quinta-feira, 26 de abril de 2012

11 suspeitos de matar jornalista em São Luís são ouvidos pela polícia do MA

A Polícia Civil do Maranhão já deteve para interrogatório 11 pessoas que, segundo o governo do Estado, são suspeitas de participar da morte do jornalista e blogueiro Décio Sá, 42, na última segunda-feira (23).

No fim da manhã desta quinta-feira (26), apenas quatro homens ainda eram ouvidos em delegacia. As outras pessoas foram liberadas. O Disque-Denúncia estadual oferece R$ 100 mil por informações sobre o crime.

De acordo com o secretário estadual de Segurança Pública, Aluísio Mendes, várias testemunhas estão descrevendo características do assassino. Elas presenciaram a morte ou a fuga do criminoso.

A polícia está detendo pessoas que considera terem o perfil descrito pelas testemunhas. Mendes diz esperar que até sexta-feira (27) seja possível concluir o retrato falado sintetizando todas as informações coletadas.

O secretário disse que os suspeitos estão sendo encaminhados à delegacia e são confrontados com o que foi dito pelas testemunhas.

O jornalista foi morto com seis tiros na noite de segunda-feira (23), em um restaurante na orla de São Luís. A Secretaria de Segurança suspeita que a morte de Décio tenha sido encomendada. As investigações dizem que a pistola usada no crime era uma.40, de uso exclusivo da Polícia Militar.

Décio Sá foi enterrado na terça-feira (24), em São José de Ribamar (MA).

Repórter de política do jornal "O Estado do Maranhão" --que pertence à família do presidente do Senado, José Sarney (PMDB)--, Sá mantinha havia cinco anos um dos blogs mais acessados do Estado. Nele veiculava textos sobre crimes e cotidiano.

Na política, alinhava-se a Sarney, que classificou o assassinato como uma "covardia" que não pode ficar impune.

A ANJ (Associação Nacional de Jornais) aponta que este é o quarto assassinato de jornalista em 2012. O Comitê para a Proteção dos Jornalistas, entidade com sede em Nova York, disse que o Brasil lidera, na região, o ranking de jornalistas assassinados.

O jornalista foi correspondente da Folha em São Luís na década de 1990. Anos depois, já fora do jornal, se envolveu em polêmicas com o jornal.

Em 2009, ele detalhou no blog os passos do jornalista Hudson Corrêa, que foi a São Luís elaborar reportagem sobre a Fundação Sarney. Sá publicou um vídeo do repórter quando ele consultava investigação do Ministério Público.

Nas eleições de 2010, Sá publicou telefone e foto da repórter Elvira Lobato, que foi ao Maranhão apurar suposta compra de votos por pessoas ligadas à campanha da atual governadora Roseana Sarney (PMDB). Após a divulgação, a repórter passou a receber ameaças e ofensas.

Da Folha

A Polícia do MA já prendeu 4 suspeitos de envolvimento na morte de Décio Sá

A Polícia do Maranhão já prendeu quatro pessoas, sob a acusação de envolvimento no assassinato do jornalista e blogueiro Décio Sá.

A informação foi confirmada na manhã de hoje (26) ao Jornal Pequeno pelo secretário estadual de Segurança Pública, Aluísio Mendes, que preferiu não informar mais detalhes sobre as prisões.

O secretário afirmou que qualquer nome só será revelado à imprensa quando as investigações comprovarem a participação dos suspeitos no crime.

Décio Sá foi morto com seis tiros – quatro deles na cabeça – de pistola ponto 40 (de uso exclusivo da polícia), no fim da noite de segunda-feira (23), no bar Estrela do Mar, na Avenida Litorânea.

O secretário Aluísio Mendes também confirmou ao JP, notícia postada ontem (25) no blog do jornalista Raimundo Garrone e publicada hoje no jornal carioca O Globo, de que a polícia já teria identificado um ex-presidiário suspeito de ser comparsa do pistoleiro que assassinou Décio – seria o condutor do carro em que o matador entrou depois de abandonar a garupa da moto na qual iniciou a fuga.

Egresso do sistema prisional do Maranhão, o suspeito é uma das quatro pessoas já presas pela polícia. Ele foi detido na madrugada de hoje, informou Aluísio Mendes.

Segundo Mendes, a investigação ainda está na fase inicial, de ouvir depoimentos de testemunhas, confeccionar um retrato falado do pistoleiro e analisar as imagens de câmeras instaladas nos prédios próximos ao local em que o matador desceu da garupa da moto que lhe deu fuga e entrou num carro.

A polícia também aguarda o resultado de análise, por parte da Polícia Federal, das impressões digitais deixadas num carregador de munição que o criminoso deixou cair durante a subida numa duna da Litorânea.

“Vamos poder localizar a origem da arma pelo número de série do carregador e identificar o lote de munição de onde saíram as balas que mataram o jornalista”, disse Mendes.

A polícia do Maranhão ainda não revelou se já há um suspeito de mandar executar Décio Sá, mas, segundo o secretário Aluísio Mendes, o crime foi “encomendado e meticulosamente planejado”.

Em seu blog, Décio Sá denunciava tanto casos de pistolagem e corrupção como escrevia sobre a vida pessoal de vários políticos e personalidades maranhenses.

A polícia também tem sido subsidiada por um grande número de informações, recebidas diariamente pelo Disque Denúncia do Maranhão, que até a tarde de ontem já havia contabilizado 27 ligações.

O serviço está oferecendo R$ 100 mil por pistas que levem aos autores do crime. A recompensa só é equiparada à oferecida pelo Disque Denúncia do Rio de Janeiro, no início dos anos 2000, na busca do traficante Fernandinho Beira-Mar, preso em 2002.

O assassinato de Décio Sá provocou manifestações de indignação de várias entidades jornalísticas – como a Associação Brasileira de Imprensa, a Repórteres Sem Fronteiras e o Sindicato dos Jornalistas de São Luís –, que cobraram a rigorosa apuração do caso e a aprovação no Congresso Nacional de projeto de lei que federaliza os crimes cometidos contra os profissionais de comunicação.

