quarta-feira, 8 de janeiro de 2014

Relatos do CNJ revelam atos violentos e sugerem intervenção em pedrinhas - MA

Documentos que servirão de base para pedido de inédita intervenção federal indicam que situação no Complexo Prisional de Pedrinhas, em São Luís, está sem controle.

Se depender do conteúdo dos dois relatórios de vistoria sobre a barbárie que tomou conta do Complexo de Pedrinhas, o procurador Geral da República, Rodrigo Janot terá motivos suficientes para pedir intervenção federal no sistema penitenciário do Maranhão.

Os documentos produzidos pelos juízes Douglas Martins, do Conselho Nacional de Justiça (CNJ), e Alexandre Saliba, do Conselho Nacional do Ministério Público, são contundentes: o governo estadual não tem mais condições de conter a onda de violência e o sistema, fora de controle, virou uma ameaça pra a população. Saliba chega a escrever que a solução para o caos é a intervenção federal.

Gilson Teixeira/ASCOM/SSP
O Complexo Penitenciário de Pedrinhas, em São Luís, local onde ocorreram 60 mortes em 2013

Martins ilustra seu relatório com imagens chocantes gravadas no interior da prisão pelos próprios presos: as mais fortes são as fotos de um detento picado em dezenas de pedaços e, para completar o cenário de horror, um vídeo em que os supostos autores das execuções manipulam cabeças de outros quatro detentos decapitados nos episódios ocorridos antes do Natal. O vídeo foi feito pelo celular de um detento e revela uma macabra espetacularização dos assassinatos ocorridos às vésperas do Natal.

Durante a vistoria, os juízes também tiveram acesso a uma cela superlotada, onde estavam abrigados 17 doentes mentais que deveriam estar recolhidos em um manicômio judiciário. O detalhe é que há dez meses, por determinação da Justiça, esses mesmos detentos haviam sido transferidos para o Instituto Nina Rodrigues, de São Luiz, justamente para ficarem longe dos demais presos. Não se sabe por qual razão, foram levados de volta e colocados numa ala de segurança máxima, em frente a unidade em que estão os detentos mais violentos.

O preso cujo corpo foi seccionado é Antônio Rodrigues de Lima Filho. Os pedaços estavam acondicionados num saco de lixo e foram descobertos por um agente penitenciário quando eram jogados pelos próprios presos na caçamba que recolhe o lixo no complexo. Há suspeitas de que outro detento, desaparecido, também tenha sido picado e levado pelo caminhão de lixo.

As mortes, as fugas, os atos de violência extrema - como as decapitações - e a constatação de que a onda de crimes ordenado por presos ganhou as ruas demonstram, conforme os relatórios, a incapacidade do governo estadual em controlar a massa carcerária do Maranhão.

O sistema é dominado por três facções que disputam o poder: Anjos da Morte, Primeiro Comando do Maranhão (PCM) e Bonde dos 40, a mais forte delas, formada por jovens na faixa de 21 anos, responsáveis pela maioria das mortes e atos de violência extrema, como as decapitações. Integrante do Primeiro Comando da Capital (PCC), a facção que domina as prisões paulistas, têm aliança com o PCM, mas são poucos no sistema maranhense e também são caçados pelos rivais do Bonde dos 40.

Os integrantes do Bonde dos 40 barbarizam os corpos dos inimigos e fazem questão de gravar as imagens para assustar adversários, aterrorizar a população e convencer os detentos mais fracos ou criminosos que estão nas ruas a atenderem as ordens. Entre seus alvos estão detentos originários do interior do Estado.

Agência Brasil
Ônibus incendiado por criminosos na última sexta-feira, em São Luís

Foi de integrantes do Bonde dos 40 que partiu a ordem para a onda de violência que aterroriza a população de São Luiz. A facção tem influência também sobre as áreas pobres da periferia de São Luiz. Sempre que são presos, seus integrantes fazem questão de sinalizar que pertencem a facção, formando com os dedos das mãos o número 40.

A hipótese de intervenção federal no Maranhão, medida que seria inédita no País, é um dos assuntos de Brasília nesse recesso e pode se transformar numa nova zona de atrito entre os poderes. Opedido de vistoria em Pedrinhas foi feito antes do Natal pelo ministro Joaquim Barbosa, presidente do STF e do CNJ, que se disse preocupado com os rumos da violência no Maranhão.

Barbosa, que saiu de férias, aguarda uma posição do procurador Rodrigo Janot para só então, depois do recesso, encaminhar ao plenário do STF as medidas que devem ser adotadas. Caso a opção seja mesmo a intervenção, o ministro deve definir o formato e nomear um interventor com amplos poderes e recursos necessários para uma ação cirúrgica no sistema penitenciário maranhense. A decisão seria então executada pelo Ministério da Justiça. E abriria precedente para uma ação em outros Estados cujos presídios também são controlados por facções.

Além da perda de controle do sistema, outro argumento favorável a intervenção é o risco de a onda de violência se espalhar para outros Estados. No protocolo do STF há pedidos de intervenção nos sistemas carcerários do Mato Grosso e de Rondônia.

