A uma semana do segundo turno da eleição que vai escolher o
futuro presidente da República, milhares de pessoas que integram as forças
democráticas saíram às ruas neste sábado (20) para mostrar unidade contra a
escalada do fascismo, protofascismo ou neofascismo; brasileiros em todo o país
se mobilizaram contra tudo que o candidato de extrema-direita defende: racismo,
homofobia, tortura e os métodos sujos e ilegais de campanha, que inclui o Caixa
2.
A uma semana do segundo turno da eleição que vai escolher o
futuro presidente da República, milhares de pessoas que integram as forças
democráticas estão hoje (20) nas ruas para mostrar unidade contra a escalada do
fascismo, protofascismo ou neofascismo.
A ideia é mostrar que o campo democrático está mobilizado em
apoio ao candidato Fernando Haddad (PT) contra o projeto de raiz neoliberal, em
defesa da soberania nacional e, especialmente, em forte oposição ao modelo de
campanha de Bolsonaro, sustentado por discursos de ódio e mentiras.
Nos últimos dias, a estratégia suja da campanha bolsonarista
começou a ser desmascarada a partir de conexões que revelaram aliados como Steve
Bannon, norte-americano ligado a ideias de supremacia branca, que comandou a
campanha de Donald Trump em 2016. As ferramentas utilizadas nos Estados Unidos
se repetem aqui: a intensa disseminação de fake news por redes sociais,
especialmente o WhattsApp, patrocinadas por empresários – daí a hashtag
#Caixa2doBolsonaro ter dominado as redes sociais em todo o mundo.
Atos
As manifestações começaram neste sábado logo pela manhã em algumas cidades.
Quem checou as redes sociais antes de sair de casa, viu também que algumas
cidades no exterior também tiveram manifestações contra o fascismo, como
Genebra, na Suíça, e em Oslo, na Noruega, onde capoeiristas fizeram uma
homenagem ao mestre Moa do Katende, assassinado em Salvador por um bolsonarista
após declarar voto em Haddad.
Uma das primeiras cidades brasileiras a ver as ruas tomadas
foi Goiânia. Margarida, professora de Educação da Universidade Federal de Goiás
(UFG) declarou seu voto em Haddad porque "o país precisa retomar a
democracia. Porque somos pela paz e não pela guerra".
Também pela manhã, Haddad participou de um ato de campanha em
Fortaleza, com a presença do governador eleito Camilo Santana (PT), da
presidenta da legenda, senadora Gleisi Hoffmann, sua mulher, Ana Estella
Haddad, e do líder do Movimento dos Trabalhadores sem Teto Guilherme Boulos,
que disputou o primeiro turno pelo Psol.
Em São Paulo, Recife, Rio de Janeiro, Curitiba, Florianópolis
e Belo Horizonte os atos começaram por volta das 15h e já reúnem grande
quantidade de democratas.
Na capital dos mineiros, um grupo de evangélicos chegou cedo.
"Sou professora, sou mulher evangélica. #EleNão porque ele vai contra tudo
que defendo, vai contra o que disse Jesus. Jesus andava com prostitutas,
perdoou um ladrão enquanto era crucificado e Bolsonaro vai contra tudo
isso", disse a professora Ane. Também evangélica July, mulher negra, disse
que ele não, porque "minha própria pele já expressa e diz não. Se ofende
minha existência, serei resistência. Ele jamais. Enquanto professora, minha
profissão também diz ele não. Acredito no poder dos livros. Minha religião
também. Jesus foi torturado, então ele jamais".
247/RBA