O advogado
Cristiano Zanin Martins, que defende o ex-presidente Lula, avalia que a
denúncia apresentada nesta segunda-feira 22 pela Lava Jato contra o petista
"mostra uma desesperada tentativa de procuradores da República justificar
à sociedade a perseguição imposta ao ex-Presidente nos últimos dois anos, com
acusações frívolas e com objetivo de perseguição política"; para o
advogado, "a nota que acompanhou o documento deixa essa situação muito
clara ao fazer considerações que são estranhas à área jurídica e às regras que
deveriam orientar a atuação de membros do Ministério Público, como a legalidade
e a impessoalidade"; Zanin diz ainda que "a peça buscou dar vida
à tese política exposta no PowerPoint de Deltan Dallagnol".
A defesa do
ex-presidente Lula definiu como "frívola e fruto de tese política" a
nova denúncia apresentada nesta segunda-feira 22 contra o petista, agora sobre
o sítio em Atibaia, no interior de São Paulo.
Para o
advogado Cristiano Zanin Martins, que defende Lula, a denúncia "mostra uma
desesperada tentativa de procuradores da República justificar à sociedade a
perseguição imposta ao ex-Presidente nos últimos dois anos, com acusações
frívolas e com objetivo de perseguição política".
Para o
advogado, "a nota que acompanhou o documento deixa essa situação muito
clara ao fazer considerações que são estranhas à área jurídica e às regras que
deveriam orientar a atuação de membros do Ministério Público, como a legalidade
e a impessoalidade". "A peça buscou dar vida à tese política exposta
no PowerPoint de Deltan Dallagnol", acrescenta Zanin.
Leia a
íntegra da nota:
A denúncia
apresentada hoje (22/05) pela Força Tarefa da Lava Jato contra Lula mostra uma
desesperada tentativa de procuradores da República justificar à sociedade a
perseguição imposta ao ex-Presidente nos últimos dois anos, com acusações
frívolas e com objetivo de perseguição política. A nota que acompanhou o
documento deixa essa situação muito clara ao fazer considerações que são
estranhas à área jurídica e às regras que deveriam orientar a atuação de
membros do Ministério Público, como a legalidade e a impessoalidade.
A peça
buscou dar vida à tese política exposta no PowerPoint de Deltan Dallagnol,
para, sem qualquer prova, atribuir a Lula a participação em atos ilícitos,
envolvendo a Petrobras, que ele jamais cometeu. Os procuradores reconhecem não
ter qualquer prova de que Lula seja o proprietário do sítio, embora tenham
repetido esse absurdo por muito tempo em manifestações formais e em entrevistas
impropriamente concedidas à imprensa: "A forma de aquisição da propriedade
e seu registro, mediante possíveis atos de ocultação e dissimulação, não são
objeto da denúncia".
Mas
recorreram a pedalinhos e outros absurdos para sustentar a tese de que Lula
seria o beneficiário de obras realizadas no local e que os valores utilizados
seriam provenientes de supostos desvios ocorridos em contratos firmados pela
Petrobras. A afirmação colide com todos os depoimentos já colhidos em juízo,
até a presente data, com a obrigação de dizer a verdade, que afastam o
ex-Presidente da prática de qualquer ato ilícito.
A Lava Jato
age de forma desleal em relação a Lula, com acusações manifestamente
improcedentes e com a prática de atos que são ocultados de sua defesa. Hoje
mesmo, o ex-Senador Delcídio do Amaral reconheceu em depoimento prestado na 13ª
Vara Federal Criminal de Curitiba que participou no Mato Grosso de Sul de
interrogatório solicitado por autoridades americanas com a participação do
Ministério Público Federal e com representantes da Petrobras. O ato, embora
relacionado às acusações feitas contra Lula, não havia sido revelado e os
documentos correspondentes ainda são desconhecidos.
A falta de
justa causa para o recebimento da ação penal proposta nesta data é flagrante e
um juiz imparcial jamais poderia recebê-la.
Cristiano
Zanin Martins
Do 247