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sábado, 13 de maio de 2017

O juiz Moro é prisioneiro da turba que o apoia

Até mesmo o conhecido antipetista Reinaldo Azevedo ficou escandalizado com a conduta acintosamente parcial do juiz Sérgio Moro no interrogatório de Lula.
Nem ele engoliu o atropelamento do “devido processo legal”, que tem que ser respeitado no regime democrático.

O interrogatório deveria versar sobre a propriedade do famoso tríplex do Guarujá.

Porém, como o MPF não conseguiu provas de que a OAS o deu de presente a Lula, Moro incursionou por outros assuntos que não têm nada a ver com o caso, inclusive o mensalão.

A intenção é clara: se ele não tem provas para condenar Lula pelo tríplex tenta jogar suspeitas no ventilador.

Ou seja: fornece argumentos laterais para comentaristas da Globo News e outros órgãos de imprensa “aliados” atacarem Lula e o PT.

E acirrarem o ódio a Lula e ao PT nas redes sociais (ou antissociais?).

Deu certo: o assunto principal do “júri” da Globo News – e dos demais programas da emissora - foi o encontro de Lula com Renato Duque no hangar de Congonhas, embora isso não tenha relação com o caso em julgamento.

Ninguém questionou o fato de não haver provas do tríplex.

Somente Eliane Cantanhede, a uma certa altura, ponderou que aquilo era muito pequeno para ser propina de um presidente da República, ao que seu colega Gerson Camarotti aduziu: “Mas é um símbolo”.

Símbolo do que ele não disse.

O interrogatório sobre o tríplex reforçou, portanto, a tese de que ele nunca foi de Lula, desmentindo a acusação de que era propina em contrapartida a contratos com a Petrobrás.

No entanto, ao mesmo tempo, também reforçou a sensação de que a decisão de condenar Lula já foi tomada por Moro.

Até para não decepcionar seus apoiadores: se absolver Lula será execrado e poderá virar boneco inflável em trajes de presidiário.

A esse ponto chegou a Justiça entre nós.

Moro é vítima de um instrumento que ele próprio criou. Ficou prisioneiro da turba que o apoia.

Depuseram Dilma sem provas, agora Lula corre o risco de ser condenado sem provas.

É assim que se implanta um regime de exceção.

Do 247

quarta-feira, 21 de março de 2012

Dilma deve deixar de ser refém de Sarney e Renan Calheiros, quer Lula

Escolhido para substituir Romero Jucá, inventor da profissão de líder de qualquer governo no Senado, o amazonense Eduardo Braga jura que Lula o transformou em testemunha solitária da mais assombrosa guinada da metamorfose ambulante. Durante a visita de Braga ao escritório político montado no Hospital Sírio-Libanês, o chefe da seita infestada de pecadores teria comunicado que apoia a excomunhão dos cardeais sem chances no Dia do Juízo Final. Trata-se da mais recente cruzada imaginária atribuída a Dilma Rousseff por jornalistas federais.

Segundo o visitante, o padrinho gostou de saber que a afilhada quer deixar de ser refém de gente como José Sarney e Renan Calheiros, e também está decidida a livrar-se das algemas impostas por contratos de aluguel. “Vale a pena essa luta, porque é uma boa luta”, Braga diz que Lula disse. O que deu na cabeça do chefe supremo para decidir que Dilma deve fazer o contrário do que ele faz desde 1° de janeiro de 2003? “O momento é de transformação”, Braga diz que Lula disse. “O país vive uma nova realidade econômica e social, por isso é fundamental a renovação e a instituição de novos métodos e práticas políticas”.

Na forma, o palavrório não tem parentesco com a retórica tosca do palanqueiro. E o conteúdo não rima com a folha corrida de quem ensinou que Jesus Cristo, se ressuscitar no Brasil, teria de fechar imediatamente um acordo com Judas Iscariotes. Eduardo Braga acredita ter presenciado um milagre. É só a vítima mais recente de um defeito de fabricação do ex-presidente: como não tem compromisso com o que diz, sempre diz o que o interlocutor gostaria de ouvir. E faz o que quer.

Do blog do Cutrim com informações de Augusto Nunes