segunda-feira, 28 de maio de 2018

A RENDIÇÃO DE TEMER E A NÃO-SOLUÇÃO PARA A GREVE DOS CAMINHONEIROS, por Luis Nassif

O tic de fechar a boca, como quem está engolindo a saliva que escorre do beiço; as mãos magras, desossadas, melífluas, espelhos da alma; a dissimulação de disfarçar a leitura do teleprompter com observações vazias, e, principalmente, o tom impositivo, ridículo para cenas de rendição, como que estivesse batendo em retirada de costas, para não levar projéteis no traseiro. Todo esse conjunto ajuda a compor a mais execrável personalidade política da história da República.
Depois de ameaçar os caminhoneiros com processo e prisão, depois de anunciar o fim dos bloqueios várias vezes, Michel Temer encerra o dia pedindo pelo amor de Deus para os caminhoneiros voltarem ao trabalho. E paga a conta com recursos fiscais, sangrando ainda mais um quadro fiscal desastroso. Aliás, em todos esses movimentos, não foi notada a presença do Ministro da Fazenda, Eduardo Guardia.
A subordinação da política energética à lógica de mercado atropela o próprio documento legal que dispõe sobre o tema, a Lei 9478/97, como informa a economista Ceci Juruna. Aliás, a posição de parte majoritária da velha mídia, não aceitando qualquer decisão que possa impor algum custo aos acionistas da Petrobras, ainda que à custa do bolso do contribuinte e do consumidor, é significativa desses tempos de profunda ignorância jurídica, de desconhecimento sobre o chamado interesse nacional e de adesão cega ao mercadismo mais irresponsável.
É um tratamento escandaloso, a começar do mega-acordo da Petrobras, nas ações propostas por minoritários norte-americanos.
Diz a lei:
CAPÍTULO I
Dos Princípios e Objetivos da Política Energética Nacional
Art. 1º As políticas nacionais para o aproveitamento racional das fontes de energia visarão aos seguintes objetivos: 
- preservar o interesse nacional;
II - promover o desenvolvimento, ampliar o mercado de trabalho e valorizar os recursos energéticos; 
III - proteger os interesses do consumidor quanto a preço, qualidade e oferta dos produtos; (...)
Sendo privada ou pública, como empresa quase monopolista, a Petrobras tem responsabilidades impostas por qualquer princípio de direito econômico. Às vantagens do monopólio deve corresponder a responsabilidade pela política de preços. Em nenhuma sociedade minimamente civilizada, admite-se o poder absoluto de um monopólio em fixar preços. Ainda mais em um preço chave da economia, como o dos combustíveis.
O encontro de contas
Aliás, se houvesse governo, seria o momento de experimentar o encontro de contas, especialmente com estados e municípios. Há um enorme passivo acumulado pela Lei Kandir – que obriga a União a ressarcir os estados de isenções tributárias para produtos exportados. E, na outra ponta, dívidas consolidadas de 1995, que impõem custo alto aos estados devedores. Aliás, dívidas profundamente infladas pelas taxas de juros praticadas pelo Banco Central no período.
Muitos dos estados credores – na ponta da Lei Kandir – estão se inviabilizando na questão previdenciária ou na quitação das dívidas com a União. O encontro de contas ajudaria a normalizar o quadro fiscal, dando um fôlego aos estados e quitando passivos históricos da União.
Do GGN

domingo, 27 de maio de 2018

PT LANÇA A PRÉ-CANDIDATURA DE LULA À PRESIDÊNCIA DA REPÚBLICA EM TODO O PAÍS

O PT oficializou neste domingo (27) a escolha do nome do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva como o pré-candidato da legenda para a Presidência da República. Foram realizados atos em dezenas de cidades do país.
Na quinta-feira (24), Lula recebeu a visita dos deputados federais José Guimarães e Paulo Pimenta. Aos parlamentares, Lula demonstrou estar animado e confiante e disse ter convicção que voltará a ser presidente.
Lula vem liderando todas as pesquisas.
A última pesquisa divulgada pelo Instituto Datafolha em abril, mostra que o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, mesmo cumprindo mandado de prisão, segue liderando as intenções de voto. Nos cenários em que o petista aparece como candidato, seus índices são em torno do dobro do segundo colocado.
O levantamento do Instituto MDA feito no início de maio para a Confederação Nacional dos Transportes (CNT) mostrou Lula com 32,4% da preferência do eleitor brasileiro. Segundo a mesma pesquisa, Lula teria de 63,82% a 85,51% dos votos válidos – excluídos brancos, nulos e indecisos – em todos os cenários de segundo turno nos quais aparece.
Do nocaute

ENTENDA OS PREÇOS ABUSIVOS DOS COMBUSTÍVEIS SOB TEMER, segundo os petroleiros

A disparada dos preços da gasolina, do gás de cozinha e do diesel não pode ser tratada como uma questão apenas de tributação. É, acima de tudo, um problema de gestão da Petrobrás, que vem sendo administrada para atender exclusivamente aos interesses do mercado.
Com o aval do governo Temer, o presidente da empresa, Pedro Parente, adotou em outubro de 2016 uma política de preços internacionais para os derivados produzidos pela estatal, sem estabelecer qualquer mecanismo de proteção para o consumidor. A FUP denunciou na época que quem pagaria a conta seria o povo brasileiro e que o País estaria refém das crises internacionais de petróleo.
Mesmo sabendo das consequências, Temer e Parente optaram por satisfazer o mercado e, em julho do ano passado, os reajustes nas refinarias passaram a ser diários. Desde então, a Petrobrás alterou 230 vezes os preços nas refinarias. Isso resultou em aumentos de mais de 50% na gasolina e diesel, enquanto os preços do GLP tiveram 60% de reajuste.
Não adianta, portanto, reduzir os impostos, que o governo já havia aumentado em 100% no ano passado, se não houver uma mudança estrutural na gestão da Petrobrás. Os combustíveis continuarão subindo de forma descontrolada, enquanto o principal foco do problema não for atacado.
O alinhamento internacional dos preços de derivados faz parte do desmonte da Petrobrás. O objetivo é privatizar as refinarias, os dutos e terminais, assim como já ocorreu com os campos do Pré-Sal, gasodutos, subsidiárias, entre dezenas de outros ativos estratégicos da estatal. Para facilitar a entrega, Pedro Parente, subutilizou o parque de refino e passou a estimular a importação de derivados por empresas privadas.
Em 2013, a Petrobrás tinha capacidade de atender 90% da demanda interna de combustíveis. Em 2017, esse percentual caiu para 76%. Algumas refinarias já operam com menos da metade da capacidade de produção, como é o caso da Refinaria Landulpho Alves, na Bahia, uma das quatro unidades que Parente colocou à venda.
Beneficiadas por essa política, as importadoras de combustíveis fazem a festa. Os derivados importados já representam 24% do mercado nacional. Ou seja, a cada 10 litros de gasolina vendidos no Brasil, 2,5 litros são importados. Enquanto isso, a Petrobrás está sendo reduzida a uma mera exportadora de petróleo, quando poderia abastecer integralmente o País com diesel, gasolina e gás de cozinha a preços bem abaixo do mercado internacional.
Pedro Parente, que no inicio dos anos 2000, no governo Fernando Henrique Cardoso, ficou conhecido como o ministro do apagão, de novo criou uma armadilha para o povo. Com a enxurrada de importação de combustíveis, ficará mais difícil controlar os preços, pois, sem a paridade internacional, as importadoras saem de cena, deixando o prejuízo para a Petrobrás. Se a estatal não voltar a ocupar lugar de destaque no refino e na distribuição de derivados, ficará cada vez mais refém dos preços internacionais.
Estamos, portanto, diante de mais um apagão imposto por Pedro Parente. Um desmonte que a mídia esconde, fazendo a população pensar que a disparada dos preços dos combustíveis é apenas uma questão de tributação.
Por isso os petroleiros farão a maior greve da história da Petrobrás. Uma greve que não é por salários, nem benefícios. Uma greve pela redução dos preços do gás de cozinha, da gasolina e do diesel. Uma greve pela retomada da produção de combustíveis nas refinarias brasileiras e pelo fim das importações de derivados de petróleo. Uma greve contra o desmonte da empresa que é estratégica para a nação.
Porque defender a Petrobrás é defender os interesses do povo brasileiro.

