Mostrando postagens com marcador Pesquisa. Mostrar todas as postagens
Mostrando postagens com marcador Pesquisa. Mostrar todas as postagens

quinta-feira, 2 de novembro de 2017

Quatro redes de TV detêm mais de 70% da audiência no Brasil

Repórteres Sem Fronteiras lista donos das 50 maiores empresas do país, pertencentes a 26 grupos econômicos. ONG denuncia que políticos são proprietários de veículos de comunicação, apesar de Constituição proibir.
Mídia no Brasil ainda é controlada por poucos, diz estudo
Repórteres Sem Fronteiras lista donos das 50 maiores empresas do país, pertencentes a 26 grupos econômicos. ONG denuncia que políticos são proprietários de veículos de comunicação, apesar de Constituição proibir.
Em pleno século 21, o mercado de mídia no Brasil é dominado por "dinastias familiares”, que concentram poder político e econômico e detêm uma ampla rede de poder, cuja malha se estende por todo o território brasileiro. Essa é a conclusão de um relatório divulgado nesta terça-feira (31/10) pela organização internacional Repórteres Sem Fronteiras (RSF).
"Nem a tecnologia digital nem o crescimento da internet ou esforços regulatórios ocasionais limitaram a formação desses oligopólios”, ressaltam os autores do levantamento, realizado pela RSF em parceria com a ONG brasileira Intervozes.
O Monitoramento da Propriedade da Mídia no Brasil – ou, em inglês, Media Ownership Monitor (MOM) – compara a concentração de mídia às propriedades de terra no país. 
"Assim como os ruralistas, antes chamados de latifundiários, os proprietários dos meios de comunicação possuem um vasto território nas ondas das TVs e das rádios, combinando interesses econômicos e políticos com o controle rigoroso da opinião pública”, acrescenta o texto.
Pior dos 11 países pesquisados
A pesquisa, financiada peloMinistério de Cooperação Econômica e Desenvolvimento da Alemanha,revela o nível de concentração da mídia brasileira, mostrando quem são seus proprietários e sua atuação no setor da economia. A investigação, realizada durante quatro meses, abrange os 50 veículos de comunicação com maior audiência no Brasil e os 26 grupos econômicos que os controlam.
O Brasil ocupa a pior colocação dos 11 países já analisados pela RSF – Colômbia, Peru, Camboja, Filipinas, Gana, Ucrânia, Peru, Sérvia, Tunísia e Mongólia também foram alvo da pesquisa.
O país recebeu a pior nota em quase todos os indicadores, nos quais o estudo se baseia para medir os riscos para a pluralidade da mídia, avaliando itens que vão desde concentração de propriedades e de audiência, passando por regulamentação sobre propriedade de mídias, até o nível de transparência sobre o controle das empresas. Apenas um dos indicadores brasileiros não foi considerado como "de alto risco para a pluralidade da mídia”.
A falta de transparência no Brasil sobre o controle acionário das principais empresas de comunicação chamou a atenção. "Até agora, o Brasil foi o primeiro país pesquisado em que nenhuma das empresas respondeu a nossas perguntas sobre quem são os seus proprietários”, relata Olaf Steenfadt, diretor do projeto MOM e integrante da Repórteres Sem Fronteiras Alemanha, em entrevista à DW. "Isso, nunca tínhamos visto antes”, acrescenta.
A pouca transparência sobre a propriedade dos grupos de comunicação, segundo o levantamento, se deve também à falta de uma obrigatoriedade legal para divulgação da estrutura acionária, além da inexistência de um monitoramento pelo poder público. Alguns grupos de mídia se negaram a responder, alegando razões "estratégicas" ou relacionadas à concorrência.
Grandes redes de TV pertencem a grupos que também controlam emissoras de rádio, portais de internet, revistas e jornais.
Concentração
"Falta no Brasil um quadro regulador", diz Steenfadt. "As poucas leis que existem não são implementadas. E as empresas não veem motivo para se abrirem de alguma forma, para serem transparentes”, lamenta. "A mídia não é como qualquer outro setor econômico. É importante saber quem a controla", opina o especialista. "Os cidadãos têm direito de conhecer os interesses por trás dos meios de comunicação que consomem."
O MOM-Brasil disponibiliza esses dados em uma página de internet, em português e inglês. O site contém um banco de dados com os nomes dos proprietários dos veículos de mídia, revelando também as ligações deles com grupos econômicos e empresas em outros setores, sistematizando as informações e as tornando acessíveis não só a pesquisadores, como também ao público em geral.
O levantamento mostra haver concentração dos centros de poder da mídia nas regiões Sul e Sudeste do país. A sede de três em cada quatro desses grupos fica na maior cidade do país, São Paulo.
No segmento de televisão, mais de 70% da audiência nacional é concentrada em quatro grandes redes, das quais uma detém mais da metade da audiência: a Rede Globo. Essas grandes redes nacionais ampliam ainda mais seu poder sobre a informação, destaca o MOM, através do domínio adicional de múltiplos segmentos. Grandes redes nacionais de TV aberta pertencem a grupos que também controlam emissoras de rádio, portais de internet, revistas e jornais impressos, segundo o estudo.
"Coronelismo eletrônico”
A pesquisa constata que, embora a Constituição brasileira proíba que políticos controlem empresas de mídia, 32 deputados federais e oito senadores possuem meios de comunicação, ainda que não sejam seus proprietários formais.
"Outras famílias proprietárias, como os Câmara, Faria e Mesquita, também têm membros em cargos políticos”, diz comunicado divulgado pelo MOM-Brasil. "A família Macedo, que controla o grupo Record e a Igreja Universal do Reino de Deus, também domina um partido político, o Partido Republicano Brasileiro (PRB), que conta com um ministro no governo federal, um senador, 24 deputados federais, 37 deputados estaduais, 106 prefeitos e 1.619 vereadores”, contabiliza o levantamento.
O estudo chama a concentração de poder na mídia brasileira de "coronelismo eletrônico”. Os autores da pesquisa afirmam que em vários estados as afiliadas das grandes redes de televisão e rádio são controladas por empresas de políticos ou de famílias com tradição política.
"Um exemplo disso é o grupo do qual fazem parte a TV Bahia (afiliada da Rede Globo) e o jornal Correio da Bahia, controlado pela família Magalhães, do atual prefeito de Salvador, Antônio Carlos Magalhães Neto, e do ex-governador da Bahia, senador e ministro das Comunicações Antônio Carlos Magalhães”, ressaltam os editores do levantamento.
GGN

