Não
é preciso descrever o grau de selvageria da invasão às sedes dos 3 poderes da
República. Você as viu na TV e dispensam qualificativos.
Também
não é preciso falar da omissão das forças policiais e, sobretudo, dos seus
chefes. Nem da necessidade do decreto de intervenção na segurança pública do
DF, baixado no final da tarde.
Tudo
está autoexplicado.
O
que não está explicado é o que se vai fazer agora com os criminosos que
continuam concentrados no gramado diante do Congresso.
Vai
ser permitido que, impunemente, os protagonistas de um tosco e fracassado golpe
de estado voltem para seu acampamento diante do Quartel General do Exército
para o que, nas palavras do ministro José Múcio, da Defesa, continuarem sua
“manifestação democrática”??
Não
vão ser identificados e autuados?
Os
ônibus que os levaram para o assalto à sede dos poderes não serão retidos à
espera que se esclareça quem os contratou para a empreitada golpista?
O
que fazia o Batalhão da Guarda Presidencial, encarregado da segurança do
Palácio do Planalto que não se deslocou, como de outras vezes, para fazer a
segurança da sede do Governo?
Onde
estava a Polícia Federal que não foi posta a proteger o Palácio?
Os
chefes dos poderes Legislativo e Judiciário vão permanecer no Twitter com
“manifestações de repúdio” ou irão a público exigir responsabilização de
autores e de mandantes das agressões.
Governos
que não se defendem acabam caindo. E isso vale também para a própria
democracia, que frequentemente na história morreu por overdose de tolerância.
Tijolaço.
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