ociosas de plantação da monocultura da soja. Pra quê? Quem liga para o consumo interno num estado em que as pessoas não são contratadas nem mesmo para pegar as migalhas que restam da produção da soja exportada? Os gaúchos expulsaram os Maranhenses de suas próprias terras com ajuda do Sarney e dos megalomaníacos “Grandes Projetos” como o Porto do Itaqui, que arrota seu estupendo nível de profundidade garantindo que grandes embarcações aportem para levar o resultado da espoliação das terras Maranhenses, enquanto o povo vê o Progresso indo embora sem dele retirar nem o sustento.

O Cerrado Sul – Maranhense é uma desgraça completa e absoluta para o Maranhão, uma terra irreconhecível em que de um lado, os gaúchos milionários perpetuam a monocultura de exportação à moda do pacto colonial do século XVII nos melhores pedaços de terra; de outro, pobres Josés com suas associações de bairro tentando plantar um bocado de arroz aqui e ali.

Sobre esse cerrado, Sarney Filho não fala. Ao contrário. Mentir sobre o novo Código Florestal é seu modus operandi de atuar para que a bisonha realidade do cerrado Maranhense continue ostentando o descalabro predatório da ganância dos grandes produtores.

No governo do PT, que tem na família Sarney sua grande aliada, a ignorância sobre o que acontece no cerrado é grande. Certa vez perguntaram ao então ministro da Agricultura, Wagner Rossi, o que ele pensava a respeito da expansão da fronteira agrícola nos estados do Maranhão, Tocantins, Piauí e oeste da Bahia. O ministro respondeu: “Lá não tem nada, só cerrado”.

Nada além de cerrado. Ou seja: nada mais importante do que o bioma adequado para colocar prática o agro business devastador que ignora as famílias que vivem da vasta oferta de pequi, araticum, pitomba, cagaita, coco macaúba, mangaba, buriti, jatobá, araçá, umbu, jenipapo, murici, gabiroba, tarumã, baru, frutos que garantem a subsistência dos pequenos produtores e cujo potencial econômico, o governo do PT, auxiliado pelo grande entendedor de Meio Ambiente, Sarney Filho, desconhece.

Semana que vem eu conto aos amados, as presepadas do grupo Sarney com a empresa de Papel e Celulose Suzano e seus eucaliptos do mau na região do Baixo Parnaíba, bem como a ganância de holandeses da ENECO, sedentos pela produção de babaçu do Maranhão.

Do Blog do Marrapá: http://marrapa.com
* matérias assinadas nem sempre refletem a nossa opinião
Com informações dosTerritórios Livres do Baixo Parnaíba

AÇÕES JUDICIAIS DEVEM CASSAR 11 GOVERNADORES

Acusados de compra de votos, abuso de poder ou uso indevido de meios de comunicação, políticos alegam perseguição dos rivais

Passados menos de quatro meses do início do atual mandato, mais de um terço dos governadores eleitos em outubro já têm os mandatos questionados na Justiça. Levantamento feito nos Tribunais Superior Eleitoral (TSE) e Regionais Eleitorais (TREs) mostra que 11 dos 27 chefes dos Executivos estaduais são acusados de condutas como abuso de poder político e econômico, uso indevido de meios de comunicação e captação ilícita de sufrágio, termo jurídico pelo qual é conhecida a prática de compra de votos.

Se forem considerados culpados pela Justiça Eleitoral, esses governadores terão de deixar os cargos e ainda correm o risco de ficarem inelegíveis, por causa da Lei da Ficha Limpa. Embora o Supremo Tribunal Federal (STF) tenha decidido que essa norma não poderia barrar nenhuma candidatura na eleição passada, a lei está em vigor e crimes cometidos na campanha de 2010 podem transformar um político em ficha-suja.

Entre os governadores com mandato contestado estão os de Minas, Antonio Anastasia (PSDB), do Acre, Tião Viana (PT), e do Maranhão, Roseana Sarney (PMDB). O chefe do Executivo de Roraima, José de Anchieta Junior (PSDB), chegou a ter o diploma de governador cassado pelo TRE de seu Estado. Em fevereiro, porém, o tucano conseguiu uma liminar no tribunal superior que garantiu a permanência no governo até o julgamento definitivo do recurso.

