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quarta-feira, 11 de outubro de 2017

Os abusos na busca feita pela polícia de Alckmin na casa de Marcos Lula, filho mais velho do ex-presidente Lula

Foto: Divulgação
Tão logo veio à tona, na noite de terça (10), por meio da colunista Mônica Bergamo, a história da busca e apreensão na casa de Marcos Lula, filho mais velho do ex-presidente Lula, passou a ser alvo de críticas feitas por especialistas em Direito horrorizados com o nível de violações que as primeiras informações sobre o caso guardavam. 
O principal pilar do escândalo era o fato de que a autorização judicial para a busca foi dada mediante o argumento de que câmeras de vigilância dificultavam o "monitoramento" dos endereços alvos da denúncia anônima. No ordenamento jurídico brasileiro, denúncia anônima por si só não serve (ou não deveria servir) para nada. 
O segundo ponto questionável é a notícia de que a Polícia Civil, sob o comando de Geraldo Alckmin (PSDB), entrou em endereços ligados a Marcos Lula com a desculpa de lá poderia existir drogas e armas de alto calibre, e saiu carregando objetos pessoais de Marcos, como computadores, mídias e outros papéis. 
A chave para a questão está no mandado de busca e apreensão, ainda não divulgado. 
A DENÚNCIA ANÔNIMA
 Professor de Direito Penal da PUC-SP, Edson Luis Baldan explicou ao GGN que "mera informação anônima não fornece justa causa para quebra da inviolabilidade do domicílio do cidadão que goza dessa proteção em sede constitucional". 
"Com 26 anos de atividade como Delegado de Polícia, jamais imaginei recorrer a um Juiz de Direito para pleitear uma medida dessa natureza com lastro exclusivo em inidônea denúncia anônima", disse Baldan. 
Ao relatar o julgamento de um habeas corpus (HC 106.152), em março 2016, a ministra do Supremo Tribunal Federal Rosa Weber também apontou que denúncia anônima carece de investigações preliminares que atestem a procedência das informações. 
"(...) a não-confiabilidade dessas informações apócrifas decorre do fato de que seus autores são desafetos da pessoa imputada, criando sério risco de que o aparato policial e judicial seja movimentado como instrumento de vingança particular", acrescentou Baldan.  
No pedido para obter autorização para a busca na casa de Marcos Lula, consta que a Polícia Civil recebeu notícia de que duas residências estavam sendo usadas para "armazenamento de grande quantidade de drogas e armas de alto calibre" e, em função disso, "iniciou-se investigações para apurar os fatos". 
Os investigadores fizeram "campanas veladas" em dias e horários diferentes, e identificaram "grande movimentação" nas chácaras. A principal suspeita apontada pelo delegado era a de que pessoas entravam e saiam com caixas. Os policiais não encontraram "indícios de moradia", e como mantiveram distância por conta das câmeras de vigilância, não conseguiram apurar outra parte da denúncia: a de que as placas dos veículos eram de Estados diversos. 
Bom base nesses elementos, a Justiça concedeu o mandado. O GGN pediu ao governo Alckmin acesso ao documento, mas não obteve resposta. 
DIFICULDADES NA APURAÇÃO
 Segundo Baldan, as investigações preliminares a partir de denúncias anônimas são válidas. Mas ele indicou que, em casos como este, a equipe de investigadores poderia ter esgotado outras possibilidades antes de alegar que a distância dificultava o trabalho. 
"Risível o argumento de que a existência de vigilância eletrônica impeça o trabalho de investigação preliminar da polícia, pois esta deve estar capacitada para transpor esse óbice e se mimetizar ao ambiente sem despertar suspeitas do investigado, por exemplo:  utilizando veículos descaracterizados e fechados (estacionados a prudente distância do alvo em cujo interior permanecem os policiais observando o endereço suspeito), simulando uma atuação profissional (funcionário da limpeza pública, manutenção de rede elétrica ou telefônica, vendedor ambulante) etc ... Tudo isso é elementar, básico do trabalho investigatório, devendo o policial aliar essas conhecidas estratégias à sua argúcia e criatividade diante do cenário diverso que se lhe apresentar." 
Além do mais, "caso nenhuma estratégia de investigação preliminar discreta seja possível, a informação anônima deve ser momentaneamente descartada, no aguardo de dados mais completos ou meios mais eficazes para a apuração."   
A APREENSÃO DE OBJETOS PESSOAIS
 A apreensão de dois notebooks, mídias e documentos nos endereços de Marcos Lula sem a previsão no mandado de segurança pode ser outra prova da arbitrariedade da operação. 
O GGN solicitou à Polícia Civil, através da assessoria da Secretaria de Segurança Pública do Estado, acesso ao inteiro teor da autorização judicial para a busca e apreensão, entre outros dados. Até o fechamento desta reportagem, não obteve retorno. 
O que se sabe, através do pedido enviado à Justiça, é que a autoridade policial demandou o mandado "com o objetivo de apreender produtos ou instrumentos de crime, armas, drogas e etc." 
Na visão de Baldan, "a excepcional medida judicial de violação de domicílio deve, como requisito de sua legalidade e prestabilidade à prova processual, ser executada com base em elementos objetivos que indiquem, claramente, não só o fundamento autorizador da medida, mas, igualmente, que delimitem o objeto dessa diligência de busca, não podendo sua finalidade ser vaga, ampla ou indiscriminada." 
Advogado e delegado aposentado da Polícia Federal, Armando Coelho Neto disse ao GGN que "nos tempos da democracia, todo mandato tinha que ser específico."
Neto explicou que a exceção é quando a Polícia entra em busca de documentos e encontra um outro item evidentemente ilícito penalmente. "Há variantes nessa questão do mandado de busca. (...) Seria diferente se você tem mandado para entrar numa casa em busca de documento e de repente você encontra um pacote de cocaína. Aí você encontrou um crime. Mas no caso específico de você procurar um crime e de repente querer levar a casa toda porque você pressupõe que no colhão, ou dentro das panelas, ou no laptop da criança (tem alguma coisa), aí não... A ação policial tem que estar adstrita à investigação específica, com endereço específico e objeto específico."
"Tirante essa hipótese, a apreensão de coisas ou documentos (que por si só não caracterizem um ilícito) não contemplados no instrumento de busca (...) serão imprestáveis para servir como prova porque evidentemente ilícitas", acrescentou Baldan.
Para Armando, "nós estamos vivemos um período de exceção, onde o Direito vem sendo solapado de todas as formas. Em nome de um tal bem maior que ninguém declama, estão cometendo uma série de arbitrariedades."  
O ABUSO DE AUTORIDADE
O professor Edson Luis Baldan ainda apontou que "caso um magistrado conceda mandado de busca e apreensão domiciliar com fundamento exclusivo em mera denúncia anônima, configurada estará uma evidente violação a garantia individual do cidadão, tutelada por norma constitucional inderrogável, afigurando-se, em tese, um crime de abuso de autoridade consistente no atentado à inviolabilidade ao domicílio e à honra de pessoa natural (Lei 4.898/65, arts.3º , “b”, e  4º, “h”)".
 A punição pode ser administrativa (advertência, repreensão, suspensão do cargo por 5 a 180 dias, destituição de função, demissão) e/ou criminal (penas oscilantes de 10 dias a 6 meses de detenção, multa, perda do cargo e inabilitação para exercício de qualquer função pública pelo prazo de até 3 anos).
 Do GGN

