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domingo, 21 de maio de 2017

SP hoje o povo enfrentou chuva para retomar democracia

Assista o vídeo da grande manifestação de hoje pela retomada da Democracia e pelas eleições diretas já. Clique aqui.

Manifestantes foram neste domingo (21) à Avenida Paulista, no MASP, para pedir a saída de Michel Temer, acusado após várias denúncias de corrupção que deixam o seu governo cada vez mais insustentável; participantes da manifestação também pedem eleições diretas; a mobilização foi convocada pelas frentes Povo Sem Medo e Brasil Popular; o vereador Eduardo Suplicy (PT-SP) pediu a saída de Temer; "Ele deve renunciar e para pacificar esse maravilhoso povo brasileiro queremos eleições diretas já", disse.

No desespero, Temer prefere o enfrentamento, dizendo haver manipulações nas gravações da PF, ao invés de se defender; peemedebista sequer passou no detector de mentiras da Truster Brasil, tecnologia em análise de voz; PGR já confirmou tentativa de estancar a Operação Lava Jato e a OAB pediu seu impeachment; ruas são tomadas pela população em prol de eleições diretas para a retomada a democracia com um governo legítimo, eleito pelo povo.

Manifestantes foram neste domingo (21) à Avenida Paulista, no MASP, para pedir a saída de Michel Temer, acusado após várias denúncias de corrupção que deixam o seu governo cada vez mais insustentável. O protesto na capital teve início às 16h, e deve caminhar até o Escritório da Presidência da República, na mesma Avenida. Participantes da manifestação também pedem eleição direta para presidente da República.

A mobilização foi convocada pelas frentes Povo Sem Medo e Brasil Popular. O vereador Eduardo Suplicy (PT-SP) pediu a saída de Temer. "Ele deve renunciar e para pacificar esse maravilhoso povo brasileiro queremos eleições diretas já", disse o parlamentar.

Segundo pesquisa Ipsos, divulgada no mês passado, 92% dos brasileiros veem o País no rumo errado com Temer. Pesquisa feita por 247 com 5,7 mil internautas apontou que 98,5% dos brasileiros defendem eleições diretas para presidente. A OAB também já pediu o impeachment dele.

A situação do peemedebista ficou mais complicada após ser gravado dando aval para a compra do silêncio do ex-deputado federal Eduardo Cunha (PMDB-RJ), preso em Curitiba. Segundo o conteúdo do áudio, 0 empresário Joesley Batista, dono da JBS, disse a Temer que estava dando ao ex-deputado federal Eduardo Cunha (PMDB-RJ) e ao operador Lúcio Funaro uma mesada na prisão para ficarem calados. Diante da informação, Temer incentivou: "Tem que manter isso, viu?". O teor das delações foi publicado pelo colunista Lauro Jardim, do Globo. 

Os empresários Joesley Batista e seu irmão Wesley também afirmaram que Temer indicou o deputado Rodrigo Rocha Loures (PMDB-PR) para resolver um assunto da J&F (holding que controla a JBS). Depois, o parlamentar foi filmado recebendo uma mala com R$ 500 mil enviados por Joesley. 

Em nota, Temer disse que "jamais" solicitou pagamentos para obter o silêncio de Cunha e negou ter participado ou autorizado "qualquer movimento" para evitar delação do correligionário. 

Janot confirma ação contra a Lava Jato
O procurador-geral da República, Rodrigo Janot, afirma que Michel Temer e o senador afastado Aécio Neves (PSDB-MG) agiram "em articulação" para impedir o avanço da Lava Jato. "Verifica-se que Aécio Neves, em articulação, dentre outros, com o presidente Michel Temer, tem buscado impedir que as investigações da Lava Jato avancem, seja por meio de medidas legislativas, seja por meio de controle de indicação de delegados de polícia que conduzirão os inquéritos", afirma Janot.

Em seu pronunciamento, Temer disse que "o áudio reflete uma gravação amadora feita por Joesley. "Essa gravação clandestina foi manipulada e adulterada com objetivos nitidamente subterrâneos. Incluída no inquérito sem a devida e adequada averiguação, levou muitas pessoas ao engano induzido e trouxe grave crise ao Brasil. Por isso, no dia de hoje, estamos entrando com petição no Supremo Tribunal Federal para suspender o inquérito proposto até que seja verificada em definitivo a autentiticidade da gravação", acrescentou.

Em nota, a J&F, holding que controla a JBS, afirmou, em nota neste sábado, 20, que o empresário Joesley Batista entregou para a Procuradoria-Geral da República a íntegra da gravação de sua conversa com Michel Temer. De acordo com o texto, também foram entregues "os demais documentos que comprovam a veracidade de todo o material delatado". "Não há chance alguma de ter havido qualquer edição do material original, porque ele jamais foi exposto a qualquer tipo de intervenção", diz (veja aqui).

