quarta-feira, 15 de janeiro de 2014

OAB/MA cobrará do MA indenização a famílias de detentos mortos, confira aqui


Ordem pretende ingressar com ação civil pública pedindo compensação a parentes de detentos e demais pessoas mortas ou feridas na atual crise de segurança do Estado

A Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) no Maranhão deverá ingressar com uma ação civil pública para que o Estado indenize as famílias de detentos mortos nas prisões maranhenses.

Reuters
Detentos feridos em Pedrinhas
OAB deve ingressar com ação civil pública pedindo compensação a mortos e feridos na atual crise de segurança.

Segundo o presidente da OAB-MA, Mário Macieira, a ação também pedirá compensação às famílias de pessoas mortas ou feridas fora das cadeias na atual crise de segurança no Estado.

Macieira afirmou à BBC Brasil que o documento já foi redigido e será submetido ao conselho da OAB-MA no dia 29. Ele diz crer que a ação será aprovada e protocolada na Justiça.

Desde 2013, foram mortos em Pedrinhas 62 presos, alguns dos quais decapitados. O governo estadual atribui as mortes a conflitos entre facções.

No entanto, organizações que monitoram o sistema carcerário local dizem que os crimes jamais foram investigados. Depoimentos de presos às entidades sugerem que as forças maranhenses foram responsáveis por parte das mortes, algumas das quais teriam ocorrido numa rebelião em 9 de outubro, quando dez presos foram mortos por armas de fogo.

Elas cobram a Procuradoria Geral da República a federalizar a investigação dos crimes no complexo penitenciário.

Incêndios e ataques
No início deste mês, a crise de segurança no Estado se agravou com uma série de ataques a ônibus e delegacias em São Luís. Segundo a polícia, as ações foram ordenadas por líderes de facções criminosas em Pedrinhas em reação ao endurecimento da disciplina no presídio.

Um dos ataques, no dia 8, matou a menina Ana Clara, de 6 anos, que teve 95% do corpo queimado. Sua mãe, Juliane Carvalho Santos, 22, uma irmã bebê, Marcio Ronny da Cruz, 37, e a Abyancy Silva Santos, 35, se feriram e estão no hospital.

Caso aprovada, a ação civil pública da OAB deverá aumentar a pressão para que o Estado responda à crise.

Na segunda, o juiz Manoel Matos de Araújo deu prazo de 60 dias para que o governo estadual reforme Pedrinhas e aumente o número de vagas no sistema carcerário, para pôr fim à superlotação.

Hoje as prisões maranhenses têm capacidade só para metade dos detentos que estão encarcerados no Estado. O governo estadual diz que está investindo para ampliar o sistema.

Procura tímida
Por ora, os esforços para a indenização de parentes de presos mortos em Pedrinhas têm sido capitaneados pela Defensoria Pública estadual. O órgão tem contatado as famílias para informá-las sobre seu direito à indenização.

Porém, a ouvidora-geral da Defensoria, Mari-Silva Maia, diz que poucas ações se iniciaram.

"Elas têm timidez e medo, porque sempre sua relação com órgãos públicos foi de repressão e violência. Para muitas famílias que perderam parentes, o objetivo maior passou a ser manter vivos outros familiares que seguem presos".

Maia afirma, no entanto, que ingressar com ações não basta: é necessário que o Judiciário se sensibilize e aja com rapidez nos casos.

Rafael Custódio, advogado da ONG Conectas, diz que a Constituição ampara a noção de que o Estado deve indenizar famílias de pessoas mortas em prisões, embora o tema jamais tenha sido regulamentado por lei.

Segundo Custódio, a Constituição determina que a tutela do preso é responsabilidade do Estado. Se ele é morto no presídio, diz ele, isso significa que o Estado falhou, o que daria aos familiares o direito à indenização.

A Conectas acompanhou processos judiciais em que a Justiça determinou que famílias de menores mortos na antiga Febem (hoje Fundação Casa, autarquia do governo de São Paulo vinculada à Secretaria estadual de Justiça) recebessem indenização de cerca de R$ 100 mil cada.

