segunda-feira, 13 de dezembro de 2010

'NÃO SOMOS POLÍTICO APENAS NO TEMPO DE ELEIÇÃO', AFIRMA FLÁVIO DINO

“Não somos político apenas no tempo de eleição”, assim o deputado federal Flávio Dino (PCdoB/MA) conclamou os presentes à plenária “O Maranhão é de todos Nós” realizada na manhã deste sábado no Quallity Hotel para manterem-se mobilizados. Ele disse que,embora em 2011 seja um ano sem eleições, isso não significa dizer que “não tenha luta”. A plenária reuniu lideranças políticas, apoiadores e amigos de Flávio Dino de diversos municípios maranhenses. Na ocasião, foram lançados o livro Flávio Dino – Por um Maranhão de Todos Nós e um DVD,ambos com imagens dos principais momentos da campanha de 2010.    
Flávio Dino conclamou a união de todos em prol de um projeto político de renovação para o estado do Maranhão. “Precisamos aglutinar os partidos políticos que tem independência porque nós temos opinião, idéias, princípios e valores”, reforçou Dino numa referência à necessidade de organizar no estado uma oposição responsável e que seja incansável na melhoria dos indicadores sociais do Maranhão. “Temos que lutar para melhorar a saúda, a educação, por mais incentivo à agricultura familiar, pela reforma agrária”, enumerou o parlamentar.
Presente ao encontro, o dirigente do Comitê Central do PCdoB, Walter Sorrentino, destacou as qualidades de Flávio Dino e o importante papel que desempenha na construção de um novo projeto político para o estado. “Este é um momento importante. Vocês escreveram um ponto luminoso no país com a candidatura de Flávio Dino ao governo do Maranhão. O Maranhão tem um nome e esse nome é Flávio Dino, que acumulou grande capital político nessas últimas eleições”, disse Sorrentino. O dirigente comunista disse que a Direção Nacional do PCdoB está comprometida com a luta dos maranhenses. “É hora de seguir adiante e travar o bom combate na oposição”, conclamou.
Participaram ainda da plenária a ex-candidata a vice-governadora na chapa encabeça por Flávio Dino, a psicóloga Miosótis, que aproveitou para agradecer ao PPS, o seu partido, pela indicação do seu nome, ao PCdB e PSB e à militância do PT, os deputados federais reeleitos, Ribamar Alves e Domingos Dutra, o deputados estaduais reeleitos Rubens Júnior, Marcelo Tavares e o deputado eleito pelo PT, Bira do Pindaré, o ex-governador do estado e ex-candidato ao Senado José Reinaldo e o companheiro de chapa na disputa por uma vaga ao Senado Adonilson, o presidente do PSB, José Antonio Almeida, o dirigente do PCdoB, Gerson Pinheiro e da CTB, Júlio Guterres.
Todos foram unânimes em conclamar a união da oposição. ‘Esse momento é o marcharmos juntos para os próximos passos”, disse Ribamar Alves. Domingo Dutra classificou a campanha de Flávio Dino como heróica e garantiu: “Vamos ganhar as eleições mais cedo ou mais tarde”. “As nossas possibilidades são reais”, afirmou o ex-governador José Reinaldo. Para Marcelo Tavares, a luta não se encerrou. “Temos que proporcionar aos maranhenses um Maranhão mais justo”, completou. Para José Antonio Almeida, iniciava-se naquele momento uma nova luta. “Para começar a mudança por um Maranhão de todos nós temos que começar a luta agora”, disse líder do PSB. Adonilson disse que o momento era histórico e Rubens Júnior conclamou os presentes a construírem juntos um Maranhão de Todos Nós. Bira do Pindaré, por sua vez, disse que o desafio, agora, ´´e manter a unidade do campo político que tem como principal liderança o deputado Flávio Dino.
 Fonte: JP

sábado, 11 de dezembro de 2010

O MELHOR GOVERNO DE SUA VIDA: MA VIVE OS PIORES DIAS EM MATÉRIA DE SAÚDE E DE EDUCAÇÃO

O Maranhão tem pouco mais de meio médico por cada 100 mil habitantes.

A notícia de que o Programa Internacional de Avaliação de Alunos (Pisa) coloca o Maranhão como o segundo pior Estado do Brasil em termos de educação (355 pontos) perdendo apenas para Alagoas (354 pontos) não é nenhuma novidade. Desde que Roseana Sarney começou a governar, o Maranhão se tornou pior em tudo, ganha apenas em viagens internacionais do Boizinho Barrica e do Bicho Terra porque Fernando Sarney é sócio de um e o secretário de Cultura é dono de outro.

O Pisa é um Programa da Organização para Cooperação e Desenvolvimento Econômico e divulga dados da regiões do país a cada três anos. Na última avaliação, em 2006, o Nordeste também apresentou os índices mais baixos com o Maranhão mais uma vez no rabo da fila. Há no Maranhão uma defasagem de pelo menos 10 mil professores e o Estado perde recursos do MEC por falta de bibliotecas na maioria das cidades. Vários deputados ocuparam a tribuna ontem para denunciar o verdadeiro estado de depredação das instalações de escolas públicas do Estado. Estudantes protestam e professores ameaçam não retornar às aulas no início do próximo ano letivo. E o governo não conseguiu sequer nomear um secretário de Educação até agora. Haja competência!

Por outro lado, no setor de saúde nem é preciso que instituições e programas nacionais e internacionais avaliem o desempenho do Estado. O caos é geral. Faltam UTIs, faltam médicos, enfermeiras, lençóis e já recebemos denúncias até da falta de gaze e esparadrapo. E faltam principalmente hospitais, apesar do governo ter prometido construir 75 no período eleitoral. No Hospital dos Servidores Públicos e outras unidades de saúde, demissões em massa preconizam um futuro ainda mais desastroso.

Ainda em março deste ano, o presidente da Assembléia Legislativa, deputado Marcelo Tavares, denunciava a falta de hospitais em São Luís, Imperatriz e Timon e crianças morrendo por falta de UTIs quando o governo de Roseana Sarney acabava de gastar R$ 47 milhões com o carnaval e a secretaria de saúde alugava por preço exorbitante um helicóptero que transportava tudo, menos doentes.

Em 2008, estudo da Faculdade de Economia e Finanças – IBMEC, registrava que a média salarial de um médico no Maranhão era de R$ 850,00. O Brasil tem 2.6 médicos por cada 100 mil habitantes. No Maranhão, esse índice cai para quase meio médico (0,54), situação que se agrava quando se trata de especialidades como cardiologistas, oncologistas e neurologistas. Quase todos os dias, o deputado Chico Leitoa denuncia na Assembléia o verdadeiro desastre em matéria de saúde, a situação de calamidade pública que atinge o município de Timon e toda a região circunvizinha. O caos na saúde se confirmava ontem em matéria na qual o Jornal Pequeno, com base em dados do Censo do IBGE, registrava que o Maranhão tem a segunda maior taxa de mortalidade infantil do país.

