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quinta-feira, 28 de fevereiro de 2019

PNAD/IBGE ATESTA QUE 12,7 MILHÕES DE BRASILEIROS ESTÃO DESEMPREGADOS


A taxa de desemprego subiu 2,6% de novembro a janeiro deste ano, em comparação aos três meses anteriores.
A taxa de desemprego subiu 2,6% de novembro a janeiro deste ano, em comparação aos três meses anteriores, alcançando um total de 12,7 milhões de brasileiros sem emprego no país. Os dados são da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (Pnad Contínua), divulgada pelo IBGE nesta quarta-feira (27).
O relatório mostra que se antes o cenário de desocupação entre os cidadãos já era negativo, atingindo 11,7% da população entre agosto e outubro de 2018, agora os dados atingem 12% do total de pessoas aptas ao trabalho.Conforme os dados do Pnad Contínua, que analisa a situação de emprego e desemprego no país a cada três meses, eram 92,5 milhões de pessoas trabalhando até janeiro deste ano. Isso é 0,4% a menos do que outubro do último ano, quando o cenário já era negativo.
E se comparado ao mesmo período do ano passado, ou seja, janeiro de 2018, havia 0,9%, ou 846 mil, pessoas a mais empregadas.
O número de desocupação divulgado pelo IBGE é referente a pessoas que procuraram emprego e não conseguiram um posto de trabalho. Como esse número aumentou em comparação aos trimestre anterior, significa que 318 mil pessoas deixaram de trabalhar nesse período.
Os dados estatísticos consideram a força de trabalho do país, que inclui empregados e desempregados, que atingem um total de 105,217 milhões de pessoas em janeiro deste ano.
Uma informação calculada pelo IBGE é o nível de desalento no país: quando a pessoa não está empregada e não tomou providências para conseguir emprego, mas caso lhe fosse oferecido, aceitaria a vaga.
O Brasil tem um total de 4,716 milhões de pessoas nessa situação até janeiro deste ano, registrando uma pequena queda em relação ao período anterior, de 0,4%.
Ainda se verifica um aumento de 0,8% no trimestre até janeiro de empregados “subutilizados”, que são aqueles trabalhadores desperdiçados, incluindo desempregados, desalentados e os que têm emprego mas gostariam de trabalhar mais horas. Chegou a 27,459 milhões de pessoas.
Taxa de Composta de subutilização da força de trabalho – trimestres de novembro de 2018 a janeiro – 2012/2019 Brasil (%).
O PNAD também publicou o rendimento médio real habitual, que em janeiro é de R$ 2.270 por pessoa empregada. A quantia é um pouco superior aos três meses anteriores, que atingiam R$ 2.240, significando que acompanhou a correção da inflação.
O salário dos trabalhadores do serviço público, contudo, é maior não somente em comparação aos três meses anteriores, como também marca grande diferença com os demais empregados: hoje de R$ 3.674, conseguiu uma alavancagem de 3,6% no trimestre. 
Confira, abaixo:
GGN

terça-feira, 11 de julho de 2017

Eduardo Guimarães: o Golpe de 2016 ocorreu porque o de 1964 os culpados ficaram impunes

Chegou a hora de começar a colocar os pingos nos I’s. O povo está acordando. Na verdade, na avaliação desta página os crimes e a impunidade de Aécio Neves foram mortais para a direita.

À exceção dos fascistas de sempre, a grande maioria dos brasileiros já se deu conta de que Dilma Rousseff foi derrubada para que os grandes empresários pudessem arrancar do povo o que o PT lhe deu.

segunda-feira, 3 de julho de 2017

Fábio de Oliveira Ribeiro: O que Aristóteles tem a ensinar aos INJUSTOS JUÍZES brasileiros?

O que Aristóteles tem a ensinar aos INJUSTOS JUÍZES brasileiros?

