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quarta-feira, 15 de maio de 2019

HÁ TRÊS HIPÓTESES PARA A MORTE DE MARIELLE: UMA IMPLICA DIRETAMENTE JAIR BOLSONARO, POR LUIS NASSIF

Marielle teria sido executada pela milícia, devido a interesses imobiliários em áreas de atuação da vereadora.
Hipótese 2 – levantada preferencialmente pelo PSOL.
Marielle teria sido executada pela milícia a mando de políticos do MDB, que atuavam nos territórios ocupados pelos milicianos.
Hipótese 3 – a morte de Marielle foi uma reedição dos atentados do Riocentro.
Como se recorda, quando os porões da ditadura se sentiram alijados do processo político, com a derrota de Silvio Frota, seguiu-se uma série de atentados, visando reverter o processo democrático que se aproximava. No caso de Marielle, a intenção foi reagir contra a intervenção militar no Rio de Janeiro.
As evidências em favor da Hipótese 3
Evidência 1 – Um mês antes da morte de Marielle, os matadores Ronnie Lessa e Elcio Vieira de Queiroz pesquisaram vários nomes no Google, dentre eles todos de parlamentares que votaram contra a intervenção. Ou seja, a intenção explicita de Lessa era jogar a morte de Marielle na conta da intervenção. Marielle era relatora da comissão instalada na Câmara dos Vereadores justamente para fiscalizar a intervenção militar. Nas primeiras investigações, procuradores aventaram a possibilidade da morte ter sido um recado para os militares.
Evidência 2 – da direita, a voz mais enfática contra a intervenção era a de Jair Bolsonaro, que reclamava que os militares não tinham sido ouvidos. Bolsonaro defendia uma intercvençao militar pura. Aquela intervenção militar, decretada por Michel Temer, parecia a ele uma jogada de gabinete.
“É uma intervenção decidida dentro de um gabinete, sem discussão com as Forças Armadas. Nosso lado não está satisfeito. Estamos aqui para servir à pátria, não para servir esse bando de vagabundos.”
Evidência 3 – O principal suspeito da morte de Marielle, Ronnie Lessa, é vizinho de Jair Bolsonaro no condomínio. Apanhado de surpresa pela notícia, Bolsonaro afirmou a jornalistas não se lembrar do vizinho.
O DCM mapeou as casas através do Google.
As apurações
As evidências contra Jair Bolsonaro são muito fortes para serem ignoradas:
1. Ele participava dos grupos que articularam atentados no período do Riocentro. Continuou mantendo ligações estreitas com esse grupo.
2. Tinha interesse claro de que a intervenção militar no Rio não fosse adiante, seja por prejudicar o trabalho das milícias, seja por colocar os militares sob decisão dos “vagabundos”. Tinha interesse público de botar fogo no circo.
3. A família tem uma tradição explícita de relações com as milícias.
4. O principal suspeito da morte de Marielle é um membro do Sindicato do Crime, comerciante de armas e vizinho de condomínio.
Mas é possível que a Polícia Civil fluminense se aferre a outra versão.
As investigações sobre Ronnie Lessa flagraram conversas com o delegado Allan Turnowski, chefe das delegacias da capital carioca. Eleito, o governador Wilson Witzel levou Allan de volta à cúpula da polícia civil.
No almoço com Flávio Bolsonaro, Élcio Vieira de Queiroz, o suspeito de dirigir o carro que conduziu os assassinos de Marielle.
GGN

quarta-feira, 4 de outubro de 2017

A morte do reitor e o espírito punitivista, por Luís Nassif

A tragédia da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC), que levou ao suicídio do reitor Luiz Carlos Cancellier de Olivo é ilustrativa desses tempos tormentosos que o país atravessa, com o punitivismo entrando em todas as áreas e abrindo espaço para os tipos mais doentios e desequilibrados.

Os jornais cobriram a tragédia burocraticamente, tratando o volume de recursos fiscalizados – R$ 80 milhões dos cursos de educação à distância – como se fosse a corrupção final. E estabelecendo relações de causa e efeito com o suicídio, não permitindo o direito da dúvida ao reitor, mesmo depois de morto. Afinal, os que recebem a pecha de corrupto não tem direito nem à morte digna.

No entanto, é um episódio exemplar, de como o punitivismo criou uma nova legião, os agentes de controle, os templários da nova ordem, pessoas cuja métrica de avaliação é o rigor sem limites, não distinguindo pequenos delitos de grandes crimes, não entendendo outra forma de punição que não a da destruição total do inimigo.

Os órgãos de fiscalização e de repressão assumiram tal influência que passaram a se imiscuir em vários setores da vida do país, trazendo consigo altas doses de intolerância e de pensamento policialesco e abrindo espaço para personalidades desequilibradas, a verdadeira banalização do mal praticando a crueldade com a segurança de quem tem o Estado atrás de si.

Nos últimos tempos, começou a se disseminar a figura do corregedor da Universidade federal. Ali, plantou-se o ovo da serpente, do poder externo se sobrepondo ao da comunidade.

Em geral, as universidades padecem de problemas sérios de gestão. Muitas vezes pesquisadores competentes são transformados em chefes de departamento, sem nenhuma experiência nem paciência para lidar com problemas administrativos. Criadas para permitir buscar outras fontes de recurso, muitas vezes as fundações não têm a devida transparência na prestação de contas. Por outro lado, há um enorme cipoal burocrático que torna mais difícil ainda a gestão nas universidades e transforma o mero exercício contábil de prestação de contas em um inferno sem fim.