É o melhor governo de sua vida a todo vapor. Aguente, se puder.

JP/JM Cunha Santos

quinta-feira, 9 de dezembro de 2010

MA É 2º ESTADO COM MAIOR MORTALIDADE INFANTIL

INDICADOR SOCIAL SOFRÍVEL
36 crianças, em mil nascimentos, morrem no estado antes de completar um ano, aponta o IBGE
O recente Censo do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) mostrou que o Maranhão segue integrando o grupo dos estados brasileiros que apresentam os indicadores sociais mais sofríveis. A taxa de mortalidade infantil (número de crianças mortas no primeiro ano de vida, em mil nascidas vivas), por exemplo, ficou em 36,5 em 2009. É a segunda taxa mais alta do país, embora tenha havido uma queda em relação a 2008, quando era de 37,9.
Só em Alagoas o índice de mortalidade infantil é mais alto que o do Maranhão: 46,4 por mil crianças nascidas vivas. Pernambuco, com taxa de 35,7, ocupa o terceiro posto entre os estados brasileiros em que morrem mais crianças.
Piauí é o estado nordestino que apresenta a menor taxa de mortalidade infantil - 26,2 -, mas mesmo assim, quando comparado aos de outras 27 unidades da federação, o índice só é melhor do que o do Acre (taxa de 28,9).
A título de comparação, a taxa de mortalidade infantil do Brasil, em 2009, ficou em 22,5, caindo um pouco em relação a 2008, quando era de 23,6. O estado brasileiro que tem a menor taxa de mortalidade infantil é o Rio Grande do Sul: 12,7.
Analfabetismo - No indicador do IBGE sobre analfabetismo, o Maranhão obteve o 4º pior resultado do país, com 19,1% de pessoas acima de 15 anos que não sabem ler nem escrever. A taxa caiu pouca coisa em um ano - era de 19,5% em 2008. Alagoas também é o pior estado neste quesito, com 24,6% de analfabetos, seguido pelo Piauí, com 23,4%, e Paraíba, com 21,6%.
Os estados nordestinos também têm os índices mais elevados do país em analfabetismo funcional (quando a pessoa, mesmo com a capacidade de decodificar minimamente frases, sentenças, textos curtos e números, não desenvolve a habilidade de interpretação de textos e de fazer as operações matemáticas).
O Maranhão conta, segundo o IBGE, com 31,7% de pessoas com mais de 15 anos que são analfabetas funcionais. É o 4º pior índice do país. Os três estados com mais analfabetos funcionais são Piauí (37,5%), Alagoas (36,5) e Paraíba (33,4%).
O Censo do IBGE apontou que a taxa de analfabetismo no Brasil caiu de 10% em 2008 para 9,7% em 2009 (cerca de 14,1 milhões de pessoas). O estado com menor número de pessoas que não sabem ler nem escrever é o Amapá (2,8%), seguido pelo Distrito Federal (3,4%).
O número de analfabetos funcionais também diminuiu no país, de 21% em 2008 para 20,3% em 2009. O Distrito Federal é a unidade da federação com menos analfabetos funcionais: 8,9%.
MORTALIDADE INFANTIL NO NORDESTE (2009)
1 Alagoas: 46,4 2 Maranhão: 36,5 3 Pernambuco: 35,7 4 Paraíba: 35,2 5 R. Gde. Norte: 32,2 6 Sergipe: 31,4 7 Bahia: 31,4 8 Ceará: 27,6 9 Piauí: 26,2
ANALFABETISMO NO NORDESTE (2009)
1 Alagoas: 24,6% 2 Piauí: 23,4% 3 Paraíba: 21,6% 4 Maranhão: 19,1% 5 Ceará: 18,6% 6 R. Gde. Norte: 18,1% 7 Pernambuco: 17,6% 8 Bahia: 16,7% 9 Sergipe: 16,3%
ANALFABETISMO FUNCIONAL NO NORDESTE (2009)
1 Piauí: 37,5 2 Alagoas: 36,5 3 Paraíba: 33,4 4 Maranhão: 31,7 5 Bahia: 30,6 6 Ceará: 29,5 7 Sergipe: 28,6 8 R. Gde. Norte: 28,0 9 Pernambuco: 27,8
JP/ POR OSWALDO VIVIANI

PISA AVALIA O MA COMO A SEGUNDA PIOR EDUCAÇÃO DO PAÍS

A educação do Maranhão anda de mal a pior. De acordo com o desempenho dos alunos do maranhense no Programa Internacional de Avaliação de Alunos (PISA) de 2009, o estado ficou com a penúltima posição no ranking, atrás apenas de Alagoas.
No último levantamento, em 2006, o Sul também apresentou melhor desempenho nos resultados das provas de ciências, leitura e matemática. Os estados do Centro-Oeste ficaram em segundo lugar em matemática e ciências e a Região Sudeste ocupou a segunda posição em leitura. A Região Nordeste apresentou os índices mais baixos nas três áreas avaliadas.
O Pisa avalia estudantes nascidos em 1993 matriculados em qualquer série a partir da 7ª série (8º ano) do ensino fundamental. O ranking é divulgado a cada três anos. O programa avalia o conhecimento de leitura, matemática e ciências dos adolescentes.
O Distrito Federal foi o estado que apresentou o melhor desempenho nas provas de ciências, matemática e leitura do Programa Internacional de Avaliação de Alunos (Pisa) de 2009, elaborado pela Organização para Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE).
Apesar do melhor desempenho de ter sido do Distrito Federal, a Região Sul teve destaque no ranking, já que os estados de Santa Catarina, Rio Grande do Sul e Paraná aparecem entre os cinco mais bem avaliados, com médias superiores à nota do Brasil.
O estado alcançou 355 pontos, e ficou a frente somente de Alagoas, que fez 354 pontos. O Distrito Federal foi o melhor com 439 pontos, seguido de Santa Catarina (439), Rio Grande do Sul (424), Minas Gerais (422), Paraná (417), Espírito Santo (414), São Paulo (409), Rio de Janeiro (408), Mato Grosso do Sul (404) e Goiás (402). Todos estes acima da média do Brasil (401). Os dados foram divulgados nesta terça-feira (7) pelo Ministério da Educação.
JP/(Com informações do Ministério da Educação e Oimparcialonline)

terça-feira, 7 de dezembro de 2010

DESGRAÇA E SADISMO ANDAM LADO A LADO NO MARANHÃO

Prazer em ver o sofrimento alheio. Isto é o que acontece na comunidade quilombola de Depósito, município de Brejo. Inserida numa área de 777 hectares, a comunidade é formada por 22 famílias. Depois de anos de conflitos com a proprietária, apenas 5 famílias continuam residindo no território. As outras 17 famílias estão espalhadas ao redor da fazenda, e apenas trabalham na terra.

