Os
dados da educação divulgados hoje pelo IBGE não são dos melhores: o Brasil tem
quase 12 milhões de analfabetos e quase 25 milhões de pessoas entre 14 e 29
anos fora da escola. Ainda, 51% da população adulta no país concluiu apenas o
ensino fundamental contra 15,3% que detém ensino superior.
Mas
os dados revelam que os baixos níveis de educação têm cor e localização
geográfica: enquanto mais de 22% dos brancos tem nível superior, a porcentagem
reduz para 8,8% na população preta ou parda. E as menores médias de anos de
estudo estão no Norte (7,4 anos) e no Nordeste (6,7) do país.
É
no Nordeste também onde há a maior taxa de analfabetismo do Brasil, com a
estimativa de 14,8% para pessoas de 15 anos ou mais, quase quatro vezes mais do
que no Sudeste (3,8%) e no Sul (3,6%). Em todo o país, a porcentagem é de 7,2%,
que em números reais são 11,8 milhões de analfabetos. Enquanto para pretos ou
pardos a taxa foi de 9,9%, branco representam menos da metade, com 4,2%.
Taxa
de escolarização das pessoas de 18 a 24 anos de idade, por cor ou raça, segundo
as Grandes Regiões - 2016
Os
valores proporcionais são superiores no caso de idosos, com 20,4% de
analfabetismo no Brasil. A desigualdade em relação à cor também ocorre com o
analfabetismo: enquanto 11,7% dos idosos brancos são analfabetos, idosos pretos
ou pardos são 30,7%.
Distribuição
das pessoas de 25 anos ou mais de idade, por cor ou raça, segundo o nível de
instrução - Brasil – 2016.
Já
nos números de frequência escolar, são alarmantes para principalmente duas
faixa-etárias: Quase 70% das crianças até 3 anos de idade não frenquentavam a
creche e a mesma porcentagem para jovens de 18 a 24 anos, que estão fora da
escola.
Em
números gerais, de 14 a 29 anos, são quase 25 milhões de brasileiros que não
foram à escola ou não concluíram o ensino. A justificativa é que mais da metade
deles afirmaram estar trabalhando, outros 24,1% não tinham interesse em seguir
nos estudos.
Leia
a íntegra do relatório abaixo:
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GGN