segunda-feira, 22 de maio de 2017

Perdida e sem rumo, Eliziane Gama agora pede diretas já

A deputada Eliziane Gama (PPS-MA) pediu no Twitter a renúncia de Michel Temer; “O ideal pro momento são Diretas Já. Qual moral um congresso com quase 300 parlamentares na lava jato tem pra eleger um novo presidente? Dilma e Temer são dois lados da mesma moeda, por isso foram eleitos juntos na mesma chapa, porque os dois têm a mesma prática”, disse; mas vale ressaltar que tanto o Ministério Público (MPDFT) quanto uma auditoria do Senado inocentaram Dilma Rousseff, deposta por um golpe, que levou o País ao caos.

A deputada Eliziane Gama (PPS-MA) pediu no Twitter a renúncia de Michel Temer.

“O ideal pro momento são Diretas Já. Qual moral um congresso com quase 300 parlamentares na lava jato tem pra eleger um novo presidente? Dilma e Temer são dois lados da mesma moeda, por isso foram eleitos juntos na mesma chapa, porque os dois têm a mesma prática. Renúncia já! Votamos pelo afastamento da Dilma como também votaremos pela saída do Temer”.

Apesar da declaração da senadora, vale ressaltar que tanto o Ministério Público (MPDFT) quanto uma auditoria do Senado inocentaram Dilma Rousseff.

O procurador da República Ivan Cláudio Marx, responsável pelo caso aberto no MP do Distrito Federal, pediu arquivamento do inquérito nesta quinta-feira 14, depois de ter pedido, na última sexta-feira, arquivamento de um caso semelhante relacionado ao BNDES.

Em sua decisão, Marx levantou suspeitas sobre "eventuais objetivos eleitorais" com as "pedaladas" e afirmou que o caso "talvez represente o passo final na infeliz transformação do denominado 'jeitinho brasileiro' em 'criatividade maquiavélica'" (veja aqui)

Em relação à perícia do Senado, o documento, assinado por três técnicos, observa que não houve ação de Dilma no atraso do repasse de R$ 3,5 bilhões do Tesouro ao Banco do Brasil para o Plano Safra, uma das acusações que constam no pedido de impeachment contra a presidente.

"Pela análise dos dados, dos documentos e das informações relativos ao Plano Safra, não foi identificado ato comissivo da Exma. Sra. Presidente da República que tenha contribuído direta ou imediatamente para que ocorressem os atrasos nos pagamentos", diz trecho do laudo (leia aqui)

Delação da JBS
De acordo com os donos da JBS, os empresários Joesley Batista e seu irmão Wesley, Michel Temer indicou o deputado Rodrigo Rocha Loures (PMDB-PR) para resolver um assunto da J&F (holding que controla a JBS).

Depois, o parlamentar foi filmado recebendo uma mala com R$ 500 mil enviados por Joesley. O empresário disse a Temer que estava dando ao ex-deputado federal Eduardo Cunha (PMDB-RJ) e ao operador Lúcio Funaro uma mesada na prisão para ficarem calados. Diante da informação, Temer incentivou: "Tem que manter isso, viu?". O teor das delações foi publicado pelo colunista Lauro Jardim, do Globo.

Após dizer nesta quarta-feira (17), que "jamais" solicitou pagamentos para obter o silêncio de Cunha, Temer afirmou, nesta quinta (18) que não vai renunciar.

“Sei o que fiz e sei da correção dos meus atos, e exijo investigação plena e muito rápida para os esclarecimentos ao povo brasileiro. Essa situação de dúvida não pode persistir por muito tempo”, disse Temer, em pronunciamento. "Não renunciarei. Repito não renunciarei", disse.

Através de sua assessoria, o deputado Rodrigo Rocha Loures informou que ele que vai "esclarecer os fatos divulgados" sobre a delação.

Vendas de cargos e corte de juros
Por meio de seu operador Rodrigo da Rocha Loures, deputado federal pelo PMDB-PR, Temer também deu à JBS o direito de nomear servidores em vários órgãos federais, em troca de propina, oferecendo cargos no Cade, na Comissão de Valores Mobiliários, na Receita Federal, no Banco Central e na Procuradoria da Fazenda Nacional, segundo informou Lauro Jardim (veja aqui).

Temer também antecipou a Joesley Batista uma informação privilegiada: a de que o o Comitê de Política Monetária (Copom), do Banco Central, cortaria a taxa de juros em 1 ponto porcentual, informa a Folha.

Aécio
O senador Aécio Neves, arquiteto do golpe junto com Eduardo Cunha, também foi gravado, pedindo R$ 2 milhões a Joesley para pagar advogados. O dinheiro entregue a um primo do presidente do PSDB. Segundo a PF, que filmou a cena, o dinheiro foi depositado numa empresa do senador Zeze Perrella (PSDB-MG).

O colunista Lauro Jardim também informou que, na conversa com Joesley Batista no Hotel Unique, em São Paulo, no dia 24 de março, Aécio lhe ofereceu a possibilidade de nomear um diretor da Vale. Foi naquela ocasião que Aécio pediu R$ 2 milhões para, supostamente, pagar advogados.