Do IG

O número de homicídio cresce 460% no MA. O Estado falhou, diz secretária

Com informações do Estado de São Paulo – A barbárie nos presídios do Maranhão é o ponto alto de uma crise cujos sintomas já se revelavam nos dados de segurança do Estado. Os homicídios em São Luís e na região metropolitana cresceram 460%. Foram 807 mortes em 2013. Contribuiu para a epidemia de violência o fato de o Maranhão ter a menor relação de policiais por habitante no Brasil: 1 para cada 710 moradores, proporção que em Brasília, a mais alta, é de 1 para 135 pessoas.

O descaso, a falta de vagas e de investimento no sistema penitenciário também já vinham sendo apontados pelas autoridades, como nos mutirões feitos pelo Conselho Nacional de Justiça. As penitenciárias são precárias e superlotadas. Há 1,9 preso por vaga no sistema maranhense, o que coloca as prisões do Estado no 7.º lugar entre as mais lotadas do País.

Familiares ajudam no resgate de detento ferido durante rebelião 

Apesar da superlotação, contudo, o Estado tem 100,6 presos por 100 mil habitantes, a menor proporção do Brasil. “O modelo de segurança no Estado está falido”, diz o advogado Luiz Antonio Pedrosa, da Comissão de Direitos Humanos da OAB do Maranhão. “As facções criminosas se formaram e conseguiram um amplo espaço para avançar em um Estado com problemas sociais dramáticos.”

O problema da violência no Maranhão dentro e fora dos presídios se agravou a partir de 2010, quando foi anunciada pelos presos a criação do Primeiro Comando do Maranhão (PCM) (veja mais na página A10). A facção rival, Bonde dos 40, surgiu logo na sequência. O enfrentamento entre os grupos se acentuou nos meses seguintes, em um ambiente penitenciário sem controle.

Erro. A secretária estadual de Direitos Humanos e Assistência Social, Luiza de Fátima Amorim Oliveira, admite o que o governo errou. “Infelizmente, nós falhamos, houve um erro de gestão nesse sentido”, disse ela, que foi ao enterro ontem da menina Ana Clara de Sousa, de 6 anos, que estava em um ônibus incendiado por criminosos e teve 95% do corpo queimado.

Luiza afirma que a ajuda do governo federal e de outros órgãos é fundamental. “Não tem como resolver sozinho essa situação. É preciso conjugar esforços, para que não aconteça mais”, disse. O governo estadual tenta mostrar que faz a sua parte prendendo suspeitos.

A ministra da Secretaria de Direitos Humanos da Presidência da República (SDH), Maria do Rosário, disse ontem caber ao governo do Maranhão solucionar a violência dentro e fora dos presídios. Para ela, as medidas de autoridades locais foram “insuficientes para preservar a vida” dos presos, apesar de sucessivos alertas do governo federal, e cabe a elas a “retomada adequada do controle”. Conforme a ministra, a SDH recebeu, desde 2011, relatos de 31 situações graves em Pedrinhas, repassadas ao Estado.

A ministra disse ainda que o governo federal está disponível para ajudar, mas o restabelecimento de uma situação de normalidade é tarefa das autoridades do Estado, comandado pela governadora Roseana Sarney (PMDB). “É uma situação gravíssima, dentro das penitenciárias e fora. Estamos dispostos a contribuir, mas não somos os gestores do sistema.”

Críticas. Nas prisões, parentes de suspeitos de participar dos ataques acusam o Estado de fazer prisões arbitrárias para dar uma resposta à sociedade. A cozinheira Lucicleide Melônio do Nascimento, de 39 anos, afirma que o filho dela, Luís Gustavo, de 18, foi preso injustamente sob suspeita de atirar em uma delegacia. “Ele ia prestar concurso. Agora, apareceu em rede nacional, já foi condenado.”

‘Isso aqui vai explodir’
O Complexo Prisional de Pedrinhas, em São Luís, passou a ser comparado a um açougue. É que a morte por ali virou rotina. Em 2013, foram 60 homicídios. O índice supera o de várias cidades do País, como Diadema, na Grande São Paulo, que registrou 49 mortes em 2012.

A reportagem do Estado foi até lá e conseguiu entrar em uma das oito unidades prisionais do complexo, de onde saem as ordens para queimar ônibus e atacar policiais na capital maranhense.

Na porta das unidades, as mulheres dos presos se aglomeram para saber se seus maridos e filhos continuam vivos. O medo é que virem mais um dos corpos exibidos em carnificinas filmadas com celular pelos presos e repassadas desde o ano passado para boa parte da cidade.

Hoje, o complexo tem 2.196 detentos, 426 a mais do que sua capacidade permite. “Isso aqui vai explodir logo, logo”, diz J., de 40 anos, mulher de um dos detentos. “Ele não é de facção nenhuma, como muitos aí dentro, mas pode morrer a qualquer momento.”