Para Custódio, há bases para que os mesmos princípios e valores se apliquem aos parentes de mortos em Pedrinhas ou em qualquer outro presídio brasileiro.

Em nota à BBC Brasil, o governo do Maranhão diz que "a Secretaria de Direitos Humanos, Assistência Social e Cidadania (Sedihc) está acompanhando essa situação"(indenização às famílias).

O governo afirma ainda que a Secretaria de Estado de Justiça e Administração Penitenciária (Sejap) mantém um núcleo de assistência psicossocial para as famílias de presos.

Entidades que acompanham o sistema carcerário maranhense dizem, contudo, que o núcleo tem alcance ínfimo.

Do IG 

terça-feira, 14 de janeiro de 2014

Foi preso no Pará pai flagrado mantendo relações sexuais com filha de 15 anos

Homem sendo preso

Segundo a vítima, o pai abusa sexualmente dela desde junho

Um homem de 44 anos foi preso em flagrante na madrugada desta segunda-feira (13), em Manaus, após ser flagrado pela esposa mantendo relações sexuais com a filha de 15 anos. O suspeito, segundo a vítima, abusa sexualmente dela desde junho de 2013.

Segundo o delegado Rafael Allemand, a mãe da criança, uma dona de casa de 33 anos, acordou durante a madrugada e percebeu a ausência do marido. Ao procurá-lo, encontrou o marido mantendo relações sexuais com a filha. O caso aconteceu na comunidade Ismail Aziz, na zona norte de Manaus.

"Ela ficou desesperada e ligou para a Polícia Militar, que ao chegar conseguiu prendê-lo. Aqui na delegacia o suspeito assumiu o crime, mas disse que a garota fazia tudo por vontade própria", disse o delegado.

No entanto, segundo o depoimento da vítima, o pai oferecia dinheiro e também ameaçava abandonar a mãe e a garota caso a adolescente não aceitasse manter relações sexuais com seu pai.

O pai foi autuado em flagrante por estupro e já foi encaminhado à Cadeia Pública Raimundo Vidal Pessoa, no Centro de Manaus.

Do Imparcial

Segurança prende pastor ao tentar entrar com lâmina no sapato em Pedrinhas

Um pastor evangélico foi preso no início da tarde desta terça-feira (14), ao tentar entrar no Complexo Penitenciário de Pedrinhas com uma lâmina escondida no sapato.

De acordo com as primeiras informações, o pastor identificado como José Luís Sousa Nunes, foi detido depois de ser revistado pelos policiais militares, que descobriram que ele guardava o objeto cortante guardado no sapato. Ele foi conduzido para o Distrito Policial de Pedrinhas (12º DP).

Do Imparcial

segunda-feira, 13 de janeiro de 2014

Os “governantes vitalícios” do Maranhão inspiram a bandidagem, diz Zeca Baleiro


 
Zeca Baleiro

Leio com assombro as notícias que chegam do Maranhão. Imagens e relatos dolorosos e repugnantes despejados em tempo real em sites, jornais e telejornais, escancarando a nossa vergonha e impotência diante de barbaridades que já extrapolam nossas fronteiras e repercutem mundo afora.

Como todos, estou pasmo. Mas nem tanto. Nasci no Maranhão e sei que a barbárie (a todos agora revelada de um modo talvez sem precedentes) já impera há anos na prática de seus governantes vitalícios, que agem como os velhos donos das capitanias hereditárias do passado.

Se o crime organizado neste momento dá as cartas e oprime o povo com ameaças e ações dignas dos mais perigosos terroristas, é porque há uma natural permissão -a impunidade crônica dos oligarcas senhores feudais, que comandam (?) o Estado com mãos de ferro há 47 anos (a minha idade exatamente) e que, ao longo desse tempo, vem cometendo atrocidades sem castigo, com igual maldade, típica dos grandes tiranos e ditadores.

Esses donos do poder maranhense (e nunca dantes a palavra “dono” foi empregada com tanta adequação como aqui e agora) são exemplo e espelho para que criminosos ajam sem nenhum medo da punição.