Aristóteles afirma que:

“Lo proprio de la justicia es saber distribuir las cosas según el derecho de cada uno, mantener las instituiciones de su país, obedecer a los usos que tienen forza de ley, observar religiosamente las leyes escritas, decir siempre la verdad donde quiera que sea necessario, y cumprir religiosamente los compromissos contraídos. La justicia tiene por objeto primeiro los dioses, despúes los genios, luego la patria y los padres, y por fin, los que han dejado de existir. Todos essos deberes constituyen la piedad, que es una parte de la justicia, o por lo menos, una consecuencia de ella. Otras consecuencias de la justicia son la santidad, la sinceridad, la buena fe y el odio a todo lo que es malo.” (Aristóteles, Los Tres Tratados de La Ética, III. Moral a Eudemo, Clásicos Inolvidables, Librería El Ateneo, Buenos Aires, 1950, p. 675)

“La injusticia es el vicio del alma, que hace que los hombres pretendam más que los que se les debe.” (Aristóteles, Los Tres Tratados de La Ética, III. Moral a Eudemo, Clásicos Inolvidables, Librería El Ateneo, Buenos Aires, 1950, p.673)

Em 2016, com ajuda do STF, a Câmara dos Deputados incinerou 54,5 milhões de votos atribuídos a Dilma Rousseff por causa das famosas pedaladas fiscais. O vice-presidente, que também havia assinado decretos de pedaladas fiscais foi preservado. Pouco tempo depois a Câmara dos Deputados autorizou o usurpador Michel Temer a dar quantas pedaladas fiscais que ele quisesse.

Centenas de Deputados e dezenas de Senadores que aprovaram o Impedimento da presidenta eleita pelos brasileiros são procurados pela Justiça por crimes de evasão de divisas, roubo, agressão, assassinato e tráfico de drogas. A injustiça do regime que eles queriam construir era evidente, mas o Judiciário brasileiro se submeteu ao crime organizado por dois motivos.

O primeiro foi o aumento de salaŕio negado por Dilma Rousseff e imediatamente concedido pelo usurpador. O segundo é ainda mais grave: vários juízes, desembargadores e Ministros de Tribunais também fazem parte das quadrilhas que assaltam o erário público. E pelo menos um deles já foi gravado assessorando um Senador bandido.

É natural dos injustos querer mais do que lhes deve ser atribuído, sejam eles deputados (como Eduardo Cunha e Rodrigo Maia), senadores (como Romero Jucá e Aécio Neves) e juízes bandidos (como Sérgio Moro e Gilmar Mendes). Mas não é natural eles serem tolerados e amados pelos que são ou ousam se dizem justos.

Os membros do Judiciário que tem consciência do que está ocorrendo no país, que sentem ódio pela injustiça que foi feita aos 54,5 milhões de eleitores de Dilma Rousseff, que reprovam o sequestro do Estado brasileiro por uma quadrilha de mafiosos, que mentem para si mesmos dizendo que tudo ficará bem não estão violentando apenas as leis escritas (que eles  tem o dever de cumprir religiosamente) ou suas consciências. Não importa realmente quanto eles passaram a ganhar após o golpe de 2016.  Os juízes, desembargadores e Ministros de Tribunais que são justos também não terão paz, pois eles violentaram seu dever para com os deuses, os gênios, a pátria, as instituições, a santidade da justiça e sobretudo com os nossos ancestrais.

As palavras de Aristóteles revelam que a Justiça é algo mais profundo e irresistível do que a aparência de justiça distribuída pelos que se deixam dominar por um regime injusto. Enquanto tentarem manter as aparências os justos também serão e deverão ser considerados injustos. De fato, o crime que eles estão cometendo contra a Justiça é mais grave do que aquele que foi cometido pelos injustos em 2016. A injustiça que resulta da omissão dos justos é imperdoável e certamente não ficará impune.  

 Do GGN

sábado, 13 de maio de 2017

A vida dos trabalhadores pobres na pátria rica

Uma dica para os leitores. E para algum editor brasileiro, que tenha sobrevivido à tempestade destrutiva dos últimos tempos. É um livro-depoimento fantástico, escrito por Linda Tirado: Hand to Mouth: Living in Bootstrap America, ed. G. P. Putnan’s Sons, N.York, 2014.

Transcrevo abaixo o prefácio escrito por Barbara Ehrenreich, autora bem conhecida no Brasil, por livros como: Miséria á Americana, Desemprego Colarinho-Branco e O Medo da queda: ascensão e crise da classe média (que já comentei em outro post).