POR OSWALDO VIVIANI - JP

quarta-feira, 25 de abril de 2012

A Polícia do Maranhão caça suspeito reconhecido em fotografia de circuito

A Secretaria de Segurança já tem o nome do principal suspeito do assassinato do jornalista e blogueiro Décio Sá, executado com seis tiros de pistola ponto 40, anteontem, à noite, no bar Estrela do Mar, na Avenida Litorânea. Desde o final da tarde passada, uma verdadeira caça está sendo empreendida ao suspeito.
Jornalista e blogueiro Décio Sá

A polícia chegou ao suspeito depois de conseguir imagens do circuito externo de um prédio localizado no Calhau, onde ficou estacionado o veículo que resgatou o executor logo depois que ele abandonou a moto usada no crime. As imagens levaram à foto de uma determinada pessoa que foi reconhecida por testemunhas com quase 90% de certeza.

Depois do morro – Depois de assassinar Décio Sá, o executor pegou a moto do outro lado da pista, em frente ao Estrela do Mar (bar conjugado com o Alternativa Beach) e foi deixado pelo executor antes do radar da Litorânea, para despistar a Polícia, que, baseada nas informações colhidas no local, diligenciaria à procura de duas pessoas numa moto.

Ao deixar a moto, o executor subiu um morro, passou por um grupo de evangélicos, deixou cair o carregador da pistola, e pegou o veículo que estava parado em frente a um edifício residencial, com circuitos interno e externo de câmeras. Essas imagens foram repassadas à polícia, que, a partir delas, chegou à foto do suspeito e levou para reconhecimento.

Uma fonte da Secretaria de Segurança garantiu ao Jornal Pequeno, ontem, à noite, que o suspeito número 1 foi reconhecido através da foto com quase 90% de certeza. E que a polícia já estava diligenciando no sentido de capturar o suspeito. Até o fechamento desta edição as buscas não haviam obtido sucesso.

Jornal Pequeno 

Motoqueiro com garupeira nua e sem capacete é multado na Romênia, veja

Motoqueiro com garupeira pelada e sem capacete é multado na Romênia.
Um motociclista que levava uma mulher nua na garupa de sua moto foi multado pela polícia em Constanta, na Romênia, porque a jovem estava sem capacete, item de segurança obrigatório no país.
Após a infração, a mulher colocou o capacete e o casal foi liberado pelo agente. A cena foi flagrada por motoristas que passavam pelo local, segundo a imprensa local.

Segundo o policial que a multou, sua única infração foi andar sem capacete e que, única e exclusivamente, por isso estava “atrasando” o passeio da moça.

Os curiosos que viram a cena, não perderam tempo e fotografaram a peladona motoqueira. 

Suspenso atendimento a planos de saúde em 12 Estados pelos médicos, confira

Médicos de 12 Estados prometem suspender o atendimento a planos de saúde nesta quarta-feira. É a terceira mobilização no intervalo de um ano, cobrando aumento nos honorários e melhores condições de trabalho.
Atendimentos de urgência e emergência serão mantidos, mas consultas eletivas pelos planos de saúde devem ser suspensas no Acre, Bahia, Espírito Santo, Maranhão, Minas Gerais, Pará, Paraíba, Pernambuco, Piauí, Rio Grande do Norte, Sergipe e Santa Catarina.

Nos demais Estados haverá manifestações nas ruas contra as operadoras de saúde.

A principal reivindicação dos médicos é garantir aumentos regulares nos honorários. "Conseguimos muitos avanços nas negociações com as operadoras [desde a paralisação de abril de 2011]. Houve um aumento real, mas queremos que os aumentos sejam feitos sem precisar de conflito", diz Aloísio Tibiriçá, 2º vice-presidente do CFM (Conselho Federal de Medicina).

A comissão que reivindica melhores honorários --formada por CFM, Fenam (Federação Nacional dos Médicos) e AMB (Associação Médica Brasileira)-- tem reunião marcada na quarta, na ANS (Agência Nacional de Saúde Suplementar).

As entidades entregarão uma pauta com 15 pontos que querem ver concretizados em uma resolução normativa da ANS.

Pedem, por exemplo, que os planos reajustem a cada ano o honorário do médico, que os planos paguem multa se atrasarem o pagamento ao médico e que haja uma justificativa formal para as glosas (atendimentos que deixam de ser pagos pelos planos aos médicos por motivos variados). De forma geral, querem regular a relação médico-operadora.

Para as associações de médicos, a ANS tem deixado a desejar na regulamentação do segmento. "A ANS deveria se preocupar com a rede de atendimento e limitar, se fosse o caso, a venda de planos de saúde. O usuário está sendo enganado, não tem uma rede de assistência", critica Márcio Bichara, secretário de saúde suplementar da Fenam. As entidades dizem que, em média, o tempo de espera por uma consulta via plano de saúde é de três semanas.

Tibiriçá, do CFM, questiona as intenções do governo frente ao mercado de planos de saúde, que está em crescimento e hoje abarca 25% da população brasileira. Ele lembra que cada novo usuário de plano significa uma pessoa a menos para ser atendida na rede pública e, consequentemente, verba pública economizada.

"Interessa ao governo que haja um crescimento dos planos? Não sei qual é o projeto do governo para a saúde", diz ele, que compara a relação desregulada dos médicos com os planos de saúde como "boias-frias".

DA FOLHA

terça-feira, 24 de abril de 2012

Blog do Décio: polêmicas eram comuns

O jornalista Décio Sá, assassinado na noite da última segunda-feira (23), notabilizou-se, principalmente, por suas matérias com viés de polêmica nas áreas de política e polícia.

Décio era repórter de política do jornal O Estado do Maranhão, mas era em seu blog que o jornalista mais atuava no quesito jornalismo investigativo. Sempre muito polêmico, Décio Sá se auto-intitulava em tom de brincadeira de "O Detonador", em alusão às críticas que fazia a políticos e órgãos do estado. E assim era chamado por alguns colegas de profissão.