segunda-feira, 3 de julho de 2017

Pesquisa indica que apoio a Lula deve disparar em 2018, por Eduardo Guimarães

Em 17 de abril de 2016, enquanto o Senado Federal se preparava para consumar o golpe parlamentar que cassou Dilma Rousseff, este Blog anteviu o que resultaria daquele ato insensato, antidemocrático e literalmente criminoso.

“(…) O que os golpistas esquecem é que o eleitorado majoritário que está eventualmente posicionado contra Dilma espera que tudo se resolva por milagre no exato momento em que ela deixar o poder.

Só um imbecil acredita que, com o país convulsionado, a economia vai se consertar assim. Quando o povo descobrir que lhe venderam uma mentira, ficará furioso, sobretudo porque a queda de Dilma se fará acompanhar de retirada de direitos.

Por fim, a saída de Dilma dará discurso a Lula e ao PT. E como Lula ainda é extremamente popular mesmo com toda artilharia que vem sofrendo, sua candidatura para 2018 será fortíssima, com ou sem golpe (…)”

Como este Blog vem dizendo há muito tempo, basta deixar que a direita governe que ela mesma tratará de se afundar politicamente. Foi previsto aqui que isso ocorreria simplesmente porque, em 11 dos 13 anos de governos petistas, o salário aumentou todo mês e a pobreza, a desigualdade e o desemprego caíram todo mês.
Nesse aspecto, o período que vai de abril de 2016 até agora operou importante mudança na mentalidade dos brasileiros. E as razões são as seguintes:
1 – A maioria do povo descobriu que era mentira da mídia, dos movimentos de rua de direita e dos partidos políticos sócios do golpe que bastava tirar Dilma da Presidência que tudo se resolveria.
2 – A maioria do povo descobriu que os maiores acusadores do PT, os tucanos, não apenas são hipócritas como autores de muita roubalheira.
3 – A maioria do povo descobriu que a perseguição contra Lula empreendida por Sergio Moro e o Ministério Público Federal objetiva apenas impedi-lo de devolver justiça social aos brasileiros, razão pela qual, segundo o Datafolha, o PT já começa a crescer e a recuperar a popularidade perdida e Lula está cada vez mais forte e menos rejeitado.
4 – A maioria do povo descobriu que há uma guerra dos ricos brasileiros contra os pobres e crê que estão usando o poder usurpado pela direita para retirar direitos sociais e trabalhistas históricos.  O povo percebe que Temer é uma espécie de Robin Hood com sinal trocado.
Até um tempo atrás tudo isso era apenas uma previsão, uma percepção. Agora, porém, pesquisa Datafolha realizada entre os dias 21 e 23 de junho com 2.771 pessoas de todas as regiões do Brasil confirma o que se intuía.
A pesquisa relata que “Cresce apoio a ideias próximas à esquerda” no Brasil.
O Datafolha mostra que cresceu o apoio da população a ideias identificadas com a esquerda do espectro político e esse apoio agora sobrepujou o avanço das ideias de direita que, segundo o instituto de pesquisas, explodiu em 2013.
Essas premissas acabam de ser confirmadas por pesquisa Datafolha que mede a inclinação ideológica no país. As perguntas elaboradas buscam demarcar as diferenças entre convicções associadas à direita e à esquerda, em temas econômicos e comportamentais.
Com base nas respostas, os eleitores são agrupados em uma das cinco posições da escala ideológica (esquerda, centro-esquerda, centro, centro-direita e direita).
O gráfico do Datafolha divulgado na pesquisa e reproduzido abaixo mostra a disparada das opiniões de direita entre 2013 e o dia do fechamento da pesquisa em 23 de junho de 2017.
Na comparação com o levantamento anterior do Datafolha, feito em setembro de 2014, nota-se uma maior sensibilização do brasileiro a questões que envolvem a igualdade, possível reflexo da crise econômica e do alto desemprego que atingem o Brasil.
Subiu, por exemplo, de 58% para 77% a parcela que acredita que a pobreza está relacionada à falta de oportunidades iguais para todos. Já a que crê que a pobreza é fruto da preguiça para trabalhar caiu de 37% para 21%.
Essa notícia é extraordinária e arrasadora para uma direita insana que, para derrubar Dilma, contou com o apoio de uma maioria esmagadora e pobre da população que só tem a perder com o golpe e com as reformas neoliberais de Temer e do PSDB e que, agora, está descobrindo que ao apoiar o golpe jogou contra si mesma.
Na mesma edição da Folha, análise do diretor do Datafolha, Mauro Paulino, explica por que Lula e Bolsonaro vêm crescendo tanto nas pesquisas.
Segundo Paulino, a população voltou a se dividir em duas correntes simétricas, 41% à esquerda, 40% à direita e 20% no centro, a exemplo do que se observava em 2013, após as manifestações de junho.
