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terça-feira, 7 de agosto de 2012

Greve persistente na UFMA ainda impede matrícula de aprovados em vestibular


Reitor entrou em contato com o Ministério da Educação, para saber qual providência tomar diante da situação de impasse.

A greve nacional  de professores das universidades federais já dura 50 dias e começa a causar transtornos maiores com a adesão dos técnicos-administrativos, que paralisaram 80% das atividades a partir do último dia 19 de junho. Segundo denúncias, os técnicos não estão aceitando matrículas de calouros aprovados no último vestibular.

Cerca de 896 candidatos aprovados na lista de espera do Sisu (referente ao segundo semestre de 2012), que deveriam realizar suas matrículas, não tiveram como efetuar o processo porque foram impedidos pelos técnicos-administrativos. Segundo a Pró-reitoria da UFMA, no total, são 1.779 candidatos à espera de efetuarem suas matrículas, em cumprimento do edital Nº 115/2012.

Em nota oficial, o reitor Natalino Salgado, se pronúnciou sobre o ocorrido, declarando que entrou em contato com o Ministério da Educação, para saber qual providência tomar diante da situação de impasse.

Juntamente com isso, o reitor disse que buscará outras medidas com o movimento, sem cercear os direitos dos grevistas, mas pensando também nos alunos que estão sendo prejudicados.

A aluna Brenda Lopes, 21 anos, que conseguiu aprovação para o Curso de Ondotologia, relatou a O Imparcial que chegou às 9h da manhã, desta segunda-feira, e encontrou os funcionarios protestando na universidade. Os funcionários grevistas, segundo ela, promoveram um apitaço e ao mesmo tempo informaram que não iriam fazer matrícula por conta da greve e que só fariam os registros quando entrassem em acordo com o MEC.

Logo depois, os alunos presentes foram informados que não tinha havido acordo e que, portanto, as matriculas estavam suspensas.

"Eles deveriam pelo menos ter avisado, pois a UFMA comunicou sobre o prazo das matrículas que seriam nos dias 06 e 07, e quando chegamos aqui não podemos nos matricular", indigna-se. A aluna se diz frustada. "Depois de tanto tempo dedicado aos estudos e agora não ter uma definição sobre a sua matricula na instituição. É frustrante", comentou.

De acordo com o líder do movimento grevista, Mariano Azevedo, essa foi uma forma dos grevistas se fazerem ouvir, já que a articulação é um movimento nacional para a abertura de negociação com o Ministério do Planejamento, visto que, neste momento, 80% das atividades administrativas da Universidade estão paralisadas.

Segundo o Diretor do Departamento de Organização Acadêmica, Manoel Barros, a infraestrutura necessária para realização do processo de matrículas não foi inviabilizada com o movimento greviste. De todo modo, os funcionários aguardam o encaminhamento do MEC para dar prosseguimento às atividades no local.

Fonte: O Imparcial

quarta-feira, 18 de julho de 2012

Professores da UFMA optam por dar continuidade à greve


Professores da UFMA optam por dar continuidade à greve
Professores da Universidade Federal do Maranhão seguem orientação da base nacional e optam por continuar greve, iniciada no dia 22 de maio último.

Professores da Universidade Federal do Maranhão (UFMA) realizaram assembleia para discutir o índice de reajuste oferecido pelo Governo Federal. A reunião se estendeu pela noite e pretendia definir a continuidade ou não do movimento grevista. Ocorre que, a direção local seguiria o entendimento da base nacional: de permanecer com a greve, apesar da proposta. O governo ofereceu reajuste que chegaria a até 45% no prazo de três anos, a contar de julho de 2013, mais redução dos níveis da carreira, reivindicado pelos docentes. Mas, para o Sindicato Nacional dos Servidores Federais da Educação Básica (Sinasefe), a proposta trará perda salarial para a maioria das categorias, pois o reajuste será menor que a inflação. A greve dos professores e servidores das instituições federais completa dois meses.

O sindicato também critica o Plano de Cargos de Carreiras apresentado pelo Governo, que, segundo a categoria, exigiria dos professores mestres que obtivessem outros títulos, como um doutorado para avançar nas carreiras. O comando local reivindica a autonomia e democratização da universidade; qualidade no ensino, pesquisa e extensão; discussão quanto à terceirização do Hospital Universitário; critérios da interiorização; e melhores condições de trabalho. Em âmbito nacional a categoria luta pela reestruturação da carreira para que sejam unificadas as funções e subdivididas em três níveis e reajuste salarial compatível com a inflação.

