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terça-feira, 20 de junho de 2017

Acervo apreendido de Márcio Lobão será avaliados pela PF

A equipe da perícia da Polícia Federal prepara as malas para avaliar o acervo de Márcio Lobão, filho do senador Edison Lobão (PMDB-MA), que teve 1.200 obras apreendidas no Rio de Janeiro. A metodologia pode ter consequências no mercado de arte brasileiro, ao detectar falsificações em galerias, leilões e museus.

“Isso denigre o mercado, os espaços de exposição”, diz a museóloga Patricia Moura.

Com o uso de cinco técnicas diferentes, o trabalho estabelece um parâmetro para avaliar com segurança a autoria e o valor de uma obra de arte, e então estimar o montante e as condições da lavagem de dinheiro.

Assim, confere precisão à imputação do crime.

“Essa precisão nos dá mais segurança para pedir reparação de danos e decretar o perdimento desses bens”, avalia o procurador da República Diogo Castor de Mattos, integrante da força-tarefa da Operação Lava Jato.

Márcio Lobão é figura conhecida no meio das artes do Rio. Sua coleção inclui obras de artistas contemporâneos dos mais valorizados do Brasil, como Adriana Varejão e Beatriz Milhazes, além do modernista Volpi (1896-1988).

O filho do senador Edison Lobão (PMDB-MA) que teria recebido propina pela obra da Usina de Belo Monte, conforme delações feitas à Lava Jato, apurou seu gosto pela arte brasileira com o sogro, o advogado Sergio Fadel. Márcio Lobão é descrito como um bom negociador de arte, contaram ao Estado galeristas que atendem a elite carioca.

Em sua delação, Henrique Valladares contou à PGR que foram pagos 5,5 milhões de caixa dois para o então ministro de Minas e Energia, Edison Lobão, codinome “Esquálido”. A contrapartida era a atuação dele em favor da Odebrecht no projeto da usina hidrelétrica de Jirau.

Conforme relato do ex-diretor da Andrade Gutierrez, integrante do consórcio construtor de Belo Monte, entre R$ 4 milhões e R$ 5 milhões foram repassados ao senador Edison Lobão pelas obras de Angra 3 e R$ 600 mil da usina hidrelétrica. De acordo com o delator, o valor relacionado a Belo Monte foi entregue, em espécie, na casa de Márcio Lobão.

Valladares informou que o dinheiro era repassado ao filho do atual presidente da CCJ do Senado, Márcio Lobão, alvo da Operação Leviatã, na qual o nome dele já aparecia como recebedor de pagamentos realizados pela Andrade Gutierrez no âmbito de Belo Monte e de Angra 3.

O filho do ex-ministro de Minas e Energia nos governos de Luiz Inácio Lula da Silva e de Dilma Rousseff também foi citado pelo ex-presidente da Transpetro Sérgio Machado. Em acordo de delação premiada, Machado disse que os valores destinados a Edison Lobão eram entregues em um escritório no Rio indicado por Márcio.


247/MA

terça-feira, 6 de junho de 2017

Casa de Lobão serviu para acerto de propina, diz delator

Delator narra “contato” com filippelli em jantar na casa de lobão

Foi num jantar na casa do senador Edison Lobão (PMDB-MA) que Flávio Machado Gomes, da Andrade Gutierrez, afirma ter tido “contato” com Tadeu Filippelli (PMDB), ex-vice-governador de Brasília e ex-assessor especial do presidente Michel Temer. No encontro também estava Flávio Barra, executivo apontado como o coordenador das propinas pagas pela empresa. Segundo Gomes, não se falou de propina naquele jantar.

Filippelli e Lobão são suspeitos de se beneficiarem do dinheiro distribuído a políticos pela empreiteira. O auxiliar de Temer foi preso na semana passado na Operação Panatenaico, que apura desvios de recursos para a reforma do estádio Mané Garrincha, mas obteve liberdade na quarta-feira (31).

De acordo com as investigações da Polícia Federal, por meio da Operação Panatenaico, a obra do estádio pode ter tido um superfaturamento de quase R$ 900 milhões, pois foi orçada em cerca de R$ 600 milhões e custou mais de R$ 1,5 bilhão. Dentre os alvos estão os ex-governadores do Distrito Federal Agnelo Queiroz (PT) e José Roberto Arruda (PR).

