"Se querem vencê-lo, que vençam nas urnas", afirmam os membros da Frente Evangélicos pelo Estado de Direito, em Curitiba.
Para a pastora Cleusa Caldeira, os cristãos têm o dever de
serem justos e de denunciarem as injustiças, como a que está ocorrendo com
Lula.
Lideranças evangélicas participaram do programa Democracia em
Rede desta quarta-feira (30), em Curitiba (PR). O economista Wagner Wiliam da
Silva e os pastores Cleusa Caldeira, Mike Viana e João Mario integram a Frente
Evangélicos pelo Estado de Direito, que participa da Vigília Lula Livre na
capital paranaense. "Reivindicamos o direito de votar em Lula para
presidente. Se querem vencê-lo, que vençam nas urnas", afirmou Caldeira.
A pastora ressaltou que os cristãos têm o dever de serem
justos e de denunciarem as injustiças, como a que está sendo feita contra Lula.
"Nossa democracia está sendo golpeada e estamos resistindo. Cremos que
esse movimento é capaz de dar outro rumo à nossa história", disse.
O programa Democracia em Rede é transmitido ao vivo a partir
da Casa da Democracia, coletivo de jornalistas que cobrem a Vigília Lula
Livre em Curitiba, diariamente às 14h. Trinta páginas de midiativistas
reproduziram o bate-papo.
Nova geração
Defender Lula hoje é defender a democracia e o
restabelecimento de direitos extintos depois do golpe contra Dilma Rousseff,
analisou Wagner Wilian. "Os direitos básicos do ser humano são defendidos
pelo cristianismo. Lula não queria ver o brasileiro passando fome, sem
saneamento básico. O papel do evangélico hoje não é se tornar petista, mas ler
a Bíblia é entender que cristianismo não combina com derrocada de
direitos", afirmou.
Promover o debate sobre as desigualdades sociais é atribuição
dos evangélicos nesse momento crítico para o país, afirmou o pastor Mike Viana.
Ele considera que os pastores "midiáticos", como Silas Malafaia,
Magno Malta e Marcos Feliciano, não representam a integridade da comunidade
evangélica. "Temos uma nova geração. Quando da ocupação das escolas
públicas, vários estudantes evangélicos encabeçaram o movimento",
aponta.
O pastor João Mario acredita que o debate puxado pela Frente
Evangélica vai contribuir para levar os fiéis a assumirem posições em defesa da
democracia. "Os evangélicos que apoiam a libertação de Lula não são
maioria, por falta de esclarecimento. Nós da Frente estamos aqui justamente
para esclarecer", resumiu.
Do Brasil de Fato
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