Pois a miséria extrema que assola o Estado há décadas, o analfabetismo estimulado pela sanha dos coiotes ávidos de votos, a cultura antiga de currais eleitorais, a corrupção mais descarada do mundo e o atentado ao patrimônio histórico de sua bela e triste capital são crimes tão hediondos quanto os cometidos no complexo penitenciário de Pedrinhas.

A diferença crucial é que, enquanto os bandidos que agora aterrorizam (e matam) a população aos olhos assustados da nação estão em presídios infectos e superlotados, os criminosos de colarinho branco (e terninho bege) habitam palácios.

No meio do caos, soa tão patética quanto simbólica a notícia veiculada dias atrás neste jornal sobre abertura de licitação para o abastecimento das residências oficiais da governadora.

A lista de compras é de um rigor e de uma opulência espantosos. Parece coisa da monarquia francesa nos dias que antecederam sua queda.

No presídio de Pedrinhas, cabeças são cortadas. Resta saber se, para além dos muros da prisão, alguém um dia irá para a guilhotina.

Do Blog do Garrone

Os Sarney & Cia descrito pelo famoso blogueiro de O Globo Ricardo Noblat

Em família, por Ricardo Noblat (chamada original)

Roma falou. Ou melhor: Brasília.

A crise da segurança Pública no Maranhão agravou-se desde o mês passado. Finalmente, na última sexta-feira, a presidente Dilma Rousseff postou sete mensagens consecutivas em seu twitter.

Roseana Sarney

Para dizer que acompanha a crise, que despachou para São Luís seu ministro da Justiça e que providências para controlá-la começaram a ser tomadas. Citou algumas. E voltou a se calar.

Todo cuidado é pouco. Dilma é candidata à reeleição. Há quatro anos, depois do Amazonas, foi o Maranhão, feudo da família Sarney há meio século, o Estado a lhe conferir a maior vantagem de votos sobre Serra (PSDB) – 79% dos válidos no segundo turno.

Primeiro cacique a se incorporar em 2002 à campanha de Lula, José Sarney foi o único a acompanhá-lo no avião que o devolveria a São Paulo oito anos depois.

Lula aprendeu a gostar dele. No passado, em comício no Maranhão, chamou Sarney de “ladrão”. No governo, encantado com seu apoio, batizou-o de “homem incomum” e fez-lhe quase todas as vontades.

A crise da segurança pública que provocou até aqui a decapitação de presos, atentados contra delegacias e a morte de uma criança queimada por bandidos, veio em má hora para os Sarney – e, por tabela, para Dilma.

Há um candidato favorito ao governo do Maranhão e ele é adversário da família – Flávio Dino, advogado, ex-deputado federal, filiado ao PC do B e atual presidente do Instituto Brasileiro de Turismo (Embratur).

No plano nacional, o PC do B está com a candidatura Dilma e não abre. No Maranhão, Dino está com a candidatura a presidente de Eduardo Campos (PSB), governador de Pernambuco. E também não abre.

Ali, na mais recente eleição municipal, o PSB apoiou Edivaldo Holanda Junior (PTC) para prefeito de São Luís, e indicou seu vice. Eduardo participou ativamente da campanha de Edivaldo. Que agora é eleitor de Dino.

Em Pernambuco, empurrada por Lula e Eduardo, Dilma teve três quartos dos votos. Agora não terá mais.
Minas Gerais presenteou-a no segundo turno com quase 60% dos votos válidos.

O candidato majoritário de Minas Gerais à vaga de Dilma é o senador Aécio Neves (PSDB). Que espera colher em São Paulo, com a ajuda do governador Geraldo Alckmin, candidato à reeleição, uma vitória igual ou maior do que a de Serra em 2010.

A luz amarela está acesa nos bastidores da campanha por ora informal de Dilma. Vê só por que ela aparenta estar alheia ao que acontece no Maranhão?

Alguém viu por aí a ministra dos Direitos Humanos? Ela não deveria ter viajado ao Maranhão? Roseana vetou – e Dilma acatou o veto.

O procurador geral da República deverá pedir intervenção federal no Maranhão. A ministra dos Direitos Humanos empenhou-se para que seus conselheiros não pedissem. Foi bem-sucedida.

