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quarta-feira, 19 de abril de 2017

68% dos brasileiros as lava jato errou ao acusar Lula sem provas, diz CUT/Vox Populi

Segundo pesquisa CUT/Vox Populi, após três anos de Operação Lava Jato, aumenta o percentual de brasileiros que perderam o interesse na investigação; entre novembro de 2015 e abril deste ano, caiu de 44% para 25% o percentual dos que se interessavam muito pela Lava Jato no inicio e continuam muito interessados.

O percentual dos que se interessavam muito, mas agora acompanham com pouco interesse ficou estável, variou de 19% para 18%, no mesmo período; e o percentual dos que nunca tiveram interesse aumentou de 13% para 22%; questionados sobre o papel do ex-presidente Lula no esquema de corrupção da Petrobras, 49% acham que Lula é culpado (queda de 6 pontos ante dezembro); e 34% acreditam que ele não é culpado (aumento de 6 pontos); para 68%, os procuradores erraram ao acusar o ex-presidente sem provar que ele cometeu algum crime.

Um novo recorte da pesquisa CUT/Vox Populi, divulgado nesta quarta-feira 19, mostra que está caindo o interesse dos brasileiros pela Operação Lava Jato e aumentando o percentual de pessoas que acham que Lula e os petistas são perseguidos pelos procuradores responsáveis pela investigação.

Entre novembro de 2015 e abril deste ano, caiu de 44% para 25% o percentual de brasileiros que se interessavam muito pela Lava Jato no inicio e continuam muito interessados. O percentual dos que se interessavam muito, mas agora acompanham com pouco interesse ficou estável, variou de 19% para 18%, no mesmo período. E o percentual dos que nunca tiveram interesse aumentou de 13% para 22%.

Para Marcos Coimbra, diretor do Vox Populi, os teóricos e estudiosos da comunicação de massas, que acreditavam ser mais fácil manipular aqueles que se informam apenas por meio da mídia tradicional – jornais e revistas, televisão e rádio –, precisam revisar seus conceitos. "Hoje, com as redes sociais e os blogues progressistas, as pessoas se informam por meio de diversas fontes. Enganam-se aqueles que acham que podem manipular a notícia como no passado".

Segundo ele, o povo começa a perceber a manipulação, o espetáculo midiático, o excesso de notícias e tratamento diferenciado dado aos políticos delatados na Operação lava Jato.

De acordo com a pesquisa, caiu de 55% para 49%, entre dezembro do ano passado e abril deste ano, o percentual de brasileiros que acham que Lula é culpado; e aumentou de 28% para 34% o dos que acham que Lula não é culpado. 17% não responderam.

Mais pessoas também estão tendo a percepção de que os procuradores atacam mais Lula e os petistas e de que não são justos: de 37% em dezembro para 42% em abril. Até entre os que consideram os procuradores justos, que tratam todos os políticos da mesma maneira, a adesão aos métodos da Lava Jato vem caindo: Em dezembro, 51% acreditavam na justiça e isenção da Força Tarefa, em abril eram 45%.

Para 68%, os procuradores erraram ao acusar o ex-presidente sem provar que ele cometeu algum crime. É importante destacar que 92% dos entrevistados ficaram sabendo que Lula foi indiciado pelos procuradores da Lava Jato.

Mesmo entre os que acham certo acusar Lula sem provas, vem caindo a aprovação ao modo de atuar da força-tarefa da Lava Jato. Em dezembro, 30% aprovavam a injustiça. Em abril, esse percentual caiu para 28%.

A pesquisa CUT/Vox Populi entrevistou 2000 pessoas em 118 municípios brasileiros. A margem de erro é de 2,2 %, estimada em um intervalo de confiança de 95%. Foram ouvidas pessoas com mais de 16 anos, residentes em áreas urbanas e rurais, de todos os Estados e do Distrito Federal, em capitais, Regiões Metropolitanas e no interior.

Do 247

segunda-feira, 10 de abril de 2017

Lula diz que Moro usa mídia para condená-lo

"Essa semana, tanto o juiz federal Sérgio Moro, quanto o coordenador dos procuradores da Lava Jato, Deltan Dallagnol, admitiram que o apoio do que chamam de 'opinião pública' é fundamental para o êxito da Lava Jato, o que é estranho em casos penais, se basear mais na pressão popular que nas evidências. Em um país como o Brasil, onde a mídia é fortemente concentrada em poucos grupos, em especial nas Organizações Globo, isso é ainda mais grave", aponta reportagem do Instituto Lula

Do site Lula.com.br – Essa semana, tanto o juiz federal Sérgio Moro, quanto o coordenador dos procuradores da Lava Jato, Deltan Dallagnol, admitiram que o apoio do que chamam de "opinião pública" é fundamental para o êxito da Lava Jato, o que é estranho em casos penais, se basear mais na pressão popular que nas evidências. Em um país como o Brasil, onde a mídia é fortemente concentrada em poucos grupos, em especial nas Organizações Globo, isso é ainda mais grave.