A tradução é livre e apressada, mas acho que compreensível:
Esperei por esse livro há muito tempo. Bem não por este livro, porque nunca imaginei que o livro que estava esperando seria tão devastadoramente inteligente e engraçado, que prendesse tanto minha atenção e com tal firmeza no foco. Na verdade, eu gostaria de tê-lo escrito eu mesma — quer dizer, se eu tivesse vivido a vida de Linda Tirado e extraído todas as duras lições que ela aprendeu. Eu sou a autora de Nickel and Dimed [versão brasileira: Miséria á americana, editora Record], que conta a história de minha própria breve tentativa, como uma jornalista semi-disfarçada, para sobreviver nos setores de baixos salários do comércio varejista e prestação de serviços. Linda Tirado é a coisa real.

Depois que meu livro saiu, em 2001, passei mais de dez anos na estrada, falando sobre isso em palestras em sindicatos, reuniões de igreja e principalmente em campuses universitários. Eu fiz isso em parte pelo dinheiro, porque eu tinha perdido meu trabalho jornalístico mais bem pago em 1997, e alguns anos mais tarde a mídia decidiu que escritores já não precisavam ser pagos, como se escrever não envolvesse qualquer gasto de calorias.

Mas eu também fiz isso porque eu estava em uma missão. As pessoas muitas vezes perguntavam como meu trabalho para Nickel and Dimed me mudou, e eu acho que eles queriam saber como isso tinha feito que eu, uma pessoa de classe média, ficasse mais consciente dos pobres. Bem, eu não precisava tanto dessa consciência, porque eu tinha nascido no estrato mais baixo da classe trabalhadora e me recolocara nele tornando-me mãe solteira e depois casando com um trabalhador do setor de armazenagem, quando já estava na casa dos trinta anos. Então minha passagem como uma trabalhadora de baixo salário/jornalista teve apenas um grande efeito em mim: me levou da preocupação com a exploração dos trabalhadores de baixos salários — para algo mais próximo da raiva.

Minha expectativa era a de experimentar a privação material na minha vida de US $7 por hora (o equivalente a aproximadamente US $9 hoje), e certamente isso ocorreu. O fato de que eu tinha alguns privilégios como um carro de trabalho (eu tinha um contrato de Rent - A-Wreck, em cada uma das cidades onde trabalhei para não acabar escrevendo um livro sobre esperando ônibus) só fez a parte de privação ficar mais chocante. Aqui eu estava — em boa saúde, sem filhos pequenos sob meus cuidados — trabalhando em tempo integral, às vezes mais de um emprego ao mesmo tempo, às vezes ao ponto sentir que minhas pernas eram de borracha, e estava a comer precariamente em lojas de conveniência ou na Wendy’s.

O que eu não esperava era a humilhação diária, os insultos e o que pareciam ser truques mesquinhos. Ser pobre é ser tratado como um criminoso, sob constante suspeita de roubo e uso de drogas. Significa não ter nenhuma privacidade, já que o chefe tem o direito de revistarseus pertences em busca de itens roubados. Envolve a ser pisoteado inexplicavelmente, como quando o Wal-Mart, de repente, mudou meu horário, ignorando que eu tinha um segundo emprego para cobrir. Significa receber ordem para trabalhar com ferimentos e doenças, como a erupção debilitante que adquiri uma vez, manuseando liquidos de limpeza industrial.

E o que foi mais atordoante para mim: ser um trabalhador de baixo salário significa ser assaltado pelo empregador que está monitorando você tão insistentemente por suspeita de roubo. Você pode ser forçado a trabalhar horas extras sem pagamento ou obrigado a começar a trabalhar quarenta e cinco minutos antes que o tempo comece a ser contado. Se você fizer as contas, você pode descobrir que algumas horas tem sido excluidas de seu salário a cada semana, pelos computadores da empresa.

Mas quando eu fiz minha rodada, de campus para campus, contando minhas histórias sobre trabalho e incitando os alunos a ter interesse em todos os trabalhadores de baixos salários que estavam a fazer a sua educação possível todos os dias — os trabalhadores de serviços de alimentação, faxineiros, empregados e professor adjunto —invariavelmente eu ouvia a pergunta que se resume a isto: o que há de errado com essas pessoas? Eles se referiam aos trabalhadores, não aos chefes.

