segunda-feira, 21 de outubro de 2013

Gaucho a mando de Dilma cria e-mail forte a prova de espionagem, confira


Responsável pela criação de um e-mail nacional antiespionagem conta como vai funcionar a ferramenta Mazoni comandou a Procergs no governo Olívio e hoje preside o Serviço Federal de Processamento de Dados.
(Serpro) Foto: Caue Fonseca / ZH

Enquanto o escândalo da espionagem americana mobilizou personagens como Dilma Rousseff e Barack Obama, as medidas práticas para reforçar a segurança dos dados brasileiros estão sob responsabilidade de um discreto técnico federal.
Gaúcho, 52 anos, Marcos Vinícius Mazoni é, desde 2007, presidente do Serviço Federal de Processamento de Dados (Serpro). Ligado a estatais de processamento de dados há anos — comandou a Procempa e a Procergs durante administrações petistas —, Mazoni confessa que foi surpreendido pela abrangência dos dossiês vazados por Edward Snowden.
Em acerto com Dilma, Mazoni tem a missão de adiantar a implementação do Expresso V3 — um email com tecnologia nacional. O que se daria apenas em 2014, ocorrerá logo.
Na virada do mês, o Expresso V3 será instalado na estrutura do Ministério das Comunicações e da Presidência. Em dezembro, será a vez do Ministério do Planejamento. Até o fim do mandato, será expandido a todo governo federal. Depois, pode atingir a casa de todos os brasileiros em projeto em parceria com os Correios.
Mazoni recebeu ZH, na sexta-feira, em seu gabinete, decorado com uma réplica do Beira-Rio e uma camisa branca do Inter autografada pelos heróis de 2006 — ele não esquece que teve de assistir à final da Libertadores em uma TV portátil, enquanto enfrentava uma crise que derrubou todos os portais do governo Roberto Requião, no Paraná. No domingo, seu time ficou no empate no Gre-Nal.

