O Instituto
Lula denuncia "conluio" entre procuradores da Lava Jato e Rede Globo,
Folha de S. Paulo O Estado de S. Paulo na produção de "mais uma farsa
contra o ex-presidente"; "Agendas de ex-diretores da Petrobras,
anexadas pelos procuradores à ação sobre o tríplex do Guarujá, foram
manipuladas pela imprensa de forma a apontar uma falsa contradição no
depoimento de Lula ao juiz Sergio Moro", diz a assessoria.
"A juntada de 'documentos' sobre supostas
'reuniões' de Lula com a diretoria da Petrobras não foi fruto da descoberta de
algum segredo em um trabalho de investigação sério, mas uma tentativa tosca de
reescrever a história e criminalizar atos como viagens oficiais ao exterior,
reuniões interministeriais e cerimônias da Presidência acompanhadas pela
imprensa", diz a nota; "Parece que para a equipe de Deltan Dallagnol,
o crime de Lula foi ter sido presidente da República".
O Instituto
Lula divulgou uma nota em que denuncia "conluio" entre procuradores
da Lava Jato e Rede Globo, Folha de S. Paulo O Estado de S. Paulo na produção
de "mais uma farsa contra o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva".
"Agendas
de ex-diretores da Petrobras, anexadas pelos procuradores à ação sobre o
tríplex do Guarujá, foram manipuladas pela imprensa de forma a apontar uma
falsa contradição no depoimento de Lula ao juiz Sergio Moro", diz a
assessoria.
NOTA À IMPRENSA
Lava Jato e imprensa
montaram farsa com agendas da Petrobras
São Paulo,
25 de maio de 2017,
Em conluio
com procuradores da Lava Jato em Curitiba, a Rede Globo, a Folha de S. Paulo e
O Estado de S. Paulo produziram semana passada mais uma farsa contra o
ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Agendas de ex-diretores da Petrobras,
anexadas pelos procuradores à ação sobre o tríplex do Guarujá, foram
manipuladas pela imprensa de forma a apontar uma falsa contradição no
depoimento de Lula ao juiz Sergio Moro.
A juntada de
“documentos” sobre supostas “reuniões” de Lula com a diretoria da Petrobras não
foi fruto da descoberta de algum segredo em um trabalho de investigação sério,
mas uma tentativa tosca de reescrever a história e criminalizar atos como
viagens oficiais ao exterior, reuniões interministeriais e cerimônias da
Presidência acompanhadas pela imprensa.
Uma
irresponsabilidade que atenta contra o papel institucional do Ministério
Público em uma democracia. Parece que para a equipe de Deltan Dallagnol, o
crime de Lula foi ter sido presidente da República. E a mesma imprensa que
acompanhou e divulgou essas agendas durante os dois mandatos de Lula, agora dá
manchetes sem checar nem mesmo seus próprios arquivos.
A fraude
começou a ser montada em 15 de maio, cinco dias depois do depoimento de Lula.
Naquela data, os procuradores anexaram 78 documentos aos autos, sem explicitar
o propósito. 27 destes documentos são cópias de agendas de ex-diretores,
registrando “reuniões”, “almoços” e “jantares” com Lula. As cópias de agendas
foram entregues pela Petrobrás aos acusadores de Lula, mas não a sua defesa.
Na manchete
de 17 de maio, a Folha afirmou: “Lava Jato contraria com documentos fala de
Lula a Moro”. Segundo o jornal, as agendas mostrariam que Lula não teve apenas
duas reuniões com a diretoria da Petrobrás em seu governo, como ele havia
declarado a Moro, mas pelo menos 23. O Estadão destacou “reuniões de Lula” com
três ex-diretores condenados na Lava Jato. O Jornal Nacional juntou as duas
coisas, elevou para 28 as supostas “reuniões” e citou o Ministério Público como
fonte de suas ilações, numa reportagem de três minutos.
A farsa
desmorona quando se compara o que está escrito nas agendas da Petrobrás e o que
Lula realmente fez nas datas indicadas. Por exemplo: das 27 agendas, três
se referem a recepções oferecidas por chefes de Estado a Lula e sua comitiva,
em viagens internacionais: uma pelo presidente da China Hu Jintao, outra pelo
rei da Arábia Saudita, Abdullah bin Abdul Aziz, e outra pela presidenta do
Chile, Michelle Bachelet.
Pelo menos
14 agendas referem-se à participação de ex-diretores em cerimônias públicas nas
quais Lula estava presente, em inaugurações, visitas a instalações da Petrobrás
ou em reuniões interministeriais, como as do Conselho Nacional de Política
Energética. Não se tratam, portanto, de reuniões com a diretoria da Petrobrás,
muito menos de agendas com diretores específicos. E tudo realizado com
cobertura da mídia.
Para verificar
a veracidade das agendas (o que no jornalismo se chama checagem), basta
conferir as datas mencionadas com a agenda de viagens nacionais e
internacionais do ex-presidente Lula, que está disponível no site da
Presidência da República.
As agendas
da Petrobras mencionam duas supostas reuniões do delator Paulo Roberto Costa em
Brasília, que não podem ser confirmadas porque o atual governo retirou do site
da Presidência as agendas diárias de Lula. Mas o próprio delator afirmou, em
dois depoimentos ao juiz Sergio Moro, um deles feito ontem (24), que nunca teve
reuniões individuais com o ex-presidente Lula. Confira aqui.
Paulo
Roberto da Costa fez essa declaração como testemunha, ou seja, com a obrigação
de falar a verdade. Ele já havia dito o mesmo em depoimento anterior, mas a
imprensa ignorou este fato para sustentar a farsa das agendas.
Não há
dúvida de que as agendas foram plantadas no processo para desqualificar o
depoimento de Lula em 10 de maio, o que nem mesmo seus maiores adversários
conseguiram fazer. Uma imprensa imparcial ao menos teria checado os fatos antes
de publicá-los sob o viés dos detratores de Lula. E não precisaria se esforçar
tanto, pois boa parte dessas agendas foram noticiadas pelos próprios jornais,
como está registrado neste documento.
Lula foi o
presidente brasileiro que mais visitou as diversas instalações da Petrobrás em
todo o País, em eventos públicos relacionados à empresa, que viveu forte
valorização durante o seu mandato. Mais de 60 dessas visitas foram registradas
pela imprensa. Quanto às reuniões com a diretoria, conforme declarou no
depoimento, foram mesmo raríssimas. E Lula citou duas: uma para discutir o
plano estratégico da empresa e outra para decidir o cancelamento de leilões
para exploração de petróleo em áreas do pré-sal, quando ele foi descoberto, em
2008.
Os dados a
seguir mostram a verdade sobre as agendas da Petrobrás, revelam o golpe baixo
dos procuradores de Curitiba e denunciam a indigência e parcialidade de
jornalistas que se comportam como papagaios da Lava Jato para difamar Lula.
Veja aqui o documento.
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