O
pessoal que se assusta mais facilmente respirou aliviado com o resultado da
primeira pesquisa do 2° turno, a Ipec (ex-Ibope), que deu 10 pontos de vantagem
para Lula (55 a 45% de Jair Bolsonaro) nos votos válidos, os que efetivamente
contam para a eleição.
Não
havia, como se vê, razões para apavorar-se.
Apenas
para que se coloque as coisas em seu lugar: 55% a 45% foi o tamanho na vitória
de Bolsonaro em 2018, que todos concordam que foi acachapante.
Há
muita chorumela sobre apoio de Rodrigo Garcia, de Romeu Zema e até de Cláudio
Castro. Não é assim que a banda toca, porque não são mais candidatos e não
“puxam voto”.
O
voto presidencial é voto de opinião, não de vereador. Do contrário, aliás, Jair
Bolsonaro jamais teria ganho a eleição passada.
Está
mais que claro o que se passou no domingo: os eleitores “bolsonarizados” de
Ciro Gomes e de Simone Tebet migraram para o ex-capitão para impedir a vitória
de Lula em 1° turno.
Foi
o voto útil, que é o eleitor que define, não os candidatos.
Mesmo
na pesquisa que considera os percentuais sobre os votos totais (Lula, 51% e
Bolsonaro, 43%) teria de haver uma transferência de todos os 6% de nulos +
brancos, somados aos indecisos (4%), para o atual presidente para que ele
chegasse a um empate.
Tudo
isso não conta, claro, para a menor necessidade de mostrar a campanha na rua,
porque a convicção de vitória segue sendo um elemento de definição do voto.
Erga
sua cabeça, cole seu adesivo.
Lula
vai chegar perto dos 60% dos votos válidos, pode escrever.
Tijolaço.
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