Roseana deixará o governo em abril próximo para ser candidata ao Senado.

Somente na semana passada ela quebrou o silêncio e falou sobre a crise.

Foi um desastre. Agrediu o bom senso. Revelou-se despreparada para o exercício do cargo que ocupa pela segunda vez. Traiu a arrogância de quem está acostumada a não dar satisfações ao distinto público.

Cometeu a frase desde já candidata à frase do ano: “Um dos problemas que está piorando a segurança é que o Estado está mais rico”.

O Maranhão tem a pior renda per capita entre os 27 Estados brasileiros. Está em 26º lugar em matéria de Índice de Desenvolvimento Humano. Quase 40% de sua população são pobres.

Ali, manda a família comum de um homem incomum.

 Do Blog do Cutrim

Operação policial no PI prende quadrilha que furtava o almoxarifado do TJ/PI

Operação Depeculatus apura desvio de mercadorias no sistema judiciário.

 James Guerra ao lado do prédio do TJ/PI

A maioria do material que se encontrava no almoxarifado estava sendo levado e revendido.
Material desviado
 
Uma operação intitulada 'Depeculatus' está sendo realizada pela polícia civil do estado do Piauí para apurar e investigar denúncias de desvios de mercadorias no judiciário estadual.

De acordo com informações prestadas pelo delegado geral, James Guerra, ao programa Bom Dia Meio Norte, da TV Meio Norte, a ação ocorria pelo menos há uns três a quatro meses. Segundo ele, a maioria do material que se encontrava no almoxarifado estava sendo levado e revendido.

A operação que foi deflagrada nesta segunda-feira (13/01) já prendeu quatro pessoas acusadas de envolvimento no crime. A quadrilha era liderada segundo o delegado, por um subtenente que estavam desviando boa parte do material que se encontrava no almoxarifado do TJ-PI (Tribunal de Justiça do Piauí).

O delegado afirma que o subtenente tinha informações privilegiadas do TJ, e que por isso era quem comandava. A quadrilha já havia levado uma grande quantia de materiais de importância considerável, entre eles, geladeiras, mesas e cadeiras.

Até o momento quatro prisões foram realizadas, mas ele não descarta novas prisões até o fim dos desdobramentos. 

Com informações da mídia do PI

domingo, 12 de janeiro de 2014

O presidente da OAB nacional busca apoio do coronel Sarney para o STF

Sarney e Marcos Vinícius

Presidente nacional da OAB tem recebido críticas sobre suposta ligação com o ex-presidente Sarney.

O jornalista Elio Gaspari, na coluna País, do jornal O Globo, insinua que o atual presidente da OAB, Marcus Vinícius Coêlho, tem espaço de ação reduzido diante da crise penitenciária no Maranhão. O motivo: ele buscaria o apoio do senador José Sarney (PMDB-AP) para concorrer a uma vaga no Supremo Tribunal Federal.

O presidente nacional da OAB tem recebido críticas sobre suposta ligação com o ex-presidente Sarney. A coluna Painel da Folha de São Paulo acusou o presidente de ter fechado os olhos para a crise e permanecido em silêncio por interesses particulares. Para quem não sabe, Marcus Vinícius, que é maranhense mas fez carreira na área do judiciário piauiense, conseguiu fazer os Sarneys voltarem ao Poder.

Em abril de 2009 o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) confirmou a cassação do então governador do Maranhão, Jackson Lago (PDT), e de seu vice, Luís Carlos Porto, e determinou que o governo seja imediatamente assumido pela senadora Roseana Sarney (PMDB), segunda colocada na eleição de 2006. 

Marcus Vinícius foi elogiado por fazer a defesa oral e usar de argumentações suficientes para superar os adversários do clã Sarney. Desde então o atual presidente da OAB nacional carrega esse fardo. Muito embora tal argumentação já fosse esperada pelo comandante de dessa vengona nacional, o relator do preocesso então Ministro Eros Grau. (acrescentou-se).

Com informações de O Globo  e outros

sábado, 11 de janeiro de 2014

Mulheres tentam entrar com celulares e drogas no presídio de Pedrinhas

Uma delas é esposa de um preso condenado por assalto e homicídio.