Em vez de aprimoramento nas formas de controle e de induzir as universidades a buscar gestores profissionais, decidiu-se pelo caminho burocrático, de criar uma corregedoria, figura esdrúxula, cujo titular responde administrativamente à reitoria e funcionalmente à CGU (Controladoria Geral da República). Trocaram a gestão pelo espírito policial. Some-se o punitivismo de juízes emulando Sérgios Moros, procuradores imitando a Lava Jato e delegados da PF sendo delegados da PF, e se terá a síntese da tragédia atual e das que ainda estão por ocorrer.

O corregedor policial
A figura central da tragédia da UFSC é o corregedor Rodolfo Hickel do Prado.

Foi Hickel quem solicitou o afastamento do reitor, que encaminhou as denúncias à Polícia Federal e ao Ministério Público Federal e, segundo rumores que correm por lá, instruiu uma professora a gravar uma conversa com o reitor.

Figura estranha à Universidade, Hickel assumiu o cargo no ano passado, indicado pela reitora que saía. Imediatamente tratou de se transformar em um poder autônomo, colocando-se acima da reitoria e das demais instâncias administrativas, um comportamento que refletia, no microcosmo da Universidade, o clima persecutório que tomou conta do país, e o poder apropriado pelos cabeças-de-porta-de-cadeia ganhando um status até então inimaginável.

Alguns conflitos com o Centro Acadêmico do Centro Tecnológico da Universidade deixaram claro esse comportamento de Hickel.

Houve dois episódios iniciais envolvendo estudantes.

Um, mais grave, foi de uma aluna que falsificou provas. Abriu-se um processo administrativo, que é julgado pelo colegiado do curso. A aluna foi suspensa por oito meses.

O segundo incidente foi uma cola, uma molecagem de um estudante, já reprovado, que copiou parcialmente o trabalho de um colega. O caso também foi apreciado pelo colegiado e o aluno punido com 30 dias de suspensão.

O Centro Acadêmico reagiu, julgando a segunda punição por demais severa e  entrou com recurso e o caso foi para o Conselho da Unidade, espécie de 2a instância. Houve um parecer mantendo a punição.

A reação do corregedor foi típica de um perfil psicológico já estudado: se não punir exemplarmente o aluno, hoje é a cola, amanhã estará roubando e traficando.

No dia 16 de outubro, o CA da Produção publicou nota do Facebook onde dizia não concordar com o parecer. Na nota, apontavam denúncias de alunas sobre assédio sexual na sala de aula.

Quatro dias depois, os alunos receberam ofício do Chefe de Departamento solicitando que fossem apresentados nomes. Os alunos suspeitaram que havia intenção de abafar o escândalo. Como estava em fim de ano letivo, as alunas não queriam deflagrar nada antes de encerrado o período.

Nesse ínterim, continuava em andamento o primeiro caso, da aluna que falsificou as notas.  No dia 1o de novembro estava agendada reunião com a aluna e o advogado, para acontecer na sala da professora presidente da Comissão, no Centro Tecnológico.

O local foi alterado a pedido do corregedor.

Terminada a reunião, o corregedor chegou até os alunos do CA e começou a ameaça-los explicitamente. Dizia que estavam espalhando calúnias contra os professores. Exigia nomes. Os alunos explicaram que as colegas estavam esperando terminar o semestre para avançar com as denúncias.

Na 6a feira, a presidente do CA recebeu SMS intimando-a a se apresentar na corregedoria. Presentes na sala, apenas ela e o corregedor. Foi pressionada de todos os modos para entregar nomes. A moça permaneceu firme na postura de só entregar após encerramento do ano letivo.

Na semana seguinte, começou o terremoto. Mais de 100 alunas passaram a receber intimações, no meio das aulas, para que se apresentassem na corregedoria. Algumas das intimações interromperam aulas com provas de cálculo, o terror dos politécnicos.

O critério adotado pelo corregedor foram os cliques na nota do Facebook. Todas as alunas que “curtiram” a nota foram intimadas e submetidas a métodos policialescos. Para uma das primeiras convocadas, Hickel informou haver denúncia de cola em sala de aula. A ameaça desestabilizou-a por inteiro. Ai o corregedor explicou que era brincadeira.

No total, foram intimados mais de 200 alunos, obrigando o CA a contratar um advogado para entrar na história. Criou-se um clima de terror amplo, com o entorno dos alunos entrando em pânico com as ameaças.

O advogado abriu denúncia no Comitê de Ética da Universidade, para fugir do cerco do corregedor. Era nítido para os alunos que sua intenção era abafar o caso e transformar os alunos em réus. No auge do terror, os alunos procuraram o reitor Cancellier. O reitor recebeu-os prontamente, ligou para o corregedor, que foi até à sala.

- Olha, Rodolfo, você não tem poder coercitivo. Se alguém não atender a essa chamada, você não terá nada a fazer.