Trabalho
Quem sempre continua, apesar das más condições de trabalho, são os agentes penitenciários. “Somos só 400 no Estado. É muito pouco”, reclama um deles, que diz temer pela segurança. Para ele, os monitores colocados pelo governo do Estado para substituí-los não são capacitados para fazer a função dos agentes. “Você pode colocar um agente para dez presos que ele é respeitado. Esses monitores não são.”

No ano passado, os presos fizeram uma das rebeliões mais violentas da história do complexo. Vários foram decapitados.

“Neste ano já foram dois mortos lá. Se continuar desse jeito, vamos superar o ano passado”, avisa José Maria Ribeiro Jr., presidente da Sociedade Maranhense de Direitos Humanos.

Do blog do JP

terça-feira, 7 de janeiro de 2014

Colapso nas cadeias do MA refletem décadas de gestão Sarney, diz veja


Grupo político de José Sarney se aproxima de cinco décadas no poder. E os maranhenses, já acostumados aos péssimos serviços públicos, agora estão à margem de facções criminosos.

CLÃ – José Sarney, Roseana Sarney, Edison Lobão e Lobão Filho (Fotoarena e Divulgação Governo do Estado do Maranhão e ABr e Agência Câmara).

A sequência de horror registrada nos últimos vinte dias no Maranhão chocou até mesmo uma sociedade já acostumada ao noticiário de crimes brutais. O banho de sangue, com imagens de presos decapitados e esquartejados na penitenciária de Pedrinhas, na Grande São Luís, já deixou 62 detentos mortos no período de um ano. O retrato da barbárie nas cadeias maranhenses inclui ainda estupros de familiares de presidiários nos dias de visitas íntimas. Na última sexta-feira, a selvageria ultrapassou os muros do presídio: ataques a ônibus e delegacias espalharam terror nas ruas de São Luís. Uma criança de seis anos morreu queimada. O criminoso obedecia a uma ordem de dentro do presídio de Pedrinhas.

Políticos costumam culpar os antecessores pelos problemas crônicos enfrentados por suas gestões. Mas a governadora Roseana Sarney (PMDB), no quarto mandato no Maranhão, não poderá fazê-lo: com exceção de um período de dois anos, o Estado é governado desde 1966 pelos integrantes do clã político de José Sarney.

O único revés do grupo ocorreu em 2006, quando Jackson Lago (PDT) derrotou Roseana nas urnas. Mas ele só resistiu até o começo de 2009, dois anos depois da posse: a Justiça Eleitoral tirou o cargo do pedetista sob a acusação de compra de votos. Roseana herdou o mandato, e venceu também as eleições de 2010.

Sarney nunca fez oposição a um presidente da República: apoiou a ditadura militar enquanto lhe interessou e foi pulando de barco até firmar a improvável aliança com o PT de Luiz Inácio Lula da Silva e Dilma Rousseff. Dos dois, recebe deferências – e o poder de nomear afilhados em órgãos importantes da administração federal.

Enquanto isso, os maranhenses convivem com um cenário desolador: segundo dados do Atlas do Desenvolvimento, o Estado tem o penúltimo lugar no ranking do Índice de Desenvolvimento Humano (IDH), à frente apenas de Alagoas. A renda per capita, de 348 reais, é a menor do país. Apenas 4,5% dos municípios do estado têm rede de esgoto.

Segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), 20,8% dos maranhenses eram analfabetos em 2012. Pior: o número significa um aumento em relação a 2009, quando 19,1% da população não sabiam ler e escrever. Ou seja, durante o governo de Roseana, a situação se agravou – o Maranhão foi o único Estado do Nordeste que regrediu no período.

Um dos poucos índices nos quais o Maranhão não se destacava negativamente no plano nacional era a violência. Mas, como mostra o episódio de Pedrinhas, isto também é passado: entre 2000 e 2010, a taxa de mortes por armas de fogo no Estado subiu 282%. O surgimento de facções criminosas tornou mais evidente o fracasso do governo nessa questão. O governo do Estado falhou ao evitar o conflito sangrento entre criminosos encarcerados e novamente depois, ao tentar debelá-lo. Por fim, receberá ajuda do governo federal para resolver a situação, com a transferência de detentos para outras unidades prisionais do país.

O Maranhão já era pobre quando Sarney assumiu o poder. E sabe-se que não é fácil resolver o problema do subdesenvolvimento crônico. Mas, em 2014, isso já não pode ser usado como desculpa.

Do Blog do Garrone

segunda-feira, 6 de janeiro de 2014

Encontrada explroração de mão-de-obra escrava até mesmo em obras do governo

De cada 10 trabalhadores resgatados em situação análoga à escravidão no Brasil em 2013, um foi encontrado pela fiscalização em obras ligadas ao governo federal. O total de vítimas da exploração criminosa de mão de obra no país ao longo do ano passado chegou a 1.442, das quais 140 atuavam em empreendimentos com selo oficial. O mapa do trabalho escravo, traçado pelo Correio com dados do Ministério do Trabalho e Emprego (MTE), mostra que a Região Sudeste lidera o ranking do problema, com 43% dos resgates.