O faro apurado do blogueiro era percebido através de suas postagens, em sua maioria exclusivas. E foi exatamente por essas "sacadas" e "alfinetadas", que Décio foi, ao mesmo tempo, sendo respeitados por uns e odiados por outros.

Entre as 15 últimas postagens que Décio Sá fez em seu blog, pelo menos 10 tinha um caráter polêmico, provocador e envolvia pessoas "poderosas".

Há destaque para um assunto em especial que teve duas publicações nos últimos cinco dias. Trata-se do julgamento de um empresário da cidade de Barra do Corda.

Nas duas publicações, o jornalista usa uma linguagem um tanto "parcial" e alfineta os desdobramentos do caso e o envolvimento de políticos e empresários.

A irmã de Décio Sá, Vilanir Sá, disse, em entrevista a uma emissora de TV, que como ele "sempre denunciou a injustiça no Maranhão", deve ter muitas pessoas que não gostavam dele.

No blog do jornalista há destaque ainda para postagens sobre casos ligados a justiça, como denúncias contra políticos e outras autoridades maranhenses.

O secretário de Segurança Pública, Aluísio Mendes, afirmou que além das investigações e buscas do assassino e mandante do crime, o blog de Décio será analisado.

Com informações do Imparcial

O jornalista e blogueiro Décio Sá é executado na Litorânea em SLZ

Décio Sá
O jornalista e blogueiro Décio Sá foi assassinado na noite desta segunda-feira no bar Estrela D'Alva, na Avenida Litorânea, por volta de 23h30.

Segundo testemunhas, ele estava sentado quando um homem caminhando apontou uma arma e atirou duas vezes contra a cabeça do jornalista, que morreu na hora. Depois, o matador saiu caminhando e fugiu em uma moto. Ainda segundo testemunhas, o comparsa aguardava o atirador do outro lado da pista.

Curiosos, amigos, jornalistas e o secretário de segurança, Aluísio Mendes, foram ao local ao saber da morte de Décio. A polícia faz diligências no momento para prender os criminosos.

Décio Sá era repórter do jornal O Estado do Maranhão. No seu blog pessoal, colecionava milhares de acessos e algumas polêmicas pelo estilo crítico dos seus textos e dos assuntos que explorava. Ele dedicava o trabalho a cobrir a política do Maranhão. Durante a carreira ganhou a simpatia de muitos e a antipatia de outros tantos.

Décio Sá se formou na Universidade Federal do Maranhão. Além de O Estado, jornal que trabalha como repórter de política há quase uma década, também foi repórter de O Imparcial.

Jornalistas e autoridades se indignam com morte

Jornalistas maranhenses estão indiganados com o crime contra o colega de profissão Décio Sá. Pelo Twitter, dezenas de postagens condenam o atentado e pedem respeito aos profissionais de imprensa do Maranhão.

"Estou vendo agora a notícia sobre o Décio Sá e ainda não estou acreditando", disse o jornalista Clodoaldo Corrêa. "No Maranhão, se fala morre. Se cala, morre do mesmo jeito, num pântano de silêncios. Chocado com a execução do jornalista", comentou o jornalista Alex Palhano.

E mais: "Esse é um crime contra os jornalistas e contra a liberdade de expressão. Não podemos aceitar", criticou Wal Oliveira.

Outros profissionais, via Twitter, também postam mensagens indignadas. "É inaceitável, intolerável, que numa sociedade democrática haja espaço para crimes assim. No campo, na cidade, em qualquer lugar. Reação!", disse o jurista Cláudio Pavão.

O deputado estadual Rubens Júnior também comentou o crime e pediu apuração contra os culpados. "Matar jornalista é um ato de bandidagem e um atentado contra a democracia. Apuração irrestrita já".

Mário Macieira, presidente da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), seccional no Maranhão, chamou a execução de "crime de pistolagem". "Crime de pistolagem contra jornalista, na capital do estado em pleno sec XXI?!! Inaceitável! Incencebível! O Estado precisa responder".

Com informações do Imparcial

segunda-feira, 23 de abril de 2012

Canteiros de obras de Belo Monte foram parados pelos trabalhadores, confira aqui

Operários bloquearam acesso às cinco frentes de trabalho da usina.
Manifestação começou no km 27 da rodovia Transamazônica.

Greve no canteiro de Belo Monte (Foto: Reprodução / TV Liberal)Operários da usina de Belo Monte, em Altamira (PA), iniciaram nesta segunda-feira (23) uma paralisação por melhores condições de trabalho. O ato é pacífico. A categoria fechou o principal acesso aos cinco canteiros de obras da usina, no km 27 da Rodovia Transamazônica.

O estado de greve dos trabalhadores começou na última quinta-feira. Eles querem aumento do valor da cesta básica, que hoje é de R$ 95, e a diminuição do intervalo entre os periodos de folga. Hoje, os trabalhadores têm direito a sair para ver a família de seis em seis meses.

O Consórcio Construtor de Belo Monte (CCBM) informou que todas as atividades dos canteiros foram suspensas, mas 850 trabalhadores foram liberados da greve para garantir a manutenção de serviços essenciais como segurança, atendimento médico e alimentação aos operários alojados.

A paralisação em Altamira começou por volta de cinco horas da manhã. Os operários líderes da manifestação bloquearam o acesso dos ônibus que levam trabalhadores para as cinco frentes de trabalho de Belo Monte. 

Em nota à imprensa, o Consórcio Construtor Belo Monte (CCBM) informa que a paralisação surgiu do não atendimento pelo CCBM de reivindicações realizadas fora da data-base da categoria, válidas até outubro de 2012 pelo Acordo Coletivo de Trabalho.

O Consórcio afirma que está tomando todas as medidas judiciais para encerrar o movimento e fazer os funcionários retornarem ao trabalho. O CCBM diz que espera que o movimento grevista transcorra em clima de normalidade, sem atos de vandalismo e, por fim, se coloca aberto ao diálogo com seus trabalhadores.

