quarta-feira, 22 de janeiro de 2014

Em Anapurus/MA bandidos assaltam posto de gasolina e matam o frentista


 
Frentista
Dois bandidos em uma moto assaltaram no fim da tarde desta terça-feira (21) um posto de gasolina localizado no município de Anapaurus. 

Segundo informações, os bandidos renderam o frentista identificado como Jardiel de Sousa Mendes e pediram todo o dinheiro, logo em depois quando os bandidos estavam saindo na moto, o frentista se moveu rapidamente, mas os bandidos perceberam  a ação e desconfiaram e logo deram cerca de três tiros matando a vítima na hora.

Do JP

terça-feira, 21 de janeiro de 2014

Mais um preso é encontrado morto em Pedrinhas é o terceiro de 2014, confira

Um detento foi encontrado morto na Central de Custódia de Presos de Justiça (CCPJ) do Complexo Penitenciário de Pedrinhas, em São Luís, na manhã desta terça-feira (21), segundo a assessoria da Secretaria de Estado da Justiça e Administração Penitenciária (Sejap). A secretaria informou, por meio de nota, que o preso foi achado enforcado.

Complexo Penitenciário de Pedrinhas

Esse é o terceiro detento encontrado morto em Pedrinhas em 2014. A morte aconteceu um dia depois da transferência de nove presos da penitenciária para o Presídio Federal de Segurança Máxima de Campo Grande (MS).

Na quinta-feira (16), dois tumultos foram registrados na CCPJ. Segundo a Sejap, os presos estão insatisfeitos com a presença da Polícia Militar no presídio. Após uma tentativa de motim, homens da PM e da Força Nacional, com acompanhamento da Corregedoria e Ouvidoria da Sejap, realizaram uma vistoria nas celas da unidade.

No ano passado, 59 presos foram mortos no Complexo de Pedrinhas – sete em menos de uma semana.

Veja a nota da Sejap na íntegra:
 “A Secretaria de Justiça e Administração Penitenciária (Sejap) informa que o detento Jô de Souza Nojosa foi encontrado morto, no início da manhã desta terça-feira (21), em cela do Centro de Custódia de Presos de Justiça (CCPJ) do Complexo de Pedrinhas, em São Luís.

De acordo com as primeiras informações, o preso morreu por enforcamento com uma ‘teresa’. Somente após a perícia vai será possível apontar as circunstâncias da morte. Mais informações serão repassadas após o fim do trabalho da equipe do Instituto de Criminalística (Icrim).”

Transferência
Nove presos da penitenciária de Pedrinhas foram transferidos na segunda-feira (20) para o presídio federal de Campo Grande. Segundo a polícia, os detentos transferidos são suspeitos de participação em ataques a delegacias e ônibus na capital maranhense no início do mês. Eles também fariam parte de grupos criminosos responsáveis por mortes dentro de Pedrinhas.

Violência
Uma onda de ataques a ônibus e delegacias em São Luís teve início na noite de 3 de janeiro. A ordem teria partido de uma facção criminosa instalada dentro do Complexo de Pedrinhas. Quatro ônibus foram incendiados, duas delegacias foram alvejadas e cinco pessoas ficaram feridas. Ao todo, 22 suspeitos foram detidos por envolvimento nos atentados; entre eles, seis menores.

Entre as vítimas, estava a menina Ana Clara Santos Sousa, de 6 anos, que teve 95% do corpo queimado e morreu no dia 6 de janeiro. A irmã dela, Lorrane Beatriz Santos, de 1 ano e 5 meses, teve 20% do corpo queimado e recebeu alta médica na quarta-feira (15). A mãe das duas meninas, Juliane Carvalho Santos, de 22 anos, teve 40% do corpo queimado.

O entregador de frangos Márcio Ronny da Cruz, de 37 anos, que teve 72% do corpo queimado tentando salvar as duas crianças, está internado no Hospital de Queimaduras de Goiânia (HQG). Além deles, a operadora de caixa Abiancy Silva, de 35 anos, teve 10% do corpo queimado no ataque.