sábado, 26 de maio de 2018

A PETROBRAS É A RAIZ DO GOLPE E PEDRO PARENTE É PORTA VOZ DO MERCADO, por André Araújo

Não há nenhuma grande petrolífera estatal à venda no mundo e elas são 13 das 20 maiores empresas globais de petróleo. Especialmente não há nenhuma estatal petroleira à venda com grandes reservas de petróleo. É muito menos há estatais à venda com reservas de petróleo no Hemisfério Ocidental.
Nesse sentido a PETROBRAS  é única. Não só tem as reservas como tem os meios de extrai-la já prontos,  ganha-se três anos que levaria para explorar um campo virgem. Nesse quadro a PETROBRAS é o objetivo estratégico numero 1 na área de petróleo, especialmente com a elevação do nível de conflitos no Oriente Médio. Nada melhor que um governo frágil para permitir a execução desse projeto de privatização que já começou com a venda de ativos estratégicos da empresa, como oleodutos e a BR Distribuidora, já se anuncia a venda de refinarias, uma empresa em liquidação, a venda final será do pré-sal.
A assunção do grupo Temer ao poder só foi possível com o aval do “mercado”. O preço foi a entrega da totalidade da área econômica a delegados do mercado, Meirelles e Goldfajn na linha de frente, Paulo Pedrosa no Ministério de Minas e Energia, Maria Silvia no BNDES, Wilson Ferreira na ELETROBRAS.
Mas a base ideológica do golpe foi o compromisso das privatizações dos dois maiores ativos do Estado brasileiro, a ELETROBRAS, prometida à venda por 12 bilhões de Reais para ativos físicos que valem 400 bilhões de Reais e a PETROBRAS , que vale só pelas suas reservas 350 bilhões de dólares, sem considerar o valor do mercado brasileiro do qual ela é a única fornecedora (até Parente abrir a importação para concorrentes), mais as refinarias, oleodutos, navios, enormes bases de distribuição, tancagem, apesar de boa parte desses bons ativos terem sido vendidos com sofreguidão pela desastrosa gestão Parente.
Uma das bases dessa gestão foi a lenda da PETROBRAS QUEBRADA, que já mostramos aqui em  dois artigos, PURA LENDA, a PETROBRAS lançou seis emissões de bônus no periodo de dois anos antes da gestão Parente, o mercado internacional fez ofertas para compra de três a cinco vezes mais que a oferta, houve inclusive uma emissão de CEM ANOS de prazo, também com demanda muito maior que a oferta, o que jamais ocorreria com uma empresa que mesmo remotamente estivesse com problemas financeiros. Essas emissões tiveram como líderes mega bancos internacionais como J.P. MORGAN, DEUTSCHE BANK e MORGAN STANLEY, que jamais patrocinariam emissão de bônus em dólar de uma companhia quebrada.
Esses dois ativos, ELETROBRAS E PETROBRAS valem dez golpes., especialmente com preços de fim de feira, especialidade de gestão tipo Pedro Parente.
A PARALISAÇÃO DOS CAMINHONEIROS
Vejo nesse movimento uma amplitude muito maior do que o preço do diesel. Atraves da Historia os grandes movimentos populares tem como gatilho uma questão menor mas além do fato detonador há um pano de fundo muito maior. Neste caso há de forma subjacente a neutralização da candidatura Lula, a paralisia da economia para atender o interesse dos bancos e rentistas,  as carências antigas de moradia, saneamento, educação e saúde que este governo nem sequer tocou porque seu programa é apenas atender ao mercado que lhe deu respaldo para assumir o poder e no caminho obter algumas vantagens, o resto não interessa.
Nesse pano de fundo também está o mau cheiro do projeto de privatização da PETROBRAS.
Muitas vezes os próprios personagens do movimento não tem consciência de suas preocupações mais amplas, mas elas existem, caminhoneiros são trabalhadores precarizados,
sofridos, arriscam a vida literalmente todos os dias em acidentes e assaltos, depois de paga a prestação do caminhão resta pouco para levar para casa, é uma classe fundamental para o funcionamento do Pais, mal reconhecida, sem nenhuma assistência do Estado e agora desprezada de forma cruel e insensível  pela desastrosa gestão da PETROBRAS.
A demissão de Pedro Parente seria uma obvia mensagem de paz do Governo aos caminhoneiros, não creio que o movimento cesse sem esse gesto, Parente tornou-se o símbolo de tudo que os caminhoneiros consideram  como agressão a sua sobrevivência e sua permanência no cargo, sendo ele o pai da politica de dolarização do preço do diesel, traz enormes e razoáveis desconfianças aos caminhoneiros. Parente mostrou-se um executivo ideológico, insensivel, teimoso na sua ideologia que serve somente e exclusivamente ao mercado, ele não está interessado na sobrevivência dos caminhoneiros e estes PERCEBEM isso.
Executivos ideológicos ao fim do dia são pobres intelectualmente, são tipos menores, inadaptáveis às circunstancias, Parente tem esse e outros vários defeitos de origem, dois dos mais salientes e ser tucano de carteirinha, foi Chefe da Casa Civil de FHC e ser do grupo dos “neoliberais cariocas”, um grupo único cujo DNA remoto vem de Eugenio Gudin, fundador  dos cursos de economia no Brasil e Ministro da Fazenda do desastroso governo Dutra, que achava que o Brasil não deveria ter indústria, já estava muito bom exportar café e algodão.