Zero Hora — O que leva o senhor a crer que os dados do governo estarão mais protegidos por um sistema desenvolvido no Brasil?
Marcos Mazoni — O sistema, sozinho, não é seguro. Ele é seguro por estar dentro da nossa rede. A gente cria uma situação de robustez muito maior. E, como todo ele é baseado em software livre, é auditável. Já o sistema americano tem o backdoor (um mecanismo que faz com que um software americano, mesmo comprado no Brasil, continue enviando informações para seu fabricante. E o governo dos EUA, alegando razões de segurança, pode acessar esses dados). A Microsoft faz isso porque a legislação dos EUA manda. O Estado americano diz a todas as empresas que ele se reserva a esse direito. É uma questão muito mais jurídica do que técnica.
ZH — Como o episódio da espionagem ao governo brasileiro apressou o trabalho de vocês?
Mazoni — Todo ano eu reúno, em Porto Alegre, os técnicos em projetos de software livre das 11 unidades regionais de desenvolvimento. E, lá, a gente faz opções do que vamos tocar. Em julho do ano passado, por exemplo, definimos que faríamos uma nuvem (um ambiente de armazenagem de dados na internet) própria. Sem usar nenhum produto americano. Trabalhamos com sistemas tão estratégicos, como sigilo fiscal, que não poderíamos optar pelas nuvens comerciais. O que aconteceu é que faríamos isso tudo até 2014. Tivemos de acelerar. Agora, a presidenta quer usar em novembro. Estou com uma equipe de 40 profissionais, 10 deles programadores, em Porto Alegre trabalhando especificamente nisso, no Expresso V3 (o e-mail nacional).
ZH — Houve um aumento de investimentos?
Mazoni — Assim que veio a demanda de acelerar nossos processos, passamos à Presidência a necessidade de investimento. Existe a necessidade de R$ 200 milhões para um novo centro em São Paulo, e isso já está no Congresso. Também estamos com concurso aberto para contratações.
ZH — O escândalo da espionagem surpreendeu o senhor?
Mazoni — Sim. Nem nas nossas maiores paranoias a gente imaginava que isso poderia ser assim. E olha que éramos tachados de paranoicos por defendermos o uso de software livre, que é mais seguro contra a espionagem. É muita informação monitorada.
ZH — O senhor considera algum aspecto do escândalo mais grave do que o debatido publicamente?
Mazoni — Considero a questão da legislação americana mais grave do que se imaginava. Temos produtos de software e de hardware que, muitas vezes, você contrata suporte em tempo real nos Estados Unidos. Temos, sem perceber, o backdoor. Nem passava pela minha cabeça que a lei de outro país pudesse ser um problema.
ZH — Como o senhor avalia as respostas política e técnica do Brasil aos EUA? Foram adequadas?
Mazoni — Sim, acho adequadas. Uma delas é chamar a atenção sobre a governança da internet. Ao falar na ONU, Dilma conseguiu muitos aliados. Tecnicamente, o e-mail é uma parte da solução. Com ele, vem junto a questão da armazenagem de dados no Brasil. Não se usará mais servidores de fora. Outros aspecto é a auditabilidade dos produtos. Não estamos dizendo que não podemos mais comprar produtos do Exterior, mas vamos saber o que eles estão fazendo. Não quero ligar o meu Windows e saber que ele troca 500k cada vez que liga na internet — e ele troca. Que 500k são esses? Quero saber. Isso leva também a um debate internacional: os softwares precisam obedecer à legislação de onde eles estão sendo comercializados, não só dos países de origem.
ZH — A presidente pediu algo em especial para o sistema de e-mail?
Mazoni — Reforçar toda a parte de criptografia. Por exemplo, quando a presidenta manda mensagens para fora do sistema. A ferramenta vai criptografar todo o conteúdo da mensagem. Para ela ter segurança, a pessoa lá do outro lado vai ter de ter uma chave para abrir. Depois vai ficar gravado lá? Vai. Essa fragilidade permanece.
ZH — Além do e-mail, outros ambientes preocupam o governo em termos de exposição?
Mazoni — Sim, uma rede social é suscetível a passar dados a governos. Os centros de dados do Facebook, por exemplo, estão nos EUA e na Suíça. Eles têm backdoor. Qual é a nossa estratégia? Existem redes sociais também feitas em software livre por nós aqui no Brasil. Assim como tenho a equipe do Expresso em Porto Alegre, tenho uma equipe em Salvador que trabalha em um produto chamado Nosferu, que é uma rede social em comunicação com o governo.
ZH — Como funciona o projeto do e-mail brasileiro para o cidadão comum?
Mazoni — Toda a ideia começou com os Correios. O projeto é a desmaterialização da correspondência. Para isso, precisa haver uma caixa postal segura em que só cheguem coisas do Correios, para contas, multas, documentos... Portugal fez isso há 20 anos. Lá, cada pessoa tem duas caixinhas virtuais. Uma em que só o "carteiro" pode colocar correspondência, e outra em que pode colocar spam. É uma ideia inteligente. O nosso desafio é universalizar, provavelmente usando a tecnologia do Expresso.
ZH — Como funciona a armazenagem de dados do brasileiro pelo governo?
Mazoni — A nossa maior base de dados, no Serpro, é sigilosa, o Imposto de Renda, todos os dados de carteira de motorista... Temos três centros de dados: São Paulo, Brasília e Rio. Somos alvo constante de hackers. Durante a declaração de IR do ano passado, por exemplo, eles chegaram a ocupar 60% da nossa banda. Aí, temos softwares e pessoas mobilizadas durante 24 horas. É o período mais crítico do ano. É uma loucura o que fazemos com o IR. 