Do JP

segunda-feira, 20 de janeiro de 2014

Tribunais de Contas da União e do MA preparam anúncio dos fichas sujas, veja


 
 Pleno do Tribunal Regional Eleitoral receberá a partir de julho, a lista dos impedidos de disputar as eleições estaduais no Maranhão.

Por volta de julho tanto o Tribunal de Contas da União como o Tribunal de Contas do Estado enviarão a lista de gestores com contas desaprovadas a Justiça Eleitoral. O problema é que ainda há dificuldade para identificar os “ficha sujas” uma vez que não existe uma lista com o nome de todos eles. Por isso, o papel de fiscalizar e fazer denúncias cabe não só ao Ministério Público, a imprensa e aos candidatos derrotados ou de oposição, mas a população que deve ficar atenta a indícios que tornam os candidatos inelegíveis.

2014, o ano da tão esperada Copa do Mundo no Brasil é também um ano fundamental para os rumos da nação nos próximos quatro anos. Mas do que dividir atenções com o maior evento futebolístico do planeta, a imprensa e a população brasileira precisam estar vigilantes ao perfil e ações dos candidatos que concorrerão aos cargos de presidente, senador, deputado federal e deputado estadual.

Se a grande maioria das atenções ficarem voltadas apenas para a escalação do time brasileiro e não para a seleção de candidatos que se fará nas urnas, muitos candidatos ficha-sujas poderão comemorar vitórias em cima do povo e permanecer nos mandatos com irregularidades despercebidas.

Se os técnicos escalam suas seleções e todos acompanham o retrospecto de bons e maus resultados dos atletas dentro e fora de campo, com os candidatos não deve ser diferente. Afinal de contas são 200 milhões que deverão mais do que nunca entrar em ação, como diz o famoso refrão ufanista da seleção canarinho.

Mas esta não é uma tarefa fácil, haja visto que não há uma lista que reúna o trabalho de todos os órgãos de controle social com todos os nomes de candidatos com problemas na justiça: “Não existe uma lista de ficha-suja já que a situação dos candidatos muda todo tempo. È inexeqüível fazer isso. Existem apenas as listas que são enviadas pelos tribunais de contas referente a gestores que tiveram suas contas desaprovadas”, explica o professor de Direito Eleitoral Flávio Braga.

Para ele a população precisa estar mais vigilante por que se ninguém fizer uma denúncia, o candidato segue na disputa tranqüilo e até permanece no mandato. 

Do Imparcial

domingo, 19 de janeiro de 2014

Católicos criticam Roseana e culpam desigualdade social por violência

Imagem de presos no MA

Os bispos do Maranhão divulgaram uma carta responsabilizando o modelo econômico-social construído como responsável pela violência no estado.

A carta apresenta um contra ponto à declaração da governadora Roseana Sarney (PMDB) que credita a escalada da violência ao aumento da riqueza do estado. “É verdade que a riqueza no Maranhão aumentou. Está, porém, acumulada em mãos de poucos, crescendo a desigualdade social. Os índices de desenvolvimento humano permanecem entre os mais baixos do Brasil. Não é este o Estado que Deus quer. Não é este o Estado que nós queremos”, afirma o documento, assinado por 13 bispos.

Os bispos do Maranhão culpam a desigualdade social e a falta de ações de Estado e Justiça pela recente onda de violência.

O tom crítico da carta ainda destaca que o Estado conseguiu erradicar a febre aftosa, mas não é capaz de eliminar doenças como hanseníase e tuberculose, sugerindo que a prioridade do governo não é tratar da saúde do povo.

CARTA DOS BISPOS DO MARANHÃO

Ao Povo de Deus e a todas as pessoas de boa vontade “Justiça e paz se abraçarão” (Sl 85,11).