Apesar de as gravações da PF irem para uma perícia, Janot enviou neste sábado (20), ao Supremo Tribunal Federal manifestação defendendo a continuidade do inquérito contra Temer e outras autoridades com foro por prerrogativa de função. O procurador disse que não se opõe à perícia no áudio da conversa entre Temer e Joesley Batista, embora certo de que a gravação não contém qualquer mácula que comprometa a essência do diálogo.

Temer não passa no detector de mentiras
Um laudo técnico da Truster Brasil, tecnologia em análise de voz, conclui que Michel Temer não estava falando a verdade em seu pronunciamento neste sábado (20). "Temer parece ter conhecimento de que não existe manipulação no áudio divulgado", diz o laudo.

No documento estão classificados os níveis de comportamento do peemedebista de acordo com trechos da sua fala. Quando Temer fala que o conteúdo do áudio foi "manipulado", o laudo técnico classifica este momento do discurso como "imprecisão".

O peemedebista preferiu o discurso de enfrentamento ao invés de se defender e acusou Joesley Batista, dono da JBS, de cometer o "crime perfeito", expressão usada com "imprecisão", conforme o laudo técnico; Ao citar "gravação fraudulenta" e "manipulada", Temer estava "estressado" e com "tensão alta, respectivamente, apontou o documento (veja aqui).

Do 247

sábado, 20 de maio de 2017

As pedras no Xadrez dos zumbis da política e as diretas

Peça 0 – a lógica do caos

O ponto de partida é entender a lógica do caos. Não há um comando estabelecido, nem um script pré-definido. Existem atores mais ou menos relevantes, respondendo a impulsos, sem que ninguém tenha controle sobre a resultante final.

Os protagonistas principais vão se adaptando as circunstâncias, de maneira a preservar seus interesses, saltando de uma onda para outra, pulando obstáculos de maneira a não perder a liderança.

Desse modo, fatos novos que mudam a atitude de um dos personagens, imediatamente obrigam a um rearranjo dos demais atores.

Peça 1 – o papel de Rodrigo Janot

O novo movimento foi deflagrado pela Procuradoria Geral da República (PGR) Rodrigo Janot, com a delação da JBS.

Há um conjunto de fatores mal explicados. Há tempos a JBS está sob investigação. Marcelo Miller, do grupo da Lava Jato ligado a Rodrigo Janot, anuncia sua saída do Ministério Público Federal (MPF) no dia 6 de março passado (https://goo.gl/uDZZ4h). Era homem da estrita confiança de Janot, trabalhando em sua assessoria pessoal para a área criminal.

O grampo de Joesley Batista em Michel Temer foi no dia 7 de março (https://goo.gl/uDZZ4h). O que significa que a preparação da operação controlada – e a decisão de Miler de deixar o MPF e assessorar a JBS – ocorreu no mesmo período.

Deixemos de lado, por enquanto, a participação de pessoas ligadas à Lava Jato, ou próximas dos principais protagonistas, no milionário mercado dos honorários para assessorar delações. E mesmo a suspeita de que o procurador Ângelo Goulart Villela, preso na operação, tenha sido uma espécie de boi de piranha. Não há nenhuma prova maior a respeito. Fica apenas o registro da suspeita.

O ponto central é que a operação resolvia dois problemas simultaneamente. Do lado da JBS, a possibilidade de limpar a área no Brasil e acertar o acordo de leniência com o Departamento de Justiça dos Estados Unidos, conseguindo se transformar em empresa norte-americana.

Do lado de Janot, a possibilidade de, pela primeira vez, assumir o protagonismo na Lava Jato, em um momento em que, no final de mandato, estava enfraquecido perante a categoria e o Ministério Público Federal (MPF) arriscado a perder a prerrogativa de eleger o PGR.

Peça 2 – o papel da Globo

Dois pontos chamam a atenção no desempenho da Globo.

O primeiro, o sigilo absoluto sobre a operação – e mesmo sobre a própria posição da Globo – provocando uma desorganização ampla no disciplinadíssimo esquadrão de comentaristas da emissora.

Os desempenhos da Mirian Leitão e de Ricardo Noblat foram bastante elucidativos. O primeiro movimento de Mirian foi uma defesa do governo, dando voz ao insuspeito Eliseu  Padilha. Quando O Globo deu a freada de arrumação – o editorial pedindo o impeachment -, imediatamente Mirian soltou uma nota em seu blog dizendo que, à luz dos últimos acontecimentos, o governo Temer estava no chão. Mais ágil que eles foi Luciano Hulk, retirando do Twitter as fotos de amizade eterna com Aécio.

