sábado, 29 de abril de 2017

Segundo o IBGE nada indica recuperação do mercado de trabalho

Apesar da constante tentativa de Michel Temer e sua equipe econômica de dizer que o golpe deu certo, a série de recordes negativos no mercado de trabalho no trimestre encerrado em março, revelados pela Pnad Contínua nesta sexta-feira (28), indica que "não há absolutamente nada que mostre qualquer indício de recuperação", afirmou o coordenador de trabalho e rendimento do IBGE, Cimar Azeredo; desde 2012, início da série histórica da Pnad Contínua, nunca a fila de desempregados foi tão grande: 14,2 milhões de pessoas procuram emprego, mas não encontram vaga; a taxa de desocupação subiu para 13,7% no trimestre encerrado em março, recorde.

Apesar da constante tentativa de Temer e sua equipe econômica de dizer que o golpe deu certo, a série de recordes negativos no mercado de trabalho no trimestre encerrado em março, revelados pela Pnad Contínua nesta sexta-feira (28), indica que "não há absolutamente nada que mostre qualquer indício de recuperação", afirmou o coordenador de trabalho e rendimento do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), Cimar Azeredo.

Desde 2012, início da série histórica da Pnad Contínua, nunca a fila de desempregados foi tão grande: 14,2 milhões de pessoas procuram emprego, mas não encontram vaga. A taxa de desocupação subiu para 13,7% no trimestre encerrado em março, recorde, conforme publicação do jornal Valor Econômico.

Os dados do IBGE mostram que a população ocupada está em forte queda desde o fim de 2015 e chegou no trimestre encerrado em março de 2017 no menor nível desde abril de 2012. Atualmente, 88,9 milhões de pessoas estão empregadas no país, contingente 1,9% menor que no trimestre encerrado em março de 2016. Em relação a igual período do ano passado, são quase 1,692 milhão de pessoas empregadas a menos no país.

"Tudo que acontece no mercado de trabalho é reflexo do cenário econômico conturbado, do cenário político instável. São coisas que desestabilizam. Essas respostas [negativas] do mercado [de trabalho] são rápidas, mas a recuperação é demorada", diz Cimar Azeredo. O nível da ocupação, que caiu para 53,1%, também é o menor da série.

Temer e Henrique Meirelles (ministro da Fazenda) têm ainda outro recorde negativo: o contingente de trabalhadores com carteira assinada caiu 3,5% no trimestre encerrado em março, na comparação com igual período do ano passado, e chegou ao menor nível da série histórica da Pnad Contínua. Nesse período, houve perda de 1,2 milhão de postos de trabalho com esse tipo de garantia trabalhista, segundo o IBGE.

No trimestre encerrado em março, segundo os dados da Pnad Contínua, havia no país 33,4 milhões de trabalhadores com carteira assinada. Frente ao trimestre encerrado em dezembro, houve perda de 599 mil postos de trabalho com carteira assinada, queda de 1,8% no período.

O corte do emprego com carteira assinada tem ainda os efeitos negativos de reduzir a contribuição previdenciária, de cortar o acesso ao plano de saúde concedido pela empresa e de piorar o acesso ao crédito, enumerou Cimar Azeredo. "É a perda da proteção social, principalmente nas famílias de baixa renda. Isso mexe na estabilidade dessas famílias".

Pelo lado positivo há apenas o rendimento médio real, que cresceu 2,5% em relação ao trimestre encerrado em março do ano passado, para R$ 2.110. Em grande parte, segundo Cimar Azeredo, o movimento foi beneficiado pela redução da inflação. De acordo com ele, o rendimento nominal cresceu significativamente em relação ao trimestre anterior e a inflação menor corroeu menos a renda do trabalho.

Do 247

Flávio Dino renova frota de ambulâncias no estado

Com um investimento da ordem de 1,4 milhão na aquisição, o Governo do Maranhão entregou mais nove ambulâncias, de um total de 104 já adquiridas. As nove ambulâncias foram entregues para cidades de Anapurus, Araioses, Buriti de Inácia Vaz, São Bento, Centro Novo, Vitorino Freire, Santa Quitéria, Jatobá e Buriticupu. O governo Flávio Dino vai estender o programa aos 217 municípios. As ambulâncias passam a compor o novo mapa do transporte sanitário no Maranhão. O governador Flávio Dino vai estender o programa aos 217 municípios.

