Frente de
Evangélicos pelo Estado de Direito defende que crise institucional foi
acelerada com impeachment de Dilma.
Paulo
Pinto/Agência PT
A Frente de Evangélicos pelo Estado de Direito organizou um manifestou pelas
Diretas Já. No texto, o movimento declara que o impeachment da "Presidenta
Dilma Rousseff" intensificou a crise de institucionalidade no país,
chamando a atenção que a neutralidade e o silêncio "não são opções para as
pessoas que têm fé, em especial quando a vida dos pobres é agredida",
acrescentando a responsabilidade de setor na sociedade na defesa da
"distribuição de renda, taxação de grandes fortunas, com estado de bem
estar social que respeite a separação entre religião e estado".
O grupo segue
afirmando no texto de que é preciso tomar medidas urgentes para revogar o
congelamento do investimento social por vinte anos, a terceirização da mão de
obra e evitar as reformas trabalhista e da aposentadoria, nos moldes propostos
pelo governo Temer.
"Não é
possível aceitá-las, porque foram impostas de forma autoritária e sem discussão
com a sociedade. Reafirmamos que o nosso papel é estar ao lado das pessoas que
serão diretamente afetadas por essas medidas que ferem a dignidade
humana".
O movimento
também reitera que as provas divulgadas no dia 17 de maio apontado que Temer
acertou a compra do silêncio do ex-deputado Eduardo Cunha, para não denunciá-lo
para a justiça "demonstram a falta de autoridade política, ética e moral
de um governo que não foi eleito para a condução das saídas" das crises
econômica, social e ambiental enfrentadas no país.
Veja o
manifesto na íntegra:
Frente de
Evangélicos pelo Estado de Direito defende que crise institucional foi
acelerada com impeachment de Dilma.
O silêncio,
a neutralidade e a ausência de reflexão não são opções para as pessoas que têm
fé, em especial quando a vida dos pobres é agredida. A gravidade do momento por
que passa o Brasil exige seriedade e serenidade para que a sociedade brasileira
resgate a dignidade da política. Esta é um caminho legítimo para o exercício da
cidadania e da participação por luta e afirmação de direitos. A prática da
política do cotidiano, que problematiza as relações de poder e as
desigualdades, é um caminho seguro para recuperarmos a ética na política. Não
são possíveis as manipulações e distorções para atender interesses das
oligarquias e do capital financeiro. Política não é corrupção. Política não é
traição. Política é falar sobre a vida, é participação.
Há tempos
criou-se no Brasil uma crise de institucionalidade. O impeachment da Presidenta
Dilma Roussef intensificou esse quadro. É urgente recuperar a função e a
relevância das instituições. Elas não devem ser subordinadas aos interesses do
lucro e do poder. As instituições públicas devem garantir políticas que atendam
o direito à terra, o acesso universal à saúde e à educação, aposentadoria digna
e garantias trabalhistas. Portanto compreendemos que precisam ser imediatamente
revogadas as propostas de reformas constitucionais: de congelamento do
investimento social por vinte anos; de terceirização total da mão de obra; de
reforma trabalhista, que prevê que trabalhadores e trabalhadoras negociem
direto com os patrões sem a presença dos sindicatos, expondo quem trabalha a todo
tipo de assédio; do fim da aposentadoria. Não é possível aceitá-las, porque
foram impostas de forma autoritária e sem discussão com a sociedade.
Reafirmamos que o nosso papel é estar ao lado das pessoas que serão diretamente
afetadas por essas medidas que ferem a dignidade humana.
As provas
tornadas públicas no dia 17 de maio de 2017 não são delações; elas demonstram a
falta de autoridade política, ética e moral de um governo que não foi eleito
para a condução das saídas para a crise que vivemos – econômica, social e
ambiental.
Todos e
todas somos chamadas a assumir responsabilidades. É momento de empenho,
promoção de reflexões e participação em toda parte, em todas as instituições e
grupos de gente de fé, para alcançarmos um rumo democrático - com distribuição
de renda, taxação de grandes fortunas, com estado de bem estar social que
respeite a separação entre religião e estado.
Para isso,
anunciamos a todas e todos que aqui assinamos o compromisso com:
• Eleições
Direitas Já em 2017, e que sejam Eleições Gerais para evitar arranjos que
excluam a maioria do povo dos rumos da Nação e para reinstituir as bases
legítimas da nossa Democracia;
• A tarefa
explícita de qualquer novo dirigente eleito de submeter a referendo popular
todas as reformas feitas e de impedir as que estiverem em curso, que ocorreram
sem ampla participação da sociedade e sem legitimidade;
• A
exigência de empenho político público de qualquer governante eleito com
eleições, em 2018, para uma Assembleia Nacional Constituinte autônoma do
Congresso Nacional, de modo a que possamos repactuar nosso presente e futuro,
principalmente reformando as estruturas políticas de representação no País;
• O empenho
contra todos e todas parlamentares eleitos em nome da fé, que compuseram de
forma fundamentalista e capitalista a base política de aliados do governo
ilegítimo para a condução de tantas atrocidades contra o povo.
Pela
Dignidade! Pela Reforma do Sistema Político! Pela Democracia!
#PelaFéMeComprometo
#DiretasJá
Se você
também concorda conosco na pauta acima e quer Diretas Já, clique aqui e assine.