Ainda estão vivas em nós a forte emoção e dor, provocadas pelos últimos acontecimentos no Estado do Maranhão – a morte violenta da Ana Clara, criança de seis anos que faleceu após ter seu corpo queimado nos ataques a ônibus; os cruéis assassinatos no Complexo Penitenciário de Pedrinhas; o clima de terror e medo vivido na cidade de São Luís.

A nossa sociedade está se tornando cada vez mais violenta. É nosso parecer que essa violência é resultado de um modelo econômico-social que está sendo construído.

A agressão está presente na expulsão do homem do campo; na concentração das terras nas mãos de poucos; nos despejos em bairros pobres e periferias de nossas cidades; nos altos índices de trabalhadores que vivem em situações de exploração extrema, no trabalho escravo; no extermínio dos jovens; na auto-destruição pelas drogas; na prostituição e exploração sexual; no desrespeito aos territórios de indígenas e quilombolas; no uso predatório da natureza.

Esta cultura da violência, aliada à morosidade da Justiça e à ausência de políticas públicas, resulta em cárceres cheios de jovens, em sua maioria negros e pobres. O nosso sistema prisional não reeduca estes jovens. Ao contrário, a penitenciária transformou-se em uma universidade do crime. Não nos devolve cidadãos recuperados, mas pessoas na sua maioria ainda mais frustradas que veem na vida do crime a única saída para o seu futuro.

Vivemos num Estado que erradicou a febre aftosa do gado, mas que não é capaz de eliminar doenças tão antigas como a hanseníase, a tuberculose e a leishmaniose.

É verdade que a riqueza no Maranhão aumentou. Está, porém, acumulada em mãos de poucos, crescendo a desigualdade social. Os índices de desenvolvimento humano permanecem entre os mais baixos do Brasil.

Não é este o Estado que Deus quer. Não é este o Estado que nós queremos! Como discípulos missionários de Jesus, estamos comprometidos, junto a todas as pessoas de boa vontade, na construção de uma sociedade fraterna e solidária, sem desigualdades, sem exclusão e sem violência, onde a “justiça e a paz se abraçarão” (Sl 85,11 ) .

A cultura do amor e paz, que tanto almejamos, é um dom de Deus, mas é também tarefa nossa. Nós, bispos do Maranhão, convocamos aos fieis católicos e a todas as pessoas que buscam um mundo melhor a realizarem um gesto concreto no próximo dia 2 de fevereiro, como expressão do nosso compromisso com a justiça e a paz. Neste dia – Festa da Apresentação do Senhor, Luz do mundo, e de Nossa Senhora das Candeias –, pedimos que se realize em todas as comunidades uma caminhada silenciosa à luz de velas, por ocasião da celebração. Às pessoas comprometidas com esta causa e às que não puderem participar da celebração sugerimos que acendam uma vela em frente à sua residência, como sinal do seu empenho em favor da paz.

Invocando a proteção de Nossa Senhora, Rainha da Paz, rogamos que o Espírito nos oriente no sentido de assumirmos nossa responsabilidade social e política para construirmos uma sociedade de irmãs e irmãos que convivam na igualdade, na fraternidade e na paz.

Centro de Formação de Mangabeiras-Pinheiro – MA, 15 de janeiro de 2014

Dom Armando Martin Gutierrez
Dom Carlo Ellena
Dom Élio Rama
Dom Enemésio Lazzaris
Dom Franco Cuter
Dom Gilberto Pastana de Oliveira
Dom José Belisário da Silva
Dom José Soares Filho
Dom José Valdeci Santos
Dom Sebastião Bandeira Coêlho
Dom Sebastião Lima Duarte
Dom Vilsom Basso
Dom Xavier Gilles de Maupeou d’Ableiges

Do Blog do Cutrim

sábado, 18 de janeiro de 2014

PF desvenda roubo de R$ 73 milhões na Caixa Econômica-MA e mais três outros estados

A Polícia Federal (PF) desencadeou na manhã deste sábado (18/1) operação contra a maior fraude da história da Caixa Econômica Federal (CEF). Chamada de Éskhara, a investigação foi desbaratada com o apoio do Ministério Público Federal (MPF) nos estados de Tocantins, Goiás, Maranhão e São Paulo.

