Foto de Lula Marques, via Fotos
Públicas, registra o relator da denúncia contra Temer na CCJ, Sérgio Sveiter (PMDB-RJ)
entre colegas.
Deputados do PT vão à PGR contra
Temer por compra de votos
Parlamentares
do Partido dos Trabalhadores (PT) anunciaram, nesta terça-feira (4), que
apresentarão denúncia à Procuradoria-Geral da República contra Michel Temer.
Paulo
Pimenta (RS), Wadih Damous (RJ) e Paulo Teixeira (SP) acusam Temer de usar o
cargo de Presidente da República para compra de votos contra a denúncia em que
é alvo na Câmara dos Deputados.
Os deputados
apontam a Michel Temer a prática dos crimes de corrupção ativa e passiva e
organização criminosa, além de fatos que atentam contra a moralidade e a
administração pública.
A denúncia
será formalizada à PGR nesta quarta-feira (5).
Segundo os parlamentares,
a prática de Temer pode ser compreendida como uma “continuidade delitiva”, uma
vez que ele já foi denunciado por crime de corrupção.
“As notícias
demonstram que as deletérias e criminosas práticas a ele atribuídas pelo PGR
não só não cessaram como podem estar em plena atividade”, afirmam.
Além disso,
os petistas alertam à PGR para o fato de que é preciso uma resposta urgente
“sob pena de viciar o processo de análise da denúncia pela Câmara com eventual
prática de compra de votos”.
Nesta terça-feira,
a imprensa noticiou a ofensiva de Michel Temer sobre o Congresso. Conforme
agenda divulgada pelo Palácio do Planalto, Temer recebeu, ao longo do dia, 22
parlamentares de diferentes partidos.
“Justamente
na data em que a CCJ da Câmara dá início ao processo contra Temer, ele passa o
dia recebendo deputados indecisos. Está evidente que ele está usando a máquina
do governo para comprar votos e fazer chantagens e pressão sobre
parlamentares”, protestou o deputado Pimenta.
Um
levantamento publicado nesta terça por uma agência internacional de notícias
revelou que o governo Temer liberou R$ 4,2 bilhões em emendas somente no mês de
junho.
Esse
montante é quatro vezes maior a todo valor que foi liberado de janeiro a maio
de 2017, cerca de R$ 1 bilhão. Para os deputados petistas, essa é mais uma
prova de que Temer usa o cargo para comprar votos contra sua denúncia.
No dia 26 de
junho, o procurador-geral da República, Rodrigo Janot, denunciou Michel Temer,
ao Supremo Tribunal Federal, por corrupção passiva.
O STF, por
sua vez, remeteu à Câmara dos Deputados, que vai decidir pela admissibilidade
da denúncia.
Viomoundo