Os caminhoneiros estão desmontando o grande alvo do “projeto PETROBRAS”, que era a privatização para o qual Pedro Parente está preparando o terreno, dolarizando os preços dos combustíveis, uma insanidade porque o Brasil produz 2,3 milhões de barris/dia para um consumo de 2,6 milhões de barris dia, então o Brasil é auto-sufiente em matéria prima petróleo para 88,5% do consumo, só precisa importar 11,5%,  do ponto de vista comercial não há nenhuma logica em dolarizar os preços e referencia-los no mercado spot de Rotterdam ma  a dolarização tem toda logica se for para atender aos acionistas americanos da PETROBRAS, a dolarização dos preços é uma LOGICA PARA OS ACIONISTAS ESTRANGEIROS, a quem Pedro Parente serve com exclusividade e entusiasmo, ele está no cargo para isso.
O PAPEL DE PEDRO PARENTE
Esse executivo de almanaque, que anda com crachá até para ir ao banheiro, tem cara, perfil e histórico de “organization man”, aquele tipo de executivo que subiu na vida seguindo as regras fanaticamente. Não espere desses tipos nenhuma criatividade, capacidade de enxergar longe, visão eclética, sensibilidade das circunstancias. É o tipo do executivo que não serve para a PETROBRAS se a ideia for de uma companhia  estratégica para o Brasil e seu povo.
Mas Parente não está no cargo para servir ao Pais, sua missão é atender ao “mercado”, ai representado pelos acionistas estrangeiros da PETROBRAS, é a estes que Parente atende.
Para que a companhia possa dar o melhor tratamento a esses acionistas especialmente os fundos americanos tipo Black Rock, hoje os maiores acionistas da PETROBRAS depois da União, Parente DOLARIZOU a Petrobras, porisso o preço do diesel é referenciado pelo dólar, é para atender os fundos americanos acionistas, não é para agradar caminhoneiro.
O GOVERNO TEMER
A delegação de plenos poderes a Pedro Parente tem como substrato ser ele o DELEGADO DO MERCADO FINANCEIRO na Petrobras, ele não trabalha para o Estado brasileiro, que ele odeia, ele trabalha para o mercado financeiro americano  de onde ele veio e para onde ele provavelmente vai voltar. O conglomerado BUNGE para o qual ele trabalhava antes de ir para a Petrobras tem sede em White Plains, New Jersey, perto de Nova York. O sinistro grupo BUNGE esteve por trás do golpe de 1976 que implantou o governo militar em Buenos Aires, levando ao sequestro dos irmãos Jorge e Juan Born pelos Montoneros.
O grupo BUNGE, cuja base era a Argentina mas com raízes no Seculo XIX em Antuérpia na Belgica, então conhecido como grupo Bunge & Born, por causa de sua péssima imagem que restou na Argentina mudou sua sede primeiro para São Paulo nos anos 80 (onde construiu o Centro Empresarial na Marginal Pinheiros, um imenso conjunto de edifícios). Bunge & Born, uma das quatro irmãs do trigo, um grupo tenebroso  há mais de 100 anos, é a alma mater  atual de Pedro Parente.
A submissão do Governo Temer a Pedro Parente na Petrobras  não tem nada de pessoal, é fruto de um grande acordo que avalizou a derrubada do Governo Dilma, porisso Parente parece firme na PETROBRAS (até quando ?), sustentado pelo Grupo GLOBO, as globetes a frente, Miriam Leitão é hoje a Leoa de Chácara de Parente e até a então elogiada Natuza Nery pulou para esse lado do muro, defendendo a PETROBRAx  NEW YORK, inimiga da PETROLEO BRASILEIRO S.A. criada por Getulio para dar independência de petróleo ao Brasil.
È bom não esquecer o laço que liga  Pedro Parente ao Governo FHC, o mesmo governo que colocou a frente da PETROBRAS tipos vindos do mercado financeiro como Francisco Gros, do MORGAN STANLEY, que não tinha nada a ver com petróleo mas tudo a ver com a Bolsa de Nova York, um estrangeiro nato que falava português com sotaque, o francês Henri Phelippe Reichstul e para fechar a caravana o publicitário Alexandre Machado que criou o nome PETROBRAX como preparação para a privatização, desde sempre o projeto neoliberal carioca para a PETROBRAS, era o sonho do “Grupo do Real”, Arida,  Bacha, Franco, sempre quiseram vender a PETROBRAS, ELETROBRAS, BANCO DO BRASIL, até hoje dão entrevistas para isso.
Não houve condições políticas e tempo para o grupo tucano carioca vender o controle da PETROBRAS mas eles prepararam o terreno, abrindo o capital para estrangeiros e listando a companhia na Bolsa de Nova York, era um importante etapa para em seguida vender o controle porque já haveria uma referencia de preço dada pela cotação na Bolsa de Nova York, a PETROBRAS não ganhou nada com essa listagem, só teve prejuízos.
Com a queda do Governo Dilma o “mercado”, via neoliberais cariocas que como abelhas infestam o governo Temer, viu uma oportunidade única para privatizar a ELETROBRAS e a PETROBRAS, não contavam com acidentes de percurso que podem acontecer.
O grande suporte do “projeto PETROBRAS”, como em todos os projetos anti-brasileiros é o Grupo GLOBO, que desesperadamente tenta segurar Pedro Parente exibindo-o como o melhor executivo do planeta, um medíocre que não teve a sensibilidade de PERCEBER E ANTECIPAR esse movimento dos caminhoneiros QUE É DE SUA LAVRA.
Do GGN