segunda-feira, 29 de maio de 2017

Aldo Fornazieri: Dória toca o Nazismo na Cracolândia

Em nome do combate ao tráfico de drogas, da cidade linda e da reurbanização da região da Luz, o prefeito Dória, com o apoio do governo do Estado, desencadeou um verdadeiro pogrom na região da Cracolândia. Pogrom é um termo de origem russa nascido para designar as ações de massacres contra judeus no século XIX. Mas o termo se generalizou e designa ações violentas (assassinatos, expulsões e agressões) praticadas pelo Estado, por forças policiais ou paramilitares contra grupos sociais ou étnicos específicos. Essas ações transitam desde massacres e extermínios até a dispersão e o desalojamento geográfico desses grupos vitimizados. O nazismo usou os pogroms em larga escala. O pogrom nazista mais famoso é conhecido como "A Noite dos Cristais", ocorrido em 1938, no qual foram queimadas sinagogas, judeus assassinados, lojas saqueadas e destruídas, tudo com o beneplácito do Estado nazista.

domingo, 24 de junho de 2012

PM apreendeu 64kg de drogas em SL neste ano


Neste ano, só as unidades do Comando de Policiamento Metropolitano de São Luís já apreenderam itens correspondentes a 8.160 unidades de drogas, que vão do papelote ao quilo.
 A apreensão de drogas na capital vem acontecendo com maior frequência nos últimos meses, não só pelos bairros de São Luís, mas também no único aeroporto da cidade. Somente no primeiro semestre desse ano já foram apreendidos 64kg de entorpecentes, contra 26kg em 2011.