A agenda antissocial de um governo impopular que vem se dedicando a reformas em setores nevrálgicos e se vê envolto em denúncias da Lava Jato se reflete na opinião pública sob a forma de ameaças a direitos conquistados, diz o diretor do Datafolha.
Ele ainda afirma que se valoriza o papel do Estado como agente facilitador para o desenvolvimento econômico e para socorrer empresas nacionais. E que a tal “meritocracia”, tão presente no debate de 2014, está sendo colocada em xeque no ambiente de crise e desemprego crescentes.
Diante disso, Paulino afirma que, agora, “parte da população volta a ficar sensível ao discurso de inclusão do petismo, o que explica o crescimento de preferência pelo partido e a liderança de Lula nas pesquisas”.
E para explicar a disparada de Lula nas pesquisas desde que foi levado à força para depor no ano passado, a opinião praticamente unânime entre os eleitores de esquerda e de direita é a de que, no Brasil, a Justiça trata os ricos melhor dos que os pobres.
Ora, ao ver que só petistas se dão mal na Justiça enquanto que direitistas como os ex-presidentes do PSDB Aécio Neves e Eduardo Azeredo são tratados como reis, o povo começa a perceber que os petistas é que estão ao seu lado.
A pesquisa ainda afirma que o único político que cresce ao lado de Lula é Jair Bolsonaro (PSC-RJ) e que isso ocorre porque ele vende o discurso de extermínio de “bandidos” como solução para uma criminalidade que ainda vai crescer até a eleição do ano que vem devido ao caos social e econômico.
Contudo, Bolsonaro tem um limitador importante. A população pobre, que é majoritária no país, é vítima da truculência de uma polícia preconceituosa que atira primeiro e pergunta depois se a pessoa for negra e pobre. O apoio de Bolsonaro aumenta entre os mais ricos, que estão abandonando tucanos, demos e afins pelo ex-militar defensor da ditadura.
Sergio Moro certamente irá condenar Lula proximamente. Não condenou ainda porque está assustado com a reversão de suas condenações pela segunda instância. Já percebeu que se condenar Lula com base apenas nas delações terá sua sentença reformada pelo TRF4.
Contudo, Moro não tem alternativa. A melhor oportunidade de condenar Lula é na questão do tríplex, na qual os investimentos da mídia, dos tucanos e da Lava Jato foram gigantescos. Se absolver o ex-presidente, ficará desmoralizado.
Moro não sabe o que fazer. Se condenar Lula só com os indícios fracos que tem, ele não só será absolvido em segunda instância como crescerá ainda mais rápido nas pesquisas. A sentença que Moro dará sobre Lula nos próximos dias o tornará candidato imbatível em 2018. Condena Lula de uma vez, Moro! Você vai elegê-lo para um terceiro mandato.

Blog da Cidadania 

segunda-feira, 26 de junho de 2017

Lula lidera em todos os cenários em 2018, Datafolha

Mais uma pesquisa eleitoral mostra a liderança absoluta do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva nas eleições presidenciais de 2018.

Uma nova pesquisa divulgada nesta segunda mostra que Lula (PT) manteve a liderança, com 29% a 30% das intenções de voto, seguido por Marina Silva (Rede) e Jair Bolsonaro (PSC).

Bolsonaro registra tendência de alta. Tinha 8% em dezembro de 2016, passou a 14% em abril e agora aparece com 16%, sempre no cenário em que o candidato do PSDB é o governador de São Paulo, Geraldo Alckmin.

domingo, 25 de junho de 2017

Datafolha: 83% dos brasileiros acham que temer é corrupto

Pesquisa do instituto Datafolha divulgada neste domingo, 25, mostra que 83% da população brasileira acredita que Michel Temer tem participação direta no escândalos de corrupção revelados pelo empresário Joesley Batista, da JBS.

Joesley gravou conversa que travou com Temer no Palácio do Jaburu, em um encontro fora da agenda oficial, onde Temer deu aval para a compra do silêncio do deputado cassado e preso Eduardo Cunha (PMDB), aliado de Temer no golpe. Perícia da Polícia Federal já constatou que a gravação não sofreu edições.

Além disso, relatório da PF aponta que Temer praticou corrupção "com vigor" no caso da mala de R$ 500 mil em propina da JBS flagrada com o ex-assessor Rodrigo Rocha Loures (PMDB).

Michel Temer deve ser denunciado nesta semana  pelo procurador-geral da República, Rodrigo Janot, sob acusação de corrupção passiva, organização criminosa e obstrução de Justiça.

Segundo a pesquisa Datafolha, 64% da população reprovaram o acordo de colaboração premiada que a PGR fechou com os donos da JBS, ao prever multa, mas não a prisão dos delatores. Para 81%, os irmãos Batista deveriam ter sido presos, apesar das revelações.

A pesquisa Datafolha foi realizada de 21 a 23 de junho com 2.771 entrevistados. A margem de erro é de dois pontos percentuais para mais ou para menos.