Pelo menos três projetos ligados ao setor público foram alvo de fiscalização do MTE. Um dos flagrantes ocorreu em Feira de Santana, a cerca de 120km de Salvador, em março do ano passado, no canteiro de obras de 540 unidades habitacionais do programa Minha Casa, Minha Vida. Na auditoria, os agentes retiraram 24 operários que estavam alojados de forma degradante. Eles dormiam sem proteção de animais peçonhentos, não havia banheiro nem água potável disponível. A alimentação oferecida ficava exposta, e muitos dos produtos já se encontravam em estado de putrefação.

Diante do que considerou “completa supressão da dignidade dos trabalhadores que lá se encontravam”, o Ministério Público do Trabalho (MPT) entrou com uma ação civil pública contra as empresas CSO Engenharia e Construtora Lima, contratantes diretos dos empregados, e a União, indiretamente, por ter financiado a obra. Inédita, a ação pede R$ 3,4 milhões dos três réus por danos morais coletivos.

Do Correio Braziliense

domingo, 5 de janeiro de 2014

Inscrições do Sisu abrirão segunda-feira

A partir de amanhã (6) os estudantes que querem concorrer a uma vaga de ensino superior em instituições públicas podem se inscrever no Sistema de Seleção Unificada (Sisu). A inscrição é feita exclusivamente pela internet e vai até o dia 10. No site do programa os estudantes já podem consultar as vagas disponíveis em pelo menos 115 instituições.


Pode se inscrever no Sisu quem fez o Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) de 2013 e não tirou nota zero na redação. O estudante vai precisar do número de inscrição e da senha no Enem. O candidato que estiver sem o número da inscrição ou a senha poderá recuperá-los no site do exame.

O estudante concorre às vagas disponíveis no Sisu com as notas no Enem, mas não é preciso tê-las em mãos no momento da inscrição. Quando o candidato insere no site o número de inscrição e a senha, o Sisu recupera, automaticamente as suas notas obtidas no exame.

Ao se inscrever no Sisu, o participante pode escolher até duas opções de curso, por ordem de preferência. É possível mudar estas opções durante todo o período de inscrição. O candidato também precisa definir se deseja concorrer às vagas de ampla concorrência, às vagas reservadas à lei federal de cotas ou às vagas destinadas às demais políticas afirmativas das instituições. Pela lei federal de cotas, as instituições devem reservar pelo menos 25% das vagas do Sisu para alunos que fizeram todo o ensino médio em escolas públicas.

Algumas instituições adotam notas mínimas para inscrição em determinados cursos. Se a nota do candidato não for suficiente para concorrer àquele curso, o sistema emitirá uma mensagem com esta informação.

Uma vez por dia, o Sisu calcula a nota de corte para cada curso com base no número de vagas disponíveis e no total dos candidatos inscritos naquele curso por modalidade de concorrência. A nota de corte é a menor nota para ficar entre os potencialmente selecionados. Ela é apenas uma referência para auxiliar o candidato a monitorar sua inscrição e não é garantia de seleção para a vaga ofertada.

Durante o período de inscrição o candidato pode consultar sua classificação parcial na opção de curso escolhido em seu boletim na página do Sisu. Essa classificação é apenas uma referência e pode ser vista pelo estudante durante o período em que o sistema estiver aberto para as inscrições.

Ao final do período de inscrição, é divulgada a lista de selecionados e o boletim de acompanhamento irá trazer a classificação e resultado final. O candidato que não for selecionado em nenhuma das duas opções de curso nas chamadas regulares e aquele selecionado na segunda opção poderá aderir posteriormente à lista de espera. O resultado da primeira chamada será divulgado no dia 13 de janeiro e o da segunda, no dia 27.

Fonte: Correio Braziliense

sábado, 4 de janeiro de 2014

Incêndios a ônibus em São Luís para a frota a partir das 18h deste sábado, veja

Ônibus parados por causa da violência em SLZ

Os ônibus ficam sem circular a partir das 18h até às 5h de sábado, domingo e segunda-feira.

Em reunião no Sindicato dos Rodoviários de São Luís, diretoria resolveu que os ônibus serão recolhidos a partir das 18h deste sábado (4). A decisão foi tomada a partir dos ataques a incêndios a ônibus que aconteceu na noite de sexta-feira (3), na Região Metropolitana de São Luís.

Segundo o Assessor Jurídico do Sindicato, José Rodrigues da Silva, a decisão foi tomada não apenas pelas ações de incêndios na noite de sexta-feira (3), mas por todos os outros acontecimentos de ano passado aos motoristas.

“Essa decisão acabamos de tomar, não apenas pelos incêndios que aconteceram ontem, mas por todos os acontecimentos que aocnteceram no ano passado a nossa categoria. Vamos recolher os ônibus em todas as noites até na segunda-feira (6), e na terça-feira, iremos decidir se vamso continuar, ou não” disse José Rodrigues.

A decisão da diretoria em parar os ônibus está valendo para sábado (4), domingo (5) e segunda-feira (6). As frotas de ônibus irão ficar sem circular dos período de 18h às 5h de sábado, domingo e segunda-feira. 

