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Polícia Federal prendeu, na manhã desta quinta-feira (23), ex-chefe da Casa
Civil do Rio Régis Fichtner. A ação é mais uma fase da Operação Lava Jato no
Rio e um desdobramento das investigações da Operação Calicute, desencadeada em
novembro do ano passado e que resultou na prisão do ex-governador Sérgio
Cabral. Também foi preso o empresário George Sadala.
Além
de Fichtner e Sadala, também estão sendo cumpridos outros três mandados de
prisão, sendo dois para o mesmo suspeito. Os agentes também visam cumprir
mandados de condução coercitiva e de busca e apreensão.
Os
agentes chegaram ao endereço de Fichtner, um dos prédios mais luxuosos da
Avenida Vieira Souto, em Ipanema, pouco antes das 6h. O empresário Fernando
Cavendish também foi conduzido para prestar depoimento.
George
Sadala é um dos empresários que aparece em uma foto com o ex-governador Sérgio
Cabral em um restaurante em Paris. A foto ficou conhecida como Farra dos
Guardanapos. Sadala era um dos sócios de empresas suspeito de explorar o
serviço Rio Poupa Tempo e também era representante de um banco que fazia
empréstimos consignados para servidores públicos.
Quem
mora no mesmo prédio é Alexandre Accioly, empresário que é dono de uma
rede de academias, que vai ser intimado a depor. Ainda não se sabe qual é o
tipo de ligação que Aciolly tem com o esquema de corrupção que o Ministério
Público investiga.
Amigo
de Aécio,– ele é padrinho de um dos filhos do senador –, e de Luciano Huck,
de que é sócio na
rede BodyTech, Accioly também foi citado pelo ex-diretor da área de energia
da Odebrecht, Henrique Serrado do Prado Valladares, como intermediário de
vantagens indevidas pagas ao político mineiro, com uma conta em Cingapura.
“Nunca recebi depósito em favor de terceiros em conta alguma no Brasil ou no
exterior”, disse em nota divulgada em abril, quando o caso foi divulgado.
DCM