247

sábado, 24 de junho de 2017

Datafolha: Michel Temer o mais rejeitado em 28 anos e 83% dos brasileiros querem eleições diretas

A pesquisa do instituto Datafolha divulgada neste sábado, 24, mostra que 83% da população brasileira quer realização de eleições diretas para presidente, com a saída de Michel Temer. Apenas 12% se dizem a favor de que o Congresso Nacional escolha o sucessor de Temer.

O levantamento revela também que 76% dos brasileiros querem que Temer renuncie ao cargo, enquanto 20% defendem a permanência do peemedebista. Para 65%, o melhor para o País é que Temer deixe o Palácio do Planalto imediatamente, contra 30% que defendem que ele termine o mandato.

Caso Temer não renuncie ao cargo,  a maioria absoluta de 81% da população defende que o Congresso inicie um processo de impeachment para retirá-lo do cargo. A Câmara dos Deputados, responsável por instaurar o processo de impeachment, já recebeu vários pedidos contra Temer, entre eles protocolados pela Ordem dos Advogados do Brasil e por partidos como a Rede e PSOL. 

O mais rejeitado
Na mesma pesquisa, divulgada pelo jornal Folha de S. Paulo, o governo Michel Temer aparece com aprovação de apenas 7%, a menor para o cargo em 28 anos. O governo fruto de um golpe parlamentar é considerado ruim ou péssimo por 69% do eleitorado brasileiro (leia mais).

A pesquisa da Datafolha foi realizada entre os dias 21 e 23 de junho, com 2.771 entrevistados em 194 cidades. A margem de erro é de 2 pontos percentuais para mais ou para menos e o intervalo de confiança é de 95%. 

247

quarta-feira, 7 de junho de 2017

O ex-presidente Lula tem a preferência de 58% dos votos dos que ganham até dois salários mínimos

Vox: Lula dispara na preferência do eleitor, com 58% dos votos de quem ganha até dois salários mínimos; brancos e nulos na vice-liderança

Aécio tem 0% de intenção de votos e os tucanos FHC e Alckmin patinam em 1%.

Pesquisa feita pela CUT/Vox Populi entre os dias 2 e 4 de junho mostra que o ex-presidente Lula continua imbatível e bateria todos os candidatos a presidente em 2018.

Já o senador Aécio Neves (PSDB-MG) que, inconformado por ter sido derrotado por Dilma Rousseff (PT-RS) nas eleições de 2014, liderou um golpe contra o Brasil e os brasileiros em parceria com o então vice-presidente Michel Temer (PMDB-SP), ambos denunciados por corrupção, está politicamente liquidado, aparece com 0% de intenção de voto.

O governo do golpista Temer, aprovado por apenas 3% dos brasileiros, é considerado culpado pelo desemprego que atinge mais de 14,5 milhões de trabalhadores e pela recessão que atinge especialmente a classe trabalhadora e os mais pobres.

Para 52% dos entrevistados pela CUT/Vox Populi, a vida piorou com Temer na presidência; 38% dizem que nada mudou e apenas 9%, que melhorou.

A renda dos trabalhadores também sofreu um baque com Temer. 56% dizem que a renda diminuiu, 39% que não mudou, 4% que aumentou e 1% não soube ou não quis responder.

Lula tem mais de 50% das intenções de votos



A solução para a maioria dos brasileiros é Lula. Se a eleição fosse hoje, Lula venceria o segundo turno do pleito com 52% das intenções de votos se o candidato tucano fosse Geraldo Alckmin (PSDB-SP), que ficaria em segundo lugar, com 11% dos votos.

Se o PSDB resolver apostar no discurso do novo ou da gestão marqueteira, Lula teria 51% dos votos no segundo turno e o prefeito João Doria, 13%.

Lula também ganharia de Marina Silva (Rede) por 50% a 15%.

Se o candidato for o Aécio, Lula sobe para 53% e Aécio teria 5%.



Intenção de voto espontânea
Lula também é imbatível nas consultas espontâneas sobre intenções de voto, quando o entrevistador não mostra nenhum nome na cartela.

O levantamento CUT/Vox Populi, aponta que 40% dos brasileiros votariam em Lula se a eleição fosse hoje — em abril o percentual era de 36%.

Em segundo lugar, bem distante, vem Jair Bolsonaro (PSC) com 8% das intenções de voto — tinha 6% em abril. Já Marina Silva (Rede) e o juiz Sérgio Moro empatam em 2%.

Embolados em 5º lugar, com apenas 1% das intenções de voto aparecem Ciro Gomes (PDT), Joaquim Barbosa (sem partido), João Doria (PSDB), Fernando Henrique (PSDB) e Geraldo Alckmin (PSDB).

Aécio Neves (PSDB) desidratou e surge com 0% de intenção de voto – em abril, antes da divulgação do grampo da JBS que envolve o senador em crime de pedido de propina, ele ainda tinha 3% das intenções de voto.
Lula cresce

A pesquisa consolida a ascensão de Lula como favorito para o próximo pleito. No voto espontâneo, o ex-presidente tinha 31%, em dezembro, 36%, em abril, e agora atinge a marca dos 40%.

Já num hipotético segundo turno contra Alckmin, a vantagem foi de 45% da preferência dos votos, em dezembro, para 51%, em abril, e agora 52%.