Avaliando o número de apreensões de drogas na capital, o Comando de Policiamento Metropolitano, CPM, informou a O Imparcial os dados deste ano, que aumentaram consideravelmente. Segundo informações do comandante do CPM, coronel Jeferson Telles, os itens apreendidos correspondem a 8.160 unidades de drogas, encontrados em diferentes condições de uso.

"As maiores drogas tiveram números consideráveis. De maconha, o CPM já registrou 1.067 papelotes, 226 cigarros e 61kg avulsa. De cocaína, foi apreendido 1,5kg. Já o crack nós registramos 2.922 petecas e 1.915 avulsa", informou o comandante Telles. Além desses entorpecentes, 1kg de merla, 1.760 frascos e 270 unidades avulsas de loló. Mais 270 unidades de outras drogas, como o ecstasy, também foram apreendidas.

Segundo o comandante, "os bairros de maior apreensão variam muito, mas as áreas que estão à frente correspondem ao Norte, cujo patrulhamento é feito pelo 8ºBPM, e Leste, sob o comando do 6ºBPM". Há uma busca maior em bairros como Vila Pirâmide, Cidade Operária, Anjo da Guarda, Saviana. Já Barreto, Liberdade e Vila Luizão são os que possuem maior tráfico de drogas.

Os planos para diminuir o consumo e tráfico de drogas, com a elaboração e efetivação de operações policiais em toda a capital, que contam com ronda de veículos e motocicletas que tenham acesso a qualquer rua ou bairro de São Luís.

Fonte: O Imparcial

domingo, 25 de março de 2012

Com ataque às drogas, Papa Bento 16 celebra grande missa no México

Bento 16 afirmou que o México e o continente vivem "momentos de dor e de esperança" e criticou o poder dos exércitos
O papa Bento 16 atraiu a maior multidão da sua viagem pela América Latina neste domingo, celebrando uma grande missa ao ar livre no México, onde um bispo local denunciou o "medo, abandono e dor" causados pelas assassinas guerras às drogas.

Em seu último dia no país, o papa fez uma missa para uma animada multidão, que os organizadores estimam em 300 mil pessoas em um parque nos arredores do centro da cidade de Leon.

Longas filas de pessoas, muitas rezando, cantando e levando consigo fotos do líder de 1,2 bilhão de católicos em todo o mundo e de Nossa Senhora de Guadalupe, a padroeira do México, fizeram seu caminho para o local da missa por um período que durou horas.

Algumas pessoas ficaram acampadas há mais de um dia para conseguir um bom lugar para o mais importante evento dos três dias de visita de Bento 16 são segundo mais populoso país católico do mundo.

O papa passou pelas pessoas em um "papamóvel" e usava um sombreiro preto e branco, para o delírio da multidão.
O arcebispo de Leon, José Martin Rabago, falou sobre os sofrimentos de um país em que os confrontos entre cartéis de drogas e o Estado mataram mais de 50 mil pessoas nos últimos cinco anos.

"Nós estamos vivendo entre eventos de violência e morte que geraram uma dolorosa sensação de medo, abandono e tristeza", disse Rabago em seu discurso de boas vindas.

O arcebispo condenou as "perversas raízes" dos problemas mexicanos, como a pobreza, falta de oportunidades, impunidade, injustiça e a crença de algumas pessoas de que o objetivo da vida é acumular bens e poder.

Em seu pronunciamento, o papa Bento 16 disse que as "estratégias humanas" e o "poder dos exércitos" não são suficientes para derrotar o mal.

Após afirmar que o México e o continente vivem "momentos de dor e de esperança", Bento criticou o poder dos exércitos que submetem os demais pela força ou pela violência.

Bento XVI comparou a situação que vive a América Latina com as vicissitudes do povo hebreu relatada no Antigo Testamento.

"A história de Israel narra também grandes proezas e batalhas, mas na hora de afrontar sua existência mais autêntica, seu destino mais decisivo que é a salvação, mais que em suas próprias forças, põe sua esperança em Deus, que pode recriar um coração novo, não insensível e não vaidoso" disse.

Cuba
O Papa viajará na terça-feira a Havana, onde se reunirá com o presidente Raúl Castro e eventualmente com Fidel. Na quarta-feira oficiará uma missa na emblemática Praça da Revolução, antes de retornar a Roma.

A visita vai coincidir com a estada do presidente da Venezuela em Havana, para tratamento de radioterapia.

Fonte: ig.com.br