A
Der Spiegel nota que a própria promotoria reconheceu a falta de provas e diz
que as evidências mostradas no processo são controversas
Enquanto
a imprensa brasileira ensaia um coro único e fala de evidências sem mostrar
nenhuma, o jornalismo alemão — como o de outros países — reconhece que a
condenação de Lula ocorreu sem provas e que a sentença do juiz Sergio
Moro é política, não jurídica.
A
Der Spiegel, uma das publicações mais respeitadas da Alemanha, nota que a
própria promotoria reconheceu a falta de provas e diz que as evidências
mostradas no processo são controversas. Em um artigo chamado "Estado na
lama", lê-se: "Moro comprova com sua sentença o que críticos já lhe
reprovavam há tempos: o julgamento do maior escândalo de corrupção da história
do Brasil segue critérios políticos, não jurídicos".
No
Die Zeit, jornal de circulação nacional, a matéria é intitulada "O grande
espetáculo da corrupção" sobre a recente condenação de Lula, diz o que a
imprensa nacional tenta esconder: "Não há um único documento que apresente
Lula como dono do apartamento". O Die Zeit lembra ainda que Lula é acusado
de ser o chefão do esquema apelidado de Petrolão. "Prova disso não há
nenhuma. Aí surge a questão do apartamento".
Já
o suíço "Neue Zürcher Zeitung", jornal fundado em 1780, já dizia
antes da condenação: "ainda mais questionável é se provas da culpa de Lula
serão realmente encontradas".
Resta
concordar com a Der Sipiegel: "O veredicto final sobre Lula virá dos
historiadores, não do juiz Moro".
Do
GGN