O sadismo tem um nome: Maria Vitória Lages. A proprietária da fazenda (que reside na cidade de Campo Maior-PI) é a algoz daquela comunidade. Desde 2007, a proprietária cumpre um ritual sagrado: queimar as roças dos quilombolas e presenciar os fatos. Isso mesmo. Ao longo desses anos, com ou sem força policial, na época da colheita, a Sra. Maria Vitória vai à fazenda para destruir o plantio da comunidade. Consta asseverar que na fazenda, não existe nenhum linha de roça plantada pela proprietária. Nenhum cultivo de árvores frutíferas. Nenhum projeto de extrativismo de carnaúbas (comuns na região). Apenas umas poucas cabeças de gado.

Se não bastasse toda a desgraça sofrida por essas famílias, suas lideranças ainda são criminalizadas por reivindicarem seu direito. Além das ações possessórias intentadas pela Sra. Maria Vitória, várias ações criminais e cíveis foram ajuizadas. Todas com incrível celeridade processual. Por outro lado, os vários Boletins de Ocorrência registrados pela comunidade ficaram apenas no registro. Não me arrisco a dar uma resposta...

A realidade das cinco famílias que ainda persistem em residir na localidade é de entristecer e amolecer os corações mais gélidos. Casas de pau a pique, cobertas de palhas, a beira do Rio Parnaiba. Sem energia elétrica, sem agua potável, dão o aspecto de miserabilidade ao local. Por intransigência da proprietária, as políticas públicas essenciais não chegam na comunidade.

Ver a luta daquelas famílias em continuar no seu território, em que pese todas as forças (oficiais e extra-oficiais) contrárias, fortalece ainda mais a nossa luta. A comunidade agora encontrou parceiros que darão suporte e assessoria necessários para os enfrentamentos sociais, administrativos e judiciais. Não tenho dúvidas de que sairão vitoriosos.

Por: Igor Almeida
http://www.blogoutrosolhares.blogspot.com/

segunda-feira, 6 de dezembro de 2010

O BANDITISMO EMPRESARIAL DAS MONOCULTURAS DE SOJA E DE EUCALIPTO NO BAIXO PARNAIBA MARANHENSE

O que eles têm a ver com aquela área? De fato, aquela área pertence à comunidade de Passagem do Gado, município de Barreirinhas. Ainda por cima, o Instituto de Terras do Maranhão empurrava a comunidade para um acordo com o produtor de soja. No acordo incluir-se-ia o documento definitivo da área de mais de quatro mil hectares e o aluguel de um trator que gradearia uma parte dessa área. O acordo previa a venda de mais de dois mil hectares de Chapada para o senhor Leandro Costa Soares.

O que eles têm a ver com aquela área? A área que o senhor Leandro Costa Soares insistia em desmatar para o plantio de soja ficava à beira do rio Preguiças. Segundo moradores do Pau Serrado, alguém pesquisara aquele trecho e encontrara potencial para a soja. O senhor Leandro auxiliado por tratores e tratoristas iria desmatar mais de quinhentos hectares onde se alagam milhares e milhares de bacurizeiros.

O que eles têm a ver com aquela área? Eles moram no povoado do Pau Serrado ,município de Santa Quitéria, e participam do curso de Manejo de Bacurizais no Pólo Coceira. Em sua comunidade, espertaram-se para a luta da terra quando viram que a Suzano comprara mais de mil hectares da mão do ex-presidente da associação do Pau Serrado. Nesse processo de compra e de venda de terras na Chapada, a Suzano vem se dando de bem a custa de não sei quantos ingênuos ou não tão ingênuos quanto se pensa. O ex-presidente nem consultou a comunidade, não abriu nenhum processo administrativo no Iterma e vendeu quinhentos hectares para a empresa que na hora de desmatar abraçou ao todo mil hectares.

O que eles têm a ver com aquela área? Os moradores de Pau Serrado e do Sucuruju decidiram por defenderem os bacurizeiros e o rio Preguiças no enfrentamento contra o senhor Leandro e seus tratores. “Ele lembra o Luan Santana”, vaticinou o menino Leonardo depois de tantas reuniões com o tal Leandro no Pau Serrado. Com a recordação, poderia se especular o quanto a música sertaneja e a indústria cultural de maneira geral anestesiam a percepção da população quanto ao seu cotidiano.

O que eles têm a ver com aquela área? Do lado do plantador de soja, ficou a comunidade de Passagem do Gado que se armou e do outro lado do rio Preguiças atirava em direção à comunidade de Pau Serrado. O aparato policial da cidade de Barreirinhas se deslocara para a região com a função de intimidar os moradores. Do lado da comunidade do Pau Serrado, ficaram as comunidades do Sucuruju e do Pólo Coceira, em Santa Quitéria, e de São Raimundo, em Urbano Santos.

O que eles têm a ver com aquela área? A comunidade de Passagem do Gado declinou de sua área em favor do plantador de soja. Por outro lado, a comunidade de Pau Serrado aceitou o desafio de preservar essa área como ela sempre foi para todos daquela região: uma área coletiva de extrativismo e de roça da agricultura familiar.

Fonte: Mayron Régis

domingo, 5 de dezembro de 2010

BAIXO PARNAÍBA: DESTRUIÇÃO E MORTE DO CERRADO

Este é o triste cenário em que vem se transformando o cerrado (chapada) do Baixo Parnaíba Maranhense nos últimos anos.

Trata-se da expansão do agronegócio (grande negócio) brasileiro que em nome do progresso, depois de ter destruído o sul e sudeste do país e, recentemente o sul do maranhão, na região de Balsas, nas últimas décadas tem de maneira impiedosa, devastado e matado o cerrado leste maranhense trazendo prejuízos imensuráveis para a vida da população e ao meio ambiente. Isso é claramente demonstrado no desmatamento feito com dois tratores que arrastam correntões derrubando e /ou arrancando pela raiz a vegetação nativa, que posteriormente servirá para a produção de carvão. Em seguida faz-se o preparo do solo (aração e queima) com máquinas pesadas além de usar uma grande quantidade de insumos químicos como agrotóxicos, herbicidas e inseticidas. Não se pode esquecer que esses produtos serão levados posteriormente para os rios e córregos que “coincidentemente” nascem no cerrado.