Entenda o caso
Esta não é a primeira vez que os operários de Belo Monte suspendem atividades nas frentes de trabalho da usina. No dia 29 de março os funcionários de dois dos cinco canteiros de obras paralisaram as obras exigindo melhores condições de trabalho.

A manifestação ocorreu após a morte de um operário em 27 de março. Francisco Orlando Rodrigues, que trabalhava para uma empresa terceirizada que executava serviços de supressão vegetal para o Consórcio Construtor da Usina, morreu em um acidente de trabalho.

Na época, os responsáveis pela obra informaram que as manifestações não estavam relacionadas ao falecimento de Rodrigues, e que ainda aguardavam a pauta de reinvindicações dos demais trabalhadores. As atividades nos canteiros foram retomadas no dia 30 de março.

Do G1

domingo, 22 de abril de 2012

O Rock Metal Open Air de São Luís foi um fiasco, nada deu certo, confira aqui

Chegou ao fim, de forma lamentável, aquele que seria o maior festival de rock metal já visto em terras maranhenses. A Lamparina Produções anunciou em nota oficial o cancelamento do terceiro dia do Metal Open Air (MOA), que hoje teria bandas como Ratos de Porão, Baranga e outras. Na justificativa, dividiu a culpa pelo fiasco do evento com os demais organizadores.

Mal estruturado do início ao fim, o Metal Open Air colecionou cancelamentos de bandas e muitas críticas do público e das atrações envolvidas. "A Lamparina Produções lamenta profundamente e anuncia o cancelamento do terceiro dia de shows do Metal Open Air. No entanto, afirma que os problemas causadores da interrupção do evento não são somente de sua responsabilidade", diz o início da nota.

A polêmica mais recente ocorreu após Felipe Negri, da Negri Concerts, acusar Natanael Júnior (Lamparina), o sócio na realização do evento, de agressão e sequestro em um texto publicado no Facebook. 

"Sobre a suposta agressão ao Sr. Felipe Negri, em nenhum momento isso aconteceu. Ele se recusou a colocar as bandas da noite de sábado, apesar de pagas. Além disso, quis retirar sua equipe técnica e se evadir do local. Foi sim exigida a sua presença e da respectiva equipe para a continuidade e segurança dos shows, em respeito ao público presente".

Segundo o texto, no sábado algumas bandas se recusavam a subir ao palco. "As bandas todas - salvo as que cancelaram antecipadamente e cujo cancelamento foi anunciado - estavam em São Luís; aquelas que deixaram de fazer o show o fizeram por iniciativa própria, apesar de terem recebido todas as condições exigidas, tais como som, iluminação, palco back line e camarins".

E continua: "Em relação à atração Rock'n Roll All Stars, seu cancelamento se deu em razão de divergências contratuais, como, por exemplo, a não vinda do ator Charlie Sheen e adicionais de custos não previstos em contrato."

Ainda não se sabe exatamente quanto de prejuízo ficou após o encerramento. O público, indignado, já começa a se movimentar e centenas de processos devem surgir contra a organização nos próximos dias. Quem veio de fora para acampar no Parque Independência já começa a deixar o local, decepcionado.

João Gordo, líder da banda Ratos de Porão, que tocaria neste domingo, falou sobre o assunto ao portal Terra. "O que dá dó é do público. Moleque gastou dinheiro, veio de longe, e chega lá e está a maior desgraça", afirmou.

"Um amigo meu falou que de dia parece uma rua de mortos-vivos. Ele disse que não tinha nada, tinha um chuveiro e uma velha fazendo pipoca. Sem cerveja. Estrutura nenhuma. A casa caiu", resumiu o roqueiro. Na sua página pessoal do Twitter, ele se referiu ao festival como Metal Open "Ass", burro em inglês.

Alguns problemas

Charlie Sheen
Os principais problemas no Metal Open Air começaram logo no início da semana. Sem o acerto concluído com o ator Charlie Sheen, que seria mestre de cerimônia da banda Rock in Roll All Stars, a vinda dele estava praticamente cancelada. Mas a produção manteve o anúncio.

Estrutura

Três palcos seriam usados para apresentação de 47 bandas em três dias. A primeira entraria às 10h30 de sexta-feira. Mas, naquela manhã, o palco El Diablo sequer estava de pé e os demais não tinham nem estrutura de som e iluminação. Às 17h o festival começou, em um dos palcos. À noite, decidiram que o outro palco seria desmontado. E só utilizaram um no sábado.

Cancelamentos

Após confirmados os primeiros cancelamentos, a ordem das bandas foi totalmente alterada. A produção decidiu que a banda que chegasse tocaria. Assim, nem o público conseguia saber quem seria a próxima atração.

Camping
Quem chegou para acampar no Parque Independência se deparou com a total falta de estrutura. Estábulos foram detinados ao camping. Uma loja foi improvisada para vender material de higiene pessoal e apenas um restaurante funcionava. Muito desistiram de ficar no camping e foram embora.

Comunicação
A falta de informação durante todo o festival também irritou o público. No primeiro dia, a produção não liberava informações sobre atrasos e cancelamentos de bandas. Em alguns momentos se recusou a falar com a imprensa. E quem esperava na arena para ver a banda preferida não sabia se de fato ela tocaria.

Confira a íntegra da nota
"A Lamparina Produções lamenta profundamente e anuncia o cancelamento do terceiro dia de shows do Metal Open Air. No entanto, afirma que os problemas causadores da interrupção do evento não são somente de sua responsabilidade.

As bandas todas - salvo as que cancelaram antecipadamente
e cujo cancelamento foi anunciado - estavam em São Luís; aquelas que deixaram de fazer o show o fizeram por iniciativa própria, apesar de terem recebido todas as condições exigidas, tais como som, iluminação, palco back line e camarins.

Cabia à Negri Concerts o contato, a contratação e a efetivação
do pagamento de todas as bandas internacionais, exceto o Rock'n Roll All contratações, que foi feito e pode ser comprovado através de documentos.

Em relação à atração Rock'n Roll All Stars, seu cancelamento se deu em razão de divergências contratuais, como, por exemplo, a não vinda do ator Charlie Sheen e adicionais de custos não previstos em contrato.