O corregedor sentiu-se desautorizado. Depois, circularam pela Universidades queixas de diversas pessoas sobre os problemas criados recorrentemente pelo corregedor, que atropelava procedimentos e não seguia os ritos da Universidade.
Certa vez, por conta própria Hickel chegou a afastar um professor de suas atividades. O chefe de gabinete da reitoria precisou retificar a medida, que havia sido publicada no Diário Oficial.

Essa sucessão de episódios ampliou o fosso entre o corregedor e a reitoria.
Pouco depois, foi apresentada a denúncia ao MPF e à Polícia Federal. Ali, começava a ser montada a tragédia.

A delegada Erika Marena, personagem do filme sobre a Lava Jato, fez o pedido de prisão preventiva e, no momento em que ocorreu, toda a imprensa de Florianópolis já estava a postos. Como sempre ocorre nesses casos, o MPF foi a reboque. Sem acesso aos autos, o procurador da República André Bertuol endossou burocraticamente o pedido. E a juíza Janaína Cassol Machado aquiesceu com a gana de carnívoros famintos.

Como não havia celas na PF, os prisioneiros foram submetidos a um amplo ritual de humilhação. Despidos, colocados em uniformes de presidiários, algemados e transportados para o presídio estadual. Em geral, , em Florianópolis, apenas dois tipos de personagem tiveram tratamento similar: traficantes e um empresário que respondia a mais de 60 processos. O empresário conseguiu responder aos processos em liberdade.

Em todo caso, a delegada Erika, o procurador Bertuol, a juíza Janaína, o próprio corregedor Hickel são personagens menores. O grande personagem é o espírito punitivista desses tempos de cólera, e uma imprensa sensacionalista, totalmente dissociada de princípios civilizatórios básicos, que acabou conferindo a mentes perturbadas o poder inaudito de assassinar reputações.

A morte física do reitor foi apenas um acidente de percurso. E os protagonistas, não mais que de repente, perderam a atração pelos holofotes.

Do GGN

sexta-feira, 12 de maio de 2017

Morre o crítico literário Antônio Cândido aos 98 anos

Foto: André Gomes de Melo

Antônio Cândido, crítico literário e sociólogo, faleceu aos 98 anos na madrugada desta sexta-feira (12). Candido estava internado no Hospital Albert Einstein com problemas no intestino. O velório está sendo realizado no próprio hospital, no bairro do Morumbi, zona sul de São Paulo.

Candido escreveu livros como Introdução ao Método Crítico de Silvio Romero, Formação da Literatura Brasileira e Literatura e Sociedade. Sua obra é considerada como uma das mais fundamentais da intelectualidade no Brasil. 
“Tive a sorte de viver um tempo de esplendor da literatura brasileira. Mas avaliações erradas poderiam custar o emprego”, afirmava o crítico literário. Leia mais abaixo.

Gilberto Cruvinel, que tem seu blog no Jornal GGN, recuperou uma passagem da vida de Antônio Cândido, por ocasião da morte de Mário de Andrade. Envia-nos Gilberto:

Quando morreu Mario de Andrade, perguntaram a Antonio Cândido

"Durante o velório, Edgard Cavalheiro, escritor bastante em voga naquele momento, autor de biografias de Fagundes Varela e de Monteiro Lobato, me perguntou, no jardinzinho que havia na frente da casa: "Para encontrar na literatura brasileira uma morte desta importância é preciso voltar até quando?" Respondi: "Até a de Machado de Assis." "Pois é exatamente o que estou pensando", disse ele. "Machado de Assis em 1908 e Mário de Andrade agora". O enterro foi no Cemitério da Consolação, muito concorrido, e impressionava a tristeza profunda de todos, como se todos sentissem uma espécie de enorme vazio na cultura do Brasil.“

Podemos dizer igualmente que a morte de Antônio Cândido  deixa o mesmo enorme vazio na cultura e na nossa cidadania. E num momento em que o Brasil está tão carente de homens de grande estatura.“

E, a seguir, a matéria do Estadão.

Morre Antonio Candido aos 98 anos, clique aqui.

Crítico literário e intelectual foi pensador fundamental do Brasil no século 20

O crítico literário e sociólogo Antonio Candido, dono de uma das obras mais fundamentais da intelectualidade brasileira, morreu aos 98 anos.

Ele estava internado no Hospital Albert Einstein, em São Paulo, com problemas no intestino, de acordo com Edla Van Steen. O velório será no próprio hospital (Av. Albert Einstein, 627 - Morumbi, São Paulo), das 9h às 17h.

Autor de livros fundamentais como Introdução ao Método Crítico de Silvio Romero (1944), Formação da Literatura Brasileira (1959), Literatura e Sociedade (1965), entre muitos outros, Candido formou uma maneira de pensar a literatura brasileira que influenciou toda a crítica literária do País desde então.

Em 1956, ele criou o Suplemento Literário de O Estado de S. Paulo, caderno que se tornou paradigma do jornalismo cultural no Brasil.

O crítico e ensaísta se definia como um sobrevivente. "Sou provavelmente o último amigo vivo de Oswald de Andrade, um escritor dono de uma personalidade vulcânica", comentou Candido, em rara entrevista, em Paraty, onde, em 2011, fez a conferência de abertura da 9.ª Festa Literária Internacional de Paraty, a Flip. Como o homenageado era justamente o autor de Marco Zero, Candido decidiu quebrar seu silêncio - não gostava de ser entrevistado tampouco de fazer aparições públicas.