A pauta de reivindicações da categoria inclui ainda reposição salarial de 4% firmada em acordo no ano passado; incorporação da gratificação aos salário-base, cuja data final foi 31 de março último; reposição salarial de 22,08%; unificação das carreiras de docente da rede federal do ensino básico/tecnológico e superior; reestruturação da carreira de professor federal; paridade entre ativos, aposentados e pensionistas; melhoria nas condições de trabalho; e contra a privatização da saúde pública. Os professores querem também maior participação dos conselhos como instituições deliberativas e não apenas consultivas, conforme vem ocorrendo atualmente.

Fonte: O Imparcial

sábado, 9 de junho de 2012

Período letivo da UFMA poderá ser suspenso devido a greve

Movimento grevista da Apruma aguarda definição de reunião com a reitoria para anunciar a suspensão das aulas deste semestr.
 O período letivo na Universidade Federal do Maranhão (UFMA) pode ser suspenso. O pedido é da direção da Associação de Professores da Universidade Federal do Maranhão (Apruma - Seção Sindical do ANDES). A categoria aguarda a definição de reunião com a reitoria da universidade para incluir o pedido na pauta de temas. A justificativa da direção da Apruma é que, com a suspensão, alunos que apoiam o movimento grevista não serão prejudicados. A categoria se compromete a repor todas as atividades assim que encerrar a greve. "Já temos o apoio da reitoria. O que queremos é que o movimento possa receber as adesões dos alunos que concordam com nossa pauta e não sejam prejudicados, pois, há professores aplicando provas mesmo com o movimento em curso", explicou a professora e diretora da Apruma, Marízia Ribeiro. Os professores da UFMA estão parados desde o dia 22 de maio, seguindo o movimento nacional de greve das universidades federais.

Durante todo o movimento a categoria tem se reunido para discutir os avanços da greve e realizando mobilizações em visita aos campi na capital e interior, debates com docentes e alunos e levando o tema às mídias locais. Nesta segunda-feira pela manhã, professores farão panfletagem no campus da UFMA e à tarde, a partir das 15h30, a categoria se reúne em assembleia no Auditório Ribamar Carvalho, Área de Vivência da UFMA. O objetivo é discutir os rumos da greve e avaliar o movimento. Segundo a Apruma, no interior a adesão chega a 90% e na capital, 80%. Além de São Luís, entre os polos da UFMA que aderiram à greve estão o de Imperatriz, Chapadinha, Pinheiro, Grajaú, e Codó.

Nacionalmente, 48 das 59 universidades federais aderiram ao movimento. As instituições que ainda não aderiram ao movimento a Apruma atribui a questões internas das universidades e ao fato de parte destas pertencer a outra entidade sindical. As instituições de Goiás, Rio Grande do Norte e Bahia ainda permanecem no impasse, mas devem aderir em breve, é o que prevê a diretora da Apruma. "A categoria quer fortalecer o movimento e se articula para somar à categoria. A tendência que vemos é de adesão 100% em curto espaço de tempo", ressaltou Marízia Ribeiro.

Fonte: O Imparcial

segunda-feira, 6 de fevereiro de 2012

NOTAS DE ALUNOS TAMBÉM FORAM FRAUDADAS NA UFMA

Professor de Filosofia afirma que caderneta de notas de alunos da Universidade Federal do Maranhão foram adulteradas. Caso será investigado pela PF.
Mais uma instituição de ensino superior do estado se vê às voltas com denúncias de fraudes envolvendo notas de alunos. Desta vez é Universidade Federal do Maranhão (UFMA), a maior e mais tradicional do estado. De acordo com informações do professor Ayala Gurgel, do Curso de Filosofia, aconteceram nos últimos anos sete casos de alteração de notas de alunos. O mais recente, segundo ele, ocorrido no semestre passado, teria acontecido com uma aluna do que não havia feito prova e mesmo assim a nota foi lançada na caderneta. Dos sete casos abordados pelo professor através da página pessoal no microblog Twitter (twitter.com/AyalaGurgel), apenas este último não foi formalizado por denúncia no Conselho Universitário (Consun). E ainda, Ayala disse que tem como provar o que vem denunciando há algum tempo na instituição de ensino. 

"Tenho as cadernetas que comprovam as denúncias feitas no Conselho. Elas estão rasuradas. As coisas por lá acontecem assim, de forma artesanal, sem nenhuma preocupação, já sabendo que as denúncias não vão ser levadas a sério", disse. Ainda de acordo com o professor Ayala, o primeiro caso no qual percebeu anormalidade em lançamento de notas teria acontecido no Departamento de Artes, há mais de 10 anos, quando uma aluna foi reprovada na disciplina e posteriormente apareceu com nota indicando aprovação. Neste caso, segundo ele, a aluna também era funcionária da universidade, o que na análise dele teria facilitado acesso aos registros de notas da instituição. Naquele momento, Ayala julgou o caso como um fato isolado.