Anchieta Junior foi acusado de usar indevidamente na campanha uma rádio pertencente ao Estado. O TRE tinha determinado que ele deixasse o posto e que o governo fosse assumido pelo segundo colocado na eleição, Neudo Campos (PP), mas o TSE suspendeu os efeitos da decisão. Numa outra ação que ainda vai ser julgada pelo TSE, Neudo Campos acusa Anchieta Junior de uso indevido dos meios de comunicação e abuso de poder político e econômico.

Mariângela Gallucci / BRASÍLIA

TSE CANCELARÁ 54 MIL TÍTULOS ELEITORAIS NO MA

54.491 títulos eleitorais serão cancelados no Maranhão, pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE), a partir do próximo mês. Esse foi o total de eleitores que deixaram de votar em três turnos de eleição consecutivos e não terem comparecido aos cartórios no prazo estabelecido para regularização, encerrado na quinta-feira, dia 14.

Desde outubro de 2008, estavam em situação irregular com a Justiça Eleitoral no estado mais de 56 mil maranhenses. Em 60 dias – tempo determinado pelo TSE para regularização do título – 2 mil eleitores no estado regularizaram o título. Nos dois últimos dias do prazo final para regularização do título de eleitor, apenas 513 maranhenses compareceram aos cartórios para justificarem a ausência nos três últimos pleitos.

Fonte: JP

quinta-feira, 21 de abril de 2011

A COMUNIDDE SANTA CRUZ, BAIXO PARNAIBA MARANHENSE

Procuraram sobre a comunidade de Santa Cruz, município de Buriti de Inácia Vaz, Baixo Parnaiba maranhense, para o seu Loura, morador do povoado de São Raimundo, município de Brejo, e ele decantou algo singular para uma comunidade negra do Baixo Parnaíba : “Eles estão ricos”. Como quase tudo no Baixo Parnaíba maranhense, uma simples revelação colide com uma perspectiva de existência que se imortalizou entre trechos de piçarra e de areal sem que, contudo, ninguém ousasse romper com essa pretensa imortalidade a toda prova.    

Pela conversa do seu Loura, os moradores de Santa Cruz nadavam em dinheiro como só tio Patinhas sabia fazer em sua caixa-forte.  Para algumas comunidades do Baixo Parnaíba, a riqueza se traduz em cabeças de gado e cercas de arame farpado. Ele salteou um pouco o propósito do “eles estão ricos”: “Compraram gado e cercaram com arame a propriedade toda”.

Em seus relatórios, o Incra descrimina a comunidade  com quase três mil hectares de terra entre os municípios de Buriti de Inácia Vaz e Brejo, a beira do rio Parnaiba. Fica a dúvida para um pobre mortal se a comunidade de Santa Cruz é um assentamento federal ou se é uma comunidade quilombola. 

Em determinado momento da história, o Incra felicitou a comunidade com o epíteto assentamento como em muitos outros casos que condizem mais com o aspecto quilombola da questão agrária no Brasil. Aparentemente, dessa forma, evitava-se maiores problemas para comunidades que o judiciário despejaria  sem pensar duas vezes, bastando que o proprietário requeresse a reintegração de posse.

A área entre Buriti e Brejo, uma parte bacia do rio Buriti e outra parte bacia do rio Parnaíba,  enrouquece com várias comunidades tradicionais, nas quais, inúmeras refletem a questão quilombola  na região.  

Mayron Régis

O MA TEM A MENOR DENSIDADE DE CELULARES NO PAÍS, VEJA

BRASÍLIA - O Brasil terminou março com 210,5 milhões de assinantes da telefonia celular, conforme anunciado hoje pela Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel). No final de fevereiro, o País tinha 207,5 milhões de celulares, ou seja, foram adicionados cerca de 2,9 milhões de terminais ao Serviço Móvel Pessoal (SMP) somente no mês passado. Considerando o resultado acumulado do primeiro trimestre de 2011, foram 7,6 milhões de novos celulares, informa a Anatel.

A teledensidade ao final do mês passado atingiu a marca de 108,34 acessos para cada grupo de cem habitantes, ou seja, há mais de um celular para cada brasileiro. Em fevereiro, a teledensidade era de 106,91 celulares para cada grupo de cem habitantes. A distribuição, entretanto, não é homogênea, pois somente 17 unidades da Federação têm mais de um celular por habitante: DF, SP, MS, RJ, GO, RS, RO, MT, SC, PE, ES, PR, TO, RN, AP, MG e SE. O Estado com a mais baixa teledensidade ao final de março foi o Maranhão, com 65,11 terminais para cada grupo de cem pessoas.