Frise-se: as bandas estão pagas! As condições técnicas para a realização do evento foram todas disponibilizadas. As alegações de falta de segurança são falsas. Registre-se que o comportamento do público foi
exemplar. Não houve, em qualquer momento, qualquer tipo de ameaça oriunda da plateia.

Como se disse, todos os contatos com as bandas eram por
parte da Negri Concerts. Os representantes da Negri é que ordenaram ou orientaramfoi instaurado entre as bandas e os técnicos foi causado pela Negri, de onde partiu a ordem de não tocar.

Sobre a suposta agressão ao Sr. Felipe Negri, em nenhum momento isso aconteceu. Ele se recusou a colocar as bandas da noite de sábado, apesar de pagas. Além disso, quis retirar sua equipe técnica e se evadir do local. Foi sim exigida a sua presença e da respectiva equipe para a continuidade e segurança dos shows, em respeito ao público presente.
São Luís, 22 de abril de 2012

Lamparina Produções

sábado, 21 de abril de 2012

O relator no Senado Jorge Viana diz: 'Governo bobeou no Código Florestal'

Geraldo Magela/Agência Senado
Para Viana, governo terá de aceitar texto que considera um retrocesso na legislação ambiental brasileira

O petista Jorge Viana (AC), relator do Código Florestal no Senado, disse que o governo "bobeou" na condução da matéria na Câmara e colheu como resultado o texto do relator, Paulo Piau (PMDB-MG), que ele considera um retrocesso na legislação ambiental brasileira.

"Destruíram tudo", afirmou Viana.
Segundo ele, o movimento ambientalista também tem culpa no processo, ao "lavar as mãos" e pedir o veto total da presidente Dilma Rousseff ao texto do Senado. Sem citar nominalmente a conterrânea e ex-companheira Marina Silva, Viana disparou: "Uma parte do movimento ambiental não desceu do palanque até hoje".

Leia a entrevista que o senador concedeu à Folha:
Folha - De quem é a culpa pelo fato de o Código Florestal ter chegado aonde chegou, num texto que a ministra do Meio Ambiente chamou de anistia e que a bancada ruralista chamou de medroso?

Jorge Viana: Eu não sei quem é o culpado, mas mexer na legislação ambiental do Brasil é muita responsabilidade. O Brasil até aqui é uma referência de país tropical que está conseguindo, nos últimos 10, 12 anos e da Rio-92 para cá, mudar de uma agenda negativa para uma agenda positiva. O governo FHC, em 2001, ampliou a área de reserva legal. O governo Lula iniciou um processo de redução real do desmatamento para menos de um quarto do que era há dez anos. Eu defendo uma atualização do Código Florestal, que é de 1965. [Mas] um país que tem a maior biodiversidade do planeta não pode fazer a atualização da sua legislação ambiental mais importante com retrocesso.

No que o texto representa retrocesso?
Jorge Viana: A emenda 164 já tinha sido uma afronta. Ali houve um confronto de uma base parlamentar com o governo, usando um tema que é de Estado, de interesse nacional. No Senado essa proposta chegou como o maior problema do governo Dilma. Veio como problema político, problema na forma e no conteúdo. O Senado começou a construir uma solução. Foi um processo suprapartidário. Encontrou-se uma mediação, um equilíbrio. Aí o texto volta para a Câmara, e eu acho que começaram alguns erros. Primeiro do governo, quando não atentou para a escolha do relator, que agora se mostrou um desastre.

Por que o governo deixou?
Jorge Viana: No Senado não prevaleceu a vontade do governo, a SRI não entrou no processo, fizemos uma conexão direta com as autoridades ambientais. A ministra Izabella, a pedido nosso, mediou o processo. Claro que aí tivemos um certo descompasso, visto que no Senado nós resolvemos pela primeira vez encarar o passivo ambiental, que é a obrigatoriedade de recomposição de áreas, e ajudar o Brasil a sair dessa situação de faz-de-conta ambiental. Porque, no fundo, a origem da mudança no código já é um problema: ela não é meritória. O código não está sendo mudado porque o Brasil resolveu fazer uma atualização. Tudo foi consequência do decreto de 22 de julho de 2008. Ele resolveu parar de botar o lixo debaixo do tapete: eu multo, mas você não paga. A legislação é rígida, mas você não cumpre. O decreto falou o seguinte: quem quiser ter crédito vai ter que registrar no cartório sua reserva legal e sua área de preservação permanente. Aí a bancada ruralista mais fundamentalista simplificou tudo e disse: a gente muda a lei e fica todo mundo legal. O Brasil não pode simplesmente mudar a lei para que todo mundo fique na legalidade.

O erro foi só do governo?
Jorge Viana: Tem um erro de origem de parte do movimento ambiental com o Congresso. Uma parcela do movimento ambiental que cumpriu um papel importante na última eleição, fazendo estar presente a temática ambiental na eleição de 2010, uma parte desse movimento não desceu do palanque até agora. Tem alguns companheiros que eu acho do maior valor, que deram e vão seguir dando uma contribuição importante para o Brasil, estão trocando a política ambiental pela política convencional, de puro e simples enfrentamento político com o governo. O movimento ambiental no Brasil tem identidade própria, não é uma correia de transmissão de movimentos internacionais, mas ele não pode se apequenar.

Mas eles dizem que foram alijados do processo pelo próprio governo.
Jorge Viana: Primeiro vamos a uma constatação: o resultado da eleição de 2010 não ampliou a participação do ambientalismo no Congresso. Isso é lamentável. É fato que houve um alijamento absoluto dos movimentos ambientais na Câmara. Isso não foi verdade no Senado. Muitas das mudanças que eu propus vieram da contribuição que eu recebi do movimento ambiental. Lamentavelmente, uma parcela não assumiu nem mesmo aquilo que eles ajudaram a fazer. E aí é que eu falo que tem um equívoco. Eu mesmo vi uma entrevista de um ambientalista que eu considero importante, que é o [João Paulo] Capobianco, que se mostrou um burocrata incompetente no Ministério do Meio Ambiente e agora se acha no direito de criticar tudo e todos fazendo a pior das políticas, que é lavar as mãos. Inclusive fala mal dele mesmo, porque diz que a política ambiental do Brasil é pré-histórica. Então ele é o dinossauro.