Normalmente, quem perguntava era um garoto pertencente a uma das fraternidades da escola, que tinha feito a disciplina introdutória de economia, um curso que existe, tanto quanto posso ver, com o único propósito de convencer os jovens de que a estrutura de classe existente é justa  e inalterável de qualquer maneira. Se não há nada de errado com nosso regime económico, então a única pergunta restante é: por que "essas pessoas" têm filhos,  deixam de pupar, deixam de ir para a faculdade, comem comida ruim, fumam cigarros, ou qualquer outra coisa que se imagina que possa contê-los?

Então, quando me deparei com o blog de Linda Tirado há cerca de seis meses, senti uma imensa onda de reafirmação. Até mesmo — ou, talvez, especialmente — a confissão de que ela fuma cigarros me atingiu como uma rajada de ar fresco. Ela diz como é ser um trabalhador de baixo salário por um longo período, com um marido que tem emprego instável e dois filhos pequenos para criar. Ela demonstra tudo que tenho tentado mostrar em meus anos de campanha para que os trabalhadores tenham melhores salários e mais direitos: que a pobreza não é uma "cultura" ou um defeito de caráter; é falta de dinheiro. E que essa escassez surge do salário dolorosamente inadequado, agravado pela constante humilhação e estresse, bem como a predação definitiva pelos empregadores, pelas empresas de crédito e até mesmo pelas instituições voltadas para a aplicação da lei.

Mas deixe-me sair do caminho agora. Ela pode dizer isto muito melhor do que eu.

Do GGN, por Reginaldo Moraes

quinta-feira, 4 de maio de 2017

Para 73% dos brasileiros Temer é corrupto, Datafolha

Para a maioria dos brasileiros (73%), Michel Temer participou dos vultuosos esquemas de corrupção de que é acusado na Lava Jato; a percepção supera o patamar dos 60% entre homens e mulheres, em todas as faixas etárias, nas cinco regiões do país e em todos os grupos de renda e de escolaridade.

Temer foi delatado por dois executivos da Odebrecht, que afirmaram que ele comandou uma reunião em que foram negociados US$ 40 milhões em propinas para o PMDB em 2014; de acordo com a pesquisa Datafolha divulgada nesta quinta, 82% dos brasileiros querem que o peemedebista que demita seus ministros investigados, como Eliseu Padilha (Casa Civil) e Moreira Franco (Secretaria Geral); no fim de semana, um outro levantamento do instituto já mostrava a insatisfação do brasileiro com Michel Temer: 85% dos brasileiros o querem longe do Planalto, com a realização de diretas-já

Na opinião de 73% dos brasileiros, Michel Temer é corrupto, revela uma nova pesquisa do Datafolha, divulgada nesta quinta. 
A percepção supera o patamar dos 60% entre homens e mulheres, em todas as faixas etárias, nas cinco regiões do país e em todos os grupos de renda e de escolaridade.

"A Procuradoria-Geral da República pediu investigação sobre uma reunião da qual Temer participou, em 2010, em que delatores dizem ter tratado de propina para o PMDB, mas pediu que ele fosse poupado do inquérito por entender que o presidente não pode ser investigado na vigência do mandato por atos estranhos às suas funções.

A pesquisa mostra ainda que o eleitorado não respalda a decisão de Temer de blindar o governo da pressão popular mantendo na Esplanada ministros investigados.

Ele anunciou o critério de só afastar assessores que forem denunciados –etapa posterior à investigação– e de só demitir auxiliares se o STF torná-los réus.

De acordo com o levantamento, 82% da população defende a demissão dos ministros investigados. Só 13% concordam com a decisão de mantê-los no cargo.

Há sentimento semelhante do eleitorado em relação a outros políticos mencionados na lista. Para 77% dos eleitores, os governadores, prefeitos e parlamentares investigados deveriam pedir licença de seus mandatos."