Moro, que em artigo de 2004 analisou a importância dos vazamentos e do apoio da "mídia simpatizante" na Operação Mãos Limpas, afirmou, na Argentina, conforme registra o El País, que “Segundo a Constituição brasileira, todos os processos têm de ser públicos. Na prática isso é excepcional. A maioria desses processos complexos costuma ser encaminhada de forma secreta. Nós decidimos tratar esses casos com o máximo de transparência e publicidade. É importante que a opinião pública possa controlar o que está acontecendo, saber o que a Justiça está fazendo.

 Isso permitiu que houvesse um grande apoio da opinião pública e serviu como proteção da Justiça porque, quando pessoas poderosas estão envolvidas, há grande risco de obstrução, há pressões. Milhões saíram às ruas, protestaram contra a corrupção e apoiaram as investigações”, afirmou.

Moro recebeu em 2015 o Prêmio "Faz Diferença", das Organizações Globo, e participou de eventos e publicou artigos em revistas da Editora Abril, que publica a revista Veja.

Já Dallagnol, em entrevista ao site da revista Época Negócios, também das Organizações Globo, apontou a "comunicação social" como um dos fatores, junto com a formação da força-tarefa e as delações premiadas, importantes para o sucesso da Lava Jato. "Outro fato foi a comunicação social, sendo transparente, prestando contas para a sociedade. Em um caso com tantos interesses poderosos envolvidos, não se vai para a frente sem que a sociedade empreste seus ombros para carregar adiante o caso."

 Em tese, de acordo com o Código de Processo Penal, Moro deveria ser imparcial em relação a equipe de Dallagnol e os advogados de defesa. Mas Dallagnol já disse que ele e Moro são do "mesmo time" e ambos tem discurso afinado como rostos públicos da força-tarefa onde a equipe de Dallagnol atua em todos os casos e Moro julga todos os casos.

O ex-presidente Lula tem criticado o conluio entre a Operação e a imprensa, onde a pessoa é condenada perante a opinião pública antes mesmo do devido processo legal.


Do 247

sexta-feira, 23 de março de 2012

Jarbas Vasconcelos diz que Dilma quer ganhar no grito e com cara feia, confira

O temperamento ácido da presidente Dilma Rousseff (PT) faz com que ela desperdice a chance de fazer aliados no Congresso. A avaliação é do senador Jarbas Vasconcelos (PMDB-PE), integrante do grupo de senadores do PMDB não alinhados ao governo Dilma.
"Dilma não tem os atributos que são de Lula. Malícia, carisma. Lula tinha paciência. Ela não tem. É uma pessoa muito arrogante", afirmou o senador em entrevista.

Para Jarbas, Dilma erra ao tentar "ganhar sempre no grito e na cara feia". Ele disse que a presidente criou chance de aproximação com os dissidentes ao substituir Romero Jucá (PMDB-RR) por Eduardo Braga (PMDB-AM) no cargo de líder do governo no Senado. Mas, segundo o senador, o acerto de Dilma para aí. "Ela não quer dialogar com o Senado, não quer dialogar com a Câmara".

Na entrevista, o senador disse não duvidar das "boas intenções" de Dilma, mas que ela "convive com o mal feito" e "não fez faxina coisa nenhuma". Ele explicou: "Foi a mídia que levou o governo ao estrangulamento e às demissões dos ministros", afirmou Jarbas. Para ele, Dilma merece criticas por ter agido com rigor em um dos primeiros escândalos de seu governo, o do Ministério dos Transportes, mas ter abrandado o tom nos escândalos seguintes.

Apesar de ser oposicionista, Jarbas disse que Dilma deve chegar em 2014 como candidata à reeleição e favorita para vencer a eleição. "Que pesem todos esses vacilos do governo, mas a economia vai bem", disse. Já o candidato da oposição, segundo Jarbas, deve sair do PSDB. "Talvez fique entre o Aécio [Neves] e o [Geraldo] Alckmin".

Próximo a José Serra, Jarbas afirmou que o tucano não deve ser candidato a presidente se for eleito prefeito de São Paulo. "Acho que ele vai ter que cumprir o mandato".

A seguir, trechos em vídeo da entrevista de Jarbas Vasconcelos. Mais abaixo, vídeo com a íntegra da entrevista. A transcrição completa: clique aqui.

Com informações da Folha