O tucano tratou a propina como venda de apartamento. "Foi proposta, em primeiro lugar, a venda ao executivo de um apartamento de propriedade da família. O delator propôs, entretanto, já atendendo aos interesses de sua delação, emprestar recursos lícitos provenientes de sua empresa, o que ocorreu sem qualquer contrapartida, sem qualquer ato que mesmo remotamente possa ser considerado ilegal ou mesmo que tenha qualquer relação com o setor público. Registre-se ainda que a intenção do senador sempre foi, quando da venda do apartamento, ressarcir o empresário", disse ele, em nota.

O procurador-geral da República, Rodrigo Janot, já pediu a prisão do senador, afastado do cargo pelo ministro-relator da Operação Lava Jato no Supremo Tribunal Federal, Edson Fachin, que negou a detenção do parlamentar.

A irmão do senador foi presa e já está no Complexo Penitenciário Feminino Estevão Pinto, em Belo Horizonte. A Polícia Federal ainda não divulgou as razões do pedido de prisão.

Segundo Lauro Jardim, Andrea intermediou um encontro entre Aécio e Joesley Batista no início deste ano, ocasião em que o tucano foi gravado solicitando os R$ 2 milhões.

Do 247 MA

Conhecendo por dentro o primo de Aécio Neves

Quem é o primo de Aécio Neves, o que ele fez no governo e como ele pode enterrar de vez a carreira do senador afastado?

Acabar com a “carreira” de Aécio Neves. Literalmente. É este o potencial de uma delação premiada de Frederico Pacheco de Medeiros, primo do senador afastado da presidência do PSDB que está preso em Minas Gerais.

Primeiro, um alerta. Leia tudo o que vem a seguir com uma ponta de sal. É comum que se anunciem “delações premiadas” na mídia apenas para atingir objetivos obscuros. A IstoÉ, por exemplo, já antecipou como seria uma delação de Antonio Palocci. Pode ser mentira, pode ser uma forma de extorsão, pode ser um alerta a aliados, pode ser um pedido de socorro…

O delator Otávio Marques de Azevedo, ex-presidente da Andrade Gutierrez, primeiro disse que havia doado por fora R$ 1 milhão à campanha Dilma-Temer, em 2014. Depois, quando Dilma demonstrou que o cheque havia sido destinado ao vice-presidente, Otávio mudou sua versão, livrando Temer de qualquer embaraço.

José Antonio Sobrinho, da Engevix, disse que havia entregue R$ 1 milhão ao coronel João Baptista Lima Filha, o coronel Lima, amigão de Temer, como forma de agradecimento pela obtenção de com contrato em Angra 3. Depois de sair da cadeia, em Curitiba, Sobrinho afirmou, sem esclarecer os detalhes, que não teria havido interesse das autoridades em sua delação premiada.

Ou seja, o mercado das delações premiadas parece — insistimos, parece — contaminado por interesses políticos. Ou, simplesmente, pela força do dinheiro. O ex-braço direito do Procurador Geral da República, Rodrigo Janot, de nome Marcelo Miller, simplesmente bandeou-se para a advocacia e participou do acordo de delação premiada do dono da JBS, Joesley Batista.

Deveria ser um escândalo alguém atuar nas duas pontas de uma investigação, mas estamos no Brasil…

Frederico Pacheco de Medeiros, o primo de Aécio, é uma pessoa importante.


FREDERICO PACHECO DE MEDEIROS
Pacheco foi preso na quinta-feira (18) em sua casa, no condomínio Morro do Chapéu, em Nova Lima, Região Metropolitana de Belo Horizonte.

Em seu currículo, desde 2003, acumula diversas passagens por cargos públicos. Em janeiro de 2003, Fred — como é conhecido — foi nomeado como secretário adjunto do governo mineiro de Aécio Neves.

Permaneceu no cargo até outubro de 2006.

A informação vem da gestão atual do Estado de Minas Gerais.

No período eleitoral de 2006, entre julho e setembro, ele trabalhou na campanha de reeleição de Aécio.

Em seguida, com a vitória do primo, em outubro daquele ano, reassumiu o cargo de secretário adjunto e lá ficou até junho de 2008.

No mês seguinte, virou secretário geral do governo de Minas Gerais e lá permaneceu até março de 2010, quando retornou ao seu cargo antigo, como secretário adjunto do governo mineiro.

Em 2011, quando Antonio Anastasia assumiu o governo com apoio de Aécio Neves, Fred foi nomeado diretor de Gestão Empresarial da Companhia Energética de Minas Gerais S.A. (Cemig).

Em 2014, Fred trabalhou como administrador financeiro da campanha de Aécio Neves à Presidência da República.

Fred deixou a Cemig em 2015.

Fonte graduada do Viomundo em Minas Gerais diz que Frederico foi o articulador da venda de 1/3 das ações da estatal Cemig — a Companhia Energética de Minas Gerais —  à empreiteira Andrade Gutierrez.

Conforme denúncia publicada, aqui, foi um negócio da China para a empreiteira:

Para viabilizar o negócio, a Cemig comprou, em 2009, a participação da Andrade Gutierrez na Light do Rio de Janeiro por R$ 785 milhões, pagos à vista.

A Andrade Gutierrez, por sua vez, deu R$ 500 milhões de entrada na compra de 33% das ações ordinárias da estatal mineira, ficando o restante do valor da compra, no total de R$ 1,6 bilhão, para pagamento em 10 anos com a emissão de debêntures a serem adquiridos pelo BNDES, a juros e taxas facilitadas.

Na prática, a Andrade Gutierrez fez um negócio da China. De 2010 a 2013, recebeu mais de R$ 1,7 bilhão em dividendos da Cemig.