sexta-feira, 25 de maio de 2018

A PETROBRAS, A GREVE DOS CAMINHONEIROS E O CASO PEDRO PARENTE, por Luis Nassif

A crise do combustível é a comprovação prática dos males do pensamento monotemático na economia, temperado com uma dose excessiva (por isso suspeita) de ideologismo, do qual o presidente da Petrobras Pedro Parente tornou-se o caso mais simbólico.
A visão desse pessoal é que, se cada ponto se concentrar na sua própria busca de eficiência, o resultado final será uma economia mais eficiente. A de Parente é mais tosca. Ele lembra CEOs dos anos 90, capazes de comprometer o futuro da empresa apenas para salvar os resultados trimestrais.
Especialistas em petróleo sabem que a lógica econômica de uma petroleira reside na interação das diversas atividades que compõem a cadeia produtiva: prospecção, refino, distribuição e transporte.
Com uma commodity exposta à volatilidade das cotações, a problemas políticos internacionais e aos problemas internos - administrando um preço-chave da economia – a lógica econômica é reduzir a vulnerabilidade através da integração dos diversos setores.
Nem esse princípio foi seguido por Parente, que passou a desmontar a empresa, vendendo-a em pedaços.
Pior.
Com o petróleo em alta, teoricamente aumentam seus lucros, pelos ganhos com a produção interna e pelo refino. E vice-versa. A queda dos preços do petróleo reduz o valor dos seus ativos. Tanto assim que o grande prejuízo da Petrobras, em 2015, foi decorrente da reavaliação do balanço, em função da redução dos preços dos derivados – que obrigou a reduzir contabilmente o valor dos ativos da empresa – e não da corrupção, conforme foi ventilado na época.
Surpreendentemente, Parente definiu a seguinte estratégia, conforme revelado por estudos da Associação dos Engenheiros da Petrobras:
A partir de outubro de 2016, passou a praticar preços mais altos para os combustíveis, viabilizando a importação de derivado.
Com essa política, a Petrobras perdeu mercado e a capacidade ociosa das refinarias saltou para 25%.
Com menos refino, explodiram as exportações de óleo cru e as importações de derivados.
O maior beneficiado foram os Estados Unidos: enquanto as importações de diesel se multiplicaram por 1,8 desde 2015, a importação de diesel dos EUA dos EUA aumentou 3,6 vezes. Passou de 41% em 2015 para 80% do total de importados pelo Brasil, ao mesmo tempo em que a Petrobras abria mão da refinaria de Pasadena.
Os grandes ganhadores foram os “traders” internacionais, dentre as quais o maior é a Trafigura, a gigante que montou o maior esquema de corrupção da história de Angola, estava envolvido até o pescoço com os escândalos da Petrobras e foi surpreendentemente liberada pelos procuradores da Lava Jato e pelo juiz Sérgio Moro.
A política de preços de Parente acabou provocando uma crise política de proporções, com o blackout dos caminhoneiros. A saída encontrada pelo governo Temer foi garantir o lucro dos investidores com recursos orçamentários.
Primeiro, pensou-se em eliminar os tributos sobre a gasolina; depois, a de ressarcir a Petrobras pela redução de ganhos que viesse a ter com a diminuição dos preços dos combustíveis. Ou seja, o país imerso em uma crise fiscal gigantesca, criando uma enorme conta fiscal para impedir a redução dos dividendos dos acionistas da Petrobras.
Não há outra explicação, que não a suspeita de corrupção da grossa.
Do GGN

quinta-feira, 24 de maio de 2018

XADREZ DA ESTRATÉGIA DA CANDIDATURA DE LULA, por Luis Nassif

O Xadrez abaixo foi montado pelo analista político Alberto Carlos Almeida a partir de deduções – não necessariamente com informações que colheu junto ao PT ou com decisões que o PT já tomou.
Apostas principais:
Fato 1 – Lula crescerá mais ainda com a prisão. E mais ainda com os preços da gasolina. Será enorme a transferência de voto para quem ele indicar.
Fato 2 – É correta a tática do PT de manter a candidatura Lula até o último momento. Primeiro, para evitar a desmobilização da militância. Depois, para impedir que qualquer candidatura própria entre na alça de mira do inimigo.
Fato 3 – Justamente para preservar o candidato, vai-se manter o suspense até o último minuto, daquela que será a eleição mais curta da história.
Fato 4 – o candidato menos exposto do PT seria Patrus Ananias, político sem mácula. Mas Almeida vê grande potencial em Jacques Wagner, com sua fala mansa e enorme prestígio no nordeste.
Fato 5 – Assim que o candidato do PT for anunciado, haverá uma investida da Lava Jato e da mídia, incluindo novas sessões de prisões de impacto, como ocorreu nas últimas eleições. Mas, à esta altura, o PT terá o horário gratuito para se defender.
Fato 6 – Daqui até as eleições, haverá a desidratação de Ciro Gomes, de Marina Silva e de Bolsonaro por falta de palanque, como ocorreu com todas as candidaturas isoladas nas eleições passadas. 
Fato 7 - A candidatura de Lula impedirá a adesão dos governadores nordestinos a Ciro. E quase todos eles já estão com a eleição garantida. Confirmada a estratégia de Lula, abre-se espaço para a presidente do PT Gleisi Hofmann consolidar a aliança com demais partidos de esquerda.
Fato 8 – Assim como em todas as eleições a partir de 1994, restarão o PT de um lado e Geraldo Alckmin de outro. São os dois únicos que têm palanques e alianças em todos os estados. Mas há que se tomar cuidado com o apoio de Michel Temer, o anti-Midas.
Fato 9 – Lula não é apenas, disparado, o maior estrategista da política. Consegue se antecipar a todos os adversários e prova maior é o comício que antecedeu a prisão. Além de ser o melhor estrategista, ele tem a segurança de saber que é o melhor.
GGN

quarta-feira, 23 de maio de 2018

NELSON WILLIANS - JOÃO DORIA - SÉRGIO MORO, UMA LIGAÇÃO QUE PRECISA SER DESVENDADA


O repórter Joaquim Carvalho levantou informações relevantes sobre o evento que premiou o juiz Sérgio Moro em Nova York, pela Câmara de Comércio Brasil-Estados Unidos, e sua palestra no Forum Investment Lide, de João Sória, especialmente no papel do advogado Nelson Willians.
Segundo a reportagem do DCM, o evento da Lide teve quatro patrocinadores, entre os quais o escritório de advocacia Nelson Willians, que se apresentou como o maior do Brasil.
A reportagem levantou que Willians conseguiu causas na Petrobras, após a Lava Jato. E indicou que a palestra de Moro foi remunerada por valor não revelado.
Levantou também que em abril de 2016, na véspera do impeachment, a esposa de Sérgio Moro, Rosângela, visitou o escritório de Willians em Curitiba, para tratar de temas relativos à APAE do Paraná, da qual era diretora jurídica. E também participou de um jantar restrito em homenagem a Sandra Marchini Comodaro, sócia do escritório Nelson Willians em Curitiba.
Formado em Toledo, Paraná, o advogado é pouco conhecido no meio dos grandes escritórios de São Paulo. Mas opera há tempos em parceria com Doria, inclusive atuando como seu advogado, além de colocar seu jatinho à disposição dele.
O escritório especializou-se em causas que dependem de lobby político, como desapropriações, grandes cobranças do Banco do Brasil e até o papel de mediador do caso Libra com o Porto de Santos, zona de influência de Michel Temer, que lhe poderá render a bagatela de R$ 23 milhões.
É um dos grandes financiadores da Lide, ao lado de Washington Cinel, da Gocil – outro empresário polêmico.
Do GGN

