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quinta-feira, 24 de maio de 2012

Greenpeace suspende protesto e libera navio ancorado na baía de São Marcos

Depois de dez dias bloqueando a âncora do cargueiro Clipper Hope para impedir que o navio fosse carregado com ferro gusa no complexo portuário do Itaqui, os ativistas do Greenpeace suspenderam a ação na manhã desta quinta-feira (24) em sinal de boa vontade, esperando por resultados positivos em audiência pública em Brasília.

A reunião com representantes do governo e da indústria do gusa foi convocada pela Comissão do Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável da Câmara, após denúncias de ilegalidades no setor. Às 10h, a última ativista pendurada à âncora, Elissama Menezes, 20, voltou para o Rainbow Warrior.


O bloqueio ao navio cargueiro teve início no dia 14 de maio. Nesse mesmo dia, o Greenpeace divulgou o relatório “Carvoaria Amazônia”. Resultado de dois anos de investigação, o documento mostra como a produção de carvão vegetal na região de Carajás está associada à extração ilegal de madeira, uso de trabalho análogo ao escravo e invasão de terras indígenas. O carvão é elemento fundamental na produção de ferro gusa. Este, por sua vez, é principalmente exportado para os Estados Unidos, onde vira aço para a produção de veículos por grandes montadoras.



Na semana passada, o Greenpeace protocolou uma denúncia no Ministério Público Federal do Maranhão, que abrirá uma investigação sobre os indícios apontados no relatório.



A atriz de Hollywood Q’orianka Kilcher, que ficou famosa após interpretar Pocahontas no filme “O novo mundo”, também estrelado por Colin Farrel, esteve pendurada na âncora do cargueiro no dia 21.


Fonte: O Imparcial

quinta-feira, 17 de maio de 2012

Greenpeace entrega relatório ao MPF de desmate no setor produtivo do ferro gusa

Greepeace no MPF/MA
O Ministério Público Federal no Maranhão (MPF/MA) recebeu relatório elaborado pelo Greenpeace denunciando desmatamento, trabalho análogo à escravidão e invasão de terras indígenas na cadeia produtiva do ferro gusa. Em posse do relatório, o MPF/MA irá abrir inquérito civil público para apurar as denúncias.

O relatório "Carvoaria Amazônia: como a indústria de aço e ferro gusa está destruindo a floresta com a participação de governos" foi entregue ao procurador da República, Alexandre Soares. Dentre as organizações da sociedade  civil presentes na entrega do documento, participaram representantes do Conselho Indigenista Missionário (CIMI), Fórum Carajás e a rede Justiça nos Trilhos.

De acordo com o MPF, o primeiro passo após o recebimento do relatório é abrir inquérito civil público para apurar as irregularidades. "Se as denúncias forem comprovadas, o MPF/MA irá propôr ações civis e criminais para punir os responsáveis e viabilizar a recuperação das áreas degradadas", relatou o procurador.

Em protesto contra o desmatamento da Amazônia, ativistas do Greenpeace completaram 48 horas no revezamento de se pendurar na corrente do navio Clipper Hope. A ação tenta impedir o embarque de 30 mil toneladas de ferro gusa (matéria prima do aço ou ferro fundido) no cargueiro que está ancorado na baía de São Marcos, em São Luís (MA).

Denúncias - De acordo com relatório elaborado pelo Greenpeace, a cadeia produtiva do ferro gusa provoca degradação ambiental e humana na região da Amazônia, Carajás. A organização denuncia a extração ilegal de madeira para produção de parte do carvão utilizado no processamento do ferro gusa, componente primário na fabricação de aço para a indústria automobilística.

Ainda segundo o relatório, mão de obra análoga à escravidão seria utilizada nas carvoarias, além da prática de outros crimes, tais como a invasão das terras indígenas, poluição ambiental, dentre outros.

Com Informações do Imparcial

quarta-feira, 16 de maio de 2012

Greenpeace entra no terceiro dia de protesto e navio ainda não foi carregado

Navio cargueiro
O protesto da Organização Não-Governamental Greenpeace completa quase 60 horas na tarde desta quarta-feira (16). Os integrantes da ONG estão presos na corrente da âncora para impedir que ela seja recolhida e o nacio cargueiro Clipper Hope seja carregado com mais de 31 mil toneladas de ferro gusa.

Quando ia completar 48 horas de protesto dos ativistas do Greenpeace, por volta das 9h30 desta quarta-feira (16), o diretor da campanha Amazônia, Paulo Adario, vestiu capacete, macacão e também se prendeu à corrente da âncora.

Premiado, no fim do ano passado, como "Herói da Floresta", Adario é mais um entre os ativistas que estão se revezando no bloqueio. O navio em questão seguiria para o Porto de Itaqui, em São Luis, onde seria carregado com 31 mil toneladas de ferro gusa - matéria-prima que é exportada para os EUA, onde vira aço usado na fabricação de veículos.