O poder da empreiteira na estatal não se restringe à participação nesse item.

No acordo de acionistas a Andrade Gutierrez garantiu, por meio de artifícios embutidos no documento, o direito de indicar seu representante na Diretoria de Desenvolvimento de Negócios e Controle Empresarial das Controladas e Coligadas, que simplesmente é quem conduz os investimentos da Cemig, em especial as grandes construções.

Trocando em miúdos, a Andrade conduzia os investimentos da Cemig nas construções que ela, Andrade, era capacitada para fazer!

Pelas gravações divulgadas pela Operação Patmos, Frederico Pacheco de Medeiros foi um homem da mala relutante de Aécio Neves. Ele parecia pressentir que daria confusão.

Em conversa com Ricardo Saud, o homem da mala da JBS, Frederico disse:

“Outro dia estava pensando. Acordei à meia noite e meia, o que estou fazendo? O que tenho com isso? Eu não trabalho para o Aécio, eu não sou funcionário público, sou empresário. Trabalho para sobreviver. Eu tenho com o Aécio um compromisso de lealdade que o que precisar eu tenho de fazer. Eu falei, olha onde eu tô me metendo”,

As informações de que ele considera fazer uma delação premiada nos foram dadas por uma fonte de Minas Gerais que diz ter contato com integrantes do Judiciário local.

Esta fonte diz que uma mensagem do pai de Frederico foi divulgada na rede interna dos desembargadores da ativa do Tribunal de Justiça de Minas Gerais.

“Meu filho Frederico Pacheco de Medeiros está preso por causa de sua lealdade a você, seu primo. Ele tem um ótimo caráter, ao contrário de você, que acaba de demonstrar , não ter, usando uma expressão de seu avô Tancredo Neves, ‘um mínimo de cerimônia com os escrúpulos’. Vejo agora, Aécio, que você não faz jus à memória de seu saudoso pai, Aécio Cunha. Falta-lhe, Aécio, qualidade moral e intelectual para o exercício que disputou de Presidente da República.

Para o bem do Brasil, sua carreira política está encerrada.  Lauro Pacheco de Medeiros Filho, desembargador aposentado do Tribunal de Justiça de Minas Gerais”.

Segundo nossa fonte, Lauro foi indicado para o TJ por Tancredo Neves. Mas, Frederico não seria exatamente a pessoa idealizada pelo pai: “Cobrava, quando diretor da Cemig, até por audiencias com empresários”.

Do Vi o Mundo

Michel Temer mentiu na entrevista à Folha sobre encontro com Joesley dono da Friboi fora da agenda

Michel Temer, flagrado pela Polícia Federal cometendo vários crimes, também mentiu na entrevista publicada pela Folha nesta segunda-feira; ele disse que recebeu o empresário Joesley Batista no subsolo do Palácio do Jaburu, de fim da noite de 7 de março, porque imaginava que ele viesse falar sobre a Operação Carne Fraca – e não sobre as ações penais em que é réu; ocorre que a Carne Fraca só aconteceu dez dias depois do encontro entre Temer e Joesley, no dia 17 de março; cada vez mais isolado, Temer pode cair a qualquer momento, embora tenha dito que não irá renunciar; seus últimos aliados, como o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso, já falam em renúncia; quem descobriu a mentira de Temer foi o jornalista Eduardo Bresciani, do jornal O Globo.

 Michel Temer, flagrado pela Polícia Federal cometendo vários crimes, também mentiu na entrevista publicada pela Folha nesta segunda-feira (saiba mais aqui).

Ele disse que recebeu o empresário Joesley Batista no subsolo do Palácio do Jaburu, de fim da noite de 7 de março, porque imaginava que ele viesse falar sobre a Operação Carne Fraca – e não sobre as ações penais em que é réu.

Ocorre que a Carne Fraca só aconteceu dez dias depois do encontro entre Temer e Joesley, no dia 17 de março.

Cada vez mais isolado, Temer pode cair momento, embora tenha dito que não irá renunciar. Seus últimos aliados, como o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso, já falam em renúncia (leia aqui).

Quem descobriu a mentira de Temer foi o jornalista Eduardo Bresciani. Abaixo, sua reportagem:

presidente da República, Michel Temer, afirmou que o motivo para ter recebido o empresário Joesley Batista, da JBS, na calada da noite no Palácio do Jaburu no dia 7 de março foi a Operação Carne Fraca, mas tal investigação só foi deflagrada dez dias depois, no dia 17 de março. Em entrevista ao jornal “Folha de São Paulo”, o presidente justificou a operação que abalou o setor de carnes como motivo para o encontro.

- Mas veja bem. Ele é um grande empresário. Quanto tentou muitas vezes falar comigo, achei que fosse por questão da Carne Fraca. Eu disse: “Venha quando for possível, eu atendo todo mundo” – disse Temer na entrevista.

O encontro de Temer por Joesley ocorreu no dia 7 de março, como confirmado por ambos, e é possível ouvir no áudio pela programação da rádio CBN, que o empresário ouvia em seu carro quando entrou no Palácio do Jaburu.

A Operação Carne Fraca, porém, só foi deflagrada dez dias depois. O governo disse, na ocasião, ter sido pego de surpresa com a investigação, que mostrou fiscais agropecuários cobrando propina de empresas do setor e levantou dúvidas sobre a qualidade da carne brasileira. Um funcionário da JBS foi citado naquela Operação.

