Moro teme
que circo que armou para Lula pegue fogo
Sergio Moro
divulgou vídeo no perfil que sua mulher criou no Facebook para cultuá-lo no
qual pede a seus fãs que não compareçam a disputa que o magistrado mesmo marcou
quando decidiu tomar o depoimento de Lula na sede da Justiça Federal em
Curitiba.
Para quem
não assistiu a essa fala de Moro, vale a pena ver no vídeo abaixo a edição que
o Blog da Cidadania fez do pronunciamento do magistrado.
Alguns estão
dizendo que Moro está com medo de perder de Lula em número de manifestantes ou
até de não haver manifestantes do seu lado. Na análise desta página, porém, não
é isso o que move o magistrado. Assista aqui.
Não dá para
subestimar o antipetismo dos curitibanos. Movimentos fascistas como o MBL,
financiados pelo governo Temer, certamente iriam, em caravana, somarem-se ao
antipetismo da Morolândia.
E não acho
que os fascistas irão desistir de irem brigar com os “comunistas” que lhes
tiram o sono.
O mais
provável, portanto, é que ocorra um grande trauma no centro de Curitiba em um
dia útil, com uma guerra campal entre simpatizantes do ex-presidente Lula e do
juiz Moro, caso os fãs do magistrado não o escutem.
Moro teme as
consequências de sua insensatez ao alardear aos quatro ventos que ouviria Lula
pessoalmente em Curitiba.
O que ele
podia ter feito para evitar choques que podem vir a ter consequências trágicas?
Muita coisa. Em primeiro lugar, poderia ter marcado um depoimento sigiloso.
Ou ouvir
Lula por teleconferência.
Ou escolher
local que não fosse tão fácil de manifestantes acessarem.
Moro está
fazendo a mesma coisa que na condução coercitiva de Lula, em 4 de março do ano
passado. Marcou depoimento de Lula em um aeroporto, local de fácil acesso, e
deu ampla publicidade.
O que fica
parecendo é que o magistrado não esperava tal mobilização em torno de Lula, mas
a inteligência da ditadura vigente já o informou do que ele não sabe, que Lula
é o maior líder político deste país e ninguém permitirá que seja massacrado por
hordas fascistas.
O juiz
Sergio Moro deveria desmarcar esse depoimento público e realizá-lo de novo em
local, dia e hora não divulgados. Poderia evitar uma tragédia. Não adianta ele
se dirigir aos descerebrados que o seguem. São fascistas e fascistas querem
confronto.
Do Blog da Cidadania