Do Z H

sexta-feira, 18 de outubro de 2013

Veja 10 programas gratuitos e que ajudam na gestão do seu negócio


Lista tem opções para diversas necessidades e sistemas operacionais, do IOS ao Android
 
Felipe Rau

Lista pode ajudar o empreendedor
 Não importa o ramo de atuação ou tamanho da empresa. Com um computador ligado à internet, um smartphone ou um tablet o empreendedor tem hoje à disposição uma infinidade de programas que podem auxiliá-lo na condução de seu negócio.

Para dar uma força ao empresário, o Estadão PME selecionou dez desses aplicativos. Uma lista com ferramentas para todo o tipo de gosto e necessidade, com opções para diversos sistemas operacionais - do Android ao IOS, da Apple. 

Confira a lista à seguir e bom trabalho

BizExpense
Este aplicativo permite ao empresário o controle de seus gastos. Por ele, é possível criar categorias e subcategorias de gastos e fazer gráficos. O empresário também consegue usar a câmera fotográfica do celular para scanner de recibos e exportar os dados para uma planilha do Excel. Disponível da Apple Stores. Grátis.

Mais que um organizador, o Sendgine dá um novo sentido à sua caixa de emails. Eles organiza a longa lista de correspondência indesejada entre contatos, cria uma página para cada novo projeto da empresa, apontando prazos de finalização anteriormente definidos.

Pai
Criado pelo Instituto Brasileiro de Planejamento Tributário (IBPT), o Pai tem como objetivo dar uma base de sustentação para negócios em fase inicial ou para empresa que, já experimentadas, precisam de suporte para amadurecimento de gestão. O programa oferece assessoria sobre assuntos como preço médio de mercadorias e serviços, custo tributário por nota emitida, fluxo de caixa, controle de estoque e projeção de custos. É gratuito e acessado por diversos sistemas operacionais.

Dropbox
Já consolidado no universo corporativo, o programa armazena arquivos em nuvens e permite seu compartilhamento com outras pessoas. Também é possível sincroniza-lo com outros equipamentos. O download pode ser feito por iPhone, iPad, Android, BlackBerry, PC, Mac e Linux. Existe uma versão gratuita e outra paga, com um número maior de funcionalidades.

Simulador de Importação
O simulador de importação é um aplicativo de comércio exterior para as plataformas ios, android e web que auxilia os empreendedores a calcularem o custo estimado da compra de mercadorias importadas do exterior, bem como a possível lucratividade desta operação comercial. O aplicativo é gratuíto.

O aplicativo Samcard é usado para fotografar o cartão de visita de uma pessoa ou empresa. Em seguida, o programa passa automaticamente as informações lidas para a lista de contatos do iPhone. Tem uma versão gratuíta e outra, mais completa, paga.

Intercom
O Intercom permite filtrar informações, autorizar negócios e ter acesso fácil aos dados de seus contatos profissionais, como nome, idade, empresa e cidade de origem. O aplicativo é recomendável para o contato entre empresas e clientes, priorizando ofertas sob medida.

Evernote
O aplicativo ajuda a armazenar arquivos de texto, áudio e imagens e permite o compartilhamento com outras pessoas. É possível sincronizá-lo com smartphones, tablets e desktops. Tem versões para diversos sistemas operacionais, como iOS, Android, Windows Phone e BlackBerry. O aplicativo tem uma versão gratuita e outra paga, com mais funcionalidades.

AppMesh
Este é um aplicativo de venda. O ponto alto, no entanto, fica para a sua interface simplificada. É feito para vendas a pronta entrega e funciona em dispositivos móveis, como tablets e smartphones.

Validation Board
Altamente recomendável para donos de startups que precisam testar suas novas ideias de negócios, criando para tanto um display virtual. O aplicativo tem uma versão grátis e pode ser acessado por dispositivos móveis como smartphones e tablets.