O Governo do Estado investiu R$ 1,4 milhão na aquisição e entrega de mais nove ambulâncias. Ao todo, 53 novos veículos, dos 104 já adquiridos, compõem o novo mapa do transporte sanitário no Maranhão. Ambulâncias quebradas ou deterioradas, sem condição adequado de uso, são substituídas por veículos equipados para o atendimento digno da população. O governo Flávio Dino vai estender o programa aos 217 municípios.

As nove ambulâncias foram entregues para cidades de Anapurus, Araioses, Buriti, São Bento, Centro Novo, Vitorino Freire, Santa Quitéria, Jatobá e Buriticupu. "Nós temos ambulâncias. Mas a situação delas está crítica: uma está sem documentação, então, não tem como rodar. As outras duas estão paradas há muito tempo em oficinas, a manutenção é cara. Para transportar a população, eu alugo carros. Essa ambulância vai chegar em boa hora. É uma segurança saber que o povo estará sendo bem transportado", disse o prefeito de Araioses, Cristiano Gonçalves.

Para o prefeito de Buriticupu, Zé Gomes, a atitude do governador Flávio Dino em apoiar o desenvolvimento da saúde nas regiões é louvável. "É um apoio significativo, principalmente nesse momento que os municípios não têm recursos para aquisição desse tipo de equipamento. A gente agradece por ter esse olhar, mas não só pelo nosso município, mas por todas as cidades do Maranhão, porque o governador deu a palavra de que os 217 municípios vão receber. Isso deixa os gestores muito felizes, porque é um apoio que permite a gente a ajudar o nosso povo", frisou o prefeito.

Mesmo com os reparos frequentes, a ambulância disponível no município de Anapurus, segundo a prefeita Vanderly de Sousa Monteles, continua sem condições de trafegar. A cidade, que tem um hospital de pequeno porte, passa a ter condições de transportar seus pacientes com segurança para o recebimento de atendimento especializado, quando necessário. "Agora nosso povo está amparado pelo Governo do Estado. A doação dessa ambulância é muito importante. É um equipamento que irá ajudar a salvar muitas vidas em Anapurus", frisou a prefeita.

De acordo com o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), na regional de saúde de São João dos Patos, o município de Jatobá possui 9.819 habitantes. Por lá, a chegada da ambulância doada pelo Governo reduzirá os custos da prefeitura com a manutenção da atual.

"Hoje, se o povo da cidade tivesse que escolher algo que mais precisa, certeza de que a população ia pedir essa ambulância, porque é uma necessidade do povo. Nossa saúde ainda está se organizando, e para operar junto com o nosso Centro de Especialidades, que é a única unidade de saúde que temos, uma ambulância é necessária para viabilizar o atendimento dos nossos doentes em unidades mais especializadas em municípios vizinhos", explicou a prefeita Consuelo Lima.

Em Centro Novo do Maranhão, a população celebrou o anúncio da chegada da ambulância doada pelo Governo, que vai operar junto à Unidade Básica de Saúde do município. "Não temos ambulância atualmente. Para nós esse momento é tão importante que é difícil de descrever como a população está feliz com isso. É como a realização de um sonho para a população de Centro Novo", comemorou a prefeita Maria Teixeira.

E a celebração do povo do Maranhão com o fortalecimento do transporte sanitário seguro dos pacientes entre as unidades de saúde não para. "A cidade de Buriti toda está aguardando. Na segunda, vamos ter até uma comemoração por conta dessa ambulância e o povo está ansioso e feliz", disse o prefeito Naldo Batista.

Com hospital que executa atendimentos de média complexidade, a unidade de saúde recebe pacientes da sede, São Bento, e, ainda, da região. "A ambulância vai estabelecer um ritmo para nosso fluxo de transferências, que é muito alto. Então, essa que está nova e melhor equipada vai ficar para circular pelos municípios. As outras duas vamos utilizar apenas dentro da cidade. Vai facilitar o fluxo de atendimento da região, com certeza", assegurou o prefeito Luizinho Barros.

Em Vitorino Freire, de acordo com a prefeita Luana Rezende, o fluxo de transferências é alto em razão do grande número de acidentes na região. Os casos mais graves precisam ser direcionados para hospitais com maior estrutura e a ambulância recebida irá auxiliar nesta demanda. "Essa ambulância vai aliviar muito a situação do nosso hospital e facilitar as transferências dos pacientes para o hospital de alta complexidade", informou.
204 ambulâncias serão entregues pelo Governo até o final de 2017.