Vale ressaltar que nesse processo de destruição e morte são eliminados não só os vegetais, mas também os animais, ou seja, toda a biodiversidade ali existente. O agronegócio (grande negócio) seja representado na soja, bambu, cana de açúcar ou eucalipto deixam marcas irreparáveis, pois além de não oferecer tantos empregos e o tão propagado “desenvolvimento”, o trabalho na sua grande maioria é feito de forma mecanizada o que dispensa o trabalho do homem. Ressalta-se ainda que dentre os danos advindos com essas monoculturas destacam-se o êxodo rural, tornando as cidades, cidades-favelas, aumento do número de sem terra, a prostituição, o trabalho semi-escravo, além é claro de tornar em pouco tempo o meio ambiente insalubre. Por outro lado percebe-se que a responsabilidade social dessas empresas na prática pouco ou quase nada tem sido feito que no nosso entendimento poderiam fazer mais pela região e nosso município. Quanto aos órgãos reguladores e de fiscalização ambiental, sejam federal, estadual ou municipal, estes parecem fazer vista grossa aos danos causados.

NÃO SE TRATA AQUI DE SER CONTRA OU A FAVOR DO GRANDE NEGÓCIO, MAS CONTRA A MANEIRA EQUIVOCADA COMO CHEGA, PARA O BEM DE POUCOS E DESGRAÇA DA MAIORIA.

Por fim, é bom lembrar que a degradação do meio ambiente não é mérito apenas das grandes corporações, mas de todos que diariamente de forma intencional ou por ignorância acabam com suas pequenas atitudes encurtando a vida do homem no planeta TERRA/ÁGUA. Portanto, o tempo urge de nós cidadãos e cidadãs um esforço conjunto se não de acabar com os problemas ambientais, pelo menos provocarmos medidas mitigadoras desses problemas e assim melhorar a qualidade de vida de hoje certos de que não seremos acusados de omissos amanhã.

Por: Wilson Souza (Letras - UFMA)

sábado, 4 de dezembro de 2010

O CORREIO DE BURITI DE INÁCIA VAZ É ASSALTADO

O fato aconteceu quarta-feira, dia 1º por volta das 14 horas e 30 minutos da tarde, quando a agência dos Correios de Buriti estava abarrotada de gente pagando pequenas contas. Este é o terceiro ou quarto assalto seguido que ocorre na Cidade, sem que ninguém tome providências. O último foi dia 10 do mês passado ao estabelecimento do Nena, antes já haviam roubado a lotérica e um outro estabelecimento comercial. São ocorrências bem características, o que qualquer um leigo em segurança conclui, que são os mesmos bandidos que fizeram os roubos anteriores. Agem em bandos, andam de motos, preferem o horário da tarde, a rota de fuga é a mesma e na hora do “arrastão”, sempre há um empregando maior violência  contra as vítimas, que é aconselhado por um mais experiente a parar com os maus tratos.

O alvo principal dos “larápios” desta vez foram os Correios, mas aproveitaram a oportunidade e roubaram também a loja da Cristiane que fica ao lado. O plano subversivo foi bem executado, justamente em um horário de muita movimentação no local. Eram quatro os desordeiros que ao chegarem dos lados do Tubi, estacionaram suas motos, um ficou ali mesmo pronto para empreender fuga rápida se por ventura algo desse errado, os outros três desceram de arma em punho, dois deles se dirigiram a casa Postal muito agressivos, rendendo os clientes e o chefe temporário da agência e o terceiro marginal tomou conta da Cris Modas, lá havia três pessoas, a vendedora Mara, a babá Vera e um Cliente, o soldado da PM-MA Raimundinho, em trajes civis e desarmado, que foi levado ao chão e seu celular subtraído, da loja levaram as bijuterias, 3 relógios e 1 bolsa, prejuízo avaliado em 3 (três) mil reais.

Os dois facínoras que invadiram os Correios queriam tudo, tanto da instituição como dos clientes que ali se encontravam. Do Adarias, filho do falecido Antero, tomaram 2 (dois) mil e 500 (quinhentos} reais e o cordão de ouro do pescoço. Com graves ameaças de morte gritavam para o seu Francisco Eraldo, gerente da agência, diziam: “Isso aqui era para a ‘lora’, mas como é tu que está no lugar dela, vai logo passando o dinheiro todo, se não quiser morrer já”. Em estado de choque, o pobre abriu o cofre e entregou todo dinheiro que havia guardado, 35 (tinta e cinco) mil reais, o seu telefone particular e as economias que continha no bolso.

Encerrada a empreitada os quatro fora da lei montaram em suas motocicletas e fugiram para o mesmo lado que vieram. O soldado Raimundinho, parcialmente recomposto do susto que levara, ainda tentou persegui-los, em vão, pois, além de desarmado, sem o celular, o seu carro não pode entrar na vereda que dá acesso à piscina, por onde os assaltantes escaparam. Seus colegas de farda foram logo avisados, mas chegaram atrasados como sempre, mesmo assim continuaram a perseguição, vasculharam toda área e nada encontraram. Até o momento do encerramento dessa edição, só havia suspeitas de que o chefe da gangue seja Raimundinho do Zeca Roberto, filho de Buriti que se encontra forgido da justiça, mas nada de verdadeiramente concreto.

Eventos de terror como esses, estão se tornando banais, corriqueiros nas pequenas cidades interioranas do Maranhão. Até bem pouco tempo essas comunidades não sabiam o que era assalto a mão armada, isso era coisa de televisão, lá dos morros cariocas, hoje sofrem na pele a dura realidade. Isso se deve aos fatores políticos, sociais e econômicos degradantes que perpassam a esmagadora maioria da sociedade maranhense. A prova disso são as estatísticas, diariamente lembradas pela mídia livre, que apontam o Maranhão como sendo o Estado que apresenta os piores indicadores de desenvolvimento social do País, incluindo-se aí  Segurança Pública de qualidade.

sexta-feira, 3 de dezembro de 2010

O PAPEL SUJO DA SUZANO NO BAIXO PARNAÍBA MARANHENSE


Forte e Gentil. Segundo um diretor, em reunião realizada na comunidade da Coceira, da empresa Suzano Papel e Celulose, esse é o slogan da multinacional. Forte, por ser uma empresa de grande alcance, e segundo ele, responsável pela entrada de divisas em nosso país. Gentil, em vista da responsabilidade social da empresa.
  
Ao contrário do slogan propagado, a prática da empresa no Baixo Parnaíba Maranhense, principalmente nos municípios de Santa Quitéria e Anapurus, é bem diferente.

Em Santa Quitéria, segundo informações preliminares, cerca 18 comunidades estão em conflito com a empresa. Em uma ação judicial de reintegração de posse, a Suzano, numa petição inicial de 13 laudas, chamou, por 13 vezes, as famílias de "invasoras". No petitório, requisita força policial para o cumprimento da medida liminar. Pouco sabe a empresa (ou, se sabe, não quer aceitar) que essas famílias ocupam aquelas terras há mais de 100 anos. Em legítimo direito de resistência, as famílias impediram que a empresa adentrasse seus territórios. A Suzano, então, requisita mais força policial. Se isso é ser gentil...