Temer afirmou ainda na entrevista não saber do fato de que Joesley era investigado. Dias antes do encontro, porém, teve amplo destaque no noticiário o fato de o Ministério Público ter pedido o bloqueio de bens do empresário em uma das investigações. Joesley já era alvo das Operações Sépsis, Greenfield e Cui Bono? quando foi recebido por Temer e lhe revelou qual a estratégia que vinha desenvolvendo para se livrar das investigações.

Do 247

domingo, 21 de maio de 2017

A ratalhada abandonam o barco e Planalto cancela jantar da base em apoio a Temer, é da natureza deles fugirem

Rejeitado por mais de 92% dos brasileiros, e também flagrado cometendo crimes em série, Michel Temer tentou organizar um jantar da base aliada neste domingo, mas o evento foi cancelado diante da baixa adesão de parlamentares; com o encontro, Temer pretendia demonstrar que ainda tem força para executar o programa econômico do golpe de 2016, mantendo, assim, o apoio das forças econômicas que o levaram ao poder.

No entanto, Temer já perdeu o apoio de partidos da base aliada, como PPS, PSB e PTN, e também da sociedade civil; a OAB, por exemplo, protocolará nos próximos dias seu pedido de impeachment; cada vez mais isolado, Temer poderá renunciar na próxima semana ou arrastar-se no cargo até ser cassado pelo Tribunal Superior Eleitoral, no início de junho.

Rejeitado por mais de 92% dos brasileiros, e também flagrado cometendo crimes em série, Michel Temer tentou organizar um jantar da base aliada neste domingo, mas o evento foi cancelado diante da baixa adesão de parlamentares.

Com o encontro, Temer pretendia demonstrar que ainda tem força para executar o programa econômico do golpe de 2016, mantendo, assim, o apoio das forças econômicas que o levaram ao poder.

No entanto, Temer já perdeu o apoio de partidos da base aliada, como PPS, PSB e PTN, e também da sociedade civil. A OAB, por exemplo, protocolará nos próximos dias seu pedido de impeachment.

Cada vez mais isolado, Temer poderá renunciar na próxima semana ou arrastar-se no cargo até ser cassado pelo Tribunal Superior Eleitoral, no início de junho.
Abaixo, um trecho da reportagem de Isabela Bonfim e Isadora Perón:

O Temer decidiu cancelar o jantar que estava programado para ser realizado no Palácio da Alvorada na noite deste domingo, 21, por causa do risco de baixa adesão de parlamentares da base. Pela manhã, o ministro da Secretaria de Governo, Antonio Imbassahy (PSDB-BA), encaminhou um convite, em nome de Temer, para um jantar com ministros e líderes dos partidos da base aliada no Senado e na Câmara numa tentativa de demonstrar apoio ao governo após o agravamento da crise política com a delação de executivos da JBS. 

Ao longo da tarde, líderes começaram a avisar que não haveria o evento. "O jantar foi cancelado. Muitos não conseguiram voo. Teremos uma reunião com quem estiver aqui", informou o líder do PMDB Baleia Rossi (SP). O Planalto deve fazer uma nova tentativa de reunir a base num jantar nesta segunda-feira, 22.

Do 247

Primo de Aécio preso por carregar malas deve delatá-lo

Aécio fala em matar o próprio primo que receberia o dinheiro sujo, antes de delação. Confira o vídeo aqui.

O tiro de misericórdia no senador afastado Aécio Neves será dado pelo seu primo Fred Pacheco, que foi preso depois de ser flagrado carregando malas de dinheiro para o presidente licenciado do PSDB nacional; familiares de Fred estão indignados com a postura de Aécio, que não assumiu a responsabilidade pelos crimes e também disse que o carregador de dinheiro deveria ser alguém que eles pudessem matar antes de se tornar delator; "Outro dia eu tava pensando, acordei à 0h30, o que eu tô fazendo? O que eu tenho com isso? Eu não trabalho para o Aécio, eu não sou funcionário público, eu sou empresário. (...) Trabalho pra caralho, Ricardo", disse Fred, no momento em que retirou uma mala com R$ 500 mil no escritório de Ricardo Saud, delator da JBS.

O tiro de misericórdia no senador afastado Aécio Neves será dado pelo seu primo Fred Pacheco, que foi preso depois de ser flagrado carregando malas de dinheiro para o presidente licenciado do PSDB nacional.

Familiares de Fred estão indignados com a postura de Aécio, que não assumiu a responsabilidade pelos crimes e também disse que o carregador de dinheiro deveria ser alguém que eles pudessem matar antes de se tornar delator.

“Tem que ser um que a gente mata ele antes de fazer delação. Vai ser o Fred com um cara seu. Vamos combinar o Fred com um cara seu porque ele sai de lá e vai no cara. E você vai me dar uma ajuda do caralho”, disse Aécio a Joesley Batista, um dos donos da JBS, num dos grampos interceptados pela Polícia Federal.

Filho de um respeitado desembargador aposentado de Minas Gerais, chamado Lucas Pacheco, Fred já foi orientado pelos familiares a delatar todos os esquemas de Aécio.