No fim de semana, um outro levantamento do instituto já mostrava a insatisfação do brasileiro com Michel Temer: 85% dos brasileiros o querem longe do Planalto, com a realização de diretas-já.
Matéria completa aqui

Do 247

domingo, 30 de abril de 2017

Com o fracasso do golpe 85% querem Diretas Já, Datafolha

O golpe de 2016, personificado na triste figura de Michel Temer, que traiu a presidente eleita Dilma Rousseff para chegar ao poder por meio de uma conspiração de políticos corruptos, é também um fracasso, segundo aponta o Datafolha; Temer é hoje o político mais rejeitado do Brasil, com 65% de avaliações negativas, e 85% dos brasileiros querem eleições diretas já; antes do golpe, já eram 63% os brasileiros que defendiam diretas.

Porém, como Temer foi imposto pelo establishment político e midiático para fazer suas reformas altamente impopulares; como o Brasil só fez piorar deste então, o grito por eleições diretas é praticamente um consenso nacional; Temer é mais impopular do que foi Dilma em seu pior momento, com uma diferença importante: enquanto ela foi massacrada, ele é protegido.

O golpe de 2016, personificado na triste figura de Michel Temer, que traiu a presidente eleita Dilma Rousseff para chegar ao poder por meio de uma conspiração de políticos corruptos, é também um fracasso, segundo aponta o Datafolha.

Temer é hoje o político mais rejeitado do Brasil, com 65% de avaliações negativas, e 85% dos brasileiros querem eleições diretas já. Antes do golpe, já eram 63% os brasileiros que defendiam diretas, mas Temer foi imposto pelo establishment político e midiático para fazer suas reformas altamente impopulares.

Como o Brasil só fez piorar deste então, e hoje tem 14,2 milhões de desempregados, o grito por eleições diretas é praticamente um consenso nacional.

A pesquisa também revela que Temer é mais impopular do que foi Dilma em seu pior momento, com uma diferença importante: enquanto ela foi massacrada, ele é protegido pelos barões da velha mídia.

"Segundo pesquisa do Datafolha, a gestão do peemedebista tem 61% de avaliação ruim ou péssima, com 28% a considerando regular e apenas 9%, ótimo ou bom. Logo antes de a Câmara afastá-la, em abril do ano passado, Dilma tinha 63% de rejeição e 13% de aprovação. Os 9% [de Temer] de aprovação são também similares à taxa de Fernando Collor de Mello antes de ser impedido, em setembro de 1992, embora a reprovação fosse maior (68%). Quando colocado como eventual candidato à reeleição, Temer vê a rejeição a seu nome subir de 45% para 64% de dezembro para cá", informa o Datafolha.

"A deterioração da imagem da Presidência impressiona. De dezembro de 2012, quando a pergunta foi feita pela última vez, para cá, disseram não confiar nela 58% dos ouvidos, contra 18% em 2012. É um índice quase igual ao da confiança no Congresso, historicamente baixa: 57% de 'não confio'".

Do 247

sexta-feira, 7 de abril de 2017

Libertados 31 “escravos” de empresa chinesa no MT

Total de 31 trabalhadores mantidos em condições de trabalho análogas à escravidão foi libertado no município de Nova Maringá (MT); funcionários trabalhavam sobre 'lei do avulso', para uma multinacional chinesa do setor alimentício com atuação no manejo de soja; nesta linha, governo Michel Temer finalizou um projeto de lei, pronto para votação no plenário da Câmara dos Deputados, que libera a compra e o arrendamento de terras por empresas com controle estrangeiro, apesar do temor de parlamentares da oposição e de movimentos sociais que isso possa resultar na ampliação de casos de abuso contra os trabalhadores.

Um total de 31 trabalhadores mantidos em condições de trabalho análogas à escravidão foi libertado por uma força-tarefa formada por policiais civis , auditores fiscais da Superintendência Regional do Trabalho e Emprego do Mato Grosso e do Ministério Público do Trabalho no município de Nova Maringá (MT). Os funcionários, que foram contratados por um sindicato local, trabalhavam sobre 'lei do avulso', para uma multinacional chinesa do setor alimentício.