Em Anapurus, a tragédia provocada pela Suzano Papel & Celulose se repete. Informações do Sindicato de Trabalhadores na Agricultura Familiar (SINTRAF) dão conta de que 26 comunidades tem conflitos com a empresa, e que cerca de 70% do território do município está nas mãos da multinacional brasileira.

Vários são os relatos de famílias dos dois municípios contra a empresa. Um nome permeia toda a conversa: Lourival. O representante da empresa (na verdade, um capataz do século XXI), intimida as famílias, relatando sobre o poder econômico da empresa, que esta tem "bastante dinheiro para pagar os advogados, enquanto vocês [os trabalhadores] não tem nenhum recurso para isso", e que os trabalhadores não tem como enfrentar esse desafio. Nesse discurso, as pessoas mais humildes acabam cedendo, apesar de não concordarem com as atitudes da empresa.

O discurso de geração de emprego e da utilização da mão de obra local não atende as expectativas. A geração de empregos não consegue acompanhar o número de pessoas que perdem seu modo de sobrevivência. E esse déficit só aumenta.

Em Anapurus boa parte da população da cidade e das comunidades afetadas tem sub-empregos e empregos temporários na empresa, sem vínculo empregatício. Na maior parte do ano, essas pessoas ficam sem expectativas. Como não tem vínculo empregatício, as vítimas de acidente de trabalho (que são muitas) não tem seus direitos trabalhistas assegurados. Belo exemplo de responsabilidade social, né dona Suzano?

Ainda neste município, na comunidade de Buritizinho, pequenos proprietários informaram que venderam pequenos lotes de sua propriedade à empresa Paineiras. Contudo, no momento da plantação do eucalipto, a Suzano (que adquiriu a Paineiras) utilizou área duas vezes maior do que a adquirida, tomando assim boa parte das terras desses pequenos proprietários. Desse modo, de grão em grão a empresa se diz dona de cerca de, pelo menos, 42 mil hectares na região. Isso sem contar suas terras na região dos cocais e na região tocantina.

Nas visitas às comunidades, adentramos as florestas de eucalipto. Tudo muito bonito. Essa beleza, a quem não sabe, tem um custo altíssimo. O eucalipto destrói o solo. Em Santa Quitéria, presenciei o início de desertificação provocado pelo cultivo da árvore. Ali, nem capim nasce mais.

São tantas as atrocidades contra as comunidades cometidas pela Suzano Papel & Celulose no Baixo Parnaíba, que a descrição das mesma renderiam várias teses e estudos. Trago apenas estes exmplos. Podem ter certeza que não faltarão artigos neste blog relatando os conflitos entre a empresa e as comunidades tradicionais.

As palavras do diretor da Suzano na comunidade da Coceira são de encher os olhos de qualquer pessoa sem muitas expectativas ou conhecimento mínimo sobre os reais efeitos desses mega-projetos, principalmente o de eucalipto. Pena que o slogan criado pela alta diretoria da Suzano nos seus frios gabinetes está milhares de hectares de distância da sua prática: Feroz e Gananciosa.
Igor Almeida, advogado Sociedade mranhense Direitos Humanos 

BAIXO PARNAÍBA: LUGARES DE PASSAGEM, POUSO E REPOUSO

            Onde realmente começa e onde realmente termina a zona rural? Já se foi o tempo que só se via mato para tudo que é lado. Algo se soltou desde então. Naquelas passagens, por onde muitos trafegavam de uma ponta a outra do município ou do estado e outros permaneciam extáticos em algum ponto estratégico prontos para recepcioná-los, respiravam-se inúmeros cheiros que exalavam de todas as partes.
 
Monocultura do eucalipto toma conta da paisagem no Baixo Parnaíba ( Fórum Carajás)

Quando da época das férias em dezembro ou em janeiro, o primeiro reconhecimento se dava na chegada aos povoados que coincidia com a safra de alguma fruta como o bacuri. Como a safra de bacuri exagerava, o cheiro da fruta repercutia tanto na hora de estocar como na hora de quebrar a casca para comer a sua carne. Outros cheiros repercutiam na serenidade daquelas estâncias como as da saca de arroz e dos cocos babaçus encastelados em alguma quitanda.

Lugares de passagem, de pouso e de repouso. Essas estâncias declinaram com a desvalorização do arroz, da farinha e do babaçu. No caso do babaçu, os atravessadores desapareceram do pedaço ou despencaram com os preços. Em parte, isso se deve à campanha avassaladora pró-óleo de soja que figurou no começo dos anos 80 em todo o Maranhão com os apelos de sempre na busca da boa forma. Contudo, o aviltamento da coleta de coco babaçu na zona rural se debita também na conta da indústria de beneficiamento de óleo que se alquebrou ao longo dos anos setenta e dos anos oitenta.

A crise econômica do Estado brasileiro nos anos oitenta intensificou a bancarrota das contas públicas nos estados e isso teve efeitos na agricultura familiar e no extrativismo maranhenses. Como se sabe, as elites exigem seu quinhão em qualquer situação, mesmo nas mais difíceis. Quando não era possível obter dividendos graúdos das comunidades por via da divisão da produção de arroz, farinha, babaçu e bacuri as expulsavam para plantar capim e criar gado. Sacavam dinheiro a rodo nos bancos estatais de financiamento com apenas a influência política a tiracolo.

Depois do empréstimo efetuado, dificilmente o banco fiscalizaria o local do investimento. Bons tempos da falta de democracia no Brasil e da estrutura oligárquica no estado do Maranhão e em seus municípios que empurravam com a barriga a prestação de contas por parte dos devedores ou, simplesmente, absorviam as dívidas.

Esses empréstimos para grupos políticos de expressão como as famílias Bacelar, Lyra, Leite e Montelles prenunciavam para o Baixo Parnaíba e para o centro-leste maranhenses a anunciação do “milagre” das monoculturas de florestas plantadas como eucalipto e bambu na forma de projetos de manejo florestal.

Antes da desapropriação de parte de suas propriedades pelo Incra na Chapada do Sangue, município de Chapadinha, Baixo Parnaíba maranhense, a família Lyra e o grupo João Santos subtraíram centenas e centenas de bacurizeiros em nome do manejo florestal. Na realidade, o grupo João Santos direcionava a madeira para seus caldeirões no município de Coelho Neto. Felizmente, deram um descanso para a Chapada e hoje os bacurizeiros ressurgiram para alegria dos extrativistas do bacuri. O Chico da Cohab, representante da sociedade civil no conselho municipal da saúde de Chapadinha,  avalia que essa Chapada recomenda mais de vinte mil hectares entre Chapada e Baixões. Bem maior que a reserva extrativista da Chapada Limpa. O Incra criou dois assentamentos na região, a Vila Borges e a Vila Chapéu, e pretende criar outro, a Vila Januário. Essas comunidades estão garantidas. Faltariam outras tantas como a comunidade do Leite, rica em Buriti. Para ela e para outras comunidades agroextrativistas, propõe-se a criação de uma reserva extrativista nos moldes da reserva de Chapada Limpa.