Quando esteve com Ricardo Saud, executivo da JBS que lhe entregou uma mala com R$ 500 mil, Fred se queixou do papel que desempenhava para o primo. "Outro dia eu tava pensando, acordei à 0h30, o que eu tô fazendo? O que eu tenho com isso? Eu não trabalho para o Aécio, eu não sou funcionário público, eu sou empresário. (...) Trabalho pra caralho, Ricardo", disse Fred. "Eu tenho com o Aécio um compromisso de lealdade que o que precisar eu tenho que fazer. Eu falei: 'Olha onde eu tô me metendo'."

Acima, trecho em que Aécio fala que o carregador deveria ser alguém que eles pudessem matar antes de se tornar delator.

Do 247

SP hoje o povo enfrentou chuva para retomar democracia

Assista o vídeo da grande manifestação de hoje pela retomada da Democracia e pelas eleições diretas já. Clique aqui.

Manifestantes foram neste domingo (21) à Avenida Paulista, no MASP, para pedir a saída de Michel Temer, acusado após várias denúncias de corrupção que deixam o seu governo cada vez mais insustentável; participantes da manifestação também pedem eleições diretas; a mobilização foi convocada pelas frentes Povo Sem Medo e Brasil Popular; o vereador Eduardo Suplicy (PT-SP) pediu a saída de Temer; "Ele deve renunciar e para pacificar esse maravilhoso povo brasileiro queremos eleições diretas já", disse.

No desespero, Temer prefere o enfrentamento, dizendo haver manipulações nas gravações da PF, ao invés de se defender; peemedebista sequer passou no detector de mentiras da Truster Brasil, tecnologia em análise de voz; PGR já confirmou tentativa de estancar a Operação Lava Jato e a OAB pediu seu impeachment; ruas são tomadas pela população em prol de eleições diretas para a retomada a democracia com um governo legítimo, eleito pelo povo.

Manifestantes foram neste domingo (21) à Avenida Paulista, no MASP, para pedir a saída de Michel Temer, acusado após várias denúncias de corrupção que deixam o seu governo cada vez mais insustentável. O protesto na capital teve início às 16h, e deve caminhar até o Escritório da Presidência da República, na mesma Avenida. Participantes da manifestação também pedem eleição direta para presidente da República.

A mobilização foi convocada pelas frentes Povo Sem Medo e Brasil Popular. O vereador Eduardo Suplicy (PT-SP) pediu a saída de Temer. "Ele deve renunciar e para pacificar esse maravilhoso povo brasileiro queremos eleições diretas já", disse o parlamentar.

Segundo pesquisa Ipsos, divulgada no mês passado, 92% dos brasileiros veem o País no rumo errado com Temer. Pesquisa feita por 247 com 5,7 mil internautas apontou que 98,5% dos brasileiros defendem eleições diretas para presidente. A OAB também já pediu o impeachment dele.

A situação do peemedebista ficou mais complicada após ser gravado dando aval para a compra do silêncio do ex-deputado federal Eduardo Cunha (PMDB-RJ), preso em Curitiba. Segundo o conteúdo do áudio, 0 empresário Joesley Batista, dono da JBS, disse a Temer que estava dando ao ex-deputado federal Eduardo Cunha (PMDB-RJ) e ao operador Lúcio Funaro uma mesada na prisão para ficarem calados. Diante da informação, Temer incentivou: "Tem que manter isso, viu?". O teor das delações foi publicado pelo colunista Lauro Jardim, do Globo. 

Os empresários Joesley Batista e seu irmão Wesley também afirmaram que Temer indicou o deputado Rodrigo Rocha Loures (PMDB-PR) para resolver um assunto da J&F (holding que controla a JBS). Depois, o parlamentar foi filmado recebendo uma mala com R$ 500 mil enviados por Joesley. 

Em nota, Temer disse que "jamais" solicitou pagamentos para obter o silêncio de Cunha e negou ter participado ou autorizado "qualquer movimento" para evitar delação do correligionário. 

Janot confirma ação contra a Lava Jato
O procurador-geral da República, Rodrigo Janot, afirma que Michel Temer e o senador afastado Aécio Neves (PSDB-MG) agiram "em articulação" para impedir o avanço da Lava Jato. "Verifica-se que Aécio Neves, em articulação, dentre outros, com o presidente Michel Temer, tem buscado impedir que as investigações da Lava Jato avancem, seja por meio de medidas legislativas, seja por meio de controle de indicação de delegados de polícia que conduzirão os inquéritos", afirma Janot.

Em seu pronunciamento, Temer disse que "o áudio reflete uma gravação amadora feita por Joesley. "Essa gravação clandestina foi manipulada e adulterada com objetivos nitidamente subterrâneos. Incluída no inquérito sem a devida e adequada averiguação, levou muitas pessoas ao engano induzido e trouxe grave crise ao Brasil. Por isso, no dia de hoje, estamos entrando com petição no Supremo Tribunal Federal para suspender o inquérito proposto até que seja verificada em definitivo a autentiticidade da gravação", acrescentou.

Em nota, a J&F, holding que controla a JBS, afirmou, em nota neste sábado, 20, que o empresário Joesley Batista entregou para a Procuradoria-Geral da República a íntegra da gravação de sua conversa com Michel Temer. De acordo com o texto, também foram entregues "os demais documentos que comprovam a veracidade de todo o material delatado". "Não há chance alguma de ter havido qualquer edição do material original, porque ele jamais foi exposto a qualquer tipo de intervenção", diz (veja aqui).