terça-feira, 22 de maio de 2018

STF FAZ CHAMADA DUVIDOSA PARA INVESTIGAR O ALGORITMO SUSPEITO, por Luis Nassif

Qualquer análise de probabilidade considerará matematicamente impossível a sucessão de sorteios no STF (Supremo Tribunal Superior) e no TSE (Tribunal Superior Eleitoral) nos julgamentos-chave para o avanço do impeachment de Dilma Rousseff.
Começou com os sorteios, no TSE, das relatorias das prestações de contas da campanha de Dilma e da própria Dilma, ambas caindo com Gilmar Mendes. Na época, mostramos que a probabilidade estatística dessa coincidência:
A probabilidade dos dois processos caírem com o mesmo Ministro era de:
1/6 x 1/6 = 1/36 ou 2,78%
Havia seis ministros no TSE. E um deles, Gilmar Mendes, o diretamente empenhado em fazer avançar o impeachment. A probabilidade dos dois processos caírem com qualquer um dos demais 5 Ministros do TSE:
5/6 x 1/6 = 5/36 = 13,89%
A probabilidade dos dois processos caírem justo com Gilmar era:
2,78 / 5 = 0,56%
Não se ficou nisso.
Todos os HCs em favor de direitos de Lula caíam com Gilmar. A maioria dos processos envolvendo caciques tucanos também. Caíram com ele os processos e Aécio Neves, José Serra, Aloisio Nunes e Cássio Cunha Lima.
Qualquer estudo probabilístico demonstraria o viés do tal algoritmo do Supremo. E as suspeitas se espalharam.
Os métodos
No início, julgava que havia um especialista na lógica do Supremo assessorando os presidentes. O trabalho consistiria, então, em estudar a ordem dos sorteios e aguardar a vez do Ministro-alvo para submeter o caso ao algoritmo.
Mas a hipótese continha furos:
O sorteio é de responsabilidade do presidente do STF. Aceitar essa hipótese significaria supor que todos os presidentes compartilhassem com essa manipulação, o que não é crível.
Em conversas com especialistas em TI, percebeu-se que havia caminhos muito mais fáceis. Bastaria um profundo conhecedor do sistema desenvolver uma gambiarra que permitisse selecionar os Ministros que participariam de determinados sorteios. Haveria até a possibilidade de se incluir apenas um nome no caso selecionado.
No Xadrez dos algoritmos do Supremo trouxemos um conjunto de informações, de indícios capazes de justificar uma investigação.
São apenas suspeitas, mas que precisam ser consideradas. O caminho correto seria a presidente do Supremo solicitar reservadamente uma checagem no sistema, sabendo-se que qualquer alarido poderia alertarr os responsáveis.
A auditoria no sistema
O que fez a douta Ministra Carmen Lúcia? Decidiu abrir uma chamada pública visando uma auditoria no tal algoritmo..
“Considerando  que o art. 22  da Lei 12.527/2011  (Lei de Acesso àInformação) deixa claro que estão preservadas as demais hipóteses legais de sigilo,   a divulgação do chamado “código-fonte” do sistema eletrônico que gerencia a distribuição dos processos  poderia afrontar a exigência legal da alternatividade e a exigência regimental da aleatoriedade, pressupostos para que se alcance a regra geral da imprevisibilidade das novas relatorias, pois atualmente não se tem a segurança necessária para afirmar a ausência de possibilidade  de ambiente de replicação das distribuições de processos doSTF, embora seja seguro afirmar que o sistema não está sujeito a manipulação, externa ou interna.
Desse modo, é necessária a auditoria no sistema de distribuição do STF para que se elimine qualquer dúvida da sociedade quanto à sistema e para que seja avaliada a necessidade de melhorias (principalmente no  que diz respeito às regras de compensação da distribuição entre os ministros) e, principalmente, a possibilidade de divulgação do código-fonte.
A  escolha   pelo formato   de chamamento público   visa evitar a realização de despesa com uma consultoria e confere maior credibilidade nos relatórios a serem elaborados pelas entidades que se prontificarem a realizara auditoria”.
E aí, dona Carmen Vapt-Vupt abre as inscrições no dia 15 de maio. E encerra no dia 22 de maio, uma semana depois. O prazo dos recursos irá até o dia 28.
Do GGN