Por área de registro, a maior teledensidade é a do código 71, de Salvador (BA), com 164,78 acessos para cada grupo de cem habitantes. No final do ranking ficou a área de registro 97, de Coari (AM), onde a teledensidade atinge somente 25,77 telefones móveis para cada cem habitantes.

Pré-pagos
Quanto à forma de pagamento, os pré-pagos representam 82,18% do total, ou seja, 173 milhões de celulares. Os pós-pagos somam 17,82% do total, ou 37,5 milhões de terminais.

Na divisão de mercado por operadoras, a liderança foi mantida pela Vivo, com 62,061 milhões de celulares, ou 29,48% do total. A Claro está em segundo lugar com 53,437 milhões de celulares, o que representa 25,39% do mercado. Em terceiro lugar está a TIM, com 52,848 milhões de celulares, ou 25,11% do mercado. A quarta posição é da Oi, com 41,442 milhões de telefones móveis, ou 19,69% do total. A Anatel cita também a CTBC, Sercomtel e Unicel que, juntas, não atingem 1% de participação.

AYR ALISKI - Agencia Estado

terça-feira, 19 de abril de 2011

VEJA O QUE ABRE E FECHA NESTE FERIADO EM SÃO LUÍS

Feriado prolongado altera os horários de atendimento de alguns dos principais serviços da cidade

O feriadão de Páscoa vai alterar a rotina em São Luís. Alguns órgãos já não estão funcionando, como a agência do Sistema Nacional do Emprego (Sine) em São Luís. O poder Judiciário para nesta quarta-feira. No entanto, os supermercados da capital maranhense interrompem suas atividades apenas na sexta-feira da Paixão. Até mesmo a principal entrada de São Luís terá funcionamento alterado nesse feriado. No domingo de páscoa, a BR-135 será interditada no sentido São Luís – Interior, durante quatro horas. Confira abaixo o que abre e fecha em São Luís.

Supermercados:

Segundo a Associação Maranhense de Supermercados (Amasp), na quinta-feira (21), feriado de Tiradentes, o funcionamento será normal, das 8h às 22h. Já na sexta-feira (22), os supermercados fecham e reabrem no sábado (23), também em horário normal: entre 8h e 22h. No domingo de Páscoa (24) o funcionamento também é normal: das 8h às 14h.

Comércio:
Pelas informações da Câmara de Dirigentes Lojistas de São Luís (CDL), o setor comercial de São Luís, principalmente a Rua Grande (maior centro de compras da capital do Estado), funcionará na quinta-feira (21) das 8h às 13h. Na sexta-feira (22), os estabelecimentos comerciais fecham as portas.

BR-135:
Por causa do feriadão, ela será fechada em dois períodos entre o km 23 e km 45, no sentido São Luís interior do Estado, no domingo de Páscoa (24). O objetivo é evitar congestionamentos na volta para casa. No sentido contrário, a BR-135 funcionará em mão única em direção à capital maranhense. A alteração no trânsito ocorrerá das 13h às 15h e entre às 16h e 18h. Nos demais horários, a BR terá tráfego normal.

Saúde:

Funcionam os serviços de urgência e de emergência das Unidades de Pronto Atendimento (UPA) do governo do Estado e dos Socorrões I e II durante todo o feriado. As Unidades Mistas funcionarão apenas para casos de emergência.

Educação:

Não haverá aulas na quinta (21) e na sexta-feira (22) nos colégios estaduais e municipais. A reabertura das escolas da rede pública ocorre na próxima segunda-feira, dia 25 de abril.

Poder Judicário:

Por meio do ato da presidência número 12/2010, o Tribunal de Justiça (TJ) do Maranhão não terá expediente já a partir desta quarta-feira (20), considerado ponto facultativo. Na quinta (21) e sexta-feira (22) também não haverá expediente. Durante o feriadão, funcionará apenas o Plantão Judiciário. A Justiça volta a funcionar normalmente na segunda-feira, dia 25 de abril.

Repartições públicas:
Secretarias de governo e do município fecham as portas na quinta (21) e sexta-feira (22) desta semana e retornam ao normal na segunda-feira à tarde.