O ensaísta mantinha fortes lembranças de Oswald (1890-1954) justamente por causa de sua personalidade marcante. "Ele tinha traços de gênio: mesmo não sendo um grande leitor, Oswald captava a essência dos assuntos e discursava como grande entendedor."

A amizade entre eles começou depois de uma crise – o escritor não gostou de uma crítica escrita por Candido sobre Marco Zero, romance de 1943. "O comunismo fez mal para ele, que passou a escrever uma literatura mais engajada, longe da linguagem telegráfica que era seu melhor estilo", contou Candido. "Eu era um jovem crítico, estava com 24 anos, e não aceitava aquele silêncio que rondava a obra de Oswald, considerado um autor inatacável."

Passado o tempo, o próprio Antonio Candido reconheceu o exagero de sua escrita, a ponto de produzir um longo ensaio em que reconhecia o valor literário do autor. Foi o suficiente para estabelecer uma amizade profunda e sincera, que resistiu até às novas críticas de livros.

O exercício, aliás, era arriscado. Candido comentou que o crítico literário de sua época era obrigado a lidar com nomes que, naquele momento, ainda eram desconhecidos.

"Certo dia, recebi um livro chamado Perto do Coração Selvagem, assinado por Clarice Lispector. Pensei que fosse um pseudônimo, porque isso não é nome de gente, Lispector. Eu não sabia quem era e precisava dizer se o livro era bom ou era ruim. Ou seja, minha responsabilidade como crítico era muito grande, pois lidava com autores como Murilo Mendes e Carlos Drummond de Andrade, que ainda não tinham conquistado notoriedade. Tive a sorte de viver um tempo de esplendor da literatura brasileira. Mas avaliações erradas poderiam custar o emprego."

Candido lembrou que, em sua época, a crítica era militante e alguns jornais tinham o chamado crítico titular. No seu caso, ele era o do jornal Folha da Manhã, enquanto o do Estado era Tobias Barreto. "O crítico titular tinha muito autoridade, porque representava o jornal. Costumo dizer que a crítica literária daquele tempo era uma atividade de alto risco."

Trabalhou na função durante 24 anos e se orgulhava, por exemplo, de ter escrito o primeiro artigo analítico sobre a obra de João Cabral de Melo Neto. "Ele não sabia disso. Foi Drummond quem o informou."

Com o tempo, a função de resenhista foi gradativamente assumida pelos teóricos de universidade, que preferiam não correr risco. "Eles escreviam apenas sobre escritores já mortos, com a obra consolidada, o que evitava julgamentos apressados se fosse o caso de autores ainda vivos."

Para ele, a crítica era essencialmente exercida por teóricos universitários. Candido dizia conhecer a maioria, pois foram seus alunos, formando a "paróquia", como gosta de ironizar. "Admiro muito as novas gerações de críticos, todos muito eruditos", comentou, citando Roberto Schwarz e José Miguel Wisnik, entre outros.

Exibindo uma disposição invejável, a que atribui à boa genética, Antonio Candido reclamou, no entanto, de fazer o trajeto entre São Paulo e Paraty. "Isso me ensinou que não posso mais viajar de carro." Também lembrou que vivia "encalhado" no passado, pois ainda utilizava uma máquina de escrever, dispensando computador, celular e outros produtos da modernidade. Também desconhecia o que se produz atualmente na literatura, preferindo a releitura de clássicos. "Faz 20 anos que não leio nada de novo. Prefiro Dostoievski, Proust, Eça de Queiroz."

Do GGN

domingo, 26 de agosto de 2012

Morre o primeiro homem a pisar na lua

Neil Armstrong
Após 43 anos com seu nome inscrito na história como o primeiro homem a pisar na Lua, o astronauta Neil Armstrong morreu ontem, aos 82 anos, nos Estados Unidos. “Estamos com o coração partido ao compartilhar a notícia de que Neil Armstrong faleceu das complicações resultantes de procedimentos cardiovasculares. Neil era o nosso amado marido, pai, avô, irmão e amigo”, diz o comunicado oficial da família, divulgado horas depois pela Nasa, a agência espacial americana.

“Neil é, para mim, um dos maiores heróis americanos, e não apenas da atualidade, mas de todos os tempos”, afirmou o presidente Barack Obama, que manifestou “profunda tristeza”. A morte do astronauta teve repercussão imediata nas redes sociais, e passadas duas horas do anúncio no Facebook a página contabilizava 10 mil compartilhamentos. No último dia 7, Armstrong tinha sido submetido a uma cirurgia de emergência no coração. O procedimento foi realizado um dia depois de os médicos terem diagnosticado obstrução em quatro artérias do astronauta.

Do Correio Brasiliense

quinta-feira, 29 de março de 2012

MORTE VIOLENTA DE MULHER EM PAÇO DO LUMIAR, VEJA

O corpo de uma jovem de cerca de 20 anos foi encontrado na Rua do Aeroporto, em Paço do Lumiar, com sinais de estrangulamento.
O corpo de uma mulher com idade entre 20 e 25 anos, foi encontrado às margens da Rua do Fio, conhecida como Rua do Aeroporto, em Paço do Lumiar, na manhã de ontem. O corpo apresentava hematomas nos olhos, pulsos com marcas de corda e sinal de estrangulamento. Moradores do bairro de Curimatã foram os primeiros a ver, por volta das 7h30 da manhã e a polícia foi imediatamente informada. Segundo o investigador da Polícia Civil, André Lemos, provavelmente a vítima não reside no bairro, pois nenhum morador a conhece. A mulher pode ter sido assassinada em outro local e o corpo abandonado nessa via. Não foram encontradas marcas de sangue, mas, os peritos do Instituto de Criminalística constataram que o pulso da vítima foi amarrado.

