O novo ano começa com muitos desafios que poderão definir o
futuro do Brasil como uma nação independente ou uma neocolonia do século XXI.
Pelo andar da carruagem, sim, carruagem mesmo, puxada por animais quadrupedes,
o comando do país segue firme no propósito de nos transformar naquilo que a
humanidade sempre lutou para que não fossemos: Escravos.
As empresas públicas, as Estatais e Autarquias sempre
recorrem até a última instância quando as decisões judiciais lhe são
desfavoráveis nas esferas civil, trabalhista ou penal. Isso, porque além de
possuir um grande corpo jurídico, há fiscalização permanente dos órgãos de
controle interno, auditorias especiais e independentes para impedir a empresa
de arcar com qualquer prejuízo que não tenha transitado em julgado.
Agora, a Petrobras, sob a Presidência e direção de um
serviçal norte-americano, pretende pagar 10 bilhões de Reais através de um
acordo extrajudicial, aos acionistas da bolsa de New York, que alegam possíveis
prejuízos em suas aplicações devido aos casos de corrupção que envolveram a
empresa. Isso tudo sem qualquer contestação e sem que tal prejuízo seja
confirmado pela justiça daquele país, enquanto a AGU - Advocacia-Geral da União
– está preocupada em defender no STF a posse da filha do ex-deputado e bandido
Roberto Jefferson no cargo de Ministra do Trabalho
E os acionistas brasileiros terão o mesmo tratamento? Quantos
bilhões serão pagos aos brasileiros? Certamente o acionista nacional que alegar
qualquer prejuízo causado pela corrupção patrocinada pelas grandes empresas aos
diretores da Petrobras – que também foi a vítima – terá que provar na justiça
brasileira e esperar até que os recursos sejam julgados em todas as instâncias
e transitados em julgado, o que certamente levará algumas décadas.
Essa submissão da presidência da Petrobras ao imperialismo
foi duramente criticada pela Federação Única dos Petroleiros (FUP) que, em nota
intitulada “Ao Deus Mercado, tudo”, rejeitou o acordo por “satisfazer
unicamente os interesses do capital privado e da especulação financeira”. E
denunciou que a Petrobras, ao mesmo tempo em que se dispõe a pagar “fácil para
o mercado americanos valores questionáveis, tenta renegociar a dívida interna
tributária com o governo federal”. Isto é, não quer pagar impostos que deve ao governo
brasileiro, mas aceita “pagar ao mercado financeiro americano”.
E assim, o ano que mal começou anuncia muitos pesadelos, o
Freddy Klueger não pretende ficar apenas no Palácio do Jaburu contabilizando e
pagando deputados para votarem contra os brasileiros, distribui milhões aos
grandes grupos de mídia para garantir que apresentem suas maldades como se
fossem belas iniciativas, mas que certamente conduzirá o país a um futuro
desprezível, sem perspectivas e nos transportará ao deserto onde somente uns poucos
privilegiados desfrutarão a vida, enquanto a grande maioria tentará sobreviver
no mundo do desespero e da miséria.
Ainda é tempo de construir uma nova história para um país que
tem muito a contribuir com a humanidade, reconstruindo a unidade da América do
Sul no caminho de um desenvolvimento livre, independente e soberano. Não
devemos mais nos ajoelharmos diante do capital estrangeiro em detrimento aos
interesses nacionais.
Do GGN