Na terça-feira (7), será feito uma reunião com empresários para decidirem se irão continuar a paralisação com tempo reduzido.

Seis ônibus são incendiados em São Luís, segundo registros das delegacias

 Ônibus incendiados em SLZ

Segundo o plantão Central da Beira Mar, o primeiro registro de ônibus incendiados foi no bairro do João Paulo, a ocorrência aconteceu às 19h30.
O motorista do ônibus relatou que enquanto passava pela Avenida São Marçal, muitos homens adentraram no ônibus com armas de fogo e facas, em seguida pediu para os passageiros descerem e jogou combustível e ainda atearam fogo, no que resultou em perca total do veículo.

Segundo o relato do motorista da empresa São Benedito, o caso aconteceu por volta 19h50 próximo ao bairro da Ilhinha, que resultou cinco a seis homens, que estavam fortemente armados, pediram para os passageiros descerem e tocaram fogo no ônibus e ninguém ficou ferido.
Segundo o motorista da empresa Gonçalves, o ônibus passava pela Avenida Kenedy, quando foi surpreendido por um grupo com 10 homens, que estavam armados e adentraram tomando a renda da cobradora no valor de R$ 70 reais, e em seguida jogaram gasolina no ônibus.

O próprio motorista com a ajuda de um rapaz que estava próximo ao local conseguiu apagar o fogo com extintores e não houve perca total do automóvel. 

Todas as ocorrências foram registradas no Plantão Central da Rffsa.

Outro incêndio a ônibus aconteceu no bairro do Jardim América, onde segundo o motorista, os bandidos mandaram todos descerem e jogaram gasolina ateando fogo, mas não teve muita perca do automóvel , porque moradores ajudaram a apagar o fogo.

O incêndio a ônibus que tiveram feridos foi o caso do bairro da Vila Sarney, quando os bandidos adentraram no ônibus mandou os passageiros descerem, mas nem todos desceram, no que resultaram alguns passageiros ficando queimados em parte do corpo.
Quatro pessoas e uma criança se encontram internadas no Socorrão II em São Luís, uma está na UTI em estado grave.

O sexto registro de ônibus incendiado foi dito pela Delegacia da Cidade Operária, em que por volta das 21h30 o ônibus que fazia linha Raposa/Araçagy foi incendiado próximo a Clinica Ruy Palhano na estrada da Raposa.

Segundo o relato da delegacia, três elementos que estavam em um carro e dois em uma moto fortemente armados, mandaram o motorista parar e os passageiros descerem, logo em seguida jogaram gasolina e atearam fogo.

O ônibus não foi destruído totalmente, porque os moradores conseguiram conter as chamas com água.

Secretário
O Secretário de Segurança Pública (SSP) Aluísio Mendes, acredita que os mesmos que atearam fogo em um ônibus, foram os mesmos que atearam nos demais locais, porque não foram queimados no mesmo horário.

Mas segundo os relatos dos motoristas, a quantidade dos elementos e as características dos bandidos que adentravam nos ônibus eram diferentes.

Os motoristas de ônibus, ainda disseram nos relatos à polícia que, na noite deste sábado, não irão trabalhar, com medo de acontecer novos ataques.

Delegacia
O 9º Distrito Policial de São Luís, no bairro do São Francisco teve a fachada metralhada no início da noite de sexta-feira (3). 

A penas um vigilantes estava no local, mas não foi ferido. Testemunhas disseram que, os homens pararam em um carro branco e metralharam a delegacia.

Do Imparcial

sexta-feira, 3 de janeiro de 2014

Falece em São Luís no primeiro dia de 2014 o prefeito de Buriti décadas atrás

 Da esquerda para a direita: Antonio Dutra, Erina e Zélia

Antonio de Faria Dutra, faleceu em São Luís, no primeiro dia de 2014, depois de convalescer por longo período, era nonagenário (91 anos completos), agora descansa no cemitério dos Vinhais na capital maranhense. A maior parte de sua vida foi vivida na terra natal Buriti de Inácia Vaz, terra querida e muito amada, foi em Buriti que se tornou um grande comerciante e proprietário de grandes extensões de terras, que mais tarde viera a se desfazer. 

Dutra se fez conhecido por ser um homem de palavra e cumpridor de seus compromissos, na sua época foi uma unanimidade, todos tinham muito apreço por ele, transitava habilmente entre os graúdos e os de poucas posses, por isso, venerado pelos menos favorecidos, quando em visita a sua terra todos queriam tocá-lo, abraçá-lo, era uma festa. Isso soava muito prazeroso para ele.

O Seu Dutra governou Buriti, de 1965 a 1968, numa época, em que as dificuldades eram astronômicas, sem recursos para investimentos nas necessidades mais fundamentais da municipalidade, o transporte fluvial do rio Parnaíba já entrava em decadência, não havia estradas, nem dinheiro para construi-las. Mesmo assim fez a ligação de Buriti a Palestina, adquiriu a primeira caçamba e revitalizou a praça do Aidil. A economia sempre foi extrativista e de subsistência, o babaçu preponderava ajudava a protagonizar o comércio ali existente, como moeda de troca.