247

quinta-feira, 1 de junho de 2017

Ex-governadores Arruda e Agnelo são soltos pelo TRF-1

Estádio Nacional de Brasília Mané Garrincha - Foto: Tomás Faquini-Faquini/ Portal da Copa

Acusados de participar de esquema de superfaturamento junto aos contratos das obras do estádio Mané Garrincha, na capital federal, o ex-governador do Distrito Federal, José Roberto Arruda (PR), e o ex-assessor do presidente Michel Temer, Tadeu Filippelli, além do ex-governador Agnelo Queiroz (PT) foram soltos.

A decisão ocorreu na noite desta quarta-feira (31) pelo desembargador Néviton Guedes, do Tribunal Regional Federal da 1ª Região. Queiroz, Arruda e Filippelli foram presos preventivamente no dia 23 de maio, pelo período de cinco dias, renovados por mais cinco pelo juiz Vallisney de Souza.

Também foram soltos os empresários Jorge Luiz Salomão e Sérgio Lúcio Silva de Andrade, e o ex-secretário de Desenvolvimento Econômico do Distrito Federal, Afrânio Roberto de Souza Filho. Eles são investigados pelo esquema de superfaturamento em mais de R$ 900 milhões no valor das obras do estádio no Distrito Federal, usados para a Copa do Mundo em 2014 e para os Jogos Olímpicos de 2016.

O desembargador considerou que as prisões deveriam durar somente enquanto a Polícia Federal cumpria diligências, com a coleta de provas já realizadas.

A investigação teve como base as delações premiadas dos executivos da Andrade Gutierrez. Segundo os empresários, os repasses foram feitos por meio de doações de campanha, formais e por caixa dois, e pela simulação de contratos de prestação de serviços.

De acordo com os procuradores da República, dezenas de pagamentos de propina foram feitos em valores que somam mais de R$ 15 milhões, em cálculos preliminares. "Pessoas ligadas aos agentes políticos eram os responsáveis por fazer as cobranças junto às empreiteiras e também por operacionalizar os repasses dos valores", disse o MPF.

O esquema teria funcionado a partir da confirmação antecipada de que as obras e os serviços para a construção do estádio fossem feitos pelo consórcio constituído pela Andrade Gutierrez junto à Via Engenharia.

Entretanto, além dos depoimentos, o Ministério Público Federal busca outros indícios e "provas de que foi constituído um cartel entre várias empreiteiras para burlar e fraudar o caráter competitivo da licitação", a exemplo do que foi feito em maior escala na Petrobras, deflagrada pela Operação Lava Jato.

Segundo os investigadores, a associação das empreiteiras e a obtenção ilícita do contrato foi feita por "ingerência e liderança do então governador José Roberto Arruda", e a construção "dessa obra de grande vulto" foi realizada "durante o mandato de Agnelo Queiroz".

Os ex-governadores seriam responsáveis por "graves irregularidades", segundo os investigadores, "que vão desde a ausência de estudos de viabilidade econômica, combinação entre as maiores construtoras do país no fatiamento dos estádios".

GGN

domingo, 30 de abril de 2017

Delação da Andrade Gutierrez líquida Aécio e PSDB

O "recall" da delação dos executivos da Andrade Gutierrez deve atingir em cheio o alto tucanato, em especial o senador Aécio Neves (PSDB.MG); derá detalhada a participação de Aécio, então governador de Minas Gerais no processo de entrada da Cemig no consórcio que venceu a licitação da hidrelétrica de Santo Antônio; assim como pagamentos de propina na bilionária obra de construção da Cidade Administrativa de Minas Gerais; tucanos paulistas também terão dor de cabeça

A equipe da Lava-Jato e os advogados da Andrade Gutierrez fecharam o cardápio do recall das delações da empreiteira, que precisará explicar algumas omissões de seus primeiros depoimentos —reveladas com a delação da Odebrecht e o avanço das investigações.

Ao contrário dos primeiros depoimentos, dessa vez os tucanos terão com o que se preocupar — e muito.

"Será detalhada a participação do então governador Aécio Neves no processo de entrada da Cemig no consórcio que venceu a licitação da hidrelétrica de Santo Antônio. Assim como pagamentos de propina na construção da Cidade Administrativa de Minas Gerais.

Os tucanos paulistas também terão dor de cabeça. O menu inclui entre seus pratos principais propina na construção do Rodoanel e da Linha Amarela do metrô paulistano durante as gestões José Serra e Geraldo Alckmin."

Do 247