Estadão

quinta-feira, 17 de outubro de 2013

Senado aprova projeto que possibilita criação de 180 novos municípios, veja


 Imagem do Senado

A matéria, que não define os custos para adoção de novas estruturas, foi aprovada por unanimidade e segue agora para sanção presidencial

Após uma intensa pressão nos bastidores, o projeto de lei complementar que define novas regras para a criação de municípios foi aprovado pelo Senado. A proposta abre a possibilidade de criação de pelo menos novos 180 municípios, que poderão se juntar aos 5.578 existentes no País. Já analisada pela Câmara dos Deputados, após ter tido um apoio quase unânime dos senadores, a matéria segue agora para sanção da presidente Dilma Rousseff.

A proposta não define o valor a ser gasto para a adoção das novas estruturas administrativas, que vão abrigar prefeitos, vereadores e servidores municipais. Estimativas não oficiais, contudo, apontam cerca de R$ 9 bilhões em novos gastos.

O assunto tem preocupado o Palácio do Planalto, segundo admitem reservadamente parlamentares governistas. O Executivo não tentou barrar a proposta, já de olho nas eleições de 2014 e na necessidade de agradar as bases.

A votação às vésperas do ano eleitoral também influenciou o posicionamento dos senadores. Apenas o tucano Aloysio Nunes (SP), líder do partido na Casa, se declarou abertamente contra a proposta. 

"Hoje há um número de municípios que já estão com seus limites de gastos absolutamente ultrapassados. Portanto, a situação do País não é a melhor nesse momento. Em outras circunstâncias de temperatura e pressão, poderia ser aceito", disse. Ciente da falta de consenso na bancada, ele não orientou os senadores do partido a votarem contra, liberando a votação.

Embora não tenha se manifestado contra a proposta, o presidente do DEM, senador José Agripino (RN), disse que o Senado vai arcar com o ônus de ter facilitado a "proliferação de municípios". Inácio Arruda (PCdoB-CE) disse que a proposta cria regras mais rígidas para quem tem condições de se emancipar. "Quem quiser fazer leitura equivocada, que faça."

Para o senador Valdir Raupp (PMDB-RO), relator do projeto, só quem nunca morou em distrito é contrário a essa proposta. "Eu morei num distrito que depois virou cidade. Não vai prejudicar ninguém. Pelo contrário, vai favorecer. Não votar esse projeto é deixar relegada a população à própria sorte." Até o senador Jader Barbalho (PMDB-PA), num raro pronunciamento, defendeu a aprovação da matéria, que, na opinião dele, ajuda as localidades desassistidas pelo poder público.

Novas regras. A proposta estipula novas regras para criação, desmembramento, fusão e incorporação dos municípios. A matéria foi apresentada em 2002 com o objetivo de regulamentar uma emenda constitucional que havia sido aprovada pelo Congresso seis anos antes. Para acabar com a farra na criação de municípios - cerca de 1,5 mil entre a Constituição de 1988 e 1996 -, a emenda tirou da esfera estadual a autonomia para estabelecer os critérios para o nascimento das novas unidades. A proposta de Mozarildo Cavalcanti (PTB-RR) objetiva estipular esses critérios.

O texto define como "indispensável" a apresentação de um Estudo de Viabilidade Municipal (EVM), contendo análises de viabilidade econômico-financeira, político-administrativa e socioambiental e urbana da nova unidade, para prosseguir com o processo. "De fato, este projeto é moralizador. Se esta lei já existisse há uns 15 anos atrás, cerca de 2,8 mil municípios não seriam criados", afirmou Cavalcanti. Segundo ele, não há qualquer investimento da União ou dos Estados para criação desses novos municípios, uma vez que as unidades recém-criadas terão de ser autossustentáveis e contarão com o rateio dos recursos do Fundo de Participação dos Municípios (FPM) oriundo da divisão da antiga unidade.