Lula é igualmente o preferido por idade, escolaridade, renda e gênero

Tem 48% das intenções de votos entre os jovens, 44% entre os adultos e o mesmo percentual (44%) entre os maduros.

Quanto a escolaridade, 55% dos eleitores com ensino fundamental votam Lula, 40% ensino médio e 29% ensino superior.

Quando separados por renda, o cenário se repete: votam em Lula 58% dos que ganham até 2 salários mínimo, 41% dos que ganham entre 2 e 5 mínimos e 27% dos que ganham mais de 5 salários mínimos.

A pesquisa CUT/Vox foi realizada em 118 municípios do Brasil de todos os Estados e do Distrito Federal, em capitais, regiões metropolitanas e no interior.

Foram entrevistadas 2000 pessoas com mais de 16 anos.

A margem de erro é de 2,2 %, estimada em um intervalo de confiança de 95%.

Obs.: Notem, na íntegra da pesquisa (link abaixo), que a taxa de brancos/nulos está sempre na vice-liderança. AQUI.

Vi o Mundo, Cut vox de Luiz Carlos Azenha

terça-feira, 6 de junho de 2017

Pesquisa Cut/Vox Populi: Ex-presidente Lula tem mais de 50% e bate todos os candidatos

Pesquisa realizada pelo instituto Vox Populi e encomendada e divulgada pela CUT nesta terça-feira 6 aponta que o ex-presidente Lula venceria qualquer candidato, entre Geraldo Alckmin (PSDB), João Doria (PSDB), Marina Silva (Rede) e Aécio Neves, caso as eleições presidenciais fossem hoje.

O desempenho do senador afastado Aécio Neves, alvo de diversos inquéritos na Lava Jato e flagrado em áudios na delação premiada da JBS, revela que ele foi liquidado politicamente, ao apresentar 0% das intenções de voto.

A pesquisa, feita entre 2 e 4 de junho, aponta ainda que o governo Michel Temer, aprovado por apenas 3% dos brasileiros, é considerado culpado pelo desemprego que atinge mais de 14,5 milhões de trabalhadores e pela recessão que atinge especialmente a classe trabalhadora e os mais pobres.

Confira abaixo os detalhes dos números no texto divulgado pela CUT. Aqui a íntegra da pesquisa.

Lula bate todos os candidatos, aponta pesquisa CUT/VOX

Aécio tem 0% de intenção de votos e os tucanos FHC e Alckmin patinam em 1%.

Pesquisa feita pela CUT/Vox Populi entre os dias 2 e 4 de junho mostra que o ex-presidente Lula continua imbatível e bateria todos os candidatos a presidente em 2018. Já o senador Aécio Neves (PSDB-MG) que, inconformado por ter sido derrotado por Dilma Rousseff (PT-RS) nas eleições de 2014, liderou um golpe contra o Brasil e os brasileiros em parceria com o então vice-presidente Michel Temer (PMDB-SP), ambos denunciados por corrupção, está politicamente liquidado, aparece com 0% de intenção de voto.

Já o governo do golpista Temer, aprovado por apenas 3% dos brasileiros, é considerado culpado pelo desemprego que atinge mais de 14,5 milhões de trabalhadores e pela recessão que atinge especialmente a classe trabalhadora e os mais pobres.

Para 52% dos entrevistados pela CUT/Vox Populi, a vida piorou com Temer na presidência; 38% dizem que nada mudou e apenas 9%, que melhorou. A renda dos trabalhadores também sofreu um baque com Temer. 56% dizem que a renda diminuiu, 39% que não mudou, 4% que aumentou e 1% não soube ou não quis responder.

Lula tem mais de 50% das intenções de votos

A solução para a maioria dos brasileiros é Lula. Se a eleição fosse hoje, Lula venceria o segundo turno do pleito com 52% das intenções de votos se o candidato tucano fosse Geraldo Alckmin (PSDB-SP), que ficaria em segundo lugar, com 11% dos votos. Se o PSDB resolver apostar no discurso do novo ou da gestão marqueteira, Lula teria 51% dos votos no segundo turno e o prefeito João Doria, 13%. Lula também ganharia de Marina Silva (Rede) por 50% a 15%. Se o candidato for o Aécio, Lula sobe para 53% e Aécio teria 5%.

Intenção de voto espontânea

Lula também é imbatível nas consultas espontâneas sobre intenções de voto, quando o entrevistador não mostra nenhum nome na cartela.

O levantamento CUT/Vox Populi, aponta que 40% dos brasileiros votariam em Lula se a eleição fosse hoje - em abril o percentual era de 36%. Em segundo lugar, bem distante, vem Jair Bolsonaro (PSC) com 8% das intenções de voto – tinha 6% em abril. Já Marina Silva (Rede) e o juiz Sérgio Moro empatam em 2%.

Embolados em 5º lugar, com apenas 1% das intenções de voto aparecem Ciro Gomes (PDT), Joaquim Barbosa (sem partido), João Doria (PSDB), Fernando Henrique (PSDB) e Geraldo Alckmin (PSDB). Aécio Neves (PSDB) tem desidratou e surge com 0% de intenção de voto – em abril, antes da divulgação do grampo da JBS que envolve o senador em crime de pedido de propina, ele ainda tinha 3% das intenções de voto.

Se o candidato do PSDB for Alckmin ou Doria, Lula sobe para 45%. No cenário com Alckmin, o governador de São Paulo empata com Ciro em 4%, Bolsonaro sobe para 13% e Marina cai para 8%. Se a disputa for entre Lula e Doria, Bolsonaro cai para 12%, Marina sobe para 9%, Ciro para 5% e Doria atinge apenas 4% das intenções de voto.

