[Chegou às 80 mil assinaturas] O documento [que] denuncia a
perseguição ao presidente Lula, defende eleições livres e a democracia no
Brasil. “A trama de impedir a candidatura do Lula vale tudo: condenação no
tribunal de Porto Alegre, instituição do semiparlamentarismo e até adiar as
eleições. Nenhuma das ações elencadas está fora de cogitação. Compõem o arsenal
de maldades de forças políticas que não prezam a democracia”, diz o texto.
Nos últimos dias, o manifesto ganhou a adesão de
personalidades do cenário internacional, como a ex-presidenta da Argentina,
Cristina Kirchner, o historiador inglês Peter Burke, o sociólogo português
Boaventura de Sousa Santos, a escritora portuguesa e presidenta da Fundação
José Saramago Pilar del Rio, os professores norte-americanos especialistas em
América Latina Aaron Schneider (Universidade de Denver) e James Green
(Universidade Brown).
A carta avança também no Brasil com a assinatura de figuras
reconhecidas, como o teólogo Leonardo Boff, o economista Luiz Gonzaga Belluzzo,
os críticos literários João Adolfo Hansen e Luiz Costa-Lima Gávea, o ensaísta e
poeta Silviano Santiago, as historiadoras Maria Lúcia Pallares-Burke, Lilia
Moritz Schwarcz, Maria Lúcia G. Pallares, Hebe Mattos, Lia Calabre de Azevedo e
Beatriz Mamigonian, o cientista político André Singer, a pedagoga e tradutora
Zoia Prestes e o jornalista José Trajano.
Do mundo das artes, a sambista Beth Carvalho, as atrizes Bete
Mendes, Silvia Buarque e Soraya Ravenle, o cartunista Renato Aroeira, os
cineastas Silvio Tender e Walter Lima Júnior e um dos mais renomados artistas
plásticos Ernesto Neto estão entre os novos signatários.
Do mundo jurídico brasileiro, subscreveram o texto Roberto
Tardelli e Gisele Citadino e Eugênio Aragão, entre centenas de advogados,
professores de direito e juristas.
O manifesto circula na Europa e um grupo de intelectuais da
Espanha, formado por Maria José Fariñas Dulce (Catedrática Filosofia do Direito
UC3 - Espanha), Francisco Infante Ruiz (Titular Derecho Civil - Pablo de
Olavide), Lina Galvez Muñoz (Economista - Pablo de Olavide), Antonio
Bayos (Catedrático Derecho Laboral), também assinou o manifesto.
O Tribunal Regional Federal da 4.ª Região (TRF4) marcou para
o dia 24 de janeiro o julgamento do Lula na Operação Lava Jato no caso do
triplex do Guarujá.
Os signatários do manifesto denunciam que “a tentativa de
marcar em tempo recorde para o dia 24 de janeiro a data do julgamento em
segunda instância do processo de Lula nada tem de legalidade. Trata-se de um
puro ato de perseguição da liderança política mais popular do país”.
O documento, que surgiu como uma iniciativa do Projeto Brasil
Nação, foi lançado no dia 19 de dezembro. O linguista e filósofo
norte-americano Noam Chomsky, o prêmio Nobel da Paz Adolfo Esquivel, o cantor
Chico Buarque, os economistas Luiz Carlos Bresser Pereira e Leda Paulani, o
jurista Fábio Konder Comparato, os cientistas políticos Luiz Felipe de
Alencastro e Maria Victoria Benevides, o embaixador Celso Amorim, os escritores
Raduan Nassar e Milton Hatoum, os jornalistas Hildegard Angel, Mino Carta,
Franklin Martins e Fernando Moraes, o ator e escritor Gregório Duvivier, o
ativista social João Pedro Stedile e a deputada estadual Manuela D’Ávila estão
entre os primeiros signatários.
Do GGN