A fraude consistiu na abertura de uma conta corrente em uma agência da Caixa no município de Tocantinópolis (TO,) em nome de uma pessoa fictícia, criada para receber um falso prêmio da Mega-Sena no valor aproximado de R$ 73 milhões. Em seguida, de acordo com a PF, o dinheiro creditado foi transferido para diversas contas.

Cinco mandados de prisão preventiva, 10 mandados de busca e apreensão e 1 mandado de condução coercitiva estão sendo cumpridos neste sábado. Segundo a PF, até agora, já foram recuperados aproximadamente 70% do dinheiro desviado. Sessenta e cinco policiais federais participaram da operação.

Os envolvidos responderão pelos crimes de peculato, receptação majorada, formação de quadrilha e lavagem de dinheiro, cujas penas somadas, caso sejam condenados, podem chegar a 29 anos de prisão. Há indícios da participação de um suplente de deputado federal do Maranhão no esquema. O nome não foi divulgado.

As investigações ainda estão em andamento e a PF trabalha com a possibilidade de existirem outros fraudadores. Novas prisões podem ser feitas.

Com Informações do Correio Braziliense

sexta-feira, 17 de janeiro de 2014

Detentos do presídio Pedrinhas no MA e policiais trocam tiros em novo motim

Um grupo de detentos da CCJ (Central de Custódia de Presos de Justiça) de Pedrinhas, em São Luis (MA), fez um novo motim por volta das 20h de quinta-feira (16) no mesmo bloco onde houve outro tumulto à tarde.

Seis presos de uma cela quebraram o cadeado e deram início ao motim, que foi controlado duas horas depois pela Força Nacional de Segurança e policiais da Força Tática.

Segundo a Sejap (Secretaria de Justiça e Administração Penitenciária), durante o motim os presos atiraram contra os policiais, que revidaram com balas de borracha. Não houve feridos.

Após a confusão ser controlada, os policiais fizeram uma vistoria geral e apreenderam armas artesanais, um revólver calibre 38 e ao menos nove cápsulas deflagradas.

À 0h30 desta sexta-feira, a polícia fazia a contagem dos presos no pátio do presídio.

Cadeia surperlotada

Marlene Bergamo/Folhapress
Presos mostram como dormem em cadeia do MA, que não faz parte do complexo de Pedrinhas.

PRIMEIRO MOTIM

O primeiro motim ocorreu na tarde de ontem no bloco A da CCPJ, a central de custódia de presos, uma das unidades onde os detentos iniciaram nesta semana uma greve de fome.

Segundo o governo maranhense, o tumulto foi controlado por homens da Polícia Militar e do Geop, grupo especial de operações que atua nos presídios.

Não houve reféns nem feridos, segundo informações de agentes penitenciários. Assim como o governo, eles não souberam informar o motivo para o início do tumulto, mas detentos estão em greve de fome, entre outras razões, para protestar contra a presença de PMs em Pedrinhas.

Pedrinhas está no epicentro de uma crise no governo Roseana Sarney (PMDB). Projetado para 1.770 homens, o complexo abriga 2.196. Desde o ano passado, 62 presos morreram na unidade, muitos de forma truculenta, decapitados. 

Da Folha

quinta-feira, 16 de janeiro de 2014

Jornal Nacional detona o Maranhão rico de Roseana em cadeia nacional, confira

Jornal Nacional desmascara (de novo) a filha do Sarney…

Roseana foi comprar lagosta e caviar com champanhe, disse que o Maranhão estava rico, deu nisso, a Rede Globo veio comprovar que riquezas são essas…

Valeu ouvir pela boca dos ‘sulistas’ aquilo que os jornais do Maranhão não disseram: houve aumento de riquezas mas, que, as riquezas não chegam ao povo em forma de melhorias. E agora Roseana, vossa excelência está convencida que é a filha de um oligarca?

