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quarta-feira, 28 de novembro de 2018

SUÍÇA ENVIA DOCUMENTOS DE R$ 43,2 MILHÕES DE TUCANO SOBRE CAMPANHA DE SERRA EM 2010

Campanha de José Serra em 2010 - Foto: Arquivo/Divulgação 
Não era apenas o ex-diretor da Dersa (Desenvolvimento Rodoviário S/A), Paulo Vieira de Souza, reconhecido como o operador de propinas do PSDB e também chamado de Paulo Preto, o único tucano que mantinha milhões em contas ocultas na Suíça. O ex-deputado, ex-presidente do PSDB do Rio de Janeiro (1993) e empresário Ronaldo Cezar Coelho admitiu que recebeu 6,5 milhões de euros para atuar na campanha de José Serra à Presidência em 2010. Mas os montantes de todo o esquema poderiam ultrapassar R$ 43,2 milhões. 
A informação não é de agora, mas o nome do empresário estava mantido em sigilo. O correspondente Jamil Chade, do Estadão, revelou ainda em abril o teor do depoimento do empresário à Polícia Federal, admitindo o recebimento da quantia. Agora, as autoridades suíças repassaram todos os documentos e detalhes sobre as contas do empresário para integrar a investigação, que avança em segredo de Justiça, contra o financiamento da campanha de José Serra em 2010. 
Essa cooperação do Brasil com a Suíça vem sendo mantida desde 2014, a comando do procurador-geral do país europeu, Michael Lauber. Em um primeiro momento, estava na mira o ex-diretor da Dersa. No caso relacionado a Paulo preto, provas bancárias também foram enviadas pelos investigadores suíços, apontando R$ 113 milhões em contas ocultas no país.  
Na investigação do considerado operador do PSDB a entrega das provas ocorreu de maneira espontânea pela Suíça, não partindo de um pedido do Ministério Público Federal brasileiro. Até então, Paulo Preto tentava evitar esse envio de comprovantes, desde 2017, o que foi negado pela Suprema Corte da Suíça há dois meses. 
Por outro lado, os investigadores suíços informaram ao repórter Jamil Chade que ambos casos não são uma continuidade, mas apurações separadas. Apesar da relação de Paulo Preto com caciques tucanos, como o próprio José Serra, a investigação do empresário Ronaldo Coelho é direta para acusar irregularidades e esquema de corrupção envolvendo o financiamento de campanha de Serra ao Planalto, em 2010. 
De acordo com os cálculos dos suíços, que bloquearam ativos em contas identificados no país desde 2017, as quantias chegariam a R$ 43,2 milhões, o "equivalente a mais de 10 milhões de francos suíços, valor total pago em uma base de corrupção entre 2006 e 2012", informaram as autoridades daquele país. 
Deste total, alguns repasses ocorreram no valor de R$ 6,25 milhões e outros atingindo 3,75 milhões de euros, entre os anos de 2009 e 2010. A resposta dada pelo empresário sobre essas quantias foi que estes depósitos teriam relação aos gastos de aviões que ele emprestou para a campanha do PSDB à Presidência há oito anos. E o dinheiro seria um "reembolso" do partido pelas viagens a jatos.  
Mas os todos os documentos e comprovantes das quantias foram enviadas agora pela Suíça ao Brasil, para que os procuradores brasileiros prossigam com a investigação sobre o financiamento supostamente ilegal da campanha de José Serra. Ao repórter, o tucano não respondeu. 
GGN

sexta-feira, 2 de março de 2012

Os políticos que tiveram as contas reprovadas em 2010 estão inelegíveis

Decisão é do Tribunal Superior Eleitoral; ao menos 21 mil candidatos estão nesta situação.

O Tribunal Superior Eleitoral (TSE) decidiu na noite desta quinta-feira que os candidatos que tiveram as contas da campanha eleitoral de 2010 rejeitadas estão inelegíveis. A decisão foi tomada por maioria de votos (4x3).

Nas eleições passadas, bastava o político apresentar as contas, rejeitadas ou não para conseguir o direito de se candidatar.

A decisão vale para quem teve problemas nas eleições de 2010, no entanto, ela poderá alcançar também candidatos que tiveram problemas de campanha em pleitos anteriores. Casos mais antigos serão analisados particularmente.

A resolução definiu ainda as regras para a arrecadação e os gastos de recursos por partidos políticos, candidatos e comitês financeiros bem como para prestação de contas da utilização desses valores.

Ao apresentar seu voto, a ministra Nancy Andrighi defendeu a exigência não apenas da apresentação das contas, como ocorreu nas eleições de 2010, mas também da sua aprovação pela Justiça Eleitoral para fins de obter a certidão de quitação eleitoral.

“O candidato que foi negligente e não observou os ditames legais não pode ter o mesmo tratamento daquele zeloso que cumpriu com seus deveres. Assim, a aprovação das contas não pode ter a mesma consequência da desaprovação”, disse a ministra.

Ela destacou ainda que existem cerca de 21 mil candidatos que tiveram contas reprovadas e que se encaixam nessa situação.

Com informações do IG