Trabalho:
As agências do Sistema Nacional do Emprego (Sine) de São Luís e de mais 12 cidades maranhenses já estão fechadas deste esta segunda-feira (18). A Secretaria de Estado de Trabalho e Economia Solidária (Setres) aproveitará o feriadão para fazer adequações técnicas de implantação de um novo sistema de gestão de vagas de emprego. As atividades voltam ao normal dia 25 de abril.

Shoppings:
Os shoppings Tropical e Monumental fecham as portas na quinta-feira (21) e sexta-feira (22) voltando a abrir normalmente às 9h de sábado (22). No Tropical funcionará apenas a praça de alimentação durante estes dois dias, mas apenas até às 15h. No Rio Anil Shopping, os serviços de praça de alimentação funcionarão na quinta (21) e sexta-feira (22) das 12h às 22h e as salas de cinema entre 12h e 22h20. AS lojas funcionarão em horário especial na quinta e ficarão fechadas na sexta-feira. Sábado e domingo o shopping terá funcionamento normal.

Wilson Lima, iG Maranhão

segunda-feira, 18 de abril de 2011

MA CONTINUA NO TOPO DO CHEQUE SEM FUNDOS

Em março, 1,87 milhão de cheques - 2,13% do total - foram devolvidos, um índice superior aos de fevereiro  e janeiro

SÃO PAULO - O porcentual de cheques devolvidos no Brasil subiu pela terceira vez no ano, de acordo com pesquisa divulgada hoje pela Serasa Experian, empresa especializada em análise de crédito. Em março, 1,87 milhão de cheques (2,13% do total) foram devolvidos, um índice superior aos de fevereiro (1,83%) e janeiro (1,70%).

Apesar dos avanços mensais verificados, o primeiro trimestre de 2011 registrou o menor número de cheques devolvidos para o período nos últimos seis anos. De janeiro a março, houve 1,89% de devoluções de cheques. Em 2005, no mesmo período, esse porcentual havia sido de 1,74%, informou a Serasa Experian.

Na avaliação dos economistas da entidade, a alta na inadimplência dos cheques em março é provocada, em parte, por efeitos sazonais. O orçamento familiar é pressionado no mês por despesas com o Imposto sobre a Propriedade de Veículos Automotores (IPVA), com o material escolar e com as férias e o carnaval.

A entidade também cita o efeito de fatores conjunturais sobre a inadimplência, como o aumento da inflação, que reduz o poder aquisitivo do consumidor, além do aperto monetário, que encarece o crédito.

Regiões
Os Estados com menor índice de cheques devolvidos em março foram São Paulo (1,45%), Rio de Janeiro (1,56%) e Paraná (1,62%). Os três estão abaixo da média do País, que ficou em 1,89%. Já os Estados com pior índice foram Roraima (10,88%), Maranhão (9,22%) e Acre (7,41%). Além disso, a Região Sudeste teve o menor porcentual (1,55%), enquanto a Região Norte registrou o maior índice de cheques sem fundo (4,03%).

Circe Bonatelli, da Agência Estado

RELATOR DE CASSAÇÃO DE ROSEANA PRESIDIU FUNDAÇÃO JOSÉ SARNEY

José Carlos Sousa e Silva foi nomeado pela Justiça Eleitoral do Estado para avaliar ação contra governadora do Maranhão. Isto parece piada, mas não é estamos no Brasil, mais precisamente no MARANHÃO.

Ex-presidente da Fundação José Sarney, José Carlos Sousa e Silva será o relator da ação impetrada pelo Ministério Público Eleitoral (MPE) que pede a cassação de Roseana Sarney (PMDB). Na ação, o MPF acusa a pemedebista de ter beneficiado politicamente da implantação de um programa habitacional chamado “Viva Casa”.

José Carlos Sousa e Silva é membro substituto do Tribunal Regional Eleitoral do Maranhão (TRE-MA) desde novembro de 2007 e, no ano passado, foi um dos principais defensores da não aplicabilidade da lei da Ficha Limpa nas eleições de 2010. A indicação dele para a relatoria do processo ocorreu por meio de sorteio do TRE-MA.

Silva foi presidente da Fundação José Sarney até o início de 2009, ano das revelações feitas pelo jornal O Estado de S. Paulo de que a entidade teria desviado recursos da ordem de R$ 1,3 milhões fruto de convênios com a Petrobras. Procurado pela reportagem do iG, Silva não comentou a sua indicação para a relatoria do processo de cassação de Roseana Sarney. Disse apenas que a escolha do seu nome para dar parecer sobre o processo contra a pemedebista “era uma competência do TRE-MA”.