O texto prevê todo um rito para se chegar à criação de um município. Primeiro, o pedido terá de ser encaminhado para a Assembleia Legislativa do respectivo Estado com o apoio de pelo menos 20% do eleitorado da área envolvida. Outra exigência é que cada localidade tem de ter uma população mínima para criar o município - na região Sudeste, por exemplo, mais de 12 mil habitantes.

A ideia, segundo o autor, é impedir a criação de cidades como Borá, em São Paulo, que, segundo o censo do IBGE, tinha 980 habitantes em 2010. Em seguida, é preciso fazer o Estudo de Viabilidade Municipal (EVM) e comprovar, entre outras questões, que o novo município é capaz de cumprir as exigências da Lei de Responsabilidade Fiscal. Após a conclusão dessa etapa, será realizado um plebiscito para consultar a população acerca das mudanças. 

Estadão

terça-feira, 15 de outubro de 2013

Bancários decidem por finalizar greve após reunião ontem à noite, confira aqui

Reunião dos bancários

Após 26 dias de greve, os bancários decidiram pela volta das atividades à partir desta terça-feira (15). Os bancos públicos, incluindo Banco do Brasil e Caixa Econômica Federal e todos os bancos privados voltam a atender normalmente. O Banco do Nordeste e Banco da Amazônia não aceitaram os termos de negociação e permanecem em greve por tempo inderteminado.

A assembleia foi realizada no fim da tarde desta segunda-feira, por volta das 18h e só terminou após eleição e se estendeu por cerca de duas horas. A Federação Nacional dos Bancos (FENABAN) e o sindicato entraram em um acordo após semanas de negociação. Ficou acertado um reajuste de 8% no salário, 8,5% de reajuste para o piso da categoria e compensação pelos dias em que os bancários ficaram em greve.

A greve
Os bancários deflagraram a greve nacional no dia 19 de setembro, depois de rejeitarem a proposta anterior dos bancos, de 6,1% de reajuste sobre todas as verbas salariais.  