  Enquanto isso, o grupo João Santos entrou com um pedido junto a Secretaria de Meio Ambiente do Maranhão de desmatamento de mil hectares na comunidade do Cipó com vistas ao plantio de eucalipto e bambu. Os municípios de Buriti, Afonso Cunha e Coelho Neto são listados no pedido.

Por: Mayron Régis ( Fórum Carajás)http://www.forumcarajas.org.br/

quinta-feira, 2 de dezembro de 2010

O MARANHÃO SEMPRE NO MEIO DAS COISAS ABOMINÁVEIS

Maranhão é o terceiro Estado que mais desmatou em 2010

O ritmo do desmatamento da Amazônia alcançou seu menor nível desde 1988, batendo novo recorde em relação ao ano passado. Mesmo assim, a devastação da floresta entre 2009 e 2010 derrubou uma área de 6.451 km², maior que o território do Distrito Federal, em Brasília, que mede 5.802 km².
Segundo informações divulgadas nesta quarta-feira (1º), o dado mais recente de desmatamento na Amazônia representa redução de 13,6% em relação à área devastada no ano passado, quando 7.008 km² de mata foram derrubados.
A área desmatada no bioma é a menor desde 1988, quando as estatísticas começaram a ser feitas pelo Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), que divulga nesta quarta o desmatamento anual computado pelo Programa de Monitoramento da Floresta Amazônica Brasileira por Satélite (Prodes).
O sistema cobre áreas maiores que 6,25 hectares e considera apenas o corte raso, quando há remoção completa da cobertura florestal. Segundo o diretor do Inpe Gilberto Câmara, o balanço do Prodes foi realizado a partir de análise de imagens de satélite que cobriram 90% do desmatamento. A estimativa tem margem de erro de 10% para mais ou para menos.
O Estado que mais desmatou no período foi o Pará, com 3.710 km² de área devastada. Em segundo lugar ficou o Mato Grosso, com 828 km², seguido de Maranhão (679 km²) e Amazonas (474 km²).
Presente na cerimônia em que o anúncio do desmatamento foi feito, a ministra do Meio Ambiente, Izabella Teixeira, considerou o número "fantástico". "Este é o menor desmatamento de toda a história da Amazônia", disse ela.
Durante a cerimônia, presidente Luiz Inácio Lula da Silva entregou contratos de concessão de direito real de uso (CCDRU) a 2.584 famílias residentes em 6 reservas extrativistas e em uma floresta nacional. Com a iniciativa, sobe para mais de 29 mil número de famílias beneficiadas pelo governo e os moradores ganham oficialmente o direito de explorar recursos em unidades de conservação.
Lula também assinou o decreto que institui o Macrozoneamento Econômico Ecológico da Amazônia Legal, essencial para a gestão do território previsto na Política Nacional do Meio Ambiente.

Com informações do Globo Amazônia

quarta-feira, 1 de dezembro de 2010

SÃO LUÍS TEM MAIS DE 1 MILHÃO DE HABITANTES, APONTA CENSO 2010

O resultado do Censo 2010 divulgado, nesta segunda-feira (29), pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), mostra que a cidade de São Luís ultrapassou a casa de 1 milhão de habitantes (1.011.943 pessoas). A capital, passa assim, a condição de metrópole brasileira.

Uma cidade é considerada uma metrópole quando sua população ultrapassa 1 milhão de habitantes. No Brasil existem várias capitais metrópoles como: São Paulo, Rio de Janeiro, Salvador, Belo Horizonte, Brasília, Manaus, Belém, Fortaleza, Recife, Goiânia, Fortaleza, Curitiba e Porto Alegre.

De acordo com a pesquisa, São Luís possui 1.011.943 pessoas. Em comparação com o Censo de 2000, quando a capital tinha 870.028 habitantes, houve um aumento de 16,31%, ou seja, 141.915 habitantes, em 10 anos.

Segundo dados do Censo Demográfico, dos mais de 1 milhão de habitantes em São Luís, 538.181 são mulheres (53,18%), e 473.762 são homens (46,82%).

Conforme o Censo 2010, 94,44% (955.600 pessoas) da população ludovicense vive em situação urbana e 5,56% (56.343 pessoas) em situação rural.

Após cerca de quatro meses de trabalho de coleta e supervisão, durante os quais trabalharam 230 mil pessoas, sendo 191 mil recenseadores, o resultado do Censo 2010 indica 190.732.694 pessoas para a população brasileira em 1º de agosto, data de referência.

O Maranhão apresentou 6.569.683 habitantes. O Estado teve um aumento na população de 18,13%, em relação ao Censo 2000, sendo o Estado do Nordeste com o maior crescimento populacional em 10 anos.

O Censo 2010
O Censo Demográfico compreendeu um levantamento exaustivo de todos os domicílios do país. Foram visitados 67,6 milhões de domicílios e ao menos um morador forneceu informações sobre todos os moradores de cada residência.

A partir do dia 4 de novembro, o IBGE realizou um trabalho de supervisão e controle de qualidade de todo material coletado, em conjunto com as Comissões Censitárias Estaduais (CCE) e das Comissões Municipais de Geografia e Estatística (CMGE,) em todas as 27 Unidades da Federação e nos municípios brasileiros.
As comissões funcionaram como um canal de comunicação entre o IBGE e a sociedade e participaram de todo o processo de realização do Censo.

O Censo 2010 mostra também que a população é mais urbanizada que há 10 anos: em 2000, 81% dos brasileiros viviam em áreas urbanas, agora são 84%.

Iniciado em 1º de agosto de 2010, os 191 mil recenseadores percorreram os 5.565 municípios brasileiros e as entrevistas implicaram no recenseamento da população por meio de três métodos: entrevista presencial, questionário pela Internet e, por fim, a estimação do número de moradores em domicílios fechados.

Em suma, o Censo Demográfico 2010 consiste na visita exaustiva de todos os domicílios e entrevistas. O IBGE agradece aos participantes das Comissões Censitárias Estaduais (CCE) e das Comissões Municipais de Geografia e Estatística (CMGE) e à população pelas informações prestadas. O IBGE espera que os dados coletados sirvam de base para o planejamento público e privado, em favor da melhoria das condições de vida da sociedade brasileira.

(Blog do John Cutrim)

terça-feira, 30 de novembro de 2010

LULA SE IRRITA COM REPÓRTER NO MARANHÃO

'Para o presidente, a partir do momento em que a pessoa 'toma posse, ela passa a ser uma instituição e tem que ser respeitada'

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva ficou profundamente irritado, nesta tera-feira, 30, em Estreito (MA), com uma pergunta do Estado sobre sua relação com o grupo do senador José Sarney (PMDB-AP) no Maranhão. A repórter indagou se a visita era uma forma de "agradecer o apoio da oligarquia Sarney" ao seu governo. Para Lula, a pergunta foi "preconceituosa".