A recente entrega de ambulâncias realizadas, na última quinta-feira (27), pelo governador Flávio Dino e o secretário de Estado da Saúde, Carlos Lula, reuniu gestores de nove municípios maranhenses.

O governador Flávio Dino confirmou a expansão do programa de entrega das ambulâncias e reforçou os critérios adotados. "Nós autorizamos a Secretaria de Estado da Saúde a expandir esse programa de modo que já entregamos 53 das 104 ambulâncias que foram inicialmente adquiridas. Eu já autorizei a compra de mais. A previsão é até o fim do ano atingirmos 204 municípios. Os treze que são mais estruturados recebem no próximo ano. O critério adotado para a entrega tem sido a necessidade regional", explicou o governador.

Para o secretário de Estado da Saúde, Carlos Lula, o programa de entrega das ambulâncias permite melhorar o transporte sanitário no Maranhão. "Essa ajuda no transporte sanitário era algo necessário e, sobretudo indispensável, nesse momento de crise. Com o investimento no setor, ampliamos o cuidado com os nossos pacientes no momento da transferência entre unidades de saúde, assim como fortalecemos a gestão em saúde", disse o secretário Carlos Lula.

 Da mídia

O caso das APAEs do Paraná, os Arns e a esposa de Moro

Circula na Internet um vídeo editado de palestra que proferi no mês passado em um evento em São Paulo. O vídeo é fiel ao que eu disse. Mas o título e o texto podem induzir a conclusões taxativas que não fiz ou passar a ideia de que o vídeo faz parte dessas guerrilhas que ocorrem periodicamente em redes sociais. As informações foram divulgadas em 2014 e 2015. Estão sendo agitadas agora.

O trecho em questão faz parte de um seminário no mês passado, do qual participei com a colega Helena Chagas

Limitei-me a apontar indícios, indícios fortes, sem dúvida, que merecem ser investigados, mas não acusações frontais.
Aqui, o que falei sobre o tema, não editado. Confira o vídeo.

A história é a seguinte.
Historicamente, as APAEs (Associações de País e Amigos de Excepcionais) fizeram-se contando, na ponta, com cidadãos bem intencionados, mas passando a trabalhar com recursos públicos, sem prestar contas para os órgãos formais de controle.
Essas liberalidades abriram espaço para desvios e uma utilização política da estrutura das APAEs, através da Confederação e das Federações estaduais de APAEs, incluindo a do Paraná.

Na sua gestão, o ex-Ministro da Educação Fernando Haddad decidiu assumir a tese da educação inclusiva – segundo a qual, o melhor local para desenvolvimento de crianças com necessidades especiais seria as escolas convencionais, convivendo com crianças sem problemas.

Sabendo da resistência que seria feita pelas APAEs – já que a segregação de crianças com deficiência, apesar de tão anacrônica quanto os antigos asilos para tuberculoses, é o seu negócio – Haddad pensou em um modelo de dupla matrícula: a escola pública que acolhesse um aluno com deficiência receberia 1,3 vezes o valor original da matrícula; e uma segunda matrícula de 1,3 se houvesse um projeto pedagógico específico para aquela criança. Imaginava-se que essa parcela seria destinada à APAE de cada cidade, atraindo-a para os esforços de educação inclusiva.

As APAEs mais sérias, como a de São Paulo, aderiram rapidamente ao projeto, sabendo que a educação inclusiva é pedagogicamente muito superior ao confinamento das pessoas, tratadas como animais.

O jogo das Federações de APAES foi escandaloso. Trataram de pressionar o Congresso para elas próprias ficarem com as duas matrículas, preservando o modelo original.

O ápice desse jogo é a proposta do inacreditável senador Romário, nesses tempos de leilão escancarado de recursos públicos, visando canalizar para as APAEs e Institutos Pestalozzi todos os recursos da educação inclusiva.

É um jogo tão pesado que, na época da votação do Plano Nacional da Educação, a própria Dilma Rousseff pressionou senadores a abrandar a Meta 4, que tratava justamente da educação inclusiva, com receio de que as APAEs do Paraná boicotassem a candidatura da então Ministra-Chefe da Casa Civil Gleise Hoffmann.

