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segunda-feira, 12 de fevereiro de 2018

Paraíso do Tuiuti salva o Carnaval 2018, por Fábio St Rios

Samba e figurino sempre pelo ponto de vista dos dominados, desfile retratou diversos momentos da história com destaque para última ala representando os paneleiros feitos de fantoches e, no topo do carro alegórico, Michel Temer como “O Vampiro Neoliberalista”.
O desfile da Paraíso do Tuiuti foi muitíssimo bem elaborado, o enredo retratou a escravidão e pôs todos os trabalhadores assalariados, como médicos, engenheiros, faxineiras e qualquer outro, como escravos modernos. Ao contar a história da exploração do homem pelo homem, abriu o desfile com uma comissão de frente comovente, retratando os escravos, os pretos velhos e a redenção do feitor que é transformado pela espiritualidade e liberta dos escravos.
Com um desfile sem erro de história, bem concebido e construído, segundo a historiografia. Retratou diversos momentos da história das civilizações humanas, sempre pelo ponto de vista dos dominados. Lembrou que aleijadinho, no penúltimo carro, é negro. 
O melhor ficou para a última ala e o último carro, que retrata os manifestantes paneleiros, acima deles, diversas grandes mãos, formando um a imagem de diversos fantoches, cujo o topo está representado por Michel Temer, cuja fantasia é de um vampiro presidente. O nome do destaque foi dado de “O Vampiro Neoliberalista”.
Atrás de cada um dos manipulados, estão os trabalhadores segurando um CLT toda suja. O carro tem em seu verso, olhando para trás, uma enorme CLT. A transmissão da Globo fez mais de dois minutos de silêncio durante as últimas alas e o último carro. O destaque, que representou Temer, foi um professor de história, Leo Morais. O último carro chamava “Navio neo-tumbeiro”, que presenta a atualização do tombadilho que transportava escravos no período escravocrata. 
Outro grande destaque, foi o carro representando a Lei Áurea, em uma réplica gigante perfeita. Logo atrás do carro, as formas de escravidão moderna, cujas críticas começaram em uma ala representando as favelas. Um desfile perfeito e comovente, que levou a Sapucaí a cantar e aplaudir de pé, como poucas vezes se viu.
Por Fábio St Rios Estudou Ciência da Computação, Engenharia Metalúrgica na UFF, Engenheiro de Software, Desenvolvedor, Programador, Hacketivista e Estudante de História na UniRio.
GGN

sábado, 11 de fevereiro de 2012

CORSO DE TERESINA VAI PARA O GUINNESS BOOK COMO O MAIOR

Juiz do Guinness Book Michael Janela, julgando o Corso de Teresina

O tradicional Corso do Zé Pereira levou milhares de pessoas para a Avenida Marechal Castelo Branco, em Teresina. Uma multidão colorida, criativa e alegre. Fantasiados dos mais diversos tipos e personagens, os teresinenses aproveitaram esse que pode ser considerado o maior corso do mundo para se divertir.

Guerreiros romanos, homens das cavernas, policiais de elite, super-heróis, personagens de novelas, Chapolins, bebês, Tarzans... Impossível descrever todas as figuras representadas na avenida.

A manifestação popular é acompanhada por um juiz do Guinness Book. Michael Janela avalia se o corso de Teresina atende aos critérios para entrar nos registros do Livro dos Recordes. Segundo ele, existem no mundo vários desfiles com carros enfeitados, como em Flores, na Califórnia (EUA). A particularidade do que acontece no Piauí é a inscrição dos carros. "Por isso o Guinness está aqui", disse.
A prefeitura de Teresina, organizadora do evento, informa que 423 caminhões foram inscritos. Entretanto, a expectativa é que mais de mil carros participem da festa. O percurso total do corso é de 9,5km.

O prefeito Elmano Férrer acompanhou de perto a festa. Com um colar de havaiano e um capacete de operário, o gestor dançava ao lado dos foliões. "É uma festa que todo mundo participa, sem preconceito; é uma de confraternização linda”, declarou em entrevista à TV Cidade Verde.

Trânsito lento e congestionado
As ruas e avenidas que dão acesso à Avenida Marechal Castelo Branco foram interditadas. Foram interditados acessos pelas avenidas Higino Cunha, Barão Castelo Branco e pela Ponte Wall Ferraz.

O trânsito na Avenida Frei Serafim, a mais movimentada da cidade, ficou complicado. Caminhões do corso impediam a passagem de carros de passeio e ônibus. Um fila de coletivos com passageiros se formou no sentido “Centro/Zona Leste”. Não havia agentes da Strans organizando o trânsito na área.

Décadas de história
A brincadeira nasceu no Brasil no final do século XIX e teve seu auge no Piauí entre as décadas de 30 e 50. Na época, as donas e frequentadoras de cabarés da cidade trajavam as melhores roupas, alugavam caminhões e desfilavam pelas principais ruas e avenidas da cidade numa espécie de represália à discriminação que sofriam.

Com o projeto de revitalização do carnaval realizado pela Prefeitura de Teresina em 1997, batizado Reviver Carnaval, as audaciosas prostitutas da Paissandu ganharam homenagem com o "caminhão das raparigas". O desfile desse carro tornou-se tradição, sendo as prostitutas representadas por atrizes fantasiadas.

Aos poucos a brincadeira contagiou o folião teresinense, que comparece todos os anos com ou sem fantasia, em carros, caminhões, carroças, motos ou mesmo acompanhando a pé todo o percurso. Ficar nas ruas por onde passa o cortejo também é garantia de diversão.

Veja as bonitas imagens na reportagem fotográfica completa: clique aqui

Com informações do portal AZ