O Ministério Público Eleitoral pediu a cassação do mandato da governadora Roseana Sarney afirmando que, tal qual Cássio Cunha Lima (PSDB), governador da Paraíba em 2006, a filha do senador José Sarney foi beneficiada por um programa assistencial em ano eleitoral. No caso de Roseana, o “Viva Casa”, que tinha o objetivo de construir casas populares e entregar “kits construção” contendo areia, cimento, barro, entre outros itens. Em 2010, conforme a acusação do MPF, o “Viva Casa” abriu créditos da ordem de R$ 62,8 milhões.

No entendimento do MPF, a instituição do programa habitacional foi irregular porque ele precisaria de lei específica a ser aprovada na Assembléia Legislativa do Estado (AL-MA) e antes de ano eleitoral. Oficialmente o programa foi criado em novembro de 2009, mas o procurador Régis Richael Primo da Silva argumenta que as primeiras ações do “Viva Casa” começaram em março de 2010.
 
Wilson Lima, iG Maranhão

domingo, 17 de abril de 2011

IMPERATRIZ-MA FAZ CONCURSO

A Prefeitura de Imperatriz (MA) abriu processo seletivo para 238 vagas temporárias de níveis fundamental, médio e superior. As vagas são para suprir os serviços de Proteção Social Básica e Especial, CIESI, Segurança Alimentar e Nutricional, Casa Brasil, Equoterapia, Órgão Gestor da Assistência Social e Casa dos Conselhos. Os salários variam de R$ 545 a R$ 1.350 (veja aqui o edital).

Os cargos de nível fundamental são de cuidador social, instrutor de bordado em fita, instrutor de depilação e maquiagem, instrutor de manicura e pedicura, instrutor de cabeleireiro, instrutor de rede em fio, instrutor de panificação, instrutor em ornamentação de sandálias, instrutor de vagonite, instrutor de bijuterias, instrutor de biscuit, eletricista, equitador e tratador.

Os cargos de nível médio são de educador social, supervisor de pólo, orientador de atividades lúdicas, supervisor de processo, instrutor de basquete, instrutor de oficina de trabalhos manuais (artes), instrutor de oficina de teatro, de capoeira, de serigrafia, de dança, de música, de corte e costura e de pintura, instrutora de braile, instrutor de libras, entrevistador domiciliar, instrutor de percussionista, instrutor de violinista, de pianista, de sanfoneiro, de voleibol, de handebol, de futebol, recreadores socioculturais e operador de caixa.

Os cargos de nível superior são de assistente social, nutricionista, pedagogo, psicólogo, terapeuta ocupacional, fonoaudiólogo, educador físico, técnico em laboratório de ciências, técnico em sala de leitura, professor de telecentro- informática, orientador social, educador social, instrutor de natação, assistente de programas e projetos musicais e supervisão de ações.

As inscrições podem ser realizadas nos dias 18, 19 e 20 de abril, das 8h às 17h, na Casa Brasil, localizada na Rua Godofredo Viana, s/nº, Centro de Imperatriz (MA).
O processo seletivo terá análise de títulos e entrevista.

O contrato terá duração de 1 ano e pode ser prorrogado por igual período.

Com informações do 180 graus

ARMAS, O DISCURSO DOS OPORTUNISTAS DE PLANTÃO

O que se deve saber

Gostaria de  sugerir aos senhores distintos   parlamentares  que torraram R$ 1 milhão com um ponto que ninguém vái usar,  que façam um plebiscito  perguntado à sociedade brasileira se uma determinada família do Estado do Maranhão, que  locupletou-se  a vida toda, deveria deixar a cena política de uma vez por todas.
Antonio Roberto Vianna Santos antoniocaulauro@hotmail.com
Tramandai (RS)

Demagogia no plebiscito

Parabéns ao Jornal O Estado pela oportuna, esclarecedora e sintética NOTA (Notas informações A/3, 15/04/11) que desmascara o oportunismo político do Senador José Sarney e dos líderes dos partidos governistas diante da calamidade na Escola de Realengo. No momento em que a Presidente esforça-se para equilibrar as despesas, vem esses demagogos propugnar por um desnecessário repeteco de Plebiscito com uma despesa aproximada  de mais de R$ 200 milhões. O foco da questão está na “proibição total e absoluta da venda de armas de fogo e munição no País “. Ora, uma coisa é LIMITAR o exercício de um Direito, outra coisa bem diferente é SUPRIMIR  este Direito totalmente. É uma insanidade mental desarmar as vítimas para estimular os assassinos pela retirada do elemento dissuasão
José Ávila da Rocha  peseguranca@yahoo.com.br
São Paulo