Fonte: O Imparcial

Com 393 anos a Câmara de vereadores de São Luis nunca fez concurso, confira


A Câmara Municipal de São Luís é a quarta mais antiga do Brasil. Apesar da longevidade, a Casa parlamentar nunca realizou um concurso público nos seus 393 anos de história. O Portal da Transparência da Câmara Municipal não cita quantos funcionários existem hoje na Casa, porém, somente com os servidores tipo "Serviço Prestado", a casa já gastou R$ 1.724.867,02 nos seis primeiros meses do ano. A Câmara é o único órgão público com atuação no município de São Luís que nunca realizou um concurso público.
Sem nunca ter realizado um concurso público, a Câmara Municipal, dos cerca de 1,5 mil funcionários da Câmara, apenas 305 são efetivos e estão contemplados com o Plano de Cargos lançado recentemente no parlamento. A estimativa é que existam cerca de 500 servidores tipo "SPs" e cerca de 500 cargos comissionados. O presidente do parlamento, vereador Isaías Pereirinha (PSL) afirmou que "a Casa pode gastar até 70% e com o acréscimo dado em função do Plano de cargos, estamos na faixa de 65%, dentro do limite prudencial da Lei de Responsabilidade Fiscal", informou.
No início desta legislatura, o controlador-geral da Câmara, o advogado e ex-procurador do município Paulo Elder, tentou sem sucesso convencer o presidente Isaías Pereirinha a realizar um concurso e deixar como legado de sua gestão na Casa.
O presidente do parlamento alega que existem funcionários com muito tempo de serviço na Casa que seriam postos na Rua por não poderem competir em um concurso. O vereador disse que ainda espera a aprovação de uma Proposta de Emenda Constitucional (PEC), que tramita no Congresso Nacional, regularizando o funcionário público não efetivo, com mais de 10 anos no serviço público. O presidente garante que se a PEC for rejeitada, fará o concurso. "Fazer um concurso seria uma solução. Mas também existe a questão social. Tem pessoas com 20 anos de Casa que não conseguiriam competir no concurso e seriam colocadas na rua. Nós vamos ter as devidas precauções. Se a PEC não for aprovada, vamos sentar com as instituições para ver como realizar o concurso, até porque nunca fizemos concurso público. Aí o concurso seria a saída", informou.
Em abril deste ano, a desembargadora Raimunda Bezerra manteve sentença do juiz Mário Prazeres Neto, da 3ª Vara da Fazenda Pública de São Luís, determinando a exoneração dos servidores não estáveis e realizar concurso público no prazo máximo de 180 dias para preenchimento dos cargos. A medida não alcança os servidores que comprovarem estabilidade e os ocupantes de cargos comissionados.
O Ministério Público Estadual (MP) ajuizou ação civil pública em 2001, pedindo a exclusão de cargos não comissionados da Câmara Municipal, ocupados sem concurso público após 5 de outubro de 1988, alegando nulidade das contratações e ofensa aos princípios da administração pública como moralidade, legalidade e impessoalidade, podendo servir inclusive para benefícios eleitorais.
Com a saída da desembargadora da relatoria, o novo relator desembargador Jorge Rachid, deu entendimento favorável à Câmara, que alegou prescrição, já que os funcionários foram contratados entre 1988 e 1990. A Ação do MP foi protocolada em 16 de abril de 2002. No entendimento da defesa, o prazo prescricional de cinco anos, previsto no artigo 21 da Lei n° 4.717/65.
A Câmara Municipal de São Luís é de 1619, poucos anos após a expulsão francesa e coincide com a fundação do município de São Luís. Uma carta ao rei de Portugal de 07 de dezembro de 1619 dá notícia da fundação da Câmara, o que marca o início da vida pública e política da municipalidade da cidade.
Gastos de mais de R$ 67 milhões
O parlamento municipal finalmente colocou no ar o portal da Transparência em cumprimento ao que determina a lei. O portal da Casa nunca havia funcionado e foi colocado no ar na semana passada. Porém, as ferramentas estão ainda precárias. No link das receitas, apenas o número bruto de R$ 50 mil mensais. Ou seja, recebendo mensalmente, R$ 50 milhões de repasse da prefeitura de São Luís. Ao todo então, até o mês de setembro, já foram repassados R$ 900 mil pelo executivo municipal.
A Câmara já empenhou um total de R$ 65.327.063,96 até junho de 2013. O portal está atualizado até este mês. Com a folha de pagamento dos ativos, a Câmara já gastou R$ 16.211.731. Apenas com a folha de pagamento dos servidores tipo "Serviço Prestado", o parlamento já desembolsou R$ 1.724.867,02. Este tipo de servidor é questionado pelo Ministério Público. No portal, não é especificado quantos "SPs" existem na Câmara. Com os inativos, o gasto nos seis primeiros meses do ano foi de R$ 8.700.000,00.
Com salários de vereadores, o parlamento desembolsou R$ 3.397.177,75 neste período. O retoque dado na Casa no início do ano, com a colocação de divisórias de gesso separando os novos gabinetes custou R$ 104.306,12.
Número maior de vereadores já custou R$ 4,9 milhões
A Câmara Municipal de São Luís passou a ter 31 vereadores este ano. Com a nova formatação do parlamento, os custos da Casa cresceram. Hoje são 31 vereadores, cada um ganhando R$ 14 mil brutos. Enquanto no ano passado eram 21, com salários de R$ 9 mil. Somente em salário, foi um aumento de R$ 245 mil por mês. O aumento de gastos de janeiro até setembro já soma R$ 1,96 milhão.
Somando-se a este valor o custo de verba indenizatória e salário dos assessores, o custo a mais com os novos vereadores é de R$4,4 milhões. Cada vereador tem disponível R$ 11 mil para bancar os salários dos assessores. Ainda tem direito de R$ 20 mil a título de verba indenizatória, que é o ressarcimento dos gastos parlamentares. Assim, cada parlamentar municipal custa por mês cerca de R$ 45 mil. Como são dez a mais em relação ao ano passado, significa um aumento de R$ 490 mil mensais. O que equivale de janeiro a setembro um total de R$ 4.995.000,00 gastos a mais pelo aumento do número de cadeiras na Casa.
Somente com os gastos a mais com os novos vereadores, seria possível pagar o salário de mais 404 professores para a rede municipal de São Luís. O salário do professor da rede municipal em início de carreira é de R$ 1.373,76.
Caso o dinheiro a mais fosse utilizado para custear o salário de mais guardas de trânsito para ordenarem o conturbado trânsito da capital, seria possível custear os salários de 576 novos guardas, que ganham cerca de R$ 850.
Ainda vale frisar que o aumento dos gastos da Casa ainda sofre o impacto atual da suplência. Com dois suplentes no mandato e a iminência de mais titulares se afastarem, o parlamento terá que arcar com mais custos na Casa. Como o vereador titular deixa o mandato para tratamento de saúde, a Câmara tem que continuar bancando seus salários mesmo fora do cargo. Assim, hoje, o parlamento paga 33 vereadores e o número pode aumentar. São 24 mil a mais em salários de vereadores, já que existem dois suplentes no exercício do cargo, e os titulares também recebem os salários.
O presidente da Casa, Isaías Pereirinha (PSL) reclamou muito no ano passado do aumento do número de vereadores e os custos que acarretaria. Logo no início desta legislatura, houve um corte de pessoal, onde não houve a divulgação ao certo do número de funcionários demitidos. As informações variam entre 100 e 300 funcionários.
 Pereirinha tentou fazer com que a mudança no número de vereadores fosse apenas com um aumento de quatro parlamentares, mas na interpretação da procuradoria da Casa, a faixa populacional de São Luís, exigia o número exato de 31 vereadores. De acordo como Censo do IBGE de 2010, São Luís possui 1.014.837 habitantes.
A equipe de O Imparcial não encontrou o presidente da Casa, Isaías Pereirinha (PSL) para comentar o aumento dos gastos na Casa. 

