É definitivo, haverá segundo turno; e será da civilização
contra a barbárie; com 95,57% dos votos apurados, o segundo turno está
definido; Jair Bolsonaro chegará ao segundo turno com aproximadamente 46% dos
votos contra 28% de Haddad; será um segundo turno em condições duríssimas para
as forças democráticas, pela força acumulada pelo candidato fascista e pela
performance da ultradireita nas urnas.
O PT perdeu o governo de Minas, com o candidato do Partido
Novo, Romeu Zema, de extrema-direita, indo ao segundo turno com mais 43% dos
votos contra o candidato de direita, Antonio Anastasia, do PSDB. Nomes
importantes ficaram fora do Senado, como Dilma Roussef, Eduardo Suplicy, Roberto
Requião e Lindbergh Farias. Candidatos de extrema-direita lideram votações para
a Câmara dos Deputados em diversos Estados, como Eduardo Bolsonaro, Joice
Hasselmann, Celso Russomanno e Kim Kataguiri. O PSL torna-se, de partido
inexistente, numa legenda com uma bancada expressiva no Congresso Nacional
-pela primeira vez na história do país uma agremiação de corte fascista terá
representação organizada na Câmara dos Deputados e Senado.
Ciro Gomes terminará a apuração ao redor de 12% dos votos e a
direita (alcunhada de "centro" pela mídia conservadora) dizimada, com
Alckmin abaixo de 5% dos votos, Marina e Meirelles com 1%. Outro candidato de
extrema-direita, João Amôedo, do Partido Novo, saiu fortalecido do processo,
com o candidato do partido como favorito ao governo de Minas.
A partir desta segunda começam as articulações e as campanhas
Bolsonaro e Haddad, com o candidato do PT aconselhando-se com o ex-presidente
Lula sobre o cenário de política de alianças para o segundo turno. Ciro Gomes,
Boulos e o PSB devem marchar com Haddad, com possibilidade de conversações com
líderes regionais do MDB, Rede e PSDB.
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