A comoção e o oportunismo

O oportunistunismo do senador José Sarney, tirando uma casquinha na comoção nacional, devido a tragédia do colégio em Realengo, reacendeu o nefasto projeto do desarmamento e pleita um novo referendo popular. Sob o curtissimo ponto de vista, entende que a proibição do comércio de armas legais resolverá o problema da violência no Brasil. Quando a cerne do problemas e bem maior que isto. Pessoas de bem, assim como eu me incluo, não têem arma em casa, nem pretendem  comprar quaisquer tipo de arma. Pessoas do bem, respeitáveis, inteligentes, zelam pela vida. Bandidos não adquirem armas por via legais, razão pela qual sou contra o desarmamento, em especial nos moldes que propõem. Têem que se estabelecer normas legais e fiscalizar as nossas fronteiras, nossas instituições fraudulentas, muitas destas armas sao fornecidas por quem de direito, teria que coibir e combater. São compradas com a forma que abastece o crime e drogas pesadas, tais como: a maconha, a cocaína e o crack que entram em toneladas no Brasil ilegalmente. Obviamente, que o problema da violência em nosso país não restringe somente na arma legal, bemo como as drogas, mas sim em série de circunstâncias, inclusive, as leis frouxas, que beneficia bandidos, inclua-se os políticos na mesma proporção. Tem haver reforma duras nas leis penais, reformas políticas, combate a corrupção, cadeia para igualmente para bandidos pobres e ricos, fim da prisão especiel, todos os criminosos serão iguais e terão o mesmo tipo de tratamento prisional, inclusive políticos, juízes, advogados etc.... Fim do apadrinhamento, nepotismo e das benesses e favorecimentos. Queremos um país igualitário, justo, com homens honrados, cívicos de decentes.

Raimundo Felix da Silva rfelixdasilva@yahoo.com.br
Niterói (RJ)

sábado, 16 de abril de 2011

O MARANHÃO DE LUTO *

É como se os corvos de Edgar Allan Poe cruzassem os céus cinzentos pela borrasca impiedosa que se abate sobre São Luís. Chove lama, chove escuridão e há desânimo nos rostos, como se fôssemos incompletos pelo pesar de descobrir que não somos senhores de nossos destinos.

Um povo inferior, incapaz, a ponto de não ter direito sequer de escolher seus governantes, porque os corvos, espalhando sobre o teto de nossas consciências ‘sombras desiguais’, decidem por nós o que vamos ser e o que podemos querer.

É a ameaça. A ameaça que esteve aqui por dois anos e quatro meses, a se concretizar e garantir uma madrugada eterna, sem a luz da lua, sem promessas de alvorada. O frio a doer nos ossos, a democracia feita em postas, a vontade de um povo arrancada a fórceps para que eles, os corvos, continuem a impor sua longa noite nos umbrais do Maranhão. Como quis Edgar Allan Poe “Noite, noite e nada mais”.

Sim, de repente o mundo ficou escuro e a esperança descoarada pela presença interminável dos corvos a nos fazer pequenos, diminutos, desprotegidos, sem forças, aves e bichos à nossa volta e os corvos a repetirem: “Nunca mais”. Como lutar contra o poder desses abutres, a sede desses vampiros, esse animal súbito, dono do Maranhão, a nos olhar sanguinolento pronunciando sempre e sempre “Nunca mais”?

Os olhos fatais do escuro animal, macho ou fêmea, a reforçar nosso luto e a convencer-nos de que a vontade de meia dúzia de ministros e políticos pode mais que nossos corações. E a única reação será poética? “Profeta, profeta, demônio ou ave preta”, corvo amaldiçoado, nunca diga “Nunca mais”.

São duas tempestades, de água e morte se abatendo sobre a gente e as trevas crescendo, sombras enormes vergando São Luís de lado a lado, deixando um cheiro terrível de vingança, de carniça, de ódio derramando em forma de lei. Aves de mau agouro, uma dor de irmãos siameses apartados, assim como descreveu Augusto dos Anjos, a aumentar nossa descrença na catedral jurídica deste país. Porque um julgamento sem instâncias, a ofender o duplo grau de jurisdição, trará os corvos de volta ao poder. E nós todos maranhenses sob a tutela desses vultos perversos que nutrem essa agonia intensa de viver sem liberdade.