O grande Dutra de outrora também carregava uma aura quase mítica de muita virilidade, fazia muito sucesso com as mulheres, noticiam-se que tem uma prole em torno de quarenta filhos, registros aflorados em jornal, dizem que são dados plantados por uma das mulheres em algum momento de inconformismo, não se sabe se isso é uma verdade ou pura falácia.

A verdade mesmo é que Dutra viveu plenamente o seu tempo, bebeu, fumou, namorou e amou muito sua família, jamais desprezou os seus filhos e sua gente.  Filhos que povoam a geografia desse imenso país chamado Brasil. Acho que a maioria deles são grandes servidores públicos em Brasília.

Maré deixa mais de 100 carros boiando nas praias de São Luís do Maranhão

Subida repentina do mar surpreende banhistas e arrasta mais de cem veículos.


Bastou um breve descuido com a tabua da maré para que mais de cem carros fossem ‘engolidos’ pela maré no primeiro dia do ano. O caso aconteceu na faixa de areia da Praia do Araçagi, no Município de São José de Ribamar. A maioria dos veículos ficou danificados devido à força das águas. Os que não foram arrastados ou submersos precisaram ser rebocados com a ajuda de tratores ou troller.

 O cenário de quem chegou ao local era de caos total após um dia de muita diversão. Logo na entrada da praia era possível encontrar um Volvo, de cor vermelha, de placas KES 5426, praticamente coberto pela água do mar. Todos os pneus atolados na areia e uma parte do vidro da janela direita quebrada como ainda os bancos molhados. Segundo o proprietário do veículo, o goiano Vitor Hugo Pereira, teve um prejuízo de mais de R$ 20 mil reais. “A verdade que vou levar diretamente para o mecânico e tentar aproveitar algumas peças que podem ser reaproveitadas”, declarou.

 Ao lado desse carro tinha uma Van, de cor prata, de placa NMR 6082, que após a utilização de muita força e garra de mais de 20 homens conseguiram desatolar. Mas, mesmo assim, ainda sofreu danificação na estrutura metálica, uma delas justamente o para-choque.

 A poucos metros desse ponto havia um aglomerado de veículos atolados e muitos até mesmo em cima um do outro. Um Fiat prata, de placa NHK 6902, estava com a frente toda destruída e supostamente com o motor danificado. O proprietário do carro, Hélio Pestana ficou sem saber o que fazer, no momento, almejava pelo menos retirar o Pálio daquele local e levar para a sua casa, na Cohab.

Ainda havia uma Montana, de cor preta, de placa NMR 8241, coberta pela água. Para retirá-la foi necessário primeiramente o auxílio de um Trator, logo em seguida, a força dos braços de mais de 30 homens. Já a situação de um Celta, sem placa, era de destruição total. Os pneus enterrados na areia, as portas quebradas e as janelas, possivelmente, foi levada pela onda do mar. “Agora, não tenho mais carro, pois, o ano começou mal para mim e a minha família. Deste carro que tirava o sustento da casa levando crianças pequenas ao colégio”, relatou Antônio Nunes, de 28 anos.

Maré alta
Na volta para casa, os banhistas enfrentaram um enorme engarrafamento para deixar a faixa de areia da praia e alguns ainda tentaram sair pelas dunas, mas, não conseguiram.

 A maré subiu rapidamente, os carros foram se aglomerados nas proximidades dos bares e acabaram sendo tragados para o mar. Outros motoristas ainda tentaram sair pelas dunas, mas, os carros atolaram na areia muito fofa. 

Um outro motivo declarado pelos banhistas foi justamente a falta de estrutura das praias da ilha de São Luís, pois, no Araçagi não há nenhuma placa informando sobre os perigos do local, inclusive, da possibilidade da água do mar chegar até os bares. “É muito descaso das autoridades que não respeitam os banhistas e muito menos a natureza” disse Jaciara Luzo.

O outro turista, Ronaldo Carvalho, de 35 anos, veio passar o Réveillon, no Araçagi, mas, jamais tinha a noção que a força da maré era tão forte e poderia ocasionar grandes prejuízos a um grande número de pessoas, que estavam tendo um dia de lazer com a família. “O meu carro, um Celta, que comprei a menos de dois meses, está todo destruído. De fato tive um grande prejuízo”, reclamou.

Até o momento em que estava a equipe de O Imparcial na área não havia nenhum representante do poder público e muito menos do Corpo de Bombeiro, Guarda Municipal, da Defesa Civil ou da Polícia Militar para coordenar o problema. No entanto, todos os veículos estavam sendo rebocados pelos banhistas ou donos de barracas da praia.

Veja o vídeo feito por um dos banhistas:


Fonte: O Imparcial

domingo, 29 de dezembro de 2013

Valor do Financiamento do Projeto Minha Casa Minha Vida pode aumentar

Habitações do MCMV

A repaginação do programa é uma das apostas da campanha de reeleição da presidente Dilma Rousseff. O aumento do financiamento deve beneficiar, especialmente a classe média.

