Foto: José
Medeiros/ GCOM
O governador
do Mato Grosso, Pedro Taques (PSDB-MT), teria recebido R$ 2 milhões de caixa
dois do empresário Alan Malouf, em um esquema envolvendo ainda fraudes em
licitações na Secretaria de Educação Estadual.
"No fim da campanha, existia um valor a ser pago. No final, teve um
rateio e eu participei do pagamento. Como se fosse um empréstimo para saldar a
dívida da campanha", narrou em delação premiada.
O esquema
referia-se a editais para a construção de escolas no Mato Grosso, que desde
maio de 2016 são alvos de investigações da Operação Rêmora, e teria rendido ao
empresário R$ 260 mil. Os desvios teriam atingido R$ 56 milhões em 23
contratos, desde o ano de 2015.
Segundo Alan
Malouf, o governador Pedro Taques teria pedido para quitar as dívidas da
campanha de 2014 por meio de caixa dois. O delator frisa que "o próprio
governador sabe disso", tendo completo conhecimento do esquema.
Segundo Alan Malouf, o governador Pedro Taques
teria pedido para quitar as dívidas da campanha de 2014 por meio de caixa dois.
O delator frisa que "o próprio governador sabe disso", tendo completo
conhecimento do esquema.
Preso por
sete meses desde o último ano, Guizardi fechou acordo com o Grupo de Atuação e
Combate ao Crime Organizado (Gaeco), ligado ao Ministério Público Estadual
(MPE), e declarou que Malouf havia investido os R$ 10 milhões, ainda durante a
campanha, montando o esquema já quando Taques era governador para arrecadar
fundos ilícitos para saldar as dívidas da campanha com esses investidores.
Os
interesses partiram quando em abril de 2015, Guizardi queria ser apresentado ao
secretário de Educação do governo, Permínio Pinto, para prestar "serviços
de obras na SEDUC [Secretaria de Educação]", que chegou a ser preso
preventivamente no último ano, após a deflagração das investigações.
"Giovani
disse que tinha um esquema na SEDUC para pagar as contas de campanha. Num
primeiro momento, eu não queria, fiquei reticente. Na segunda ou terceira vez,
resolvemos participar desse fato, até para arrecadar o dinheiro para pagar as
contas de campanha", narrou o delator.
As empresas
que prestavam serviços à Secretaria de Educação recebiam propinas. Alan admitiu
que ficou com R$ 260 mil neste esquema, recebidos dentro de envelopes, em
dinheiro vivo, entregues em sua residência e em sua casa.
GGN