A Rede Globo mostrou um morador de uma favela buscando água potável, mas só saiu água barrenta da torneira do desempregado Uéldo Santos, mas a melhor parte foram as favelas por trás do Palácio dos Leões… Quanta riqueza, Roseana Sarney…

Assista o Vídeo no linck abaixo.



Assista a repotagem clicando no linck: aqui. Direto da fonte.

Revista inglesa ‘The Economist’ sobre o MA diz, 'Bem-vindo à Idade Média’

Reportagem aborda crise do sistema penitenciário do MA

Reprodução
Em crise, o sistema penitenciário no Maranhão é chamado de “infernal, superpopuloso, violento e brutal” em reportagem publicada na edição desta semana da revista inglesa “The Economist”, divulgada nesta quinta-feira. Na reportagem, que compara as prisões brasileiras às da Idade Média, a publicação destaca que com mais presidiários entrando do que saindo dos presídios a cada ano, o país se afasta de uma solução, e investimentos no setor não acontecem na velocidade necessária.

Após descrever as imagens do vídeo que mostra presos decapitados no Complexo Penitenciário de Pedrinhas, no Maranhão, a reportagem destaca que o vídeo “fez muitos brasileiros acordarem para a situação infernal nas prisões do país”.

Segundo a reportagem, no papel, as prisões brasileiras são o paradigma da modernidade, mas “medievais” na prática, com exemplos de celas feitas para comportar 12 pessoas mas que abrigam até 62 detentos. “As gangues preencheram o vazio deixado pelo Estado. Em troca de lealdade e uma taxa de adesão, as gangues oferecem proteção, trazem insumos básicos, levam as famílias de ônibus para as visitas e até pagam advogados”, destaca a reportagem.

Ao contabilizar as mortes nas prisões, a “Economist” afirma que a “severa superpopulação é a raiz do problema”, com a população brasileira crescendo 30% nos últimos 20 anos enquanto as prisões apenas aumentaram em cinco vezes.

“Oficialmente, as prisões tem espaço para cerca de 300 mil pessoas. Há dinheiro do governo federal para ser gasto na construção de mais prisões, que são na maior parte estatais. Mas ele só pode ser liberado quando o projeto é aprovado por uma cidade. Elas relutam em receber as prisões, temendo que penitenciárias levem o crime quando os prisioneiros são soltos e também tiram recursos de outros serviços públicos”, explica a reportagem da revista inglesa.

Outro problema apontado pela “Economist” sobre o sistema penitenciário brasileiro é a entrada de pessoas que cometeram pequenos crimes nas cadeias, após mudanças nas leis, em 2006, que endureceram as penas para o tráfico de drogas e as abrandaram para casos configurados como posse para consumo pessoal. A reportagem ainda aponta gargalos que prejudicam essa situação, como falta de defensores públicos.

Do Blog do Cutrim

quarta-feira, 15 de janeiro de 2014

STF paga diárias de Barbosa na Europa, diz site do Internet Gratis, confira tudo


Ministro receberá 11 diárias, no valor total de R$ 14.142,60, para proferir duas palestras, em Paris e Londres.

O presidente do Supremo Tribunal Federal, Joaquim Barbosa, receberá 11 diárias, no valor total de R$ 14.142,60, durante suas férias, para proferir duas palestras - em Paris (França) e Londres (Inglaterra). Dados do tribunal mostram que Barbosa receberá diárias para viajar no período de 20 a 30 de janeiro.

Divulgação/STF 
 
Joaquim Barbosa 

A primeira palestra que Barbosa fará está marcada para o dia 24 em Paris, segundo a assessoria do Supremo. A segunda ocorre cinco dias depois, em Londres. Até esta terça-feira (14), os eventos não constavam da agenda oficial do presidente do Supremo. Não há, também, informações sobre onde ele está hoje sobre sua agenda para os demais dias.

