Mede-se
a dimensão do chefe, aliás, pela qualidade de seus subordinados. Chefe que se
cerca de “yes, man” demonstra insegurança e incapacidade de comando.
Mede-se
o caráter e a dimensão de uma pessoa pública por seu comportamento no exercício
do cargo. Há pessoas com biografia – e caráter –, cujo zelo pela própria imagem
impede a pusilanimidade. E aqueles que nada têm a perder, apenas os cargos, que
se curvam a qualquer pressão.
Mede-se
a dimensão do chefe, aliás, pela qualidade de seus subordinados. Chefe que se
cerca de “yes, man” demonstra insegurança e incapacidade de comando.
No
governo Temer, Paulo Rabello de Castro assumiu a presidência do BNDES (Banco
Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social) exposto ao tiroteio abusivo do
Ministério Público Federal. Assumiu corajosamente a defesa do banco e da
corporação.
Nomeado
presidente do BNDES, no governo Bolsonaro, Joaquim Levy fez o mesmo, protegendo
a instituição e a corporação.
Independentemente
de se concordar ou não com suas posições, são pessoas de caráter.
Já
os homens de confiança do Ministro da Economia Paulo Guedes não permitem
avaliações positivas sobre ele, o chefe.
Todos
sabem que seu chefe não tolera não. E todos sabem que o chefe de seu chefe é um
tremendo ignorante, sem compreensão dos fatos mais banais, e que não gosta de
ser contrariado. No entanto, cada pum de Bolsonaro é tratado, por essa corte de
fracos, como se fosse perfume francês ou um “insight” divino.
Foi
vergonhosa a maneira como o presidente do Banco do Brasil, Rubens Novaes, rifou
seu diretor de marketing. O banco decidiu montar uma campanha para atrair
jovens. Foi uma campanha brilhante, mostrando a diversidade e a abertura que
marcam a nova geração de filhos da classe média – os bancarizáveis – muito
melhor, aliás, que seus pais. Além da campanha de TV e redes sociais,
montaram-se eventos nas principais agências do banco, com a rapaziada
espalhando alegria e o discurso da diversidade, trazendo um sopro de juventude
para o banco.
Ai,
Bolsonaro chiou. Como o universo de jovens que conhece são apenas os filhos da
milícia, viu na campanha o marxismo cultural. Imediatamente, Novaes endossou as
críticas do chefe do chefe e rifou o diretor de marketing – a ponto de ele
pedir demissão do banco. E se tornou um guerreiro contra o marxismo cultural,
seja lá isso o que for.
Disse
ele, parafraseando o grande pensador Bolsonaro: “Durante décadas, a esquerda
brasileira deflagrou uma guerra cultural tentando confrontar pobres e ricos,
negros e brancos, mulheres e homens, homo e heterossexuais etc, etc. O
’empoderamento’ de minorias era o instrumento acionado em diversas
manifestações culturais: novelas, filmes, exposições de arte etc., onde se
procurava caracterizar o cidadão ‘normal’ como a exceção e a exceção como
regra”.
A
regra, de fato, não é o questionamento, é o puxa saquismo. É só conferir a
quantidade de indicados, ou candidatos a indicação, que se tornaram crentes
desde criancinhas.
Do
GGN