A investigação que foi divulgada pelo Greenpeace, nesta segunda-feira, mostra que a produção de ferro gusa tem deixado para trás um rastro de desmatamento, uso de trabalho análogo ao escravo e ameaça a povos indígenas.

O Imparcia

segunda-feira, 14 de maio de 2012

São Luís do MA é sede de protesto do Greenpeace contra o ferro gusa, confira

Barco do Greenpeace

Desmatamento, invasão de terras indígenas e trabalho escravo. Foi contra esse cenário que o Greenpeace protestou hoje (14): a 20 quilômetros da costa de São Luís (MA), ativistas escalaram e bloquearam a âncora de um navio que estava prestes a receber toneladas de ferro gusa que seriam levadas aos Estados Unidos, com um banner escrito “Dilma, desliga a motosserra”. Largamente exportado para aquele país, onde vira aço para a fabricação de carros, o ferro gusa carrega destruição e violência em sua cadeia de produção. As evidências estão no relatório “Carvoaria Amazônia”, divulgado hoje pelo Greenpeace.

O protesto no mar, que começou nesta manhã, em frente à capital maranhense levanta questões embaraçosas sobre o comprometimento da presidente Dilma Rousseff e seu governo quanto à proteção ambiental às vésperas da Rio+20, a cúpula da ONU sobre clima, biodiversidade e desenvolvimento sustentável que começa oficialmente no dia 20 de junho, no Rio de Janeiro.

Foto: Marizilda Cruppe/Greenpeace
Greenpeace em alto mar em cargueiro de ferro gusa

Dependentes de grandes quantidades de carvão vegetal para alimentar seus fornos, onde o minério de ferro se transforma em ferro gusa, siderúrgicas como Viena – dona da carga do navio – e Sidepar negociam com carvoarias repletas de irregularidades no Maranhão e no Pará. A lista inclui a extração ilegal de madeira e o uso de trabalho análogo ao escravo. Apesar de a investigação ser um pequeno recorte da cadeia de produção, tanto Viena quanto a Sidepar exportam quase 80% do ferro gusa que produzem na Amazônia para os EUA, onde vira aço usado por montadoras de veículos americanas.

A denúncia deixa claro que os compromissos de proteção ambiental e social da presidente Dilma, que ela quer usar como marketing na Rio+20, não têm reflexo na realidade da Amazônia. “Enquanto o governo Dilma vende a imagem de país verde e moderno às vésperas da Rio +20, esta região está virando carvão para alimentar as indústrias de ferro gusa e aço, que espalham o que há de mais arcaico e predatório pela Amazônia”, diz Paulo Adario, diretor da campanha Amazônia do Greenpeace, a bordo do navio Rainbow Warrior, que está em São Luis. “É uma vergonha que o país ainda seja complacente com uma produção cheia de ilegalidades e que leva à destruição da floresta e de seus povos”.

Para se produzir carvão, é preciso madeira. E nessa região de Carajás, onde a Vale explora o maior estoque de minério de ferro do planeta, os últimos lugares onde se vê floresta são áreas protegidas, a maioria terras indígenas. As áreas são constantemente invadidas por madeireiros e carvoeiros, com casos frequentes de violência.

Encurralados no sul do Maranhão, o povo Awá-Guajá são um exemplo dos impactos provocados pela expansão dessa indústria na região. Grupo nômade que se dedica à caça e à coleta de produtos florestais, os Awá, reduzidos a cerca de 400 indivíduos, são hoje considerados um dos povos indígenas mais ameaçados do mundo.

“A presidente Dilma precisa agir imediatamente para garantir a sobrevivência dos povos indígenas da região, identificando e punindo os invasores das terras”, disse Paulo Adario. “Esses problemas acontecem há anos. E o governo, ao invés de resolvê-los, passa seu tempo em Brasília negociando com o Congresso a destruição das leis ambientais do país”.

Navio-símbolo do Greenpeace, o Rainbow Warrior está no Brasil para participar do lançamento da campanha da organização pelo Desmatamento Zero, que pretende recolher 1,4 milhão de assinaturas de eleitores para uma lei de iniciativa popular pelo fim do desmatamento, inspirado na mobilização pública que resultou na Lei da Ficha Limpa.

O relatório do Greenpeace é mais um elemento que põe em dúvida o comprometimento de Dilma com o meio ambiente. “Desmatamento e trabalho escravo não cabem num Brasil moderno. Se Dilma quer manter a boa reputação brasileira na defesa do meio ambiente, ela deve continuar o trabalho que Lula começou, defendendo a Amazônia e seus povos”, afirmou Adario. “Mas com o cenário que estamos assistindo – e que inclui a aprovação, pelo Congresso, de um Código Florestal que permite mais desmatamento – fica difícil manter essa imagem”.

Informações da Midia Digital