PIPOCAM DENÚNCIAS CONTRA A INDÚSTRIA DA DELAÇÃO PREMIADA EM SEDE DA OPERAÇÃO LAVA JATO

O STF começa a examinar os inúmeros casos de omissões e contradições nas delações premiadas, uma verdadeira indústria que abriga um "abjeto submundo", segundo a presidente do PT, Gleisi Hoffmann; os primeiros casos da lista do STF são os do ex-senador Delcídio Amaral, do lobista Júlio Camargo, de Nelson Mello, ex-diretor de Relações Institucionais da Hypera Pharma, e do  operador Lúcio Funaro; são apenas a ponta de um enorme iceberg, como ficou patente depois que os doleiros Vinícius Claret e Claudio de Souza denunciaram o pagamento de propina mensal de US$ 50 mil durante vários anos para proteger seus acordos de delação premiada. 
Depois que os doleiros Vinícius Claret e Claudio de Souza denunciaram o pagamento de propina mensal de US$ 50 mil durante vários anos para proteger seus acordo de delação premiada, começam a chover denúncias contra aquela que se transformou numa verdadeira indústria. Um auditor da Prefeitura de São Paulo revelou ter sido chantageado pelo Ministério Público para envolver o  ex-prefeito Gilberto Kassab -como não o fez, sua delação não foi aceita. Advogados relatam bastidores que esta chantagem é recorrente em Curitiba, com os presos sendo forçados a envolverem o PT e especialmente o ex-presidente Lula em suas delações. O assunto já chegou ao STF. Há omissões e contradições em várias delas, o que pode indicar que foram manipuladas politicamente, como o caso do ex-senador Delcídio do Amaral, cuja delação foi peça-chave na derrubada de Dilma em 2016. 
Segundo a presidente do PT, Gleisi Hoffmann, é possível dizer que "há um abjeto submundo nas delações premiadas, uma verdadeira indústria", o que revela-se com mais nitidez agora. Em reportagem, o jornal Valor Econômico relaciona, além do caso de Delcídio, um dos mais escandalosos, o STF deverá analisar em breve as delações do lobista Júlio Camargo, de Nelson Mello, ex-diretor de Relações Institucionais da Hypera Pharma, e do  operador Lúcio Funaro.
Leia os trechos mais relevantes da reportagem do Valor Econômico:
Passados quatro anos desde as primeiras delações premiadas da Operação Lava-Jato, uma série de incertezas ronda esses acordos. Um dos pontos que o Supremo Tribunal Federal (STF) terá que analisar em breve é a consequência jurídica da omissão de fatos por um colaborador ou da apresentação de versões diferentes entre eles. Pela ótica da Procuradoria-Geral da República (PGR), o delator é obrigado a revelar todos os crimes que cometeu. Mas algumas delações, se analisadas em conjunto, omitem fatos ou apresentam contradições.
 O STF irá se pronunciar pela primeira vez sobre o assunto no caso dos executivos da J&F. Na sexta-feira, a procuradora-geral da República, Raquel Dodge, voltou a pedir ao ministro Edson Fachin, relator da Lava-Jato no Supremo, a rescisão dos acordos de Wesley Batista e Francisco de Assis e Silva. Dodge fez a manifestação final da PGR após a defesa dos executivos, levando a discussão a um momento decisivo. A PGR também defende a rescisão das delações de Joesley Batista e Ricardo Saud. Se confirmada a rescisão, os delatores perderão os benefícios. Agora, caberá a Fachin homologar a rescisão, rejeitar o pedido ou levar o assunto ao plenário do STF.
Dodge acusa os delatores de omitir "de forma intencional fatos criminosos dos quais participaram ou tinham conhecimento" ao fechar os acordos. Ela cita a participação de Marcelo Miller na negociação das delações enquanto ele ainda era procurador da República; a prática de "insider trading", pelo uso de informação privilegiada sobre a própria delação para atuar no mercado financeiro; e o pagamento de R$ 500 mil ao senador Ciro Nogueira (PP-PI) para mudar o posicionamento sobre o impeachment da ex-presidente Dilma Rousseff. Para Dodge, os delatores agiram com a intenção de "ludibriar o Ministério Público e proteger aliados, em conduta claramente desleal e afrontosa." (...)
O Judiciário já se deparou até agora com pelo menos um caso comprovado de omissão, na delação do lobista Júlio Camargo. Em seus primeiros depoimentos, Camargo omitiu o repasse de propina ao ex-deputado Eduardo Cunha (PMDB-RJ) em contratos de navios-sonda da Petrobras. Quando o fato veio à tona na delação do doleiro Alberto Youssef, Camargo alterou a versão original para incluir o pagamento a Cunha.
Ao analisar a situação de Camargo o juiz Sergio Moro, da 13ª Vara Federal de Curitiba, reconheceu que houve omissão, mas manteve os benefícios do acordo por entender que o lobista apresentou uma razão plausível para sua conduta: o receio de retaliações.
 Outros casos ainda devem chegar ao crivo do Judiciário. A delação do ex-senador Delcídio do Amaral, por exemplo, entra em choque com fatos narrados por ex-executivos da Odebrecht. Delcídio relatou que pediu ajuda ao ex-diretor da área internacional da Petrobras, Nestor Cerveró, e ao ex-diretor de serviços da estatal, Renato Duque, para quitar dívidas da campanha para o governo do Mato Grosso do Sul em 2006. Ele confessou ter recebido US$ 1 milhão em espécie, a mando de Cerveró - mas sem oferecer contrapartida, e assegurando não ter usado a mesma conduta em outras ocasiões. 
Enquanto isso, ex-executivos da Odebrecht narraram supostas irregularidades também nas campanhas de Delcídio para o Senado, em 2010, e para o governo de Mato Grosso do Sul, em 2014. Segundo o ex-presidente da Odebrecht Infraestrutura Benedito Júnior, o grupo pagou R$ 5 milhões em caixa dois para a campanha de Delcídio em 2014. O ex-diretor da diretor da empreiteira Rogério Araújo também afirmou que, em 2010, Cerveró solicitou à Odebrecht contribuição para a campanha de Delcídio como contrapartida à eventual aprovação de projeto de gasoduto que seria realizado por uma empresa controlada pela Petrobras Energia Argentina. (...)
Outro caso de possível omissão é a delação de Nelson Mello, ex-diretor de Relações Institucionais da Hypera Pharma, antiga Hypermarcas. Ele relatou repasses milionários a parlamentares do MDB por meio de contratos de serviços não prestados - e assumiu sozinho a responsabilidade pelas tratativas. O operador Lúcio Funaro, por sua vez, disse em sua delação que o esquema contava com a participação do principal acionista da Hypera, João Alves de Queiroz Filho, o Júnior da Arisco. 
Do Brasil 247

segunda-feira, 21 de maio de 2018

Wadih Damous divulga data do lançamento da pré-candidatura do ex-presidente LULA a presidente, após visitá-lo em Curitiba

O deputado federal Wadih Damous (PT) visitou Lula nesta segunda (21), em Curitiba, e afirmou que o ex-presidente consentiu com o lançamento de sua pré-candidatura, em vários diretores do partido pelo País, no dia 27 de maio. 
"Me pediu o presidente Lula que enfatizasse a todos que no dia 27 de maio, próxima segunda, em todo o Brasil, em cada cidade brasileira em que o PT está organizado, que se faça o lançamento da pré-candidatura dele (...) para deixar claro que ele é nosso candidato." Segundo Damous, são 3 mil cidades que devem participar do processo. 
Lula ainda teria "repudiado" a ideia de indulto, pois alega que é inocente e quer provar isso na Lava Jato. O ex-presidente também reclamou do descompasso da Justiça, que foi muito rápida em promover a condenação, mas agora é morosa na análise dos recursos em instâncias superiores. 
Damous ainda comentou a declaração da presidente do Supremo Tribunal Federal Cármen Lúcia, que disse que o Tribunal Superior Eleitoral não poderia barrar a candidatura de Lula de ofício. Segundo ele, "lula pode ser candidato mesmo preso. Quem define a inelegibilidade é a Justiça Eleitoral e há centenas de casos parecidos com o de Lula em que a Justiça concedeu liminares para viabilizar candidaturas de condenados em segunda instância. Se Lula for uma exceção, vai significar que mais uma vez o Judiciário está criando regras só para o presidente." 
Ainda de acordo com Damous, "Lula está bem, tem praticado exercício, está bem humorado, mas é claro que está indignado com a perseguição que fazem contra ele."  
O ex-presidente deve receber ainda nesta segunda, às 16h, o padre Julio Lancelotti, de São Paulo.
Do GGN

A "lava jato" é uma fraude como a República do Galeão, a caminho do fim, por Mauro Lopes