A presidente Dilma Rousseff vai repaginar o programa Minha Casa Minha Vida, uma das apostas de sua campanha à reeleição. Ela planeja ampliar o valor máximo do imóvel financiado - que hoje está em R$ 190 mil - para beneficiar mais uma parcela da classe média. Na terceira fase do programa, a ser lançada neste ano eleitoral, a ideia é facilitar a compra da casa própria por jovens casais, principalmente em regiões metropolitanas. A meta da nova etapa é construir 3 milhões  de moradias até 2017. Até agora, o Minha Casa Minha Vida já entregou cerca de 1,4 milhão das 3,7 milhões de unidades contratadas desde 2009, quando o programa foi anunciado, ainda no governo Lula.

Dilma procura uma forma de aumentar as faixas de renda dos beneficiários do Minha Casa Minha Vida - que atualmente vão de R$ 1,6 mil a R$ 5 mil - , reforçando a presença do plano de habitação em centros urbanos, como São Paulo, Rio e Belo Horizonte.


Disposta a recuperar a popularidade perdida desde os protestos de junho na chamada "nova classe média", a presidente encomendou estudos ao Ministério das Cidades e aos bancos públicos para pôr o programa de pé. Pesquisas em poder do Palácio do Planalto mostram que a imagem da presidente não foi totalmente reabilitada entre eleitores com renda de R$ 1.356 a R$ 3.390 (dois a cinco salários mínimos) nem entre o público jovem, de 16 a 29 anos, e de áreas urbanas. Embora a aprovação de Dilma tenha melhorado na faixa dos menos escolarizados e mais pobres, em especial no Nordeste, a maioria dos entrevistados ainda pede "mudanças" e "coisas diferentes".


O Planalto teme novos protestos perto da Copa do Mundo, em junho de 2014, e prepara antídotos para evitar manifestações de rua contra Dilma, nesse ano eleitoral. Além da terceira fase do Minha Casa Minha Vida estão no radar do governo o reforço do Mais Médicos e do Programa Nacional de Acesso ao Ensino Técnico e Emprego (Pronatec), pelo qual a presidente disse estar "fissurada".


A equipe de Dilma quer evitar que o governador de Pernambuco, Eduardo Campos (PSB), e o senador Aécio Neves (PSDB), seus prováveis adversários em 2014, capitalizem as insatisfações com os serviços públicos. Ao slogan da oposição, na linha do "fazer mais e bem feito", ela reage dizendo que é preciso "seguir mudando". "Nós fizemos uma política de transferência de renda, uma de valorização do salário mínimo, uma de aumento de emprego. E o que aconteceu? Criamos uma classe média nova, que hoje quer mais e melhor serviço. Isso ocorre em qualquer país do mundo", afirmou Dilma em café com jornalistas, há onze dias. 

Do Imparcial

Weidman vence Anderson que quebra a perna e perde a revanche no UFC 168

Anderson Silva com a canela quebrada 

Brasileiro se machuca seriamente ao tentar chutar rival e sai do octógono de maca.

LAS VEGAS - O brasileiro Anderson Silva não tem mesmo sorte diante de Chris Weidman. Na madrugada de sábado, ao tentar retomar o cinturão dos médios no UFC 168, ele acabou sofrendo uma séria lesão e ainda não sabe quando poderá voltar ao octógono. Ele não foi bem no 1º round, mas no seguinte tentava ditar o ritmo da luta quando acertou um chute no rival e acabou tendo uma fratura na canela esquerda. Teve de desistir do combate e viu o cinturão ficar mais distante.

A contusão foi tão séria que Anderson precisou sair de maca do octógono, com cara de dor e a perna imobilizada, enquanto Weidman recebia o cinturão de campeão sem ter muitos motivos para festejar. "Ele ainda é o melhor de todos os tempos, que Deus o abençoe. Eu me sinto bem com a vitória, mas não queria que ele se machucasse dessa maneira. Vinha trabalhando essa defesa nos meus treinamentos", disse Weidman. Agora ele terá pela frente outro brasileiro, Vitor Belfort, que assistiu à luta e aguarda a data do confronto. "Eu preciso relaxar um pouco, mas será um grande teste para mim", concluiu Weidman.

Vitor Belfort, por sua vez, lamentou a lesão de Anderson Silva e prometeu trazer o cinturão de volta para o País. "Foi muito triste essa lesão, senti a dor dentro de mim. Fico triste em saber que o resultado terminou desta forma. De qualquer forma, estou pronto e esperando a minha vez. Vou trazer esse cinturão para o Brasil, tenho confiança na minha vitória. É trabalho duro e acho que o combate será marcado em breve", afirmou Belfort.