Literalmente, as asas lutulentas, negrejadas, os olhares de fogo informam que alguma coisa morreu aqui e o que sobrou ainda está a morrer. Um povo, um Estado inteiro lançado ao luto com todos seus valores éticos perdidos. Um povo em estado de choque, presa de raiva e hostilidades, sobrecarregado de ansiedade e fadiga, porque forçado a renunciar à própria dignidade, porque divorciado de sua inestimável cidadania. E os corvos a gargalhar e a soltar foguetes como que no cio diante de nossa tragédia, zombando da nossa cólera, da insuficiência de membros que reajam à ignomínia de suas presenças.

O Maranhão, solitário e sem futuro, em estado vegetativo, aceita silencioso o coma a que foi induzido pelas artimanhas deploráveis armadas num Tribunal dito Eleitoral e superior.

*Editorial do Jornal Pequeno publicado na edição de 17 de abril de 2009

Do Blog do Manoel Santos/JP

HÁ DOIS ANOS JACKSON LAGO FOI RETIRADO DO GOVERNO

Esta data ficou marcada na história política do Maranhão. Foi naquela noite tristemente memorável que o TSE (Tribunal Superior Eleitoral) oficializou a farsa costurada pelo velho dinossauro da política do Maranhão, culminando com a cassação do mandato do então governador Jackson Lago (PDT) e de seu vice, Luiz Carlos Porto (PPS).

Com a decisão, Roseana (PMDB), segunda colocada na eleição de 2006, assumiu no lugar de Jackson Lago.

Os ministros do TSE rejeitaram os recursos apresentados pela defesa do então governador contra a decisão da Corte, com a acusação forjada nos porões da perseguição dos Sarney, com o nome de abuso de poder político nas eleições de 2006.

Os ministros também rejeitaram um recurso em que João Melo Bentivi, candidato do Prona ao cargo de governador do Maranhão nas eleições de 2006, reclamava tomar posse no lugar de Roseana. Bentivi questionava o fato de a legenda não ter sido incluída no processo como parte interessada na ação. O relator dos recursos, ministro Eros Grau, afirmou que os recursos eram improcedentes.

Com informações do Blog de Manoel Santos Neto

sexta-feira, 15 de abril de 2011

AS APARÊNCIAS DAS MONOCULTURAS ENGANAM

Comparadas com as comunidades tradicionais do Baixo Parnaiba maranhense, as monoculturas de soja e de eucalipto se embranquecem e se rejuvenescem com a certificação de alguma empresa de consultoria ambiental. As aparências enganam como se soube recentemente tanto em Mangabeirinha, município de Urbano Santos, como na sede do município de Buriti de Inácia Vaz.

Por conta de um texto do começo de 2010, a empresa Suzano Papel e Celulose portou cascos e cascos de cerveja para distribuir para a comunidade de Mangabeirinha no mês de dezembro como uma forma de comemorar não sei o quê, se bem que a equipe de assistentes sociais de uma só tacada verbal fundeara em solo de Mangabeirinha um campo agrícola. Só não afiançara a data remota de quando esse campo agrícola deslancharia e como não afiançara ficou o dito pelo não dito e o campo se esterilizou como tantas outras promessas da Suzano. Os moradores de Mangabeirinha enforcaram outras posturas dos funcionários das terceirizadas da Suzano que tempos atrás pediram para os filhos do seu Crispim trabalharem na empresa, contudo os demitiram quando eles se recusaram a manusear os venenos que seriam dispersos pelos plantios de eucalipto.

Depois da matéria veiculada pelo globo rural em janeiro de 2011, na qual se encalacrava a monocultura do eucalipto nos diversos males que ela provoca nas comunidades tradicionais do Baixo Parnaiba maranhense, a Suzano fez por “bem” exigir da comunidade de Santana, município de Urbano Santos, o celibato verbal caso um jornalista porventura se achegasse na comunidade.

Em Buriti de Inácia Vaz, um plantador de soja queria tomar mais de trezentos hectares da comunidade de Brejinho e para tanto implantou um cupincha seu na comunidade para exercitar intrigas. A comunidade resistiu com a ajuda do SINTRAF de Buriti e hoje a coisa se pacificou.

Mayron Régis