quinta-feira, 18 de outubro de 2012

Batalhão de Polícia Ambiental combate extração ilegal de madeira, confira

O Batalhão de Polícia Ambiental do Maranhão (BPA) apreendeu, em São Luís, 55 metros cúbicos de madeira extraída ilegalmente de áreas de mangue e mata nativa. A apreensão foi feita na manhã de terça-feira (16), após a polícia receber uma denúncia anônima.
A madeira havia sido retirada em Alcântara, e seria revendida em São Luís para pequenos comerciantes, instalados na periferia da capital maranhense.
Domingos Pereira Vieira, de 52 anos, que se declarou dono de parte da carga apreendida, foi autuado por crime ambiental e multado em R$ 6 mil. Vieira mora na Rua Porto Velho, nº 396, Cidade Olímpica.
Segundo o chefe de Fiscalização do BPA, tenente Vera Cruz, por volta de 10h de terça, uma equipe com seis homens e dois caminhões se deslocou até um pequeno porto situado entre a ponte Bandeira Tribuzzi e a Avenida Quarto Centenário.
O tenente afirmou que, quando o BPA chegou ao local, a madeira já havia sido retirada das embarcações.
“Infelizmente, não conseguimos apreender as embarcações, que já haviam retornado ao seu local de origem, mas localizamos o Domingos Vieira, que assumiu ser dono de pelo menos 20 metros cúbicos da madeira”, disse o tenente Vera Cruz.
Segundo o policial militar, Vieira informou que a madeira seria vendida para depósitos de material de construção da Cidade Olímpica.
A madeira do tipo da que foi apreendida é muito usada na construção de casas em ocupações irregulares (invasões) e no escoramento de lajes.
De acordo com o tenente Vera Cruz, a extração de madeira nos mangues e na mata nativa está se tornando bastante comum em Alcântara.
“Neste ano, é a segunda vez que apreendemos madeira extraída de forma ilegal oriunda de Alcântara. A primeira, há alguns meses, aconteceu basicamente nas mesmas circunstâncias, só que com uma quantidade menor: apreendemos aproximadamente 20 metros cúbicos”, declarou o oficial da PM.
Os 55 metros cúbicos apreendidos na terça-feira equivalem a 1.500 peças de madeira, que seriam compradas pelos “atravessadores” por R$ 2 a unidade e revendidas na capital a R$ 10 cada uma.
O tenente Vera Cruz explicou que em São Luís este tipo de prática também acontece. Mas ressaltou que, pelo fato de o transporte da carga ser feito na maioria das vezes em embarcações, o município de Paço do Lumiar acaba sendo um dos grandes exportadores e receptores da madeira ilegal.
“Na capital, temos alguns portos, mas em Paço esse número é bem maior, entre clandestinos e regulares, e por isso o nosso trabalho fica bem mais difícil. Na semana passada apreendemos 229 metros cúbicos de madeira em um galpão situado em Panaquatira”, informou o tenente Vera Cruz.
Toda a madeira apreendida nas operações do Batalhão Ambiental fica sob os cuidados do batalhão, no Coroadinho. Depois, a Secretaria de Estado do Meio Ambiente (Sema) destina a madeira a instituições sociais que comprovem a necessidade de uso da madeira.

Fonte: Jornal Pequeno

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