O perito Carlos Ribeiro falou que nos exames preliminares foram encontradas marcas de estrangulamento, pois o pescoço foi quebrado. O corpo foi levado para o Instituto Médico Legal para as perícias internas, e com isso constatar a verdadeira causa da morte.
Quem também esteve no local foi o delegado de Paço do Lumiar, Sebastião Anacleto. De acordo com ele, o primeiro passo da polícia vai ser justamente identificar a vítima e então começar os procedimentos de investigação, para que possa chegar ao autor ou autores do crime. No momento, ainda não há pista, mas, com certeza, a vítima foi deixada na via durante a madrugada.

Crack na barraca de picolé

Policiais encontram crack em ponto de venda de picolé, no bairro do Tibirizinho, e ainda prenderam em flagrante João dos Santos Andrade, de 33 anos, e Iracema Constantino Botelho, de 46 anos, no começo da noite de terça-feira. Com a dupla foram encontrados mais de meio quilo de crack e várias petecas prontas para o consumo.

O delegado da Delegacia Especial da Cidade Operária (Decop), Dicival Gonçalves, informou que a polícia vinha há alguns meses investigando locais onde são comercializado drogas na área da Cidade Operária e nas proximidades. Mediante o trabalho investigativo, ficou comprovado que João dos Santos é um dos responsáveis em passar entorpecentes para os traficantes do Tibirizinho. A casa de Iracema Botelho é outro ponto de venda, mas, há uma venda de picolé apenas para despistar a atenção da polícia.

De posse da informação, a equipe da Decop fez a abordagem e encontrou drogas em poder da dupla. Foram presos e vão responder por tráfico e associação ao trafico.

Do Imparcial 

Gravador registra morte de vítima no ABC paulista, o aparelho era do suspeito

Gravador captou quando dona de casa era assassinada no ABC. Ex-namorado da filha dela foi preso; polícia procura mais um suspeito.
O aparelho que gravou a morte da dona de casa Rosana de Menezes, de 49 anos, em São Caetano do Sul, no ABC, pertencia ao homem de 71 anos preso por suspeita de cometer o crime, conforme informou o Bom Dia São Paulo desta quinta-feira (29). Ele namorava a filha da vítima, mas o relacionamento havia terminado há pouco tempo. O gravador havia sido deixado na casa de Rosana havia cerca de um mês.

A polícia busca identificar outro homem suspeito de participar do crime. Testemunhas disseram tê-lo visto do carro do suspeito já preso.

O gravador captou, primeiro, uma discussão. Em seguida, é possível escutar um barulho de golpes, desferidos na cabeça da mulher. Ela implorou por socorro.

Saiba mais
Para a polícia, quem ordenou a morte e assistiu tudo foi o homem de 71 anos, que manteve um relacionamento com a filha de Rosana por cinco anos e havia terminado três semanas antes. A polícia suspeita que o homem tenha decidido se vingar porque Rosana era contra o namoro.
Segundo o delegado Hildo Estraioto Júnior, a gravação foi determinante para a prisão do homem. “Com a gravação não teve como ele refutar, por conta de ter ficado bem evidente que encontrava-se no momento da execução da vítima", afirmou.

O suspeito preso admitiu, segundo a polícia, que é a voz dele que aparece na gravação. Ele negou, no entanto, ter participado do assassinato e disse à polícia que apenas presenciou Rosana passando mal.
O suspeito foi preso em flagrante por homicídio triplamente qualificado. Para a polícia, o outro homem visto por testemunhas em um carro é o executor, e teria sido levado pelo homem de 71 anos para a casa de Rosana.

A dona de casa foi enterrada no fim da tarde desta quarta-feira (28) no Cemitério da Lapa, na Zona Oeste da capital. Nenhum parente quis gravar entrevista.

Com informações do G1

sábado, 24 de março de 2012

“Os últimos 30 dias não existiram para mim”, disse Flávio Dino na entrevista

O ex-deputado viu o filho morrer de asma dentro de um hospital privado de Brasília. Diz que o menino foi vítima de um sistema ganancioso e desumano.
Na manhã de 14 de fevereiro, uma terça-feira, pouco depois das 6 horas, o ex-deputado federal Flávio Dino (PCdoB-MA), de 43 anos e pai de dois filhos, recebeu uma ligação da mulher, Deane Maria. Ela falava do Hospital Santa Lúcia, um dos maiores de Brasília, para informar que Marcelo, o caçula, sofria uma nova crise de asma depois de 16 horas de internação. Dino pegou o carro e, por ruas ainda vazias, chegou ao hospital em poucos minutos. No trajeto, o ex-deputado se manteve calmo. Previu que Marcelo passaria por uma sessão de nebulização e logo estaria bom de novo.
Ao entrar na unidade de tratamento intensivo (UTI), deparou com uma cena bem diferente da que imaginara. Marcelo ocupava uma das cinco camas, cercado por três médicos – uma mulher e dois homens –, visivelmente tensos. O filho estava inconsciente, com o rosto roxo, e parecia não respirar. “Adrenalina”, disse um dos médicos, enquanto fazia massagens cardíacas. Poucos minutos depois, viram os dois médicos deixar a sala. A médica ficou inerte em frente a Marcelo por alguns instantes. Em seguida, dirigiu-se ao casal: “O Marcelo não resistiu”.