O caso do Paraná
Comecei a acompanhar o tema através da procuradora da República Eugênia Gonzaga, uma das pioneiras da luta pela educação inclusiva.

Em 2002, Eugenia levantou princípios constitucionais - do direito à educação - para forçar o poder público a preparar a rede para crianças com deficiência. Na ocasião, foi alvo de 3.500 ações judiciais de APAEs de todo o país.

No auge da pressão política das APAEs, ainda no governo Dilma, decidi investigar o tema.

As APAEs tem dois lobistas temíveis. A face "boa" é a do ex-senador Flávio Arns, do Paraná; a agressiva de Eduardo Barbosa, mineiro, ex-presidente da Federação das APAEs, que pavimentou sua carreira política com recursos das APAEs.

Uma consulta ao site da Secretaria da Educação do Paraná confirmou o extraordinário poder de lobby das APAEs. O então Secretário de Educação Flávio Arns direcionou R$ 450 milhões do estado para as APAEs, com o objetivo de enfrentar a melhoria do ensino inclusivo da rede federal.

No próprio site havia uma relação de APAEs. Escolhi aleatoriamente uma delas, Nova California.

Indo ao seu site constatei que tinha um clube social, com capacidade para 2.500 ou 4.500 pessoas; uma escola particular. Tudo em cima das isenções fiscais e dos repasses públicos dos governos federal e estadual.

O argumento era o de que o clube era local para os professores poderem confraternizar com a comunidade; e a escola privada para permitir aos alunos com necessidades especiais conviverem com os demais.

Telefonei para a escola. Não havia ninguém da direção. Atendeu uma senhora da cozinha. Indaguei como era o contato dos alunos com deficiência e os da escola convencional. Respondeu-me que havia um encontro entre eles, uma vez por ano.

A república dos Arns
As matérias sobre as APAEs, especialmente sobre o caso Paraná, tiveram desdobramentos. Um dos comentários postados mencionava o controle das ações das APAEs do estado pelo escritório de um sobrinho de Flávio, Marlus Arns.

Entrei no site do Tribunal de Justiça. Praticamente toda a ação envolvendo as APAEs tinha na defesa o escritório de Marlus.

Uma pesquisa pelo Google mostrou um advogado polêmico, envolvido em rolos políticos com a Copel e outras estatais paranaenses, obviamente graças à influência política do seu tio Flávio Arns.

Quando a Lava Jato ganha corpo, as notícias da época falavam da esposa de Sérgio Moro. E foi divulgada a informação de que pertencia ao jurídico da Federação das APAEs do estado.

Por si, não significava nada.
No entanto, logo depois veio a dica de um curso de direito à distância, de propriedade de outro sobrinho de Flávio Arns, irmão de Marlus, o Cursos Online Luiz Carlos (http://www.cursoluizcarlos.com.br).. No corpo docente do cursinho, pelo menos um da força tarefa da Lava Jato.

Finalmente, quando Beatriz Catta Preta desistiu de participar dos acordos de delação, um novo elo apareceu. Até hoje não se sabe o que levou Catta Preta a ser tão bem sucedida nesse mercado milionário. Nem o que a levou a sair do Brasil.Mas, saindo, seu lugar passou a ser ocupado justamente por Marlus Arns que, pouco tempo antes, escrevera artigos condenando o instituto da delação premiada.

Sâo esses os elementos de que disponho.
Recentemente, fui convidado pela Polícia Federal para um depoimento em um inquérito que apura um suposto dossiê criado pela inteligência da PF supostamente para detonar com a Lava Jato – conforme acusações veiculadas pela Veja.

Fui informado sobre o dossiê na hora do depoimento. Indagaram se eu tinha tomado conhecimento das informações.

Informei que o dossiê tinha se limitado a reproduzir os artigos que escrevi acerca da República dos Arns.


Do GGN

O mundo todo noticiou o #BrasilEmGreve, confira

O #BrasilEmGreve, no dia de paralisações gerais deste 28 de abril, impactou não somente os estados brasileiros, como também a imprensa internacional.

Se aqui, jornais tradicionais tentaram omitir ou trazer informações parciais dos acontecimentos desta sexta-feira, o mundo noticiou a #GreveGeral contra as reformas trabalhista e previdenciária do governo Michel Temer.

Confira a seguir a reprodução de manchetes de jornais, sites que repercutiram a Greve Geral do Brasil mundo afora, coisa que a Globo preferiu esconder:












De outras mídias