Cinco fatos dos últimos dias decretam o fim político da Operação lava jato e trazem de maneira definitiva à luz do dia a constatação: é uma grande fraude e existe com o objetivo explícito de perseguir o PT e Lula como um tribunal de exceção. A lava jato é a República do Galeão do século 21. Em 1954, sob o discurso de combate à corrupção, o alvo foi Getúlio. Agora, sob o mesmo discurso, o alvo é Lula.
Vamos aos fatos que desnudaram a "lava jato" e prenunciam seu encerramento:
01. A acusação dos doleiros Vinícius Claret e Claudio de Souza de que enviavam US$ 50 mil mensalmente a um personagem central da lava jato, o advogado Antonio Figueiredo Basto, o “rei” das delações premiadas e responsável pelas delações de Alberto Youssef e Delcídio Amaral, por exemplo. A revelação do repórter Ricardo Galhardo é que o dinheiro visava  protegê-los em seus acordos de delação. A reportagem do Estado de S. Paulo ao mesmo tempo que contém a revelação bombástica tenta desarmar a bomba para proteger a lava jato. O texto diz que o advogado recebia a “taxa de proteção”. Ora, advogados nunca são destinatários de propina. Aqueles que se prestam a tal papel intermedeiam a grana, que é sempre repassada àquele(s) que detêm o poder, os funcionários públicos. O texto apenas insinua que a taxa de proteção era repassada ao Ministério Público e à Polícia Federal, mas não haveria sentido numa “mesada” para proteção dos doleiros que não fosse destinada aos agentes públicos. A notícia de agora confere ainda mais consistência às denúncias do o ex-advogado da Odebrecht Rodrigo Tacla Duran de que há um esquema de negociação de liberação de recursos dos investigados que cedam às chantagens para fazer as “delações premiadas”. No caso, dois prêmios: penas reduzidas à insignificância e fortunas a salvo.
02. A 8ª Turma do TRF quatro, que andou em velocidade supersônica para condenar Lula em janeiro, voltou a caminhar em seu tradicional passo de tartaruga. O trio de juízes, que chegou a julgar quatro processos da lava jato em novembro, só concluiu decisão sobre um caso desde que aumentou a pena de Lula para 12 anos e um mês de prisão;
03. A nababesca viagem do juiz Sérgio Moro a Nova York, esta semana, a um custo equivalente a um mês de sua remuneração líquida média (R$ 30 mil) sem que se saiba até hoje quem custeou a farra. Além do mistério sobre o(s) patrocinador(es) da viagem, a passagem do juiz por Nova York foi marcada por sua performance como garoto propaganda da campanha de João Doria ao governo de São Paulo. O juiz, de quem se espera comportamento reservado para preservação de sua função, foi carinhosamente chamado de “meu amigo Sérgio” por Doria no evento em que recebeu o prêmio de Personalidade do Ano da Câmara de Comércio Brasil-EUA, numa plateia composta por banqueiros, empresários, políticos de direita e lobistas.
04. As sucessivas decisões do ministro Gilmar Mendes, do STF, em proteção ao PSDB. A mais recente e escandalosa foi a concessão em 11 de maio de um habeas corpus a Paulo Vieira de Souza, conhecido como Paulo Preto, o grande operador financeiro do PSDB que, segundo autoridades suíças, mantinha o equivalente a R$ 113 milhões em contas fora do Brasil. O operador foi solto às vésperas de fechar um acordo de delação premiada dos tucanos. Nomeado por Fernando Henrique Cardoso, Mendes foi  um dos principais articuladores do golpe contra Dilma e da estruturação do governo Temer, sempre advogando pelo PSDB. De grande defensor da lava jato tornou-se inimigo da operação depois da condenação de Lula.
05. O habeas corpus concedido nesta sexta (18) pelo STF, que mandou soltar 11 traficantes internacionais de drogascondenados no Ceará. A ordem do ministro Marco Aurélio Mello deveu-se ao fato de a condenação ter ocorrido apenas na 1ª instância. A decisão do Supremo contraria o entendimento da Operação lava jato, que tem mantido diversos réus em prisão preventiva sem condenação ou com condenação apenas na 1ª instância. Se o STF é a Suprema Corte do país, a decisão de Marco Aurélio escancarou o fato de que a Operação lava jato tornou-se um tribunal de exceção, à margem da legislação do país.
06. Acrescentaria mais três infrações relevantes que não foram anotadas acima que são: a) a informalidade das informações trocadas com os EUA, sem passar pelo Ministério da Justiça que é o órgão oficial para tratar desse intercâmbio; b) os vazamentos intencionais para imprensa de inquéritos sigilosos, nunca investigados de quem era a responsabilidade; c) a parceria com João Dória PSDB desde o início da “lava jato”, as fotografias com Aécio, a reverência ao Michel Temer. São muitas as infrações que caracterizam a parcialidade rasteira do juízo da “republica de Curitiba”. O resultado disso não pode ter isenção. Não passa de perseguição seletiva, escancarada a um partido e a um líder político (PT e Lula). Sem falar no Caso Zucolotto denunciado por Tacla Duran.
A lava jato é a versão atualizada da República do Galeão de 1954 Na época, foi a arma das elites que pretenderam liquidar Getúlio Vargas –o mote era o combate à corrupção. A lava jato é a arma das elites que pretenderam liquidar Lula e o PT –omote novamente é a corrupção. Em 24 de agosto de 1954, a campanha de ódio das elites levou Getúlio ao suicídio. Em 7 de abril de 2018, a campanha de ódio das elites atingiu seu objetivo e levou Lula à prisão.
Um fato pouco conhecido: um mês depois da morte de Getúlio, a República do Galeão foi extinta. A lava jato, da mesma forma, caminha para sua extinção, pouco mais de um mês da prisão de Lula.
Depois de extinta a República do Galeão, revelou-se que a operação, à margem da Lei, utilizava-se de todo tipo de pressão, chantagem e tortura psicológica e física. É o que começa a vir à luz hoje, acrescentando-se à lista da lava jato de 1954 as denúncias de extorsão.  
O descalabro da República do Galeão nunca foi objeto de investigação da imprensa conservadora da época, com o perfil idêntico à de hoje. Basta dizer que um dos veículos principais de combate das elites a Getúlio foi o jornal O Globo, precursor das Organizações Globo, a grande organizadora do combate ao maior líder nacional desde Getúlio, Lula.
As elites jogaram a República do Galeão para baixo do tapete, depois da derrota política da operação com a reação popular ao suicídio de Getúlio. Agora, tentarão fazer o mesmo com a lava jato, que está da mesma forma derrotada politicamente.