O segundo ponto foi o rapidíssimo alinhamento da Globo com a tese do impeachment. Nenhuma surpresa. Até então, era a principal madrinha da posse de Temer. A divulgação dos malfeitos de Temer e quadrilha tem o condão de ressuscitar a tese das diretas. A estratégia adotada, então, foi cavalgar a onda do impeachment, sair na frente pedindo o impeachment, vender o peixe da isenção jornalística – assim como a Lava Jato do PGR (não confundir com a Lava Jato de Curitiba) – e vender a boia da salvação de um novo governo garantindo as tais reformas. Que, com Temer, mostravam poucos sinais de serem aprovadas.

Peça 3 – o desmanche da frente do golpe

Aí entram em cena dois integrantes fortes do cartel da mídia, a Folha e o Estadão.

Ambos enfrentam crises financeiras agudas e dependem fundamentalmente do pacote de bondades montado por Eliseu Padilha e quadrilha. São doses maciças de publicidade e patrocínios para eventos, da Petrobras e de outras estatais, escondendo o nome dos patrocinadores.

Não vai dar certo. Ambos não têm controle sobre Tribunal de Contas e outros órgãos para passarem isentos por essa extravagância – de patrocínios em off.

Por outro lado, não teriam fôlego para recompor o pacote de publicidade governamental caso a crise da sucessão seja prolongada. E não poderiam correr o risco de uma sucessão que optasse por não reafirmar as juras de amor desinteressado com a quadrilha de Temer.

Peça 4 – os próximos lances

Aqui, se entra no imponderável. A Globo é o único dos veículos que ensaia lances estratégicos. Mas, como bom estrategista brasileiro, só consegue imaginar um lance na frente.

Ao mesmo tempo, o PSDB parece ter se dado conta dos riscos de uma nova aventura do impeachment. Seu único elo com o poder é Temer. Com a destruição das principais lideranças do partido, sem o anteparo dos cargos no governo Temer, haveria uma revoada imediata sabe-se lá para onde.

A aposta em Henrique Meirelles é furada. Desde 2.010 repousa nas gavetas indevassáveis da PGR um inquérito contra Meirelles por crime tributário (https://goo.gl/z5BVWz). Ele faz parte da geração de filhos de Anápolis, que inclui, entre outros, a família Batista e Carlinhos Cachoeira.

Aliás, outra dica de pauta: as imbricações entre o bicho e a expansão inicial da JBS. O comendador Arcanjo – outro dos campeões do bicho de Goiás – foi um dos financiadores dos maiores sojicultores do estado, através de lavagem de dinheiro. Nas conversas de Joesley com Temer, ambos acertam formas de pressionar Meirelles embora, até agora, não haja nenhum indício maior de que as pressões tenham sido bem-sucedidas.

Um outro agente inseguro é o próprio mercado. No tambor do revólver da Lava Jato há a delação de Antônio Palocci que pode pegar grandes bancos, elucidar episódios pouco esclarecidos do CARF e alguns episódios pesados, de como o Pactual comprou o silêncio da imprensa.

Outro, a economia como um todo, exposta mais vez a esses jogos de poder. O estrago que vier pela frente será debitado, agora, ao exercício indiscriminado de poder pela Globo.

Por outro lado, os grampos de Joesley apenas registraram o que está ocorrendo à luz do dia no governo e no Congresso, um assalto despudorado, desesperado, do qual o melhor exemplo é Aécio Neves arrostando perigos para arrancar os derradeiros R$ 2 milhões da JBS.

Como resistir à enxurrada de lama das demais delações? Independentemente da motivação das denúncias, não dá mais para varrer debaixo do tapete o que apareceu.

A sobrevida de Temer dependerá exclusivamente da maior ou menor rapidez dos diversos personagens em reconstruir alianças e definir interesses. E, principalmente, em convergir para um nome, caso emplaquem eleições indiretas.

A recomposição política brasileira passará, em algum ponto do futuro, por um amplo pacto em torno das eleições diretas, a única maneira de reconstruir a coesão social.

Não há saída possível fora de uma reconstrução do centro. Mas, seguramente, a crise ainda não produziu o grau de amadurecimento necessário.

Haverá ainda um bom período de caos, antes de se produzir a nova ordem.

Do GGN

segunda-feira, 1 de maio de 2017

Trabalhadores contra as reformas de Temer protestam nas ruas neste 1º de maio, veja a bela imagem em SP

Foto: Dino Santos/CUT
Passados dois dias da greve geral que contou com a adesão de mais de 35 milhões de trabalhadores, as centrais sindicais, sindicatos e movimentos populares, do campo e da cidade, voltam a se unir para ocupar as ruas nesse 1º de Maio contra as reformas trabalhistas e da Previdência que conduzidas pelo governo de Michel Temer.
  