"Essa aluna refez a prova e foi aprovada. Este foi o primeiro caso que percebi, mas naquele momento pensei que era um fato isolado. Um colega do Curso de Medicina também comentou comigo sobre um caso semelhante. Então percebi que havia alguma coisa errada", disse Ayala. No caso mais recente, segundo ele, a aluna que não fez a prova entrou com um processo, em branco, fato que fez ele não aceitar o documento. Posteriormente o mesmo documento teria sido entregue com rasuras.

"O documento estava em branco e isso não pode acontecer em um processo. Não aceitei e devolvi. Logo depois ele - o documento - estava rasurado, provavelmente alterado e não aceitei. Mas a nota foi lançada. Tenho como provar. Tenho as cadernetas", disse. O filósofo e tanatologista, professor Ayala Gurgel, autor de livro e artigos na área de Tanatologia, Saúde Mental, Metodologia, Ética e Bioética, disse que está tranqüilo quanto ao que foi levado à público através das redes sociais. Segundo ele tudo já foi formalizado.

"Estou tranqüilo. Acho que isso não vai gerar polêmica. Na verdade tudo isso que eu falei já foi formalizado, através de denúncia no Consun", disse. O professor deixou claro no Twitter que cinco dos casos haviam acontecido durante a gestão do Reitor Fernando Ramos; um na de Barroqueiro e o mais recente na de Natalino Salgado. Ayala reforçou ainda outro caso, desta vez envolvendo plágio em tese de doutorado.

Apuração
Em nota, a UFMA disse que o professor Ayala será chamado para provar o que disse e que a instituições tomará as medidas cabíveis, tanto se forem comprovadas ou não as denúncias do professor.

Segundo a assessoria de comunicação da UFMA, se as denúncias do professor não encontrarem sustentação, ele será indiciado judicialmente. A nota da UFMA ressalta ainda que toda denúncia sem provas documentais, seja ela feita em redes sociais ou em quaisquer outros canais de comunicação, caracteriza mera leviandade.

"Mais do que falar ou, nesse caso, escrever, é preciso está legalmente respaldado para garantir a imparcialidade na apuração dos fatos", ressalta a nota, dizendo ainda que "ações como essa em nada engrandecem a Instituição ou potencializam a lisura de seus processos, pelo contrário, contribuem para uma divulgação negativa da imagem da UFMA com base em posturas individualistas e amorais".

A nota aponta também que uma determinação da Administração Superior da UFMA garante que casos assim sejam apurados rigorosamente pelos setores competentes para identificação e punição jurídica, administrativa e/ou pedagógica dos possíveis responsáveis. A Reitoria, segundo a assessoria promove ações de moralização dos processos produtivos na instituição federal no Maranhão, inclusive, com casos de professores demitidos por desleixo e/ou fraco desempenho, bem como concursos anulados para evitar eventuais prejuízos aos candidatos. Finalizando a manifestação da UFMA, a nota põe em questão a curiosa "aparição de denúncia" logo após um caso recente em outra instituição e ainda, "que esse docente - professor Ayala Gurgel - já foi afastado das atividades na UFMA em decorrência de posturas não éticas que ferem os princípios sob os quais está assentada a maior e mais antiga IES do Maranhão. O caso deve ser acompanhado pela Polícia Federal.

Caso Uniceuma
Cerca de 600 estudantes do Uniceuma teriam contratado os serviços de adulteração de notas feita por um funcionário, de acordo com a polícia. Um inquérito foi aberto pela Superintendência Especial de Investigação Criminal (Seic), e os alunos supostamente envolvidos na fraude serão submetidos ao Conselho de Ética da instituição.

Até o momento nenhum estudante foi punido formalmente e nenhum funcionário afastado. Cerca de 20 estudantes foram interrogados pela polícia. Todos negaram envolvimento e disseram não ter conhecimento das adulterações. Três funcionários ligados ao sistema de informática também foram ouvidos, mas também negaram participação. Para o delegado Breno Galdino, a fraude pode ter rendido aos envolvidos pelo menos R$ 3 milhões, considerando a média de R$ 1 mil por nota adulterada pelo menos cinco vezes por aluno.

Os envolvidos podem responder por estelionato e o condutor da fraude por estelionato e formação de quadrilha. As denúncias foram feitas no início da semana passada, envolvendo um homem identificado apenas como "Guru", que seria o "chefe do esquema". Ainda de acordo com as denúncias, os valores pelo serviço variavam entre R$ 1.500 e R$ 1.700. 

Adalberto Júnior PARA O IMPARCIAL