O destino de Marcelo gera consternação porque, apenas dois dias antes, era um adolescente ativo. No domingo, Dino e Marcelo pedalaram 10 quilômetros pelo Eixão, principal avenida de Brasília. Na segunda-feira, de volta à rotina, Dino viajou a trabalho para São Paulo. Desde junho do ano passado, preside a Empresa Brasileira de Turismo (Embratur). Marcelo foi para o colégio, onde cursava o 9o ano do ensino fundamental. No final da manhã, o flamenguista Marcelo teve uma crise aguda de asma durante uma partida de futebol de salão. Sentiu falta de ar, vomitou e desmaiou. Foi socorrido e levado para o Santa Lúcia. Por volta das 14 horas, foi internado na UTI adulta do hospital e, mais tarde, transferido para a pediátrica. O prontuário médico registrou que seu quadro exigia monitoramento e que o menino necessitava de oxigenação. A mãe, Deane, fazia companhia.

No início daquela noite, quem assumiu o plantão do Santa Lúcia foi a médica Izaura Emídio. Aos 39 anos, especializada em pediatria e terapia intensiva, ela já vinha de uma jornada de 12 horas de plantão no Hospital Regional de Taguatinga. Ao chegar, foi informada sobre as condições de saúde dos três pacientes da UTI: dois bebês e Marcelo. “Ele estava conversando normalmente. Estava ansioso. Não estava cansado”, disse Izaura à polícia. A situação parecia tão tranquila que Deane aconselhou o marido, que pousava em Brasília de volta de São Paulo, a nem seguir para o hospital. Marcelo dormia em paz e, possivelmente, teria alta no dia seguinte, logo cedo. Durante a madrugada, a médica Izaura visitou a UTI pediátrica duas vezes. Avaliou que Marcelo e os demais pacientes apresentavam “saúde estável”.

Tudo seguia bem até as 4 horas, quando o menino deveria receber dois remédios para asma. Isso não aconteceu. Aí começaram as complicações. Às 5h30, a médica Izaura foi chamada para ajudar num parto no centro obstétrico, ao lado da UTI pediátrica. Marcelo só foi tomar o remédio às 6 horas. Em seguida, começou a passar mal. A mãe, Deane, pediu à auxiliar de enfermagem que chamasse a médica. Izaura não chegou. Depois de terminar o parto, ela foi trocar o uniforme. Enquanto isso, a crise de Marcelo se agravou. “Ele disse que não estava conseguindo respirar”, afirmou Deane. Segundo a mãe, os lábios já estavam roxos. A médica, finalmente, chegou e pediu equipamento para colocar um tubo de oxigênio no menino. O material veio, segundo o hospital, mas o procedimento não foi executado naquele momento. A médica pediu à auxiliar de enfermagem que chamasse o anestesista, que trabalha com entubação. Ele estava no centro cirúrgico, em outra área do hospital. A essa altura, já alertado pela mulher, Dino corria para o Santa Lúcia. O anestesista chegou à UTI pediátrica às 6h20. Pouco depois, pediu à equipe de enfermagem que substituísse o equipamento de entubação. Às 7 horas, Marcelo foi considerado morto.

Procurada por ÉPOCA, Izaura afirmou que qualquer informação sobre o caso compete à direção do hospital. “O paciente recebeu todo o atendimento que a situação exigia e no tempo adequado”, diz o médico Cícero Dantas Neto, diretor técnico do Santa Lúcia. Segundo ele, havia uma situação de risco. “A asma é uma doença extremamente grave.” Mas, segundo especialistas, casos fatais são incomuns. “Com os medicamentos e tratamentos modernos, esses eventos (mortes em hospitais por asma) são muito raros”, afirma o médico Adalberto Sperb Rubin, diretor de Comunicação da Sociedade Brasileira de Pneumologia e Tisio-logia (SBPT) e pneumologista da Santa Casa de Porto Alegre.

Sinto muita indignação nos momentos em que racionalizo o que aconteceu. Os últimos 30 dias não existiram para mim.

O menino foi enterrado no dia seguinte em Brasília. No velório, passaram o vice-presidente da República, Michel Temer, o ministro Gilmar Mendes, do Supremo Tribunal Federal, o governador de Brasília, Agnelo Queiroz, e o ex-presidente José Sarney (PMDB), principal adversário político de Dino no Maranhão. No dia 19 de março, acompanhado de Deane, Dino recebeu ÉPOCA num hotel de Brasília e deu a primeira entrevista com detalhes sobre a morte do filho. Desde a tragédia, está licenciado da Embratur. Com experiência de juiz federal aposentado, Dino é comedido quando fala do inquérito policial que apura o caso, sob a responsabilidade do delegado Anderson Espíndola. Só então decidirá o que fazer para que a morte prematura de Marcelo ajude a mostrar as falhas do sistema de saúde brasileiro. Apesar da tristeza, Flávio Dino falou com firmeza por mais de uma hora. No final, cedeu à emoção e sucumbiu ao choro. Veja a matéria completa: clique aqui.