Ele falou que o governo é pré-histórico, não que a política ambiental é pré-histórica.
Jorge Viana: A pessoa que levantou a voz e fez coro com os ambientalistas depois que a Câmara votou foi a presidente Dilma. A ministra Izabella tem feito um papel importante nesse período, e uma parte do movimento ambiental, em vez de enfrentarem os ruralistas, tentaram enfrentar e enfraquecer o Ministério do Meio Ambiente. Isso é péssimo, porque já tem muita gente querendo enfraquecer o Ministério do Meio Ambiente. ªVeta tudoº, para mim, é lavar as mãos. Depois que o projeto saiu do Senado e foi para a Câmara o governo ficou atordoado, errou em não ter cuidado da relatoria...

Dá para caracterizar melhor esse erro? Foi falta de articulação política?
Jorge Viana: Acho que houve uma bobeada do governo, mostra que tem que fazer uma concertação na articulação política, porque não é possível: era um grave problema, uma derrota da presidente Dilma quando veio pro Senado, e na hora de voltar para a Câmara para dar um prosseguimento regimental isso ficou solto, os ruralistas fundamentalistas se apropriaram dessa matéria e isso virou um problema maior que o texto original da Câmara. Destruir toda a legislação de proteção às águas no Brasil... metade dos rios brasileiros tem menos de 5 metros de largura. O texto da Câmara simplesmente tira toda a proteção das águas no Brasil. Isso é criminoso. Talvez agora essa posição do relator nos aproxime a todos que tenham sensatez e bom senso. O relatório do deputado Piau é tão ruim, o retrocesso é tão grande, que quem sabe surja um movimento na Câmara dos Deputados, some o governo, a sociedade e as lideranças importantes do movimento ambiental tomem um protagonismo de retomar o texto do Senado, que era o do entendimento.

Por que a Câmara agora está dizendo que não houve acordo nenhum?
Jorge Viana: Acho que eles se aproveitaram de que o movimento ambientalista lavou as mãos e pediu o veto total e dos erros do governo na condução do processo. Os setores rurais mais radicais tomaram conta. Por enquanto eles foram eficientes em fazer um relatório ruim, atrasado e que é uma afronta ao Brasil. Mas eu acho que o jogo não está perdido. Ela é muito ruim para o meio ambiente, mas é muito ruim para os produtores. Se ela for votada nesses termos, no outro dia vai para os tribunais.

Por que o governo não interveio durante a construção do texto do deputado Paulo Piau?
Jorge Viana: Quando o texto voltou para a Câmara alijaram a ministra do Meio Ambiente, o governo ficou o tempo todo vacilando e o que era uma solução virou um problema. O ministro da Agricultura era quem teria força de frear essa insensatez dos radicais ruralistas. Lamentavelmente o ministro se mostrou fraco para conter essa insanidade.

Se o sr. pudesse dar um conselho à presidente Dilma, o que recomendaria?
Jorge Viana: Quem sou eu para dar conselhos à presidente! Sei que a bancada ruralista está dividida. O açodamento dos radicais foi tão grande que mesmo alguns defensores do ruralismo acham que tem que ter mediação. O governo precisa agir agora, não sei se construindo um voto em separado, regimentalmente ainda tem o que ser feito. No limite o governo tem instrumentos para não aceitar uma proposta que venha expor o Brasil ao ridículo às vésperas da Rio +20.

Que instrumentos são esses? Mesmo que a presidente vete o artigo 62...
Jorge Viana: Não é só o 62. Eles destruíram tudo. É uma anistia geral e irrestrita, é muito pior que a emenda 164. Tirou desde os princípios às salvaguardas e destruiu o Cadastro Ambiental Rural. Não tem solução. A presidente pode, obviamente, fazer uma legislação, mesmo por MP, que signifique o equilíbrio. Mas é muito importante que a gente tenha uma legislação votada pela Câmara.

Tem condição de votar no dia 24?
Jorge Viana: A mexida foi tão grande que não me surpreenderia se o calendário mudasse.

Com informações da Folha

Ficha Limpa é cobrada pela OAB/MA para nomeação de cargos em comissão

Conselho OAB/MA
O Conselho Seccional da OAB/MA aprovou e, nos próximos dias, deverá encamiinhar à Assembléia Legislativa do Estado uma proposta pedindo a aplicação da lei da Ficha Limpa para nomeação de cargos em comissão nos três poderes. O objetivo é impedir a contratação para cargos de confianças de pessoas consideradas inelegíveis pela lei.

Segundo a vice-presidente da OAB/MA, Valéria Lauande, a postura que a Seccional do Maranhão pretende assumir é a mesma da OAB/RS, que lançou campanha em todo o estado do Rio Grande do Sul, no início do ano, para defender a aplicação da Ficha Limpa para impedir pessoas que estão imposssibiltadas de serem eleitas ocupem cargos comissionados. “Por isso, na última reunião do Conselho Seccional aprovamos e vamos remeter uma proposta à Assembléia Legislativa nesse sentido”, informa.

A Lei Complementar número 135/2010, a Lei da Ficha Limpa, teve iniciativa popular e foi aprovada pelo Congresso Nacional, em 2010, alguns meses antes das eleições gerais daquele ano. Diversos candidatos eleitos não tomaram posse em 2011, com base nos artigos da lei que consideram inelegíveis aqueles que foram condenados por órgão colegiado (segunda instância) por crimes hediondos, crimes contra o patrimônio público e improbidade administrativa, entre outros. Em 2012, o Supremo Tribunal Federal reconheceu a constitucionalidade da Lei assim como sua aplicabilidade para as eleições do ano de 2012.