Apesar de as gravações da PF irem para uma perícia, Janot enviou neste sábado (20), ao Supremo Tribunal Federal manifestação defendendo a continuidade do inquérito contra Temer e outras autoridades com foro por prerrogativa de função. O procurador disse que não se opõe à perícia no áudio da conversa entre Temer e Joesley Batista, embora certo de que a gravação não contém qualquer mácula que comprometa a essência do diálogo.

Temer não passa no detector de mentiras
Um laudo técnico da Truster Brasil, tecnologia em análise de voz, conclui que Michel Temer não estava falando a verdade em seu pronunciamento neste sábado (20). "Temer parece ter conhecimento de que não existe manipulação no áudio divulgado", diz o laudo.

No documento estão classificados os níveis de comportamento do peemedebista de acordo com trechos da sua fala. Quando Temer fala que o conteúdo do áudio foi "manipulado", o laudo técnico classifica este momento do discurso como "imprecisão".

O peemedebista preferiu o discurso de enfrentamento ao invés de se defender e acusou Joesley Batista, dono da JBS, de cometer o "crime perfeito", expressão usada com "imprecisão", conforme o laudo técnico; Ao citar "gravação fraudulenta" e "manipulada", Temer estava "estressado" e com "tensão alta, respectivamente, apontou o documento (veja aqui).

Do 247

Rodrigo Janot deu uma rasteira em Gilmar Mendes

Se o João Roberto sabia, o Gilmar também podia saber

Janot assumiu o controle do processo político: decidiu derrubar o Temer e enjaular o Ministro Gilmar Mendes.

E tirou da ribalta o que se vestia de vestal, o Imparcial de Curitiba, que foi para festa da QuantoÉ cochichar no ouvido do gângster do Mineirinho.

Quem controla agora é o Janot.

Quem tem a chave da cadeia é o Janot.

Joesley está nas mãos do Janot.

Logo, o Temer, o Mineirinho e o Gilmar também.

O Janot disse que o Gilmar sofre de disenteria - verbal... - e o Gilmar engoliu seco.

É possível que o Gilmar já soubesse que o Joesley e o Janot iam ferrá-lo.

Porque o João Roberto Marinho sabia com antecedência - João Roberto é um dos filhos do Roberto Marinho - e, se um Marinho sabia, o Gilmar poderia saber...

Por isso o galho do Gilmar tenha ficado pra dentro.

Gilmar achou que tinha assumido o controle do Brasil, quando desmoralizou o Moro e passou a libertar todo mundo no STF.

Gilmar achou que ia tirar o gângster do Mineirinho da cadeia e toda a quadrilha de Furnas.

Aí apareceram o Joesley, o Janot e o Ministro Fachin.

A casa do Gilmar caiu.

O impeachment do Gilmar é uma questão de tempo.

(Ou será que tem mais coisa aí contra o Gilmar, além de obedecer ao Mineirinho e ligar para o Flexa e o Anastasia atrás de voto pra tirar o Mineirinho da cadeia? Tem mais, Janot? Vaza pro Conversa Afiada!)

E o Temer vai para a primeira instância.

Como tem diploma, fica na cela do Sergio Cabral.

Do Conversa Afiada

Sergio Moro pode ter cometido crime de “obstrução de justiça” ao proteger Temer de perguntas de Cunha

Moro trabalhou, incansavelmente, para proteger Michel Temer das perguntas incômodas de Eduardo Cunha. Ele não apenas censurou a maior parte das perguntas de Cunha, como ameaçou Cunha, em despacho, dizendo que o ex-deputado só iria piorar sua situação se continuasse querendo apontar o dedo para o presidente da república.

Os procuradores da Lava Jato ficaram todos quietinho também. Não vi ninguém reclamar da decisão de Sergio Moro.

Eu até entenderia se Moro fosse um juiz preocupado com a estabilidade política.

Evidentemente não é o caso.

Moro vazou ilegalmente conversas da presidente da república, Dilma Rousseff, com o ex-presidente Lula. Ou seja, não apenas quis desestabilizar o governo como não se preocupou em respeitar a lei.

Então a gente volta a perguntar: por que Moro protegeu Michel Temer?

Não seria isso um caso de “obstrução de justiça”, acusação que a Lava Jato gosta tanto de distribuir a torto e a direito?

Do Cafezinho

Sérgio Moro como Gilmar Mendes, também sumiu da mídia sem deixar vestígios. O que houve com o pretor?

Muita gente deve estar fazendo a mesma pergunta: Cadê Sérgio Moro? O juiz, herói nacional, orgulho do Brasil, sério candidato a “gênio da raça”, sumiu de repente. Até anteontem, todos os dias ele estava na mídia, às vezes em vídeos extraindo confissões com seu boticão judicial, ou em áudio, conduzindo depoimentos com mão de ferro, como o de Lula. 

Ademais, fazendo declarações através de notas. E também em conferências, em fóruns internacionais, dando palestras. Abruptamente, e isso já há quase 72 horas, Moro sumiu da mídia.  Seu silêncio é um daqueles que, como diria Marx, oprime o cérebro dos vivos. Zumbe como pernilongos num enxame de interrogações em torno da cabeça do brasileiro. Por que o herói se calou?

A resposta parece ser sua decisão no episódio das perguntas de Cunha. Sérgio Moro, como se sabe, barrou 21 das 41 perguntas que Cunha dirigiu a Temer.

