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terça-feira, 11 de julho de 2017

Senadores aprovam reforma trabalhista e destroem a CLT

Após longas horas de protesto e resistência de senadoras da oposição, que ocuparam a mesa da presidência do Senado para impedir a votação da reforma trabalhista de Michel Temer, os senadores aprovaram o texto-base da proposta por 50 votos a 26.

A proposta do governo Temer restringe direitos históricos dos trabalhadores. Entre as medidas de maior destaques estão o acordado entre empregados e empresários sobre o legislado, o que deixa em segundo plano os direitos previstos na legislação.

Após a aprovação do texto-base, os senadores passam a analisar destaques que podem alterar o conteúdo final do texto, o que obrigaria que a matéria voltasse para a Câmara dos Deputados.

A votação da proposta foi adiada por quase sete horas devido ao protesto das senadoras pedindo alterações no texto. O governo de Michel Temer não quer que a matéria seja alterada para evitar que retorne à Câmara, que atualmente está às voltas com a análise da denúncia de corrupção passiva contra o peemedebista.

Ex-líder do PMDB, agora integrante da oposição, o senador Renan Calheiros (PMDB-AL) lembrou que o governo não tem legitimidade para aprovar a reforma. "Muitas vezes a virtude está na minoria. Foi o que aconteceu nesta noite", disse.

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segunda-feira, 19 de junho de 2017

Nesta quarta, deputados e senadores lançam Frente em defesa da soberania nacional

Foto: Divulgação

Na próxima quarta-feira (21), mais de 200 deputados e 18 senadores irão lançar a Frente Parlamentar Mista em Defesa da Soberania Nacional. O objetivo da frente é unir os parlamentares contra medidas adotadas pelo governo de Michel Temer e que são consideradas um atentado à soberania do Brasil.

Entre as medidas criticadas, estão o desmonte da Petrobras, o esvaziamento da indústria nacional, a permissão da venda de terras para estrangeiros, a internacionalização de serviços públicos como saúde e educação e a abertura do Brasil ao oligopólio internacional de insumos agrícolas, além da adoção de uma política externa classificada como submissa.

Em sua comissão executiva, a Frente Parlamentar conta com os senadores Roberto Requião (PMDB-PR) e Vanessa Grazziotin (PCdoB-AM) e os deputados Patrus Ananias (PT-MG),  Glauber Braga (Psol-RJ), Celso Pansera (PMDB-RJ), Afonso Motta (PDT-RS) e Odorico Monteiro (PSB-CE).

Em manifesto, a Frente defende a exploração eficiente dos recursos minerais, a construção de infraestrutura para desenvolver o país, a contribuição da agricultura para a alimentação do povo e para as exportações, um sistema de crédito que favoreça o capital produtivo nacional, uma política externa independente, entre outros pontos.

Também participarão do ato de lançamento da Frente os ex-ministros Luiz Carlos Bresser-Pereira e Celso Amorim.

Leia a íntegra do manifesto abaixo:
MANIFESTO PELA SOBERANIA NACIONAL

1. O fundamento da democracia brasileira é a soberania, inscrito solenemente no Artigo 1° da Constituição.

2. Este mesmo Artigo Primeiro estabelece solenemente que todo Poder emana do povo que o exerce por meio de representantes eleitos ou diretamente.

3. A soberania é o direito inalienável e a capacidade da sociedade brasileira de se organizar de acordo com sua história e características sociais para promover o desenvolvimento de todo o seu povo, de forma justa, próspera, democrática e fraterna.

4. Esta soberania não pode ser limitada por políticas ocasionais que a comprometam e que dificultem a autodeterminação do Brasil e sua capacidade de resistir a tentativas de interferência externa.

5. A renúncia a certos direitos invioláveis, tais como o direito de organizar seu Estado e sua sociedade de forma a promover o desenvolvimento, é inadmissível.

6. Assim, cabe ao Congresso Nacional, integrado por representantes eleitos pelo povo brasileiro, garantir a soberania, o desenvolvimento e a independência nacional.

7. A organização de uma Frente Parlamentar de Defesa da Soberania se justifica na medida que Estados subdesenvolvidos como o nosso enfrentam sempre a ação de Estados mais poderosos para que reduzam sua soberania, enquanto esses Estados defendem e preservam com todo o empenho sua própria soberania.

8. Os eixos principais de ação da Frente Parlamentar serão a defesa

· da exploração eficiente dos recursos naturais, entre eles o petróleo, para a promoção do desenvolvimento;

· da construção de uma infraestrutura capaz de promover o desenvolvimento;

· da contribuição da agricultura para a alimentação do povo e as exportações;

· do capital produtivo nacional e de um sistema de crédito que tenha como objetivo seu fortalecimento;

· do emprego e do salário do trabalhador brasileiro;

· de um sistema tributário mais justo;

· de Forças Armadas capazes de defender nossa soberania;

· de uma política externa independente.

Do GGN

domingo, 9 de abril de 2017

Líderes do PSDB caminham de braços dados para o matadouro político

Pó pará, senador: Serra termina a carreira de mãos dadas com Aécio.

O abraço do afogados
Quis o destino que José Serra terminasse a carreira na mesma vala do arqui inimigo Aécio Neves, aquele para quem encomendou o clássico artigo “Pó pará, governador” no Estadão, clássico absoluto da maldade política.

O ex-executivo da Odebrechet Pedro Novis disse em delação premiada que Serra abocanhou 2 milhões de euros em caixa 2 para sua campanha para governador de SP em 2006.

O dinheiro foi depositado entre 2006 e 2007 em contas na Suíça indicadas pelo empresário José Amaro Pinto, ligado ao PSDB. O valor corrigido, conta a Folha, chega a 5,4 milhões de reais.

Serra aparece novamente nas manchetes da mídia amiga no bojo de um grande escândalo.

Em outubro de 2016, a Odebrecht apontou aos investigadores da Lava Jato que ele recebera 23 milhões de reais, igualmente em caixa 2, para a campanha presidencial de 2010.

A negociação foi feita pelos ex-deputados federais Ronaldo Cezar Coelho e Márcio Fortes.

Pedro Novis garantiu que “não foi exigida contrapartida” de Serra — e você acredita se quiser.

Há coisas que não precisam ser proferidas em voz alta. Se o seu patrocinador entrega um envelope com essa erva, ele não precisa explicar que espera que você haja de acordo. Não tem bobo no futebol.

Lula está sendo submetido a um massacre há três anos, mas algo o ajuda nesses momentos: ele sempre esteve na mira, com intervalos curtos de calmaria. Serra, não.

José Serra passou por um exílio no Chile, onde conheceu a ex-mulher, Monica, e depois teve toda a blindagem e o auxílio necessários para que ficasse sossegado para fazer o que sempre quis nos cargos públicos que ocupou.

Se não tivesse tantos amigos na imprensa, a corrupção já teria emergido. Surge com força agora porque tudo tem limite. Até Serra e Aécio.

A ambição de disputar a presidência em 2018, eventualmente no PMDB, era a razão para topar a chancelaria do golpe. Viu que era um barco furado e pediu o chapéu, alegando uma dor nas costas barbosiana. 

Voltou para o Senado, deixou em seu lugar o destemperado Aloysio Nunes e tentou se esconder, mas o passado teima em não ficar quietinho.

Serra e Aécio sabem que estão liquidados. Uma coisa era sonhar com o Planalto em 2018. Outra é acordar com o menino Doria na cama, querendo mamar.

Do DCM