Do Blog do John Cutrim

sexta-feira, 20 de abril de 2012

A subsidiária de Cachoeira recebe mais da União no MA de Roseana Sarney

Empresa Delta envolvida com Carlos Cachoeira recebeu R$ 106,9 milhões por empreendimentos no AM, R$ 70,7 milhões no MA e R$ 67,7 milhões no PA.
Filha de Sarney
Os estados do Amazonas, do Maranhão e do Pará, todos da Região Norte, são as unidades da Federação que receberam mais repasses da União para tocar obras da empreiteira Delta Construções no ano de 2011. Segundo o Orçamento Geral da União (OGU), a empresa evolvida em relações nebulosas com o grupo do contraventor Carlinhos Cachoeira recebeu R$ 106,9 milhões por empreendimentos no AM, R$ 70,7 milhões no MA e R$ 67,7 milhões no PA.

Completam a lista dos cinco primeiros beneficiados o Rio de Janeiro, com repasses de R$ 67,1 milhões, e Goiás, com R$ 62,3 milhões. Ao todo, em 21 estados e no Distrito Federal, foram repassados R$ 884,4 milhões à Delta pela União no ano passado.

Levantamento realizado pela ONG Contas Abertas mostra que a principal empreitada da construtora no Amazonas é a manutenção de trechos da rodovia BR-174, ao custo de R$ 95,3 milhões. O estado é o berço político do ex-ministro dos Transportes, Alfredo Nascimento (PR), que mantinha sob sua subordinação o Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (Dnit), responsável, por sua vez, pelas estradas federais. Nascimento pediu demissão após se envolver em seguidos escândalos de corrupção.

No Maranhão da governadora Roseana Sarney (PMDB) e no Pará do governador Simão Jatene (PSDB), o montante também foi aplicado, em sua maioria, em obras de manutenção e conservação de rodovias.

Os maiores valores recebidos pela Delta por meio de repasses da União no Rio de Janeiro foram destinados à manutenção de trechos rodoviários nos limites do território fluminense (R$ 28,7 milhões) e à implantação da nova sede do Instituto Nacional de Traumatologia e Ortopedia do Rio (R$ 21 milhões).

Em Goiás, epicentro das denúncias envolvendo o contraventor e a construtora Delta, os maiores investimentos também foram feitos em rodovias.

O volume de recursos do governo federal para a Delta, conforme O GLOBO noticiou, cresceu 1.417% de 2003 até 2011. Em 2007, 2009 e 2011, a Delta foi a principal empreiteira do programa mais emblemático dos governos Lula e Dilma: o Programa de Aceleração do Crescimento (PAC).

Como fica claro na lista de repasses da União, o Departamento Nacional de Transportes (Dnit) é o principal cliente do governo. Em 2012, já recebeu R$ 138,5 milhões. A ministra do Planejamento, Miriam Belchior, já anunciou que as denúncias envolvendo a Delta têm de ser investigadas.

Agência O Globo

Usurpação não é eleição, é apropriação de coisa alheia tomada na marra a força

Wagner Lago irmão de Jackson Lago
Eleição é escolha feita por meio de voto, de sufrágio, submetida às leis específicas rigorosas, quando bem aplicadas. Usurpação é o ato ou efeito de usurpar. Usurpador é aquele que se apodera da autoridade (o poder) soberana por meios ilícitos. Usurpar, portanto, é apoderar-se de alguma coisa mediante emprego de artifícios: usurpou o trono ao verdadeiro rei, por exemplo. Esta é a explicação do golpe em que os contumazes golpistas aplicaram no povo do Maranhão. Com o aval e a cumplicidade da Justiça Eleitoral, instituição criada justamente para impedir e coibir abusos. Foi isto que aconteceu na madrugada de 17 de abril de 2009. Numa encenação montada por quatro ministros do TSE que, distorcendo, arrumando, ajeitando, obedeceram ordens do Poder. Era para arrancar, de qualquer jeito, Jackson Lago do governo do Maranhão. Aquele que fora três vezes Prefeito de São Luís, quatro vezes candidato ao governo do Estado, legitimamente eleito na quarta candidatura, em 2006. Foi quase meio século de enfrentamento do poder absoluto e oligárquico do Maranhão.

A vitória de 2006 foi mais que uma vitória eleitoral. Assemelhou-se a uma revolução, pelo voto. A derrubada da Bastilha maranhense, que manteve o povo preso aos piores indicadores econômicos e sociais do Brasil. O povo comemorou nas ruas este momento histórico. Legítimo, o governo iniciou um novo ciclo nos costumes políticos e administrativos. Primeiro, em Encontros com a população de diferentes regiões, ouviu seus pleitos.
Em apenas dois anos e quatro meses de governo, Jackson Lago construiu e fez funcionar o Socorrão de Presidente Dutra, que atende mais de 30 municípios, já tendo alocado recursos para os de Pinheiro, Balsas, outro em São Luís, Pedreiras e Imperatriz. Centenas de escolas modernas construídas e recuperadas. Iniciou o Projeto de Águas Perenes da Baixada, que seria a redenção desta. Construiu a ponte que liga o Maranhão ao Tocantins (em Imperatriz), centenas de quilômetros de estradas construídas e recuperadas com asfalto, notadamente a de Turiaçu. Gestão democrática, municipalizou mediante convênios com prefeituras, muitas obras e serviços em todo o Maranhão.

Os donos do poder não podiam admitir um governo dessa natureza. Alguns picaretas montaram um processo frio para ser o instrumento do golpe. Prometeram até vaga na ABL para Ministro sem obra literária e nem cumpriram a promessa; cobraram de outros suas nomeações para Tribunais Superiores. Até banco contrariado entrou na jogada. A dois desses “juízes” cumpridores de ordens já disse, pessoalmente, que a História registrará, com detalhes, os meandros desse golpe político-judicial. O Ministro francês Françoise Guizot dizia que “quando a Política entra nos recintos dos Tribunais, a Justiça se retira por alguma porta”, como no “julgamento” de Jackson Lago.