De acordo com o chefe da Inspeção do Trabalho do Ministério do Trabalho no Mato Grosso, Eduardo de Souza Maria, os trabalhadores atuavam no manejo de soja nas atividades de carga e descarga dos caminhões, armazenamento do produto e limpeza.

Segundo o Ministério do Trabalho, os funcionários trabalhavam até 16 horas seguidas e não tinham direito ao descanso semanal previsto pela legislação, além de receberem os pagamentos abaixo dos valores acertados previamente.

"Eles tinham um acordo para receber conforme a produtividade, mas o pagamento nunca correspondia à produção. E quem reclamava recebia ameaças de demissão e até de violência", afirma o chefe da fiscalização.
Também foram constatadas outras irregularidades como alojamentos inadequados e insalubres, má qualidade na alimentação, aliciamento de pessoas, restrição à locomoção, assédio moral, e a não notificação de acidentes de trabalho.


A empresa recebeu 26 autos de infração, além de multas que podem somar R$ 122 mil.

Do 247

quarta-feira, 28 de março de 2012

Pesquisa diz que 75% dos brasileiros não sabem o que é uma biblioteca, confira

Pesquisa do Instituto Pró-Livro mostra que 71% da população têm fácil acesso a uma biblioteca.
Biblioteca
O desempregado gaúcho Rodrigo Soares tem 31 anos e nunca foi a uma biblioteca. Na tarde desta terça-feira, ele lia uma revista na porta da Biblioteca São Paulo, zona norte da cidade. "A correria acaba nos forçando a esquecer essas coisas." E Soares não está sozinho. Cerca de 75% da população brasileira jamais pisou numa biblioteca - apesar de quase o mesmo porcentual (71%) afirmar saber da existência de uma biblioteca pública em sua cidade e ter fácil acesso a ela.

Vão à biblioteca frequentemente apenas 8% dos brasileiros, enquanto 17% o fazem de vez em quando. Além disso, o uso frequente desse espaço caiu de 11% para 7% entre 2007 e 2011. A maioria (55%) dos frequentadores é do sexo masculino.

Os dados fazem parte da pesquisa Retratos da Leitura no Brasil, do Instituto Pró-Livro (IPL), o mais completo estudo sobre comportamento leitor. O Estado teve acesso com exclusividade a parte do levantamento, cuja íntegra será divulgada nesta quarta-feira em Brasília.

Para a presidente do IPL, Karine Pansa, os dados colhidos pelo Ibope Inteligência mostram que o desafio, em geral, não é mais possibilitar o acesso ao equipamento, mas fazer com que as pessoas o utilizem. "O maior desafio é transformar as bibliotecas em locais agradáveis, onde as pessoas gostam de estar, com prazer. Não só para estudar."

A preocupação de Karine faz todo sentido quando se joga uma luz sobre os dados. Ao serem questionados sobre o que a biblioteca representa, 71% dos participantes responderam que o local é "para estudar". Em segundo lugar aparece "um lugar para pesquisa", seguido de "lugar para estudantes". Só 16% disseram que a biblioteca existe "para emprestar livros de literatura". "Um lugar para lazer" aparece com 12% de respostas.

Perfil. A maioria das pessoas que frequentam uma biblioteca está na vida escolar - 64% dos entrevistados usam bibliotecas de escolas ou faculdades. Dados sobre a faixa etária (mais informações nesta página) mostram que, em geral, as pessoas as utilizam nessa fase e vão abandonando esse costume ao longo da vida.
A gestora ambiental Andrea Marin, de 39 anos, gosta de livros e lê com frequência. Mas não vai a uma biblioteca desde que saiu dos bancos escolares. "A imagem que tenho é de que se trata de um lugar de pesquisa. E para pesquisar eu sempre recorro à internet", disse Andrea.

Enquanto folheava uma obra na Livraria Cultura do Shopping Bourbon, na Pompeia, zona oeste, diz que prefere as livrarias. Interessada em moda, ela procurava livros que pudessem ajudá-la com o assunto. "Nem pensei em procurar uma biblioteca. Nas livrarias há muita coisa, café, facilidades. E a biblioteca, onde ela está?", questiona. Dez minutos depois, passa no caixa e paga R$ 150 por dois livros.