Somente um brasileiro saiu vitorioso no UFC 168: William Patolino, que castigou tanto o rosto de Bobby Voelker que seu cabelo ficou manchado de vermelho com o sangue do adversário. "Ele absorve muito bem as pancadas, minha mão está até doendo. Me impressionei bastante com ele", afirmou o lutador, que apesar da superioridade venceu apenas por pontos após três rounds. "Quero dedicar essa vitória à Baixada Fluminense e aos locais que estão tendo enchente. Eu estava muito preparado para esse combate, ele é um cara experiente, duro. Senti a energia positiva do público, mas sei que posso melhorar bastante", explicou.

Outros três brasileiros acabaram sendo derrotados. Gleison Tibau, em sua 21ª luta pelo UFC, acabou perdendo para Michael Johnson por nocaute a 1 minuto e 32 segundos no 2º round. "Eu estava confortável na luta, começando a ganhar a distância, mas nem vi o golpe que me acertou. Peço desculpas aos brasileiros, mas em luta isso acontece. Já passei por várias vitórias e várias derrotas, tem de levantar a cabeça. Foi uma fatalidade", comentou Tibau. Já Fabrício Morango foi finalizado por Jim Miller aos 3 minutos e 42 segundos do 1º round enquanto Diego Brandão foi nocauteado por Dustin Poirier aos 4 minutos e 54 segundos do 1º round.

Confira os resultados do UFC 168:

Chris Weidman venceu Anderson Silva por nocaute técnico no 2º round
Ronda Rousey venceu Miesha Tate por finalização no 3º round
Travis Browne venceu Josh Barnett por nocaute no 1º round
Jim Miller venceu Fabrício Morango por finalização no 1º round
Dustin Poirier venceu Diego Brandão por nocaute no 1º round
Uriah Hall venceu Chris Leben por nocaute técnico no 1º round
Michael Johnson venceu Gleison Tibau por nocaute no 2º round
Dennis Siver venceu Manny Gamburyan por decisão unânime
John Howard venceu Siyar Bahadurzada por decisão unânime
William Patolino venceu Bobby Voelker por decisão unânime
Robbie Peralta venceu Estevan Payan por nocaute no 3º round 

O Estado de S. Paulo

sábado, 28 de dezembro de 2013

Mulheres ficam sem sutiã em praia de Vitória - ES 'Por igualdade', confira

'Não queremos convencer ninguém a fazer, só queremos mostrar que é normal'


Um grupo de mulheres decidiu tirar o sutiã do biquíni para protestar pelo mesmo direito dos homens de ficar sem camisa. Marcado no Facebook, mais de mil pessoas confirmaram presença no “Toplessaço”, mas até as 11h40 deste sábado (28) apenas seis mulheres realizavam topless na praia da Ilha do Boi, em Vitória.


Segundo umas das organizadoras da manifestação, Tayana Dantas, elas só querem ter uma possibilidade de escolha igual à dos homens. “Queremos a possibilidade de ficar sem camisa igual à que os homens têm. Não queremos mostrar o peito, só queremos curtir a praia sem a parte de cima do sutiã”, diz.


O movimento começou com duas mulheres, sem muito alarde. Mas, segundo Tayana Dantas, foi só a imprensa aparecer para as pessoas começarem se aglomerar. Logo depois chegaram mais mulheres dispostas a mostrar os seios. Ao todo, seis mulheres participaram do protesto.

Da Blogosfera

Pescadores desaparecidos de Raposa construíram uma balsa para sobreviver

Por volta das 22h, desta sexta-feira (27), os cinco pescadores da cidade de Raposa (região metropolitana de São Luís) que estavam desaparecidos desde a madrugada de quinta-feira (26), conseguiram chegar com vida em terra firme, entre a Praia do Araçagy e do Meio e foram socorridos por moradores.


Levados por homens do Corpo de Bombeiros a UPA do Araçagy, José Luis Ferreira dos Santos, o Luizinho, 46 anos; Raimundo Pedro Santos Martins, o Cabeça, 36 anos; José Adriano Santos, o Didi, 28 anos; Franciscos de Assis Freitas dos Santos, o irmão, 46 anos e José Ribamar Araújo, o Biel, 32 anos, disseram que uma onda derrubou o mastro do pano da Biana que seguia rumo ao Porto de Raposa, próximo ao trecho conhecido por “risca”.

Com o impacto, a embarcação naufragou e os experientes pescadores improvisaram uma balsa com pedaços de compensados e boias que se desprenderam do barco. Passaram cinco marés boiando, foram conduzidos de acordo com a movimentação do alto mar. Os náufragos relataram que vários barcos passaram próximo a eles, mas nenhum conseguiu ouvi-los ou avistá-los.

Somente na noite desta sexta-feira, sem comer, nem beber, conseguiram forças e nadaram até a praia e só assim foram socorridos. Eles foram vistos por pessoas, que chamaram o Corpo de Bombeiros.

Entre os pescadores, dois estavam em estado mais debilitados, Raimundo Pedro Santos Martins, o Cabeça e José Adriano Santos, o Didi, ambos bem desidratados. Todos receberam atendimentos médicos e ficaram em observação.

Os familiares chegaram na UPA do Araçagy e agora respiram aliviados.

Fonte: blog do Domingos Costa