Do blog do John Cutrim/JP

quinta-feira, 22 de março de 2012

FRANÇA CONFIRMA MORTE DE TERRORISTA EM TOULOUSE

O ministro francês do Interior, Claude Guéant, confirmou nesta quinta-feira a morte de Mohammed Merah, 23, suspeito por sete mortes na região de Toulouse, quatro delas em uma escola judaica, onde morreram três crianças. Ele morreu após resistir durante a invasão das forças especiais da polícia francesa, pondo fim a um cerco que durou mais de 30 horas.

"No momento em que enviamos uma câmera de vídeo ao banheiro [onde Merah estava escondido], o assassinou saiu e começou a disparar com extrema violência", explicou Gueánt aos jornalistas, conforme relato da Reuters. "No final, Mohamed Merah se atirou pela janela com uma pistola enquanto continuava disparando. Depois, encontramos o corpo morto no chão".

Merah, um francês de origem argelina que alega ter ligações com Al Qaeda, estava sitiado em seu apartamento há mais de 30 horas. Nesta manhã, uma força de elite da polícia francesa entrou na residência, quando foram ouvidos disparos.

Gueánt também confirmou que três policiais foram feridos na operação, sendo um gravemente. Merah, segundo o ministro francês, teria declarado preferir morrer "de armas na mão".
Associated Press
Vídeo em local não-divulgado mostra suposto atirador de Toulouse, Mohamed Merah
O assalto começou às 11h 30 (7h30 em Brasília), após várias horas de negociação com o assassino confesso de três militares, três crianças de origem judaica e o pai de uma deles em Toulose e na cidade vizinha de Montauban.

CERCO
Por volta das 21h (18h em Brasília) de ontem, a luz do bairro foi cortada. O ministro Géant havia declarado que o suspeito tinha afirmado aos negociadores que pensava em se "entregar em breve".

O acusado afirma que se recusou a fazer um ataque suicida, de acordo com Géant. Segundo ele, Merah diz ter recebido instruções da Al Qaeda durante estadia no Paquistão, e foi levantada a possibilidade de uma ação suicida, proposta que teria sido rejeitada.
Editoria de Arte/Folhapress
Merah é suspeito de matar três crianças e um professor em uma escola judaica na última segunda-feira. Em outros dois ataques na semana passada, ele teria atirado contra três soldados em Montauban, próximo a Toulouse, que também morreram.

Nascido em 10 de outubro de 1988 em Toulouse, ele é francês de origem argelina e possui antecedentes criminais. O suposto atirador esteve no Paquistão e no Afeganistão e se declara jihadista da Al Qaeda.

A FRANÇA 'DE JOELHOS'
Merah prometeu se render por várias vezes ontem, enquanto a Raid (unidade de elite da polícia) realizou "várias tentativas de entrar" no apartamento de Toulouse, mas a cada tentativa era atacada a tiros, conforme relatou o procurador de Paris, François Molins.

Ainda segundo Molins, nas conversas com os policiais, o suspeito "não manifesta arrependimento algum", a não ser por "não ter feito mais vítimas", e se vangloria de ter "colocado a França de joelhos".

Merah pretendia assassinar "dois membros da polícia, particularmente conhecidos na comunidade" de Toulouse, assim como um militar nesta quarta-feira, disse ainda o procurador.

MAIS ATAQUES
Ontem mais cedo, o presidente francês, Nicolas Sarkozy, afirmou a representantes da comunidade judaica que o suspeito pretendia executar um novo ataque.

Nicole Yardeni, delegada local do Crif (Conselho Representativo de Instituições Judaicas), afirmou que Sarkozy fez a revelação durante uma reunião com representantes das comunidades religiosas em Pérignon, perto do local onde o suspeito está cercado pela polícia.

"Ele tinha um plano para matar na manhã desta quarta-feira", disse Yardeni.
Fontes policiais informaram, um pouco antes, que haviam encontrado explosivos no carro de um dos irmãos de Mohamed Merah, 23, o suspeito dos assassinatos em Toulouse.

Com informações do IG 

segunda-feira, 19 de março de 2012

Atendimento de Marcelo Dino no Santa Lúcia foi negligente, diz inquérito

O inquérito da Polícia Civil que apura as circunstâncias da morte de Marcelo Dino, filho do presidente da Embratur, Flávio Dino, no hospital Santa Lúcia, de Brasília, caminha para a conclusão de que houve negligência da casa de saúde.
Marcelo, que hoje faria aniversário de 14 anos, morreu há um mês na UTI do hospital, onde fora internado com uma crise de asma.

Os depoimentos prestados à polícia pelos profissionais envolvidos no atendimento ao adolescente já permitem, segundo advogados da família, concluir pelo descumprimento de regras básicas de atendimento, uma delas, inclusive, explicitada no artigo 15, da Resolução 7, da Anvisa:

“Médicos plantonistas, enfermeiros assistenciais, fisioterapeutas e técnicos de enfermagem devem estar disponíveis em tempo integral para assistência aos pacientes internados na UTI, durante o horário em que estão escalados para atuação na UTI.”