A atual “governadora” beneficiária da usurpação poderia constar no Guiness Book, o livro dos recordes: abocanhou quatro mandatos sem ser legitimamente eleita. Todos, desde o primeiro (transfusão de votos nulos e em branco) “aconteceram” por ação ou omissão do Judiciário, daqui e de Brasília. De um Judiciário que se deixou penetrar pelas portas do fundo, como disse Guizot. Como sua composição é mutável, é possível que, agora, examine com seriedade a impugnação que o ex-governador José Reinaldo ajuizou, apesar das protelações que estão praticando.

O Jackson foi “cassado”, sob malandra alegação de fato, quando não era, ainda, sequer candidato. Como haverão de julgar quem, no governo pelo golpe de 2009, abusou, nas eleições de 2010, com um bilhão de reais em convênios realizados e pagos em questão de horas? O povo maranhense precisa retomar sua soberania e liberdade roubadas na madrugada (a noite propicia a prática) de 17 de abril de 2009. “Os poderosos podem matar uma, duas ou três rosas, mas jamais conseguirão deter a primavera”, disse o poeta. Foi esta Primavera interrompida naquela noite sinistra que haverá de ser retomada no Maranhão. É preciso, necessário, indispensável, dever mesmo, que a oposição maranhense, já agora nas eleições municipais, retome a Frente de Libertação do Maranhão – SEM DISCRIMINAR NINGUÉM – para que o sonho realizado em 2006 possa se concretizar definitivamente em 2014. O Jackson, onde estiver, participará dessa primavera interrompida.

* Wagner Lago é Advogado, ex-procurador de Justiça e ex-deputado federal.

Do Blog do John Cutrim 

O Rok Metal Open Air tem início em SLZ com mais de cinco horas de atraso


MOA
A banda Exciter abriu o Metal Open Air nesta sexta-feira (20) após quase cinco horas e 30 minutos de atraso. O festival deveria ter começado às 10h30, com o show da banda Hangar. Ela e mais seis, porém, incluindo duas atrações internacionais muito aguardadas (Saxon e Venon) cancelaram a participação no MOA, um dos maiores festivais de rock metal da América Latina.

Muita gente já acompanha os shows. Outros ainda chegam. A produção não divulgou números exatos de público. No Palco Cliff Burton, a banda Exciter era a segunda a tocar. Deveria subir ao palco às 13h, após a Dark Avenger. No Palco Ronnie James Dio ainda devem se apresentar nas próximas horas Heardhunter DC, Almah e Shaman.

Confira a programação completa
No show, porém, o público não tinha informação sobre a sequência das atrações, prejudicada devido ao atraso. Exciter subiu ao palco e, antes, a organização não produziu nenhuma mensagem de abertura e nem justificou o atraso na programação do evento.

Reclamação
Durante toda amanhã desta sexta-feira, o que se viu foi irritação e reclamação por parte dos fãs que começavam a chegar ao Parque Independência, local destinado ao evento, onde ocorre também a feira agropecuária do Maranhão (Expoema), no mês de outubro.

Muitos chegaram logo cedo. Mas foram surpreendidos com a estrutura ainda sendo montada. Técnicos passaram toda a manhã e as primeiras horas da tarde instalando o som e luz no palco. O camarote, localizado na lateral dos dois palcos, não estava totalmente pronto. E a boate El Diablo só dava para ver a estrutura, sem cobertura.

Durante todo esse tempo, nenhuma mensagem da organização foi passada para o público, que aguardava ansioso o primeiro show. Muitos procuravam a imprensa para detalhes. A produção, porém, se negou a dar detalhes do evento. E não destinou um local adequado para profissionais de imprensa. Alguns jornalistas vieram de fora para a cobertura do festival. Mas lá não há internet e nem pontos de energia de fácil acesso.

Alimentação
Motivo de muita reclamação, a alimentação para os roqueiros foi feita em apenas um restaurante. Durante o almoço, algumas pessoas chegaram a passar mais de duas horas para garantir comida. Próximo das 15h, os vouchers deixaram de ser vendidos. E muita gente ainda ficou sem comer.

Nas primeiras horas, o festival ainda não dá sinais de que alcançará o público esperado de 30 mil pessoas. Quem fecha a noite desta sexta-feira é a aguardada Megadeth, marcada para subir ao palco 23h45. E ainda estão programados os shows de Exodus, Anvil, Syphony X e outras. A maranhense Fúria Louca fecha a noite após o show principal na boate El Diablo.

Com informações do Imparcial

Advogados assessores do TJ são liberados após pagar fiança, confira

Foto: Divulgação
Marco Túlio e Francisco Reginaldo

Os dois assessores do Tribunal de Justiça do Maranhão que foram presos nessa quinta-feira (19), suspeitos de concussão e subtração de documentos foram liberados na madrugada desta sexta-feira (20), após pagamento de fiança no valor de R$ 6.222 por cada réu. Os dois assessores do Tribunal de Justiça estavam recolhidos numa cela no Corpo de Bombeiros.

O advogado e presidente da Associação dos Criadores do Maranhão (Ascem), Marco Túlio Cavalcante Dominici, ex-assessor do Tribunal de Justiça do Maranhão (TJ-MA) e o também advogado Francisco Reginaldo Duarte Barros foram presos por agentes da Polícia Civil, por suspeitas de extorquir um empresário em São Luís.

Em gravações de vídeo tomadas como provas, eles teriam condicionado o pagamento de R$ 400 mil para que destruíssem um processo contra a vítima, cuja empresa recebeu decisões desfavoráveis no TJ-MA.

Após o flagrante, os dois foram encaminhados para que prestassem depoimentos na Superintendência Estadual de Investigações Criminais (Seic), onde ficarão presos até que paguem o valor da fiança que a Justiça determinar.

O Tribunal de Justiça do Maranhão (TJ-MA), através de sua assessoria, informou ao G1 que os assessores do Poder que foram presos devem ser exonerados. As medidas devem acontecer já nesta sexta-feira (20).
A Ordem dos Advogados do Brasil – Seção Maranhão (OAB-MA) divulgou nota onde garante que os dois advogados estão absolutamente impedidos de exercer a advocacia.

Com informações do JP