Mulheres estão no Plantão Central da Vila Embratel.

Duas mulheres foram presas neste sábado (11) ao tentar entrar no Complexo Penitenciário de Pedrinhas, em São Luís, com celulares, chips e drogas. Na quinta-feira (9) outras duas mulheres foram presas tentando entrar com cartõesde memória, chips e loló. E na quarta-feira (8) uma mulher foi presa tentando entrar com celulares, serras e maconha.

Victoria de Moura Silva, de 18 anos, moradora do bairro Parque Timbiras, em São Luís, estava com cinco chips de aparelho celular e foi presa no Presídio São Luís I. Ela é esposa do preso condenado por assalto e homicídio Marcos Antonio de Carvalho.

Valquiria Silva dos Santos, moradora da Raposa, na região metropolitana de São Luís, tentava entrar com quatro celulares, 10 chips, três carregadores de celular e quatro trouxas de cocaína. Elas foram conduzidas para o Plantão Central da Vila Embratel.

Outras prisões
Samia Bruna Freire de Sousa, de 24 anos, foi presa com um vidro de aproximadamente 500 ml com loló. Segundo a Polícia Militar ela iria levar a droga para o detento Anderson Bruno Santos Lima.Iranjaguer Raimunda Pacheco dos Santos, de 38 anos, foi presa com 12 chips de celulares, 11 cartões de memória de celulares, um adaptador e um par de brincos. Segundo a PM, ela tentava levar este material para o preso Hilton Torres.

Segundo o comandante do Batalhão de Choque da PM, Tenente Coronel Sá, elas foram conduzidas para o 12º Distrito Pedrinhas.

Uma mulher, identificada como Francineide Lavras, de 31 anos, foi presa na tarde dessa quarta-feira (8),  ao tentar entrar no presídio São Luís II com serras, celulares e drogas. O material foi encontrado durante revista a familiares de presos dentro de uma caixa de remédio. Segundo a polícia, a suspeita disse que a pessoa, seu marido, assaltante de banco no interior, estava doente e precisava do medicamento. Na hora, a segurança vistoriou a caixa e encontrou quatro serras, dois celulares e 500 gramas de maconha.

Fonte: G1 MA

sexta-feira, 10 de janeiro de 2014

O movimento Acorda Maranhão realiza manifestação nesta sexta em São Luís

Manifestantes

O Movimento ‘Acorda Maranhão’ realiza, nesta sexta-feira (10), manifestação com concentração, às 16h, em frente a Biblioteca Benedito Leite, no Centro de São Luís. Na internet, quase sete mil pessoas já confirmaram presença no protesto.

Em repúdio aos últimos acontecimentos em São Luís, quando ônibus foram incendiados por facções criminosas e delegacias atacadas, gerando grande convulsão social devido o colapso no sistema de segurança do estado, os manifestantes vão às ruas da capital exigir providências enérgicas do governo.

Entre as reivindicações, a renovação da cúpula da Secretaria de Segurança Pública (SSP), que não consegue administrar e nem diminuir a criminalidade; reestruturação imediata do sistema carcerário estadual, pelo fim da superlotação, mistura de presos e insalubridade nos presídios; expansão e reestruturação da Polícia Militar, que hoje convive com o dilema da vontade de trabalhar x falta de estrutura; e intervenção federal (o procurador-geral da República, Rodrigo Janot, deve enviar o pedido ao Supremo Tribunal Federal, responsável pela decisão final). A intervenção federal afasta temporariamente a autonomia do estado.

“O evento será um grito de socorro aos recentes ato de violência e brutalidade no estado e a omissão do Governo do Estado, o movimento será apartidário e pacífico“, afirmam os organizadores.

Eles enfatizam que o ato social é apartidário, contínuo e gradativo que acredita na reconstrução sociocultural da sociedade, feito por pessoas dispostas em participar da construção do movimento nas ruas.

No dia 22 de junho de 2013, mais de 20 mil pessoas foram às ruas do centro histórico de São Luís para protestar contra a corrupção e a falta de investimentos na saúde, educação e segurança e outros.