Conforme se expressou mais tarde, ao se posicionar contrariamente à libertação de Eduardo Cunha, Moro viu chantagem nas perguntas formuladas pelo ex-deputado e ex-presidente da Câmara dos Deputados:

“Tais quesitos, absolutamente estranhos ao objeto da ação penal, tinham, em cognição sumária, por motivo óbvio constranger o Exmo. Sr. Presidente da República e provavelmente buscavam com isso provocar alguma espécie intervenção indevida da parte dele em favor do preso”, disse Moro.

“Isso sem olvidar outros quesitos de caráter intimidatório menos evidente”, acrescentou.

De fato. Não podemos olvidar. Mas, cá prá nós, quem pode ser intimidado, constrangido, chantageado ou pressionado por um malandro corrupto senão um outro tão malandro tão corrupto quanto ele? E parece que o Exmo. Sr. Presidente da República se enquadra na definição.

Na versão de Sérgio Moro, ficou parecendo que Eduardo Cunha era o vilão Gargamel e Michel Temer, o bom vovô Smurf. É uma versão atraente, um pouco infantil, é verdade, mas infelizmente totalmente desajustada aos fatos. Ouvindo as conversas e assistindo aos vídeos com as revelações sobre Temer, tudo faz crer que Cunha era um dentre os diversos operadores de Michel Temer.

Essa virada pela qual Temer foi desmascarado terá certamente efeitos graves para a credibilidade de Moro. Ficou parecendo que ele, ao exercer a censura sobre as perguntas de Cunha, garantiu uma imensa chance de impunidade para Temer.

Basta pensar o seguinte: e se não fossem as revelações da JBS qual seria a situação de Temer, do nosso Excelentíssimo Senhor Presidente, agora? Ele estaria com os seus milhões surrupiados, com o acordo de quase meio bilhão com  a JBS, e com muito mais coisas que não sabemos, que talvez nunca venham à tona. Estaria muito feliz e alegre, como estava até há alguns dias atrás, fazendo tiradas debochadas em seus pronunciamentos, como a de que sua política era a de “nenhum direito a menos”, ou de que “governo tem que ter marido”. Não fosse a JBS, a recusa de Moro em aceitar as perguntar de Cunha, teria blindado o Excelentíssimo Temer.

Mas Michel Temer blindado o que significaria? Nada mais nada menos que a condução do golpe até a consecução de seus objetivos finais: 1) destruição de todos os direitos dos trabalhadores no Brasil; 2) fim da previdência e das aposentadorias; 3) destruição da democracia e do estado de direito. É pouco?

Ah, e ainda tem o Aécio. O amigo com o qual Moro aparece às gargalhadas numa foto que ficou célebre. Sim, com Aécio, aquele que surge nos áudios negociando R$ 2 milhões em propina e dizendo que se delatassem mandava matar. Gargalhadas com Aécio e foto sorridente, em postura reverencial, com Temer. Já não é mais que suficiente?

Tudo isso talvez explique o silêncio de Sérgio Moro. Não foi só Temer que recebeu um golpe fatal com as revelações da JBS. É possível que outras sumidades sejam destronadas junto com ele.

Do Cafezinho

Como se explica o braço direito de Janot virar advogado JBS

A colunista Vera Magalhães, do Estadão, traz mais uma informação estarrecedora sobre as promiscuidades ocorridas na Procuradoria Geral da República.

Depois de ser revelado que Rodrigo,  irmão de um integrante da “Força Tarefa” da Lava Jato, Diogo Castor de Mattos, atua na delação premiada de João Santana, noticia-se que “o ex-procurador da República Marcelo Miller, um dos principais braços-direitos de Rodrigo Janot no Grupo de Trabalho da Lava Jato até março deste ano, passou a atuar neste ano no escritório que negocia com a Procuradoria Geral da República os termos da leniência do grupo JBS”.

Vera diz que ele era o maioral nas delações que incluiam gravações: “Miller esteve à frente de delações como a do ex-diretor da Transpetro Sergio Machado e do ex-senador Delcidio do Amaral.”

A saída de Miller da PGR foi anunciada no dia 6 de março na coluna de Ancelmo Goes, quando já estavam em curso as tratativas para a delação da JBS. Virou sócio do escritório em abril, segundo sua página no Linkedin. Diz a PGR que há uma cláusula em que ele não trabalharia nos acordos de leniência.

Então, tá.

Sem nenhuma acusação sem provas contra o procurador, é obvio que para largar uma carreira estável e bem remunerada – certamente acima de R$ 30 mil – com 19 anos de serviço público a oferta foi tentadora.

Tão tentadora que sua ex-excelência, como diria o coronel Jarbas Passarinho, mandou às favas os escrúpulos de consciência que pudesse ter, idem o cargo de procurador da República  e foi advogar para os açougueiros.

A carne é fraca. Até mesmo a carne do braço-direito do Janot.

Leia também:
Tirem a fumaça dos olhos. Globo prepara o “ippon”. Tem o comando e cartas na manga. Crime perfeito em curso. Haverá força para um contragolpe?

Por Ricardo Capelli, ex-presidente da UNE
Por que o jornalista Lauro Jardim teve o “privilégio” de dar “o furo do século”? Por que a Globo resolveu exigir a saída de Temer e colocar a família de Aécio no presídio no JN? Teria a família Marinho dado uma súbita guinada à esquerda? Seria Lauro Jardim o mais competente jornalista de todo hemisfério sul? Por que Meireles anunciou ontem ao mercado que, seja qual for o presidente, ele e sua equipe permanecerão? Quem lhe deu esta segurança? Por que foram feitas sonoras com alguns Ministros do STF defendendo a manutenção das atuais regras constitucionais (indiretas)?