"Agradeço, agradeço... e a pergunta preconceituosa como esta é grave para quem está há oito anos cobrindo Brasília. Demonstra que você não evoluiu nada. O presidente Sarney é presidente do Senado... preconceito é uma doença. O Senado é uma instituição autônoma diante do Poder Executivo, da mesma forma o Poder Judiciário. O Sarney colaborou muito para a institucionalidade. E ademais é o seguinte: o Sarney foi eleito pelo Amapá, eu não sei por que o preconceito. Você tem de se tratar, quem sabe fazer uma psicanálise para diminuir o preconceito", disse o presidente ao repórter.

Irritado, Lula ainda mencionou o palhaço Tiririca, eleito deputado federal. "Se você tiver que fazer algum protesto você vai para o Amapá, porque foi lá que o povo elegeu Sarney. E vai para São Paulo, porque o povo elegeu Tiririca. Na medida que a pessoa é eleita e toma posse, ela passa a ser uma instituição e tem que ser respeitada", afirmou, dirigindo-se ao repórter.

Durante a resposta de Lula, a governadora Roseana Sarney interveio. "É preconceito contra a mulher. Eu fui eleita governadora do Maranhão para tomar conta do povo", no que Lula emendou: "Sarney não é o meu presidente. Ele é o seu presidente do Senado, ele é o presidente do Senado deste País. Eu lamento que não tenha tido evolução (da imprensa)".

O presidente Lula virou aliado fiel de Sarney durante seu mandato de presidente. Em julho de 2009, articulou para que o PT recuasse da decisão de apoiar o afastamento do senador da presidência do Senado, após as revelações, pelo Estado, de envolvimento dele no escândalo dos atos secretos da Casa, e demais irregularidades, dentre elas a fraude na Fundação José Sarney com dinheiro da Petrobrás.

Em entrevista ao Estado em fevereiro, Lula saiu em defesa de Sarney e afirmou que o defendeu porque o governo precisava dele no Senado.

"Agora, quem governa é que sabe o tamanho do calo que está no seu pé quando quer aprovar uma coisa no Senado", disse Lula. "Das acusações que vocês (o jornal) fizeram contra o Sarney, nenhuma se sustenta juridicamente e o tempo vai provar. O exercício da democracia não permite que a verdade seja absoluta para um lado e toda negativa para o outro lado", afirmou na entrevista.

Humildade. Mais cedo, o presidente havia feito um discurso atípico, no qual reconheceu que antecessores não tiveram as mesmas condições que ele ao assumir o comando do País. "Eu tenho consciência que outros presidentes da República não tiveram as mesmas condições que eu", afirmou. "O presidente Sarney pegou o Brasil em época de crise. O Fernando Henrique Cardoso, mesmo se quisesse fazer, não poderia, pois o Brasil estava atolado numa dívida com o FMI. Quando você deve, tem até medo de abrir a porta e o cobrador te pegar", afirmou Lula.

As declarações foram feitas em um discurso de improviso durante visita ao canteiro de obras da usina hidrelétrica de Estreito, na divisa do Maranhão com Tocantins. Ainda em tom de humildade, o presidente observou que a inauguração da obra ficará mesmo para o governo de Dilma Rousseff. "É a Dilma que virá inaugurar, mas eu tinha que vir para fechar a comporta, pelo menos", declarou o presidente.

Lula disse que precisou desmarcar três visitas à obra por causa de problemas nas áreas ambiental e social. Comunidades ribeirinhas denunciam que estão sendo prejudicadas pela construção da usina. O presidente afirmou que recentemente foi firmado um acordo entre o consórcio Estreito Energia, construtor do projeto, com o movimento de atingidos pelas barragens. Pelo acordo, a empresa se responsabilizará por garantir a realocação das famílias e criar condições para que os pescadores continuem suas atividades. "Eu não queria violência com qualquer pessoa", declarou Lula. (O Estadão)

segunda-feira, 29 de novembro de 2010

MARANHÃO PODE TER NOVA ELEIÇÃO: PROCESSO DE CASSAÇÃO DE ROSEANA SARNEY É DESTAQUE NO CORREIO BRAZILIENSE

As eleições terminaram em outubro, mas há um terceiro turno à vista em pelo menos cinco estados. Recém-eleitos ou reeleitos, governadores podem iniciar o mandato a partir de 1º de janeiro já com processos de cassação por irregularidades durante a campanha. Vencedores nas urnas, Roseana Sarney (PMDB-MA), Marcelo Déda (PT-SE), Tião Viana (PT-AC), Omar Aziz (PMN-AM) e Silval Barbosa (PMDB-MT) são investigados pela Polícia Federal ou pelo Ministério Público por um leque de acusações que vão de abuso de poder econômico e político até a compra de votos e captação de recursos.

Dos governadores eleitos em 2006, três foram retirados dos mandatos pela Justiça, depois de serem condenados por irregularidades durante as eleições: Cássio Cunha Lima (PSDB-PB), Marcelo Miranda (PMDB-TO) e Jackson Lago (PDT-MA). Agora, pelo menos dois futuros governadores já têm processos abertos nos tribunais regionais estaduais e outros três são investigados, dois com denúncias consideradas graves.

Eleito no segundo turno, Barbosa foi acusado pela coligação rival, com a concordância do MP, de compra de votos durante um congresso religioso. No evento, que reuniu 2 mil pessoas em Cuiabá em 22 de agosto, o governador reeleito teria pedido votos aos fiéis o que configuraria “captação ilícita (de votos) por recebimento de propaganda paga por fonte vedada.” O processo, que corre no TRE-MT, estava na pauta de julgamento na quinta-feira, mas acabou adiado. Deve ser retomado pelos ministros durante a semana.

O outro eleito com processo já aberto, Déda, teria cometido crime de abuso de poder político ao oferecer almoço de lançamento da candidatura para 300 pessoas na residência oficial do Sergipe. O encontro teria sido custeado com verbas públicas, e servidores e secretários de Estados teriam trabalhado no evento. Por meio de sua assessoria, o governador reeleito alegou que o almoço foi um evento político e que não infringiu qualquer artigo da legislação eleitoral. Caso seja condenado, ele pode ter pagar R$ 60 mil de multa.