De acordo com as entidades, em todos os atos que serão realizados ao longo do dia, com a participação de lideranças e artistas, as palavras de ordem são "nenhum direito a menos".

São Paulo
Depois de uma disputa na Justiça, em que derrubou uma liminar concedida ao prefeito de São Paulo, João Doria (PSDB), a CUT, garantiu o direito de fazer o ato político na Avenida Paulista. Com a central estarão ainda a CTB, Intersindical, a Frente Brasil Popular e a Frente Povo sem Medo. Após o ato político de resistência, que começa às 12h, os manifestantes seguirão em passeata até a Praça da República, no centro da cidade, onde haverá programação artística, com shows de Leci Brandão, Ilú Obá de Min, MC Guimê, As Baianas e a Cozinha Mineira, Bixiga 70, Mistura Popular, Marquinhos Jaca e Sinhá Flor.

Além da capital, outras regiões do interior paulista também farão atos do 1º de Maio. Em Campinas, a atividade unificada será na Avenida Francisco Glicério, s/n, em frente à Catedral de Campinas, com início às 10h. Já em Araraquara, a militância irá se encontrar a partir das 14h, na Praça Deputado Scalamandré Sobrinho, s/n, na Vila Ferroviária.

Rio de Janeiro
Após a forte repressão aos atos no dia da greve geral, as centrais sindicais e as frentes Brasil Popular, Povo Sem Medo e Esquerda Socialista farão ato contra as reformas e também para denunciar a ação policial contra o direito de manifestação.

O evento, que contará com ato ecumênico, está sendo convocado para início às 11 horas, na Praça da Cinelândia, onde os manifestantes que vinham da Assembleia Legislativa foram atacados pela polícia com bombas de gás lacrimogêneo ainda na saída do ato. A PM chegou a atirar contra o deputado estadual Flávio Serafini (PSol) enquanto discursava, transformando a região central do Rio em uma praça de guerra.

Distrito Federal
 A CUT Brasília e as Frentes Brasil Popular e Povo Sem Medo realizam o 1º de Maio da Classe Trabalhadora a partir das 9 horas, na Torre de TV. Segundo a direção da central, além de uma celebração, o evento será "de resistência na defesa dos direitos duramente ameaçados pelas medidas que tramitam no Congresso Nacional e ferem, de morte, a Constituição Federal, a legislação trabalhista e a CLT".

O ato de conscientização, mobilização e repúdio aos ataques aos direitos e à democracia será também de revigorar a unidade e pressão na defesa das nossas conquistas. Além de debates políticos, haverá shows com as bandas Bossa Greve e Samba de Tapera, além de tendas do Coletivo de Mulheres e a das Frentes, além de brincadeiras dirigidas para as crianças.

Rio Grande do Sul
CUT, CTB, UGT, Nova Central, CGTB, Intersindical, CSP-Conlutas, Força Sindical e Pública, partidos progressistas e movimentos sociais vão se reunir a partir das 10 horas, em ato de resistência junto ao Monumento do Expedicionário, no Parque da Redenção, em Porto Alegre. A direção da CUT gaúcha destaca que, se no início do século passado a classe trabalhadora lutava por direitos sociais, trabalhistas e previdenciários, hoje a luta continua pela manutenção dos direitos conquistados.

Como a destruição dos direitos adquiridos afetam também a saúde e o meio ambiente, a Associação Gaúcha de Proteção ao Ambiente Natural, com apoio com a Associação Nacional de Catadores de Recicláveis, Rede Nacional de Advogados e Advogados Populares, Clube de Cultura, Radio na Rua e A Cidade que Queremos, entre outros coletivos, também estarão no Parque da Redenção para o ato em defesa do trabalho, da natureza e da saúde.

Pará
O ato político e cultural está previsto para início às 9 horas, na Praça da República, em Belém. CUT, CTB, Intersindical, Nova Central e Força Sindical e diversos movimentos sociais farão do encontro um ato político e cultural contra as reformas do presidente Michel Temer. Conforme a direção da CUT paraense, jovens sairão em passeata a rumo ao local do ato às 8h30.

Goiás
O 1º de Maio será celebrado pela CUT Goiás com a realização de um ato festivo-político e cultural, que contará com a presença de lideranças religiosas e políticas progressistas e muitos artistas com shows ao vivo. O palco será a Praça do Trabalhador, em Goiânia. E o objetivo, segundo a organização, será a união, o fortalecimento e a consciência da classe trabalhadora acerca de seus direitos fundamentais, como acesso à terra, moradia, trabalho, educação, saúde, cultura e aposentadoria.

Com o lema "100 Anos Depois, a Luta Continua - Nem Um Direito a Menos!", o ato começa às 16 horas, com shows de artistas locais. Haverá sorteio de brindes.

Do GGN/RBA