Pelo já apurado, a médica responsável pelo atendimento ao jovem declarou que estava trabalhando há 23 horas quando ele morreu na UTI do hospital. Ela vinha de um plantão iniciado às 7 horas e encerrado às 19hs, em um hospital de Taguatinga e entrou no Santa Lúcia às 19h30m.

No plantão do Santa Lúcia, era responsável pelo atendimento simultâneo em duas UTIs (neonatal e pediátrica) e também no centro obstétrico. Na hora em que Marcelo começou a passar mal, a médica estava concluindo um parto.

Indícios de erros na prescrição de medicamentos e alimentos também apontam para a responsabilização do Santa Lúcia, onde em janeiro o secretário de Recursos Humanos do Ministério do Planejamento, Duvanier Paiva Ferreira, infartado, deixou de ser atendido por estar sem cheque para dar em caução e acabou morrendo em outro hospital, onde já chegou sem chance de ser salvo.

João Bosco Rabello do Estadão On Line 

domingo, 18 de março de 2012

CICLISTA MORRE ATROPELADO POR FILHO DE EIKE BATISTA

Homem andava de bicicleta pela Rodovia Washington Luís quando teria sido atropelado por Thor Batista.
Thor Batista com o pai, o empresário Eike Batista (Foto de arquivo, Cristinao Granato) 
O filho mais velho do empresário Eike Batista e da ex-modelo Luma de Oliveira, Thor Batista, de 20 anos, se envolveu em um acidente de carro na noite de sábado, 17. Ele é suspeito de atropelar e matar Wanderson Pereira dos Santos, de 30 anos, que passava de bicicleta pela Rodovia Washington Luís, em Xerém, distrito de Duque de Caxias, Baixada Fluminense, no Rio.

O caso está sendo investigado pela 61ª DP (Xerém). O ciclista teria sido atingido pela Mercedez Benz McLaren prata do filho do bilionário na pista sentido Rio. A vítima morreu na hora.

Thor Batista pode ser acusado de homicídio culposo, isto é, sem a intenção de matar. Em princípio, as informações são de que ele e um amigo que o acompanhava foram submetidos ao teste do bafômetro, no qual não foi identificada a ingestão de bebida alcoólica.

Um advogado da família Batista esteve na delegacia e levou o carro de Thor, com a promessa de manter as condições em que o veículo ficou após o acidente. Com o impacto do atropelamento, o Mercedes ficou amassado. A tia e uma prima da vítima também estiveram na delegacia.

O corpo de Wanderson foi levado para o Instituto Médico Legal (IML) na manhã deste domingo. Não há ainda informações sobre o sepultamento.

Do Estadão

quarta-feira, 8 de fevereiro de 2012

WANDO NÃO RESISTE E MORRE AOS 66 ANOS EM MINAS GERAIS

O cantor Wando morreu nesta quarta-feira, aos 66 anos, em decorrência de infarto seguido de uma parada cardíaca, confirmou a assessoria do hospital Biocor.
Almeida Rocha - 17.jun.10/Folhapress
O cantor Wando, que morreu aos 66 anos nesta quarta
Com problemas cardíacos graves, o artista mineiro deu entrada no dia 27 de janeiro no Biocor, em Minas Gerais, onde estava internado desde então.

Ele foi submetido a um cateterismo (exame para diagnosticar obstrução de veias ou artérias) na manhã de sexta-feira, e os médicos decidiram fazer uma cirurgia de revascularização do miocárdio.

Na madrugada de sábado, no entanto, o cantor apresentou quadro de angina refratária, o que significa que ele não estava reagindo ao tratamento. Por isso, passou por uma angioplastia de múltiplas artérias de emergência.
O procedimento é feito com um cateter que tem um pequeno balão e uma espécie de mola usada para "abrir" a artéria ("stent").

BIOGRAFIA

Mineiro de Cajuri, Vanderley Alves dos Reis nasceu em 2 de outubro de 1945. Ainda pequeno, mudou-se para Juiz de Fora, antes de partir para o Estado do Rio de Janeiro, onde construiu sua carreira.

Em Volta Redonda (RJ), Wando --apelido dado por sua avó-- trabalhou como motorista de caminhão e feirante. Naquela época, já se dedicava ao violão e tocava em grupos de bailes locais.

Em 1973, foi descoberto por Nilo Amaro. Com ele compôs "O Importante é Ser Fevereiro", canção gravada por Jair Rodrigues, que também deu voz a outra de suas canções, "Se Deus Quiser". Roberto Carlos, Ângela Maria e Originais do Samba também interpretaram letras de Wando.

No mesmo ano, lançou seu primeiro compacto, com a música "Maria, Mariá", e seu primeiro álbum, "Glória Deus No Céu e Samba na Terra".

Mas foi em 1974, com o disco "Moça", que conheceu o sucesso --vendeu 1,2 milhão de cópias. Ao lado da faixa título desse segundo trabalho, "Fogo e Paixão", do disco "O Mundo Romântico de Wando" (1988), está entre os maiores hits do cantor.

Wando fez do romantismo sua marca registrada. Símbolo da música brega brasileira, falava de amor, mulher e sexo em suas letras, e tornou-se conhecido por colecionar calcinhas de fãs.

Seu último disco de inéditas, "Romântico Brasileiro, Sem Vergonha", foi lançado em 2005.

Com informações da Folha