Samba
e figurino sempre pelo ponto de vista dos dominados, desfile retratou diversos
momentos da história com destaque para última ala representando os paneleiros
feitos de fantoches e, no topo do carro alegórico, Michel Temer como “O Vampiro
Neoliberalista”.
O
desfile da Paraíso do Tuiuti foi muitíssimo bem elaborado, o enredo retratou a
escravidão e pôs todos os trabalhadores assalariados, como médicos,
engenheiros, faxineiras e qualquer outro, como escravos modernos. Ao contar a
história da exploração do homem pelo homem, abriu o desfile com uma comissão de
frente comovente, retratando os escravos, os pretos velhos e a redenção do
feitor que é transformado pela espiritualidade e liberta dos escravos.
Com
um desfile sem erro de história, bem concebido e construído, segundo a
historiografia. Retratou diversos momentos da história das civilizações
humanas, sempre pelo ponto de vista dos dominados. Lembrou que aleijadinho, no
penúltimo carro, é negro.
O
melhor ficou para a última ala e o último carro, que retrata os manifestantes
paneleiros, acima deles, diversas grandes mãos, formando um a imagem de
diversos fantoches, cujo o topo está representado por Michel Temer, cuja
fantasia é de um vampiro presidente. O nome do destaque foi dado de “O Vampiro
Neoliberalista”.
Atrás
de cada um dos manipulados, estão os trabalhadores segurando um CLT toda suja.
O carro tem em seu verso, olhando para trás, uma enorme CLT. A transmissão da
Globo fez mais de dois minutos de silêncio durante as últimas alas e o último
carro. O destaque, que representou Temer, foi um professor de história, Leo
Morais. O último carro chamava “Navio neo-tumbeiro”, que presenta a atualização
do tombadilho que transportava escravos no período escravocrata.
Outro
grande destaque, foi o carro representando a Lei Áurea, em uma réplica gigante
perfeita. Logo atrás do carro, as formas de escravidão moderna, cujas críticas
começaram em uma ala representando as favelas. Um desfile perfeito e comovente,
que levou a Sapucaí a cantar e aplaudir de pé, como poucas vezes se viu.
Por
Fábio St Rios Estudou Ciência da Computação, Engenharia
Metalúrgica na UFF, Engenheiro de Software, Desenvolvedor, Programador,
Hacketivista e Estudante de História na UniRio.
GGN