Cristiano
Zanin Martins e Valeska Teixeira Zanin Martins*
É
estarrecedor constatar que o juiz da causa, após auxiliar os procuradores da
Lava Jato a construir uma acusação artificial contra Lula, os tenha orientado a
desconstruir a atuação da defesa técnica do ex-Presidente e a própria defesa
pessoal por ele realizada durante seu interrogatório (10/05/2017).
As
novas mensagens reveladas ontem (14/06/2019) pelo “The Intercept”, para além de
afastar qualquer dúvida de que o ex-juiz Sérgio Moro jamais teve um olhar
imparcial em relação a Lula, mostram o patrocínio estatal de uma perseguição
pessoal e profissional, respectivamente, ao ex-Presidente e aos advogados por
ele constituídos.
É
inimaginável dentro de um Estado de Direito que o Estado-juiz e o
Estado-acusador se unam em um bloco monolítico para atacar o acusado e seus
advogados com o objetivo de impor condenações a pessoa que sabem não ter
praticado qualquer crime.
É
repugnante, ainda, constatar que a campanha midiática ocorrida em maio de 2017
objetivando atacar a memória de D. Marisa Letícia Lula da Silva tenha sido
tramada pela Lava Jato, como também revelam as mensagens do “The Intercept”.
Tais
fatos, públicos e notórios, reforçam o que sempre defendemos nos processos e no
comunicado encaminhado em julho de 2016 ao Comitê de Direitos Humanos da ONU:
Lula é vítima de “lawfare” e o ataque aos seus advogados é uma das táticas
utilizadas para essa prática nefasta”.
*São
advogados do ex-presidente Lula
Vi o mundo
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