Lula é igualmente o preferido por idade, escolaridade, renda e gênero.

Tem 48% das intenções de votos entre os jovens, 44% entre os adultos e o mesmo percentual (44%) entre os maduros. Quanto a escolaridade, 55% dos eleitores com ensino fundamental votam Lula, 40% ensino médio e 29% ensino superior. Quando separados por renda, o cenário se repete: votam em Lula 58% dos que ganham até 2 salários mínimo, 41% dos que ganham entre 2 e 5 mínimos e 27% dos que ganham mais de 5 salários mínimos.

A pesquisa CUT/Vox foi realizada em 118 municípios do Brasil de todos os Estados e do Distrito Federal, em capitais, regiões metropolitanas e no interior. Foram entrevistadas 2000 pessoas com mais de 16 anos.

A margem de erro é de 2,2 %, estimada em um intervalo de confiança de 95%.

247

sábado, 13 de maio de 2017

Aumenta o número de brasileiros que acha o governo Temer pior do que o da ex-presidente Dilma, diz pesquisa

COMPARAÇÃO DILMA X TEMER – Segundo a pesquisa DataPoder360, aumentou a quantidade de pessoas que acham o governo Temer pior do que o governo Dilma Rousseff (PT). Essa é a percepção de 48% dos entrevistados, 7 pontos percentuais a mais do que em abril. No mês passado, 41% achavam a administração de Temer pior do que a de Dilma. Para 20%, o governo atual é melhor que o anterior.

Na comparação por região, a preferência ao governo da petista é maior entre os nordestinos (70%), quase o dobro da região Centro-Oeste (36%). No Nordeste, apenas 8% responderam que a gestão Temer é melhor do que a de sua antecessora. No geral, 26% dos brasileiros não veem diferença entre os dois governos.

(…) Foram entrevistados 2.157 brasileiros e brasileiras com 16 anos de idade ou mais, em 243 municípios. A margem de erro é de 3 pontos percentuais, para mais ou para menos. [a pesquisa foi realizada nos dias 7 e 8 de maio.]
Separamos algumas tabelas ainda sobre o mesmo tema: a comparação entre Temer e Dilma.
Clique aqui para ler a íntegra da pesquisa.

O Cafezinho

segunda-feira, 1 de maio de 2017

71% dos brasileiros rejeitam reformas de Temer, Datafolha

A pesquisa Datafolha que apontou a disparada do ex-presidente Lula e também um consenso nacional por diretas-já revelou que sete em cada dez brasileiros são contra a reforma da Previdência proposta por Michel Temer; o levantamento, portanto, revela a encalacrada em que o Brasil se meteu com o golpe de 2016.

Concretamente, o Brasil tem hoje um governo ilegítimo que faz o oposto do que deseja a população; somada à greve geral, que paralisou o País na última sexta-feira, o Datafolha praticamente sepulta as reformas, pois mesmo que Temer esteja comprando parlamentares com cargos na máquina pública, deputados e senadores terão que pedir votos em 2018 para se reeleger.

Sete em cada dez brasileiros se dizem contrários à reforma da Previdência, segundo aponta o Datafolha, na mesma pesquisa que apontou a disparada do ex-presidente Lula (leia aqui) e também um consenso nacional por diretas-já (leiaaqui).

"Há maioria antirreforma entre todos os grupos sociodemográficos, e a taxa cresce entre mulheres (73%), brasileiros que ganham entre 2 e 5 salários mínimos (74%), jovens de 25 a 34 anos (76%) e os com ensino superior (76%)", revela a Folha.

O levantamento, portanto, revela a encalacrada em que o Brasil se meteu com o golpe de 2016: o Brasil tem hoje um governo ilegítimo que faz o oposto do que deseja a população.

Somada à greve geral, que paralisou o País na última sexta-feira, o Datafolha praticamente sepulta as reformas, pois mesmo que Temer esteja comprando parlamentares com cargos na máquina pública, deputados e senadores terão que pedir votos em 2018 para se reeleger.


A pesquisa comprova que a mensagem mais importante da chamada "voz das ruas" é a que aparece na imagem acima: Temer sai, aposentadoria fica.

Do 247

domingo, 30 de abril de 2017

O golpe de 2016 e a velha mídia pariram Bolsonaro

O golpe engendrado por Michel Temer, Eduardo Cunha e Aécio Neves, em conjunto com a mídia, resultou numa vitória de Pirro que pariu Jair Bolsonaro 2018.

A guinada direitista dos tucanos, o blábláblá neandertal contra o bolivarianismo, a corrupção, o financiamento de “movimentos de rua” e a obsessão da imprensa, puxada pela Globo, com o PT, resultaram na viabilização de uma alternativa fascista indigente.

JB vai se firmando como o antiLula prometido na Bíblia.

A nova pesquisa DataFolha, que traz Lula na liderança novamente, registra que Jair foi de 9% para 15% e de 8% para 14% em dois cenários, empatando com Marina Silva.

É o segundo nome mais lembrado espontaneamente, com 7%. Lula tem 16% e os demais, 1%.

Seu eleitorado está concentrado em jovens de alta renda e instrução formal.

O PSDB é sócio de Temer num governo rumo a zero de aprovação, rejeitado por 61%. As eleições diretas são desejadas por 85%.