O imparcial

segunda-feira, 14 de outubro de 2013

25 municípios do MA recebem Programa Cidades Digitais

O Ministério das Comunicações divulgou nesta segunda-feira (14) no Diário Oficial da União a lista com os 262 municípios selecionados para serem contemplados com o Cidades Digitais. Dentre os municípios, 25 cidades são do Maranhão.

As  cidades maranhense contempladas são: Amarante do Maranhão, Arari, Apicum-Açu, Buriti,  Buriti Bravo, Buritirana, Cajari, Cândido Mendes, Cantanhede, Duque Bacelar, Godofredo Viana, Governador Nunes Freire, Humberto de Campos, Jenipapo dos Vieiras, Magalhães de Almeida, Matões, Pastos Bons, Pedro do Rosário, Santa Rita,  São Félix de Balsas, São João Batista, São João do Soter, São José dos Basílios,  Urbano Santos e  Viana.

O programa Cidades Digitais é ligado ao Programa de Aceleração do Crescimento (PAC 2), onde pretendem modernizar a gestão municipal, oferecendo à população acesso a serviços de governo eletrônico e incentivando o desenvolvimento local.

O programa prevê a instalação de infraestrutura de conexão de rede entre órgãos públicos municipais e a instalação de aplicativos de governo eletrônico para gerir os setores financeiro, tributário, da saúde e da educação.

Da lista divulgada hoje consta a seleção de municípios feita entre os que submeteram as propostas por meio de formulário eletrônico entre os dias 4 de fevereiro de 2013 e 5 de março. Os municípios serão convocados pelo Ministério das Comunicações para firmar o acordo e para receber as instruções básicas e dar seguimento ao programa.


Para ver a lista dos municípios beneficiados, clique aqui

Fonte: O Imparcial