Do Blog do Cutrim

quinta-feira, 9 de janeiro de 2014

Secretário do MA foi guarda-costas de Sarney e fez arapongagem no Estado

Aluísio Mendes, secretário de Estado de Segurança Pública do Maranhão, era guarda-costas de Sarney.

 No epicentro da crise de violência no Maranhão, o secretário de Segurança Pública do Estado, Aluísio Guimarães Mendes Filho, resiste no cargo graças à proximidade com o senador José Sarney (PMDB-AP), chefe do poderoso clã e pai da governadora Roseana (também do PMDB). Ele foi segurança de Sarney, comandou a arapongagem no Maranhão e obteve emprego para a filha no Senado.

Ex-agente da Polícia Federal, Aluísio é ligado ao senador desde a década de 90. Em 2003, Sarney o escolheu para ser um dos oito funcionários de confiança remunerados com verba pública a que todo ex-presidente da República tem direito. Nomeou Aluísio para ser seu segurança pessoal. O ato foi publicado no Diário Oficial da União em 23 de abril de 2003.

Hoje ele enfrenta, no comando da Segurança Pública do Estado, aumento de 17,4% da taxa de homicídio de 2011 a 2012 –último dado disponível –, incêndios propositais em ônibus urbanos e uma disputa sangrenta entre duas facções criminosas.

Aluísio fez a segurança pessoal de Sarney até 3 de setembro de 2009, quando sua lealdade foi recompensada e acabou alçado ao cargo de subsecretário de Inteligência do Maranhão. O posto lhe deu o comando do sistema “Guardião” do Estado, capaz de grampear 300 celulares e 48 linhas fixas simultaneamente.

Um ano antes, um grampo havia colocado Aluísio na mira de um inquérito da PF (Polícia Federal). Ele teve conversas telefônicas interceptadas e foi alvo de um pedido de prisão preventiva no âmbito da Operação Faktor (ex-Operação Boi Barrica), negado pela Justiça.

Os policiais e o Ministério Público Federal suspeitaram que Aluísio aproveitara seus contatos na PF para repassar informações sigilosas a Fernando Sarney, filho do senador, que estava sendo investigado por formação de quadrilha, lavagem de dinheiro e tráfico de influência.

Por falta de provas, a Justiça determinou o arquivamento do inquérito contra Aluísio. Em abril de 2010, ele assumiu o posto máximo da Segurança Pública maranhense no governo Roseana.

Filha no Senado
O vínculo de benefício mútuo entre Aluísio e os Sarney vai além do campo da pasta da Segurança. Em janeiro de 2007, a filha do ex-agente da PF, Gabriela Aragão Guimarães Mendes, então estudante, ganhou um cargo de confiança no gabinete de Sarney no Senado.

A nomeação foi assinada pelo ex-diretor-geral da Casa, Agaciel Maia, exonerado em 2009 após a imprensa divulgar que ele costumava nomear parentes de senadores para cargos por meio de atos secretos, não publicados no Diário Oficial.

O jornal “O Estado de S. Paulo” divulgou, à época, que Gabriela seria “funcionária fantasma” e não aparecia no trabalho. Sarney negou e disse que a jovem cumpria seu horário “com assiduidade”.

Aluísio também foi chefe de gabinete da presidência do CJF (Conselho da Justiça Federal), órgão supervisor e corregedor das varas e tribunais da Justiça Federal no país, na gestão de Edson Vidigal –ex-assessor jurídico de Sarney na Presidência da República e nomeado por ele ministro do Superior Tribunal de Justiça, em 1988.

Para exercer o cargo, Aluísio obteve licença do posto de segurança pessoal de Sarney de julho de 2004 a outubro de 2005. Vidigal se aposentou em março de 2006.

“Dívida”
O deputado federal Domingos Dutra (SDD-MA), adversário histórico dos Sarney no Maranhão, afirma que Roseana manterá Aluísio no cargo pois o clã “tem uma dívida” com o ex-agente da PF. “Como o Aluísio era da comunidade de informações da Polícia Federal, ele alertou o Fernando [Sarney] sobre vários procedimentos, inclusive no caso da Operação Boi Barrica”, afirma.

Do Uol