Aécio, Alckmin e Serra derretem numa economia em frangalhos. Doria ultrapassa o padrinho Geraldo pela primeira e não a última vez, mas perde para Ciro Gomes.

Bolsonaro surfou na criminalização de Lula e da esquerda. É, como Trump, uma espécie de outsider (de mentirinha, claro, mas engana trouxa). A extrema direita que não tem medo de dizer seu nome.

JB vai cometendo suas barbaridades sem ser incomodado. Volta e meia sai uma denúncia leve, com a de que usa a cota parlamentar para fazer campanha. A Folha deu uma vez e não tocou mais no assunto.

Em abril de 2016, depois que homenageou o coronel Ustra na votação do impeachment, Miriam Leitão, que dorme e acorda pensando em Dilma, se indignou.

“A democracia brasileira precisa ser defendida pelos pares do deputado Jair Bolsonaro. O voto dele é apologia de dois crimes, fere duplamente a Constituição. Por que não sofre um processo de cassação pelo Conselho de Ética da Câmara dos Deputados?”, escreveu em seu blog.

Se ela e a Globo tivessem dedicado a Jair um oitavo do tempo dedicado a destruir Lula, talvez a situação fosse diversa.

Quantos editoriais o Estadão dedicou ao “lulopetismo”?

Quantas capas imbecis da Veja gritando que “Lula acabou”? A mais recente foi desmentida pelo próprio site da revista dois dias depois.

A mera candidatura de Bolsonaro é uma prova do fracasso do jornalismo da velha mídia.

Ele foi adotado como herói e salvador da pátria por sites de notícias falsas, por gurus como Olavo de Carvalho e youtubers como Joice Hasselmann. Alguns desses jihadistas têm milhões de seguidores.

Monomaníaca, a imprensa falhou em contar a história real de Bolsonaro. A única entrevista em que ele falou de suas “ideias” foi para seu igual Danilo Gentili.

O resultado foi o esperado — uma cavalgadura com a cabeça oca. Alguns trechos:

Como presidente, você acha que o seu repertório tem que aumentar, tem que falar sobre economia?

“Eu falo sobre economia. Por exemplo, eu falo do nióbio, do grafeno, das riquezas do Vale do Ribeira. (…) Mais utilizado do que o nióbio só o grafeno. (…) Nós não podemos continuar permitindo uma exploração predatória do nióbio”.

***
Mas você já tem um princípio de plano?

“Isso ninguém tem, né?”

Então me explica, por que alguém deve votar em Bolsonaro para presidente?

“Eu sou uma pessoa autêntica. As minhas propostas podem ser até pior (sic), mas são completamente diferente (sic).”

***
O que garante que você não irá copiar alguns modelos do regime militar que você elogia?

“Na Educação, vai ser convidado um general que já tenha um comando de colégio militar”.

Você tem muitos opositores, talvez uns 80, 90% de Brasília é opositor seu. Se você for presidente, como é possível governar com tanta oposição?

“Nós vamos ter mais gente de direita no parlamento. (…) E eu acho que economia vai estar tão debilitada até lá que teremos que partir do zero”.

****
A farsa do impeachment deu num Bolsonaro de 7 arrobas se espichando nas entranhas do cadáver da democracia, espancada diariamente por Michel e seus sócios, entre os quais a mídia chapa branca.

Do DCM

Lula segue absoluto para 2018 na nova pesquisa Datafolha, uma análise completa por Sergio Saraiva

Lula é hoje o maior risco e a única esperança para a retomada da normalidade democrática no Brasil. A resolução desse paradoxo está nas ruas.

A manchete da Folha de 30 de abril de 2017, sobre a pesquisa de intenção de voto para as eleições presidenciais de 2018 no Brasil traz dois erros. Um jornalístico e outro de análise estatística.

Bolsonaro sobe e disputa 2º lugar; Lula amplia a liderança
O erro jornalístico e patente, dá destaque ao secundário – o crescimento de Bolsonaro – em detrimento do principal: Lula não é afetado pelas delações da Odebrecht e, além disso, amplia sua vantagem em relação aos adversários. Alguns deles foram destroçados por tais delações, Lula passou incólume em relação a elas.

O erro de análise estatística é cometido também em relação a Bolsonaro. Pelo menos neste instante, seu crescimento nas pesquisas é um dado curioso, embora previsível, mas não altera o resultado previsto na para das eleições presidenciais de 2018. Por ora, ainda a principal adversária de Lula é Marina Silva.

Porém, independente da má vontade do secretário de redação que elaborou a matéria – tipo conhecido do antipetismo – a pesquisa Datafolha permite analisarmos as possibilidades atuais de vários candidatos para as próximas eleições presidenciais.
Bolsonaro – comecemos por ele.
Bolsonaro é o representante da extrema-direita e seu crescimento - 15% de intenção de voto no primeiro turno - deve ser acompanhado. Porém, não é relevante para o resultado final das eleições, neste instante.

Perde para Lula no segundo turno de 43% a 31%, respectivamente. Esse cenário deixa 26% do eleitorado sem candidato definido – ou seja, que não votariam em nenhum dos dois. Lula teria de conquistar 7 pontos percentuais nesse total para se eleger – menos de 3 em cada 10 indecisos. Bolsonaro teria de conquistar 19 pontos percentuais – mais de 7 em cada 10. Façam suas apostas, senhores - vermelho 13.