Nova eleição

Pela legislação eleitoral, a lista atual dos possíveis cassáveis coloca o risco de novas eleições no Amazonas, Maranhão, Sergipe e Acre, locais em que os futuros governadores venceram o pleito no primeiro turno. Caso sejam condenados, a maioria dos votos seria anulada, o que forçaria uma nova sessão de votações. (Com informações do Correio Braziliense)

John Cutrim/JP

sábado, 27 de novembro de 2010

MARANHÃO É UM DOS ESTADOS ONDE HÁ MAIS AMEAÇADOS PELA FOME

O número de domicílios brasileiros que se encontrava em algum grau de insegurança alimentar caiu de 34,9% para 30,2% entre 2004 e 2009. Isso significa que, no ano passado, 65,6 milhões de pessoas residentes em 17,7 milhões de domicílios apresentavam alguma restrição alimentar ou, pelo menos, alguma preocupação com a possibilidade de ocorrer restrição devido à falta de recursos para adquirir alimentos. Os estados onde a situação alimentar é mais grave são Maranhão e Piauí, onde só há segurança para 35,4% e 41,4% da população, respectivamente.

Estes dados são revelados pelo levantamento suplementar da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (PNAD) 2009 sobre segurança alimentar, que registrou, ainda, que 69,8% dos 58,6 milhões domicílios particulares no Brasil estavam em situação de segurança alimentar.

Eram 40,9 milhões de residências com 126,2 milhões de pessoas, o equivalente a 65,8% dos moradores em domicílios particulares do país.
A pesquisa constatou, ainda, que a insegurança de alimentos era mais aguda nas regiões Norte e Nordeste, atingindo, respectivamente, 40,3% e 46,1% dos domicílios. Além disso, segundo algumas variáveis socioeconômicas, a insegurança alimentar era maior em domicílios com rendimento mensal domiciliar per capita inferior a meio salário mínimo por pessoa (55%), naqueles onde residiam menores de 18 anos (37,2%), entre os pretos e pardos (43,4%) e para aqueles com menos de 1 ano de estudo (20,2% - moderada ou grave).

Assim como a edição de 2004, o levantamento de 2009 foi realizado em convênio com o Ministério do Desenvolvimento Social e Combate à Fome (MDS).

A pesquisa utiliza a classificação da Escala Brasileira de Insegurança Alimentar (EBIA), considerando o período de referência dos três últimos meses anteriores à data da entrevista. São domicílios em condição de segurança alimentar aqueles onde os moradores tiveram acesso aos alimentos em quantidade e qualidade adequadas e sequer se sentiam na iminência de sofrer qualquer restrição no futuro próximo. Nos domicílios com insegurança alimentar leve, foi detectada alguma preocupação com a quantidade de alimentos no futuro e nos quais há comprometimento com a qualidade dos alimentos.

A insegurança alimentar moderadacaracteriza-se quando os moradores conviveram, no período de referência, com a restrição quantitativa de alimento. Por fim, nos domicílios com insegurança alimentar grave, além dos membros adultos, as crianças, quando havia, também passaram pela privação de alimentos, podendo chegar à sua expressão mais grave, a fome.

A proporção de domicílios com insegurança alimentar leve foi estimada em 18,7%, ou 11,0 milhões, onde viviam 40,1 milhões de pessoas (20,9% da população). A proporção de domicílios com insegurança alimentar moderada foi 6,5%, o equivalente a 3,8 milhões, onde moravam 14,3 milhões de pessoas (7,4% do total). Do total de domicílios, 5,0% (2,9 milhões) foram classificados como insegurança alimentar grave. Esta situação atingia 11,2 milhões de pessoas (5,8% dos moradores de domicílios particulares).

Em 2004, as proporções de domicílios onde havia insegurança alimentar leve, moderada e grave eram, respectivamente, 18,0%, 9,9% e 7,0%. Nesses domicílios viviam 20,3%, 11,3% e 8,2% dos moradores de domicílios particulares. Isso mostra um crescimento do percentual de insegurança leve e redução dos percentuais dos graus moderado e grave.

Em 2009, enquanto 6,2% e 4,6% dos domicílios urbanos tinham moradores em situação de insegurança alimentar moderada e grave, respectivamente, na área rural, as proporções foram 8,6% e 7,0%. Em 2004, nos primeiros, 5,3% da população vivia em situação de insegurança alimentar grave, enquanto nos rurais o percentual era de 8,4%. Em relação à insegurança alimentar moderada, 6,9% dos moradores de áreas urbanas estavam nesta condição em 2004, enquanto para a rural, o percentual foi 10,1%.

Entre 2004 e 2009, houve redução da proporção de domicílios com moradores em situação de insegurança alimentar tanto na zona urbana (de 33,3% para 29,4%) quanto na rural (de 43,6% para 35,1%). Houve, em relação a 2004, queda na proporção de domicílios em situação de insegurança alimentar grave e moderada tanto na área urbana quanto na rural. Contudo, ao desagregar por intensidade de insegurança alimentar, verificou-se que na rural ocorreu redução da proporção de domicílios em insegurança alimentar leve, o que não foi verificado na área urbana. Em 2009, entre os domicílios da área rural em situação de insegurança alimentar, 55,8% apresentavam grau leve, já em 2004, eram 46,2% nessa categoria.

Norte e Nordeste têm 40,3% e 46,1% de domicílios em situação de insegurança alimentar.

As cinco grandes regiões apresentaram proporções de domicílios em situação de insegurança alimentar com diferentes magnitudes. Enquanto na Norte e na Nordeste, respectivamente, 40,3% e 46,1% dos domicílios encontravam-se em insegurança alimentar, na Sudeste (23,3%) e Sul (18,7%) as proporções ficaram abaixo de 1/4 dos domicílios. Considerando a insegurança alimentar grave, o panorama de desigualdade regional permanece. No Norte e Nordeste as proporções de domicílios nessa situação foram de 9,2% e 9,3% (em 2004, 11,8% e 13,2%). Nas regiões Sudeste (2,9%) e Sul (2,1%), a proporção ficou abaixo de 3,0%, sendo que em 2004 declararam, respectivamente, 4,1% e 3,7%.

Maranhão tem a menor proporção de segurança alimentar (35,4%) e Santa Catarina, a maior (85,2%).

Considerando as Unidades da Federação, Santa Catarina, em 2009, continuou com o maior percentual (85,2%) de domicílios em situação de segurança alimentar, 1,0 ponto percentual acima do observado em 2004. O Rio Grande do Sul, após um aumento de 5,5 pontos percentuais em relação a 2004, foi o que apresentou o segundo maior percentual (80,8%), seguido pelo Paraná (79,6%). Todos os estados do Nordeste registraram proporções inferiores à média nacional (69,8%), sendo que o Maranhão (35,4%) e o Piauí (41,4%) sequer chegavam à metade dos domicílios com alimentação saudável e em quantidade suficiente assegurada. Em 2009, também na região Norte, todos os estados tinham proporções de segurança alimentar inferior à registrada para o Brasil e, no Centro-Oeste, apenas Goiás estava nestas condições.

Fonte: IBGE
Com informações do Central de Notícias