A
respeito do artigo “O Xadrez de Lula”, converso com um dos conselheiros
não-petistas de Lula que confirma que a última avaliação feita a Lula por
Marcos Coimbra, da Vox Populi, bate integralmente com o cenário antecipado no
Xadrez.
O
raciocínio é o seguinte.
A
última pesquisa do Vox Populi apresentou os seguintes resultados:
1.
Na votação estimulada (em que os nomes são informados ao pesquisado) Lula
aparece em primeiro com 43% e Bolsonaro em segundo com 17%.
2.
Na pergunta sobre simpatia por algum partido político:
75%
não tem por nenhum
1%
pelo PSDB
2%
pelo PMDB
17%
pelo PT
No
pior momento, na saída de Dilma Rousseff, o PT tinha 12%; no melhor momento,
29%.
3.
Na questão: em quem não votaria de jeito nenhum,
Lula:
39%
Alckmin:
52%
Bolsonaro:
75%
33%
têm ódio visceral a Lula, dos quais 10% provavelmente em São Paulo.
4.
Na questão: se concordam com a condenação imposta por Sérgio Moro a Lula, 52%
concordam, contra 45% que não concordam.
O
dado é relevante porque, antes de perguntar a opinião do entrevistado, ele é
informado sobre as acusações contra Lula e a condenação. Mesmo assim, 60%
consideram Lula o melhor presidente da história.
A
partir daí, chega-se a duas conclusões:
Conclusão
1 - Se Lula tem 43% das preferências e o PT tem 17% de simpatia, significa
que 60% do eleitorado potencial de Lula é composto por não-petistas. Logo, o
discurso de campanha terá que focar prioritariamente esse contingente.
Conclusão
2 - Se 80% dos 17% De simpatizantes votarem em deputados do PT, a bancada
poderá ficar entre 55 e 60 deputados. Poderá ser a maior bancada, pela primeira
vez, mas ainda assim sem condições de assegurar, sozinha, a governabilidade.
Daí a necessidade primordial de uma nova política de alianças.
Essas
conclusões foram apresentadas a Lula na última reunião que organizou para
discutir as estratégias de campanha.
GGN