Marina Silva -  é ainda a principal adversária de Lula. Está em segundo lugar no primeiro turno com 14% - empatada com Bolsonaro – e vence Lula, na margem de erro, em um segundo turno por 41% a 38%, respectivamente.

Por que então a Folha não lhe deu destaque? Simples, Marina está em queda livre no seu recall de votos da eleição de 2014. Era de 52% na pesquisa de novembro de 2015 e está agora com 41% - perdeu 11 pontos percentuais. Lula está em crescimento contínuo – cresceu 7 pontos percentuais debaixo da tempestade e poderá ultrapassar Marina já na próxima pesquisa.  
Informação relevante, os votos de Marina aparentemente migram para Lula, já que a porcentagem de indecisos não aumenta com a queda de Marina – 23% em média e, inclusive, vem diminuindo a cada pesquisa.

João Doria – aparentemente sofre da mesma fraqueza de Alckmin, é um fenômeno puramente paulista. Está em forte e ininterrupta campanha midiática desde que se elegeu para a prefeitura de São Paulo, mas obteve apenas 9% dos votos. É aparentemente um produto que não pegou junto ao público geral, apesar da forte campanha midiática no lançamento. Provavelmente um produto para um nicho de mercado.

No segundo turno, perderia para Lula igualmente a Bolsonaro – 43% a 32%, respectivamente.

Luciano Huck - Doria e Bolsonaro disputam públicos diferentes, mas no mesmo espectro político – o radical de direita. A Folha não liberou os dos brutos da pesquisa, mas não é difícil traçar o perfil dos seus eleitores através do que se constata nas suas campanhas nas redes sociais – homem branco, classe média, desrespeitoso e grosseirão – Bolsonaro emociona os mais jovens e os mais velhos - viúvas da ditadura; Doria é dos adultos e jovens adultos. Mas ambos com o mesmo perfil. Públicos muito restritos e específicos com baixo poder de crescimento.

Dória essencialmente paulista e Bolsonaro com alcance nacional. As chances de crescimento de Doria, portanto, são maiores que as de Bolsonaro – mas se é para apostar no outsider – o político não político – melhor apostar em Luciano Huck.
Muito mais palatável que o milico de pijama ou o dândi empedernido. Luciano Huck tem 3% dos votos, mas isso é enganoso já que não foi testado em um cenário em que não dividisse seus votos com outros candidatos - do PSDB, por exemplo.

Ciro Gomes -  Ciro não decola pois é o eterno Plano B das esquerdas. Só tem chances se Lula não concorrer – 12% de intenções de voto.
Não é pouco, nos cenários em que Lula não participa, isso o embola no segundo lugar com outros candidatos. Mas Marina vence com uma margem mais de 10 pontos percentuais, no mínimo. 
PSDB – não existe eleitoralmente, tornou-se um partido nanico com menos de 10% das intenções de voto não importa quem seja o candidato – Aécio (8%), Alckmin (6%) ou Doria (9%). Sugestivamente, o nome de José Serra sequer participou da pesquisa.

Sergio Moro – é o antípoda de Lula. Mas os dados da pesquisa não são bons para ele.

Sergio Moro e Lula travam, por iniciativa do primeiro ou com seu consentimento, pelo menos, uma batalha entre o santo guerreiro e o demônio da maldade. E o demônio da maldade empatou o jogo. Sergio Moro 42% e Lula 40%.

Mas uma disputa como essa é somente alegórica. Para que ocorresse no mundo real, Sergio Moro teria de se despir do poder da toga. Ocorre que Sergio Moro não seria tolo para tanto. Sem poder decretar prisões preventivas ou mandatos de conduções coercitivas e tendo de dar explicações sobre seus atos, que chance tem Moro? Apanharia até dos desafetos que possui dentro do próprio Judiciário.

Temer – literalmente não existe. Com dois pontos percentuais de inteção de voto, nos cenários em que seu nome foi pesquisado, conseguiu empatar com a própria margem de erro da pesquisa. E um candidato que não ganha nem da margem de erro não existe – zero.

Lula – não há o que analisar sobre Lula, além de que é o virtual presidente do Brasil eleito em 2018, isso se puder disputar e se, sem em função disso, houver eleições. 
Somente para termos uma ilustração, na pesquisa Datafolha não há cenários de segundo turno sem Lula, mas, nos do primeiro turno, quando Lula não está presente, o percentual de votos indefinidos (brancos, nulos, nenhum e não sabe) sobe 10 pontos percentuais – de em torno de 20%, com Lula, para algo como 30% do eleitorado, sem Lula. Ou seja, hoje, ninguém fica com os votos de Lula.

Essa é a manchete que a Folha não deu: Lula – somente preso não ganha em 2018.

Numa análise final: o cenário político nascido do golpe parlamentar de 2016 e seus desdobramentos tornaram Lula, hoje, o maior risco e a única esperança para a retomada da normalidade democrática no Brasil.

A resolução desse paradoxo está nas ruas.
PS: A Oficina de Concertos Gerais e Poesia não nega méritos a quem os tem, neste caso, a ombudsman da Folha, Paula Cesarino Costa, por sua análise da postura adotada pela imprensa mainstream na cobertura da Greve Geral de 28 de abril de 2017: "na sexta-feira, o bom jornalismo aderiu à greve geral. Não compareceu para trabalhar". Tampouco no domingo ao analisar os resultados da pesquisa para eleições de 2018.

 Do GGN