Maranhão confirma sua
posição de um dos maiores estados em bovinocultura e registra a terceira
posição entre os maiores rebanhos bubalinos.
O rebanho de gado
bovino do Maranhão é o nono do Brasil e o segundo maior do Nordeste, segundo
IBGE.
Com um plantel de
7.264.106, o Maranhão se consolida como detentor do nono maior rebanho de
bovinos do país e o segundo do Nordeste, onde perde apenas para a Bahia, que
tem 10.667.903. Os números foram divulgados ontem pelo Instituto Brasileiro de
Geografia e Estatísticas (IBGE), que registra um rebanho nacional de
212.797.824 bovinos, 1.277.199 de bubalinos, 5.508.546 de equinos, 1.269.198 de
muares e 974.532 de asininos.
Segundo o IBGE, o rebanho bovino brasileiro fechou 2011 com um crescimento de
1,6% em relação a 2010 (209,5 milhões). Em 2011, o Brasil ocupava a 2ª posição mundial em rebanho, atrás da
Índia, cujo rebanho era de 324,5 milhões, cerca de 1,5 vezes maior que o
brasileiro, mas sem interesse comercial. Na sequência, destacaram-se China e
Estados Unidos.
O rebanho brasileiro estava assim distribuído por região: Centro-Oeste (34,1%),
Norte (20,3%), Sudeste (18,5%), Nordeste (13,9%) e Sul (13,1%). O Mato Grosso
(13,8%) possuía o maior efetivo, seguido por Minas Gerais (11,2%), Goiás
(10,2%) e Mato Grosso do Sul (10,1%). Os dez principais estados onde se criam
bovinos concentravam 81,1% de todo o efetivo nacional.
O crescimento do rebanho bovino ocorreu com maior intensidade, entre 2010 e
2011, no Nordeste (2,9%), Sudeste (2,8%) e Norte (2,7%), onde se destacaram
Pará e Rondônia. Em termos municipais, São Félix do Xingu (PA) detinha o maior
número de animais ou 1,0% do efetivo nacional, seguido por Corumbá (MS) e Ribas
do Rio Pardo (MS). Esses municípios conservaram, em 2011, as mesmas
posições ocupadas em 2010. Destaque para Altamira (PA), que passou da 28ª para
a 12ª posição, em 2011.
Bubalinos
De acordo com o IBGE, o rebanho de bubalinos cresceu 7,8%, totalizando 1,3
milhão de cabeças, concentradas no Pará (38,0%), Amapá (18,4%) e Maranhão
(6,5%). Já o efetivo de equinos foi de 5,5 milhões de cabeças, apresentando
estabilidade. Ainda entre os animais de grande porte, apresentaram declínio (-
0,7%), tanto os asininos (jumentos) quanto muares (burros). Dentre os animais
de médio porte, suínos tiveram variação positiva (0,9%) e caprinos (0,8%),
enquanto ovinos apresentaram o maior crescimento (1,6%). Dentre os de pequeno
porte, cresceram galináceos (2,2%), coelhos (3,2%), com destaque para
o crescimento do efetivo de codornas (19,8%).
Os municípios de Chaves (PA), Cutias (AP) e Soure (PA) eram aqueles que
detinham os maiores efetivos de bubalinos. Os 20 principais municípios
criadores de búfalos representam 52,4% do plantel nacional desta espécie.
Maranhão
Pela pesquisa do IBGE, o Maranhão se destaca também pelo seu rebanho de
búfalos, pois com 82.650 animais, fica em terceiro lugar, atrás apenas do Pará,
que tem 485.033, e do Amapá, que tem 235.549. Com relação aos equinos, o
rebanho seria de 173.739; aos muares, 100.190; e asininos, 102.203.
Apesar de sua expressiva participação na formação do conjunto do rebanho
nacional, o Maranhão ainda padece de sua exclusão da zona livre de febre
aftosa, o que impede um maior comércio nacional e internacional dos seus
rebanhos. O estado deveria ascender de status (é zona de médio risco), mas o Ministério da
Agricultura adiou para 2013 este reconhecimento.
Do Imparcial