Enfim,
aproxima-se o momento crucial, que pode revelar um país ameaçado de ser tomado
pelas milícias.
O
filme “Um cidadão acima de qualquer suspeita” é um clássico do cinema italiano
dos anos 70. Recomenda-se que assistam, para entender um pouco da realidade
brasileira.
Com
a informação de que o homem detido hoje, acusado da morte de Marielle, mora no
mesmo condomínio do presidente Jair Bolsonaro, surge mais um indício forte do
envolvimento da família com as milícias que executaram a ex-vereadora Marielle.
Acompanhe
o gráfico.
De
tudo o que saiu publicado até agora, descontando os milicianos homenageados por
Flávio Bolsonaro na ALERJ, há três elementos-chaves nessa história:
Luiz
Braga, o Zinho, chefe de milícias, acusado de ter contratado o assassino.
Capitão
Adriano: um dos chefes do Escritório do Crime, onde o assassinato teria sido
encomendado
Ex-PM
Ronnie Lessa, detido hoje sob a acusação de ter participado diretamente do
assassinato de Marielle.
Vamos
analisar as relações dos três com os Bolsonaro:
Zinho –
comanda uma milícia que tem três integrantes diretamente envolvidos com Flávio
Bolsonaro: os gêmeos Alan e Alex Oliveira, seus seguranças na campanha, e sua
irmã Valdeci, tesoureira do PSL.
O
motorista Queiroz – suspeito de ser o elo dos Bolsonaro com a milícia do
Rio das Pedras, e de lavar dinheiro confiscado do salários dos assessores.
A
propósito do PSL, outra linha de investigação remete ao governador Wilson
Witzel. Não apenas comemorou a morte de Marielle, participando da cerimônia de
quebra da placa com seu nome, como tem como um de seus assessores de segurança
um miliciano acusado de vários crimes.
Capitão
Adriano – tido como o chefe do Escritório do Crime. Esposa e mãe foram
empregadas por Flávio Bolsonaro na Assembleia Legislativa.
Ex-PM
Elcio Vieira de Queiroz e Jair Bolsonaro
Ronnie
Lessa – foi detido em sua casa, no mesmo Condomínio onde tem residência
Jair Bolsonaro. Certamente haverá uma investigação jornalística para explicar
as afinidades políticas e milicianas dos moradores do condomínio. Junto com
ele, foi preso o ex-PM Elcio Vieira de Queiroz, que teria sido o motorista do
carro que abordou o de Marielle.
Queiroz –
é questão de tempo para ser detido e interrogado.
Enfim,
aproxima-se o momento crucial, que pode revelar um país ameaçado de ser tomado
pelas milícias. Seu poder intimidatório, somado aos das milícias virtuais
alimentadas pelos Bolsonaro, em nada fica a dever aos porões da ditadura. É um
poder paralelo e assassino.
O
destino do país, mais do que nunca, dependerá das instituições. É hora do
Supremo Tribunal Federal, da Procuradoria Geral da República, do Ministério
Público Federal e das próprias Forças Armadas começarem a se preparar para uma
luta inevitável em defesa do país.
GGN