Do Brasil247

domingo, 20 de maio de 2018

Com os PODRES a mostra Moro e os lavajateiros silenciam sobre a denúncia dos doleiros. Por Joaquim de Carvalho

Carlos Fernando, Figueiredo Basto e Moro
Sempre tão falante através do Facebook — agora ele entrou em guerra aberta com o ministro do STF Gilmar Mendes —, o procurador Carlos Fernando dos Santos Lima não deu um pio a respeito da delação de dois doleiros no Rio de Janeiro sobre a cobrança de propina para garantir proteção no Ministério Público Federal e na Polícia Federal de Curitiba.
Como revelou O Estado de S. Paulo, em manchete da edição de 19 de maio, os doleiros Vinícius Claret, conhecido como “Juca Bala”, e Cláudio de Souza, subordinados ao “doleiro dos doleiros” Dario Messer, disseram que, entre 2006 e 2013, pagaram mensalmente uma “taxa de proteção” de US$ 50 mil (cerca de R$ 186 mil ao câmbio atual).
O dinheiro, conforme os relatos, era entregue ao advogado curitibano Antonio Figueiredo Basto e um colega dele cujo nome não foi informado. Em troca, eles seriam poupados nas delações decorrentes do caso Banestado, que correu na jurisdição de Sergio Moro.
Alguém pode argumentar que é tudo mentira e não se deve dar crédito à palavra de criminoso. Se fosse assim, a Lava Jato não existiria, já que quase tudo usado ali para condenações ou prisões peventiva tem como fundamento a palavra de criminoso.
Mas o ponto principal é outro: Dario Messer e seus operadores nunca foram, de fato, incomodados por Moro, o Ministério Público Federal ou a Polícia Federal de Curitiba, contrário de seus concorrentes. Toninho da Barcelona, por exemplo, pegou uma condenação superior a dez anos e foi exposto à execração publica e acabou até depondo em CPI.
Recentemente, Toninho da Barcelona foi solto, mora em São Paulo, mas se recusa a falar sobre Moro, embora tenha o juiz atravessado na garganta. Conhecidos dizem que ele evita até voos de avião sobre Curitiba, para não se lembrar do que passou nas mãos de Moro, procuradores e policiais federais — também foi procurado por advogados ligados ao grupo.
Já Messer seguiu sua vida, com concorrentes fora do mercado. A tranquilidade só acabou quando a Lava Jato se estendeu para o Rio, e foi lá que a investigação o alcançou, no caminho da lavagem do dinheiro do esquema de Sérgio Cabral. Ainda assim, ele tem contatos importantes.
Fugiu para o Paraguai, onde tem cidadania, quando soube que poderia ter sua prisão preventiva decretada. Quando o decreto saiu, foi procurado no território paraguaio, graças a acordo de cooperação do país vizinho com o Brasil, mas não foi encontrado, o que indica que foi avisado mais uma vez.
Antigos aliados acreditam que ele esteja em Israel, onde também tem cidadania, por ser judeu. Messer não foi o único a escapar. O doleiro René Maurício Loeb fugiu do Rio de Janeiro para a Europa a bordo de um navio de luxo, semanas antes da operação ser deflagrada.
A Procuradoria admite que houve vazamento, mas o credita a doleiros presos, que saíram da cadeia muitas vezes para depor e teriam se comunicado com o grupo. Mas, se isso é verdade, como esses doleiros sabiam da data da operação? Como saberia que haveria investigação?  Difícil acreditar. Faz mais sentido que alguém de dentro da Lava Jato alertou o doleiro.
Mas a velha imprensa divulgou essa versão da Procuradoria sem questionamento e é por isso que, num primeiro momento, surpreende que o Estadão tenha publicado a revelação da delação dos doleiros, num furo de Ricardo Galhardo.
Mas quem lê os jornais de hoje vê que o assunto desapareceu. Não está na primeira página nem da Folha de S. Paulo nem do jornal O Estado de S. Paulo. O Jornal Nacional da Rede Globo publicou a reportagem, mas pode-se apostar que também desaparecerá dali, porque é assim que  funcionam as redações.
A notícia é publicada, mas logo esquecida quando o assunto é sensível aos interesses da empresa jornalística.
É só comparar dois casos notórios: reportagens negativas sobre Lula e o PT já consumem horas do noticiário, com inserções diárias, e quilômetros de páginas de jornais e revistas, enquanto o PSDB, quando citado, vira notícia, mas logo depois o tema desaparece da pauta.
É na pauta que os patrões exercem o poder. Quando o repórter insiste que talvez o caso merecesse aprofundamento, desdobramento, repercussão — suíte, na linguagem da profissão —, o editor, orientado pela chefia, argumenta que a empresa já cumpriu seu papel e que agora deve-se partir para outro assunto.
Mas, se a notícia é contra alguém que seja considerado inimigo da casa, a paulada é incessante. É o que se chama de jornalismo de guerra, aquele que tem inimigos.
Talvez seja por apostar nos panos quentes da velha imprensa que Carlos Fernando dos Santos Lima silenciou quanto à reportagem de O Estado de S. Paulo. 
Carlos Fernando, o mais antigo na equipe da lava Jato, linha de frente no caso Banestado, poderia dizer que o esquema denunciado pelos doleiros ligados a Messer lembra o funcionamento da máfia: pagar por proteção.
Poderia falar da necessidade de investigar.
Poderia até dar seu próprio testemunho e contar por que só uma pequena parte dos envolvidos no Banestado acertou contas com a Justiça. A maioria foi poupada.
Mas Carlos Fernando, em vez de falar, desta vez preferiu o silêncio. E vai continuar tentando espinafrar Gilmar Mendes, porque os procuradores sabem que o ministro já não conta com a proteção das redações como antes.
No fundo, eles se conhecem muito bem.
PS: o depoimento dos doleiros tem ares de ameaça: eles contam um pouco, deixam a porta aberta para recuo, mas demonstram que sabem muito. Querem passar recado. Como na máfia, estão avisando: se me ferrarem, eu quebro vocês.
Do DCM

O MUNDO pede Lula livre desta vez foi à ARGENTINA milhares de argentinos pedem a liberdade de Lula em ato cultural

Fotos: Cobertura Colaborativa Lula Festiva - Midia Ninja
Em uma noite memorável, milhares de pessoas se reuniram na Plaza de Mayo, em Buenos Aires, para protestar pela liberdade de Lula e por justiça por Marielle Franco.
Lula é mantido preso político há 42 dias na sede da polícia federal em Curitiba, após ser vítima de um processo ilegal e sem provas, midiático e comandado por um juiz imoral. Marielle Franco foi executada há 67 dias por lutar pelos direitos das mulheres, da população negra, favelada e LGBT. Os dois são lideranças simbólicas na América Latina e no mundo.
Artistas, intelectuais, pensadores, ativistas e a povo argentina se somaram nesta noite histórica para contar pro mundo sobre a importância de dois líderes vítimas da injustiça.
Seguiremos lutando, do Brasil para a Argentina, da América Latina para o outro lado do mundo, até Lula estar livre.
Confira a galeria de fotos realizada pela cobertura colaborativa do Lula Festiva!