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quarta-feira, 26 de abril de 2017

Sérgio Moro é a própria lei quer “negociar” testemunhas de Lula

Sérgio Moro é o “dono da lei”. Atitudes como essa faz o sistema jurídico brasileiro retroagir ao estado absolutista francês do século XVII, reinado de Luís XIV, da França, que em certo momento de seu governo exclamou a célebre frase "L'État c'est moi" (em francês, O Estado sou eu), [clique aqui e confira].
  
Um acusado tem o direito de trazer testemunhas em sua defesa.

No caso do “triplex”, os rapazes do MP curitibano acusaram Lula nada menos do que 64 vezes de “lavagem de capitais (três em concurso material e 61 em continuidade delitiva) e sete vezes em corrupção passiva.

O artigo 401 do Código Penal dá direito a até oito testemunhas para quem é acusado.

Como Lula é acusado 71 vezes, daria para fazer um comício de testemunhas.

Logo, as 87 oitivas solicitadas pela defesa são até um número modesto diante da multiplicidade de imputações feitas pelo MP do “acusação por atacado”.

Moro tem o direito de recusar testemunhas, desde que fundamente a recusa.
Mas não o de dizer que, sendo procedente, o testemunho poderia ser suprido por outras declarações, em outros processos, porque não pode “adivinhar” que a testemunha vá dizer o mesmo, se reinquirida.

Muito menos o direito de dizer que “deixa” tantas testemunhas só se o réu estiver presente.

O direito de defesa não é negociável, é óbvio. Em juridiquês, diz-se que “não é disponível”.

Mas direitos e Direito é o que menos importa a Sérgio Moro.

Porque ele é um juiz, mas não de Direito, é um juiz político.

Qualquer garoto de ginásio sabe que sua sentença condenatória está pronta há meses e, as únicas modificações que faz são para “arredondar” as acusações encomendadas e, quem sabe, para colocar o que considere recursos de estilo – raros, nele, o homem da “cognição sumária” –  e lastrear quanto possível as “convicções” que partilha com o Ministério Público.

Ouvir testemunhas de defesa, para Moro, é um exercício enfadonho – embora muitíssimo bem remunerado – de um juiz que é, na prática, de exceção: só cuida de um caso – em várias faces, mas sempre o mesmo – e sabe que suas sentenças serão, em geral, confirmadas. Não porque robustas, mas porque, como coelhos, os tribunais superiores não ousam contestá-lo.

O gauleiter de Curitiba não é contestado, enquanto disser Sieg Heil.

Do Tijolaço

quarta-feira, 21 de março de 2012

BR-226 é interditada pelos Guajajaras que pedem segurança e fim de seletivo

Os índios Guajajaras interditaram uma via da BR-226 na tarde desta quarta-feira (21). O trecho interditado fica próximo a aldeia Coquinho, em Grajaú. Os indígenas reivindicam, entre outras coisas, mais segurança na região, já que os manifestantes não se sentem seguros com os constantes assaltos que acontecem na rodovia, localizada próxima a aldeia.
O cacique Raimundo Guajajara, em entrevista exclusiva com O Imparcial, exige dos governos, federal e estadual, a implantação de dois postos rodoviários federais entre os municípios de Sabonete e Santa Maria. A exigência busca aumentar o policiamento na região que, de acordo com Raimundo Guajajara, é muito violenta, com alta incidência de assaltos.

“Os assaltantes, após cometerem os crimes, se escondem dentro da nossa reserva. Queremos deixar claro que essa onda de violência não tem nada a ver com nós índios”, disse.

Na noite desta terça-feira (20), por volta das 20h30, segundo Raimundo, dois homens em uma Hilux, de cor Prata, fizeram disparos no local interditado, visando intimidar os manifestantes.

“Os disparos foram de calibre 40 e nós temos as cápsulas das balas. A tora de madeira usada para fazer o bloqueio tem marcas de bala”, relatou Raimundo.

O cacique explicou que caso o poder público não resolva a situação, os índios interditarão a estrada todas as noites a partir das 17h, só abrindo, para o fluxo de veículos, as 6h da manhã, até o dia 2 de abril. A partir do dia 2 de abril, caso o assunto não seja resolvido, os manifestantes prometeram bloquear a estrada totalmente, noite e dia.

Outras exigências
Além de mais segurança, os manifestantes também querem a suspensão de “um seletivo de saúde indígena”, onde somente “brancos” foram contratados.

“Criou revolta da maneira que foi feito e esperamos que esse seletivo seja cancelado. Que se faça um novo seletivo, mas de acordo com o critério básico das aldeias. Estamos abertos para diálogo”, desabafou Raimundo Guajajara.

Já outro líder Guajajara, Marciliano Clemente Guajajara, lembrou que as manifestações são legítimas e buscam o bem estar de todos. “A segurança não é somente pra gente, mas pros brancos também. É caso de estupro a esposa de caminhoneiros e assaltos. Sobre o seletivo para colocar profissionais de saúde nas aldeias, quero lembrar que temos profissionais de saúde capacitados, índios técnicos em enfermagem que podem cuidar da saúde nas aldeias”, finalizou Marciliano.

Do Imparcial