O estudante universitário Eduardo Vieira, de 23 anos, também não se lembra da última vez que foi a uma biblioteca. "Moro em Diadema e lá tem muita biblioteca. A livraria acaba mais atualizada", diz ele, que revela ler só obras cristãs. "Acho que nem tem esse tipo de livro nas bibliotecas." 

Com informações Estado de S.Paulo 

quinta-feira, 22 de março de 2012

54% dos brasileiros estão na classe C com renda média de R$ 1.450, veja

Embora em ritmo menos acelerado, a classe C continuou a crescer no Brasil em 2011. A participação desse estrato social no total da população brasileira foi de 54% no ano passado, segundo pesquisa divulgada nesta quinta-feira pela Cetelem, financeira do grupo francês BNP Paribas em parceria com o instituto Ipsos.

Renda disponível no Brasil sobe 20% em 2011 puxada por classe C. Venda de produtos da linha branca cresce 23% com redução de IPI.

De acordo com a pesquisa "O Observador Brasil 2011", a classe C recebeu 2,7 milhões de brasileiros em 2011, vindos da classe DE. Hoje, 103 milhões de pessoas fazem parte dessa classe social. A classe DE, por sua vez, encolheu no ano passado, representando 24% da população, num total de 45,2 milhões de brasileiros. Em 2010, eram 47,9 milhões de pessoas, ou 25% da população.

"Essas mudanças marcam a consolidação da mobilidade social que vimos ocorrer no Brasil nos últimos anos", diz Marcos Etchegoyen, diretor-presidente da Cetelem BGN. A pesquisa, realizada desde 2005, mostra que 63,7 milhões de brasileiros ascenderam socialmente no Brasil nos últimos sete anos. "É o equivalente a toda a população da Itália", comenta Etchegoyen.

O grupo que mais contribuiu para essa evolução foi a classe C, que representava 34% da população em 2005, e hoje está em 54%.

As classes sociais utilizadas no estudo são as definidas pelo CCEB (Critério de Classificação Econômica Brasil), fornecida pela Abep (Associação Brasileira de Empresas de Pesquisa).

O conceito não considera a renda, mas a posse de itens como eletrodomésticos, veículos, quantidade de cômodos na casa e grau de instrução do chefe de família.

RENDA
A pesquisa mostrou ainda que a classe C foi a única camada da população cuja renda média familiar cresceu em 2011. A evolução foi de 8%, para R$ 1.450. Já as classes AB e DE tiveram uma ligeira queda na renda. No caso da AB, a renda caiu de R$ 2.907 em 2010 para R$ 2.893 no ano passsado. A renda da classe DE diminuiu de R$ 809 para R$ 792 no mesmo período.

A renda disponível, que corresponde à renda da família após os gastos, cresceu em todas as classes sociais no ano passado, o que indica que houve uma maior contenção dos gastos. "As pessoas gastaram menos no ano passado,influenciadas pela piora no ambiente econômico, especialmente no segundo semestre", diz Miltonleise Filho, vice-presidente da Cetelem BGN.

A preocupação com o futuro da economia apareceu em outro dado levantado pela pesquisa, sobre intenção de compra para 2012. Em comparação com o ano anterior, os brasileiros mostraram-se mais cautelosos para consumir itens como carros, computadores e eletrodomésticos.

O percentual de pessoas com intenção de comprar um automóvel este ano, por exemplo, caiu de 18% para 15% em 2011. Apenas 25% da população declarou ter pretensão de comprar algum serviço relacionado a lazer ou viagem, ante 32% na pesquisa anterior. "Devido a essa cautela, em 2012 podemos não ter o mesmo nível gasto visto no ano passado", diz Miltonleise Filho.

Ainda assim, o brasileiro ainda é o povo mais otimista, dentre os 13 países onde a pesquisa é realizada anualmente. A nota média dada pelos entrevistados à situação do país foi de 6,3 em 2011, a maior avaliação nos mercados pesquisados. Os alemães têm a segunda melhor avaliação sobre seu país: a nota média no país foi de 6,2.

A pesquisa ouviu 1.500 pessoas em 70 cidades brasileiras, em dezembro do ano passado.

