terça-feira, 30 de abril de 2013

Dilma faz todo tipo de malabarismo para segurar a inflação, vem o "kit mobília"

Quem for beneficiário do Minha Casa, Minha Vida terá direito a financiamento mais barato para comprar móveis, microondas, máquina de lavar, geladeira e fogão. Trata-se de um subsídio exclusivo aos mutuários do programa, bandeira social da presidente Dilma Rousseff.

Desde 2012, o governo trabalha para oferecer financiamento com juros menores para famílias de baixa renda adquirirem produtos da linha branca (eletrodomésticos).

Agora, segundo a Folha apurou, os ministérios das Cidades e da Fazenda querem conceder subsídio também na compra de móveis, como sofá, guarda-roupas e armários de cozinha.
Técnicos do Executivo discutem como colocar de pé linhas de financiamentos mais atrativas ao que é oferecido atualmente pela Caixa Econômica Federal.

O governo avalia duas hipóteses: escalonar o subsídio para móveis e produtos da linha branca, como já é feito no financiamento das unidades habitacionais (três faixas de renda) do Minha Casa, Minha Vida, ou dar o mesmo subsídio a todos os mutuários, independentemente da renda mensal familiar.

Lançado em 2009, o Minha Casa, Minha Vida já entregou 1,2 milhão de moradias. Para famílias com ganho mensal de até R$ 1.600,00, o mutuário paga no máximo 5% da sua renda durante 10 anos.

Para famílias com renda de até R$ 3.275,00, há financiamento com juros reduzidos e subsídio complementar limitado a R$ 25 mil. As duas faixas concentram a maior parte do programa.

A terceira faixa foca famílias com ganho mensal superior a R$ 3.275,00, limitado a R$ 5 mil. Nessa faixa, os juros são de 7,16%.

Para o governo, o "kit mobília" é uma forma de dinamizar o setor produtivo. Internamente, há divisão na Esplanada dos Ministérios sobre como ele deve funcionar.

Alguns setores defendem um pacote único que englobe os financiamentos da casa e dos móveis e eletrodomésticos, com uma entrega conjunta. Os contrários à essa posição alegam que isso poderia aumentar o comprometimento de renda dos beneficiários, além de exigir uma operação complexa de entrega de produtos.

Técnicos que estudam a medida ainda não sabem se ela ficará pronta antes do pronunciamento presidencial de 1º de maio, Dia do Trabalhador.

Da Folha

0 comments:

Postar um comentário