O
livro-bomba sobre a Lava Jato, prometido pelo doleiro espanhol Tacla Duran,
começa a dar frutos.
Tacla
é o doleiro cuja declaração de renda comprovou pagamentos a Rosângela Moro, ao
primeiro amigo Carlos Zucolotto e a Leonardo Santos Lima.
Alguns
capítulos do livro ficaram por alguns dias no site de Tacla. No livro, ele diz
que a delação da Odebrecht teve vários pontos de manipulação, com a montagem de
documentos, provavelmente por pressão dos procuradores, atrás de qualquer tipo
de prova contra Lula.
O
juiz Sérgio Moro facultou apenas aos procuradores da Lava Jato o acesso ao
banco de dados especial da Odebrecht. Aparentemente, os procuradores entram lá
e pinçam apenas o que interessam.
Analistas
foram atrás das dicas levantadas por Tacla e quase todas se confirmaram.
Mais
que isso: há indícios de que alguns dos documentos foram montados.
Evidência
1 – extrato da Innovation tem somas erradas.
Evidência
2 – os extratos com erros são diferentes de outros extratos do mesmo banco
apresentados em outras delações.
Evidência
3 – os extratos originais do banco apresentam números negativos com sinal
-, ao contrário do extrato montado, em que eles aparecem em vermelho.
Evidência
4 – a formatação das datas de lançamento é totalmente diferente de outros
documentos do banco, que seguem o padrão americano: Mês/Dia/Ano.
Evidência
5 – a formatação nas datas de lançamento é idêntica ao da planilha
PAULISTINHA, preparada por Maria Lúcia Tavares, a responsável pelos lançamentos
no Departamento de Operações Estruturadas da Odebrecht.
Evidência
6 – nos anexos da delação de Leandra A. Azevedo consta ordem de pagamento,
com data de 28 de setembro de 2012, de US$ 1.000.000,00 da conta da
Innovation para a Waterford Management Gourp Inc. Mas no extrato bancário
supostamente montado, a transferência consta como saída de 27 de setembro de
2012, ou seja, antes da ordem de pagamento.
Agora,
se coloca o juiz Sérgio Moro em situação complicada. Como pretende julgar o processo
sem facultar o banco de dados da Odebrecht à defesa, para se identificar os
documentos falsificados e os verdadeiros.
Do
GGN