O cronograma do evento francês, publicado no site da Agence Nationale de la Recherche - uma agência do governo francês dedicada à pesquisa científica -, indica que Barbosa fará uma palestra de 30 minutos sobre a influência da publicidade das sessões do Supremo, transmitidas ao vivo pela TV Justiça, na racionalidade das decisões do tribunal.

a segunda palestra, marcada para o dia 29 na Inglaterra, o presidente do Supremo falará sobre o funcionamento da Corte, em colóquio organizado pelo King’s College de Londres.

Oficialmente, Barbosa está em férias. Voltará ao Supremo apenas no início de fevereiro, para a abertura do ano do Judiciário. No final do ano passado, após a última sessão plenária do tribunal, o ministro disse em entrevista que tiraria 20 dias neste mês - do dia 10 ao dia 30.

Na ocasião, em entrevista gravada, ele disse que descansaria até o fim de janeiro. Perguntado sobre seu destino durante as férias, respondeu: "Você está querendo saber demais".

Entretanto, ele antecipou a saída e deixou pendente o mandado de prisão do deputado João Paulo Cunha (PT-SP), condenado por envolvimento no esquema do mensalão. De acordo com informações do tribunal, não houve tempo hábil para que ele assinasse o mandado antes de viajar.

João Paulo permanece em liberdade, à espera de uma decisão da Corte. Internamente, a decisão de seu presidente de viajar antes de anunciar uma decisão para o caso do petista provocou críticas entre colegas de tribunal.

Férias interrompidas
O STF informou que Barbosa interromperá as férias para proferir as duas palestras. A assessoria da Corte disse que o ministro se encontrará com autoridades dos dois países nos outros dias e retribuirá visitas que teria recebido no Brasil. A agenda desses encontros será divulgada "em breve".

De acordo com o STF, o pagamento de diárias em dias que antecedem o compromisso se justifica: "O presidente também visitará e retribuirá visitas a autoridades dos dois países. Em todos os encontros o presidente abordará temas ligados ao funcionamento das instituições brasileiras, especialmente o Supremo Tribunal Federal", disse a Corte.

Barbosa foi convidado para o colóquio na França pelo professor Dominique Rousseau, da Sorbonne, segundo o STF. O convite do King's College de Londres foi feito quando a universidade "tomou conhecimento da ida do presidente à França"

O tribunal informou que os eventos estavam previstos na agenda de Barbosa e que seriam divulgados em "momento oportuno". Ainda conforme o tribunal, as passagens aéreas serão pagas pelas instituições e um assessor da Corte deve acompanhar o presidente. A assessoria disse que a íntegra das palestras será divulgada.

Interinos
Com a saída do ministro para as férias, assumiu interinamente o comando do STF a ministra Cármen Lúcia. No início da próxima semana, ela deixa o posto e em seu lugar assume temporariamente o ministro Ricardo Lewandowski.

Tanto Carmen como Lewandowski deverão deixar a tarefa de assinar o mandado do deputado do PT para Barbosa.

A defesa de João Paulo entende que nenhum dos dois ministros teria poder para determinar a prisão imediata do parlamentar. Tal decisão caberia somente a Barbosa, que é o relator do processo. De fora do País, conforme integrantes do tribunal, Barbosa não poderia assinar a ordem de prisão.

Além dessa pendência, o presidente da Corte tem de decidir também se ordena a prisão do ex-deputado Roberto Jefferson (PTB), igualmente condenado por envolvimento no esquema do mensalão, mas que permanece em sua casa em Levi Gasparian, no interior do Estado do Rio de Janeiro, aguardando a decisão do relator sobre seu caso.

Barbosa programou sua volta ao tribunal para a abertura do ano judiciário, no dia 3 de fevereiro. No rol de processos pendentes estão, entre outros, os recursos de parte dos condenados no processo do mensalão, o julgamento dos planos econômicos e o pagamento de expurgos decorrentes da correção das cadernetas de poupança - além da questão da constitucionalidade do financiamento de campanhas eleitorais por empresas privadas.

Do IG