Com informações da Folha

domingo, 18 de março de 2012

98% das cidades brasileiras têm gestão incompatíveis, com as expectativas

Municípios brasileiros estão longe de ter boa administração de suas finanças e padecem com problemas como baixo nível de investimentos, pequena arrecadação própria, dívidas roladas de um ano para o outro e elevados gastos com funcionários.
Somados, esses entraves fazem com que apenas 2% das cidades (95, em número absoluto) tenham uma gestão fiscal de "excelência" e outros 11,4% sejam consideradas com "boa" nota.

Na outra ponta, 64% dos municípios receberam uma classificação "difícil" ou "crítica", segundo o Índice Firjan de Gestão Fiscal 2010, divulgado pela primeira vez.

O índice também pouco avançou: subiu 1,9% de 2006 a 2010 -segundo ano de cada administração municipal.

Um dado que chama a atenção, ressalta a Firjan (Federação das Indústrias do Estado do Rio de Janeiro), é o aumento do inchaço da máquina pública. O subíndice que mede a contratação de pessoal piorou em 15,2%. Ou seja, as cidades passaram a gastar mais com o pagamento de funcionários.

Para Guilherme Mercês, economista da Firjan, tal fato sugere que a Lei de Responsabilidade Fiscal foi "desvirtuada" e o teto estabelecido de 60% da receita para despesas com funcionários virou "uma meta a ser alcançada". Pelos dados, 7,5% comprometem receitas acima do que determina a LRF.

Mas outros indicadores usados para qualificar a gestão fiscal melhoraram. Diante do crescimento robusto do PIB em 2010 (7,5%), houve avanço de 6,9% de 2006 a 2010 no subíndice que mede a receita própria gerada por meio de impostos municipais -como IPTU. As cidades também ampliaram investimentos -alta de 9,5%.

Mas, segundo Mercês, isso não inverte o quadro de "altíssima dependência das cidades de transferências de Estados e União".

Apesar da melhora da arrecadação, 83% dos municípios não geram nem 20% de receita própria.
Outro problema detectado são os chamados restos a pagar, ou seja, despesas "roladas" de um ano para o outro: 19% das cidades deixaram menos dinheiro em caixa do que as obrigações postergadas para o ano seguinte.

A LRF só prevê punição ao prefeito que fizer isso no último ano de mandato.

Pelos dados da Firjan, a melhor gestão fiscal foi a de Santa Isabel (GO), município criado em 1982, com 3,7 mil habitantes (censo 2010).

Das dez mais bem avaliadas, seis estão em SP: Poá, Barueri, Piracicaba, Caraguatatuba, Birigui e Paraibuna.

Com informações da Folha

sexta-feira, 16 de março de 2012

Brasileiros são presos na Espanha acusados de exploração sexual

Treze homens, entre eles cinco brasileiros e três dominicanos, foram detidos sob suspeita de participarem de uma rede internacional de exploração sexual na Espanha que utilizava mulheres do Brasil e da República Dominicana.

As mulheres eram atraídas em regiões pobres do Brasil e da República Dominicana com falsas promessas de trabalho na Espanha, onde chegavam de avião como turistas, informou nesta sexta-feira a Guarda Civil espanhola.

Depois de desembarcarem no país, as mulheres eram exploradas sexualmente em bordéis da região de Navarra (norte), nos quais também era permitido o consumo de cocaína, segundo as fontes.

Os detidos, com idades entre 23 e 59 anos, são cinco brasileiros, três dominicanos e cinco espanhóis. Outras seis pessoas foram acusadas por seu suposto envolvimento na rede.

Nas operações policiais, foi descoberto na residência de um dos detidos um laboratório clandestino para adulterar e distribuir cocaína.

Os integrantes da rede também favoreciam os casamentos das mulheres com cidadãos espanhóis, aos quais pagavam um mínimo de 1,5 mil euros para evitar que fossem deportadas por sua situação irregular.

Nos clubes, as vítimas trabalhavam cerca de 12 horas seguidas diárias, chegando a fazer apenas uma refeição ao dia, e tinham que cumprir regras rigorosas, caso contrário eram multadas.

Fonte: Folha