 As revelações “exclusivas” da Globo são mais um capítulo da parceria de sucesso entre a emissora e setores da burocracia estatal de caráter antinacional que começou com o impeachment de Dilma e pode acabar instaurando uma “democracia de fachada” no país. São eles que estão no comando. O “furo”, ou o vazamento, como queiram, foi milimetricamente planejado no jogo em curso.

Temer e Aécio foram a “manga do kimono” dada de caso pensado. Querem utilizar a “força da suposta imparcialidade” para o grande golpe final. Após o enfrentamento Lula x Moro ficou evidente a fragilidade de um contrato em branco para decretar a prisão de alguém. A partir daí foi colocada em curso a estratégia final. Do lado do mercado foi ficando claro também a dificuldade de Temer aprovar as reformas. A saída foi a “Operação Patmos (Apocalipse)”.

Obviamente que aparecerá munição pesada contra os governos Lula e Dilma em seguida. As cartas estão com eles e serão usadas no momento certo. Afastado Temer e destruído o PSDB, ninguém se levantará contra uma prisão “parcial” de Lula e outros da esquerda. Está em curso o Apocalipse do sistema político brasileiro. Alguém lembra o que fazia Meireles até o ano passado?

Acertou quem respondeu que ele era um dos principais executivos do grupo….JBS, isto mesmo. Joesley está agora no seu apartamento de 45 milhões de dólares nos EUA, pelo acordo com “eles” não será preso nem usará tornozeleira eletrônica, é o segundo maior anunciante da……….Globo, e seu principal executivo (Meireles), garantido pelo Globo, continuará a comandar a economia do país sem os políticos com quem antes tinha que negociar. Existe crime perfeito só em filme? Parece que não. A sanha da Globo por uma queda rápida de Temer reside no medo de que, se arrastando, possa levantar a população por Diretas, o que bagunçaria toda sua estratégia.

Os jornais de hoje são categóricos. Folha e Estadão pedem prudência, equilíbrio e racionalidade, o Globo fuzila. As manifestações de ontem foram importantes, mas foram pão com mortadela. Nós com nós mesmos. Se não ampliarmos rapidamente, a Aliança do Coliseu, formada pela Globo e setores da burocracia estatal de caráter antinacional, nomeará o biônico pelo Congresso.

Parte da esquerda se ilude com uma saída mediada no congresso. Com Rodrigo Maia no alvo e munição de sobra para ele e para seus deputados, dificilmente não ficarão de cócoras para a Globo. Teremos um governo biônico com a política de joelhos, um arremedo de democracia. Conseguir colocar a população na rua parece o único caminho para tentar impor eleições Diretas, mas não será tarefa fácil. A população está anestesiada. Hora é de muita amplitude e mobilização. Haverá força para um contragolpe? Dias difíceis pela frente. Infelizmente, o jogo é bruto, e vai piorar.


Do Tijolaço/Comentários

A implosão do colegiado golpista do impeachment de Dilma, por Luís Nassif do GGN

Confira o vídeo na íntegra logo aqui abaixo:
Do GGN

J N se corrige e nega contas de Lula e Dilma no exterior

Depois de martelar anteontem, minutos a fio, que o delator Joesley Batista havia dito que havia contas de Lula e Dilma no exterior, somando US$ 150 milhões de dólares, o Jornal Nacional se “corrigiu” ontem em alguns segundos; apresentador William Waack reconheceu que não há conta dos ex-presidentes, mas apenas a alegação do dono da JBS de que teria mantido contas com finalidade de fazer frentes a gastos políticos; assista.

Depois de repetir indefinidamente por vários minutos, que o delator Joesley Batista havia dito que havia contas de Lula e Dilma no exterior, somando US$ 150 milhões de dólares, o Jornal Nacional se “corrigiu” ontem em alguns segundos.

O apresentador William Waack reconheceu que não há conta dos ex-presidentes, mas apenas a alegação do dono da JBS de que teria mantido contas com finalidade de fazer frentes a gastos políticos.

Depois de espalhada a mentira, é “moleza” dizer que “não era bem assim”.


Leia também a nota da defesa de Lula a seguir e veja o vídeo com o desmentido do Jornal Nacional.

Nota

Verifica-se nos próprios trechos vazados à imprensa que as afirmações de Joesley Batista em relação a Lula não decorrem de qualquer contato com o ex-Presidente, mas sim de supostos diálogos com terceiros, que sequer foram comprovados.

A verdade é que a vida de Lula e de seus familiares foi - ilegalmente - devassada pela  Operação Lava Jato. Todos os sigilos - bancário, fiscal e contábil - foram levantados e nenhum valor ilícito foi encontrado, evidenciando que Lula é inocente. Sua inocência também foi confirmada pelo depoimento de mais de uma centena de testemunhas já ouvidas - com o compromisso de dizer a verdade - que jamais confirmaram qualquer acusação contra o ex-Presidente.

A referência ao nome de Lula nesse cenário confirma denúncia já feita pela imprensa de que delações premiadas somente são aceitas pelo Ministério Público se fizerem referência - ainda que frivolamente - ao nome do ex-Presidente.


Cristiano Zanin Martins e Roberto Teixeira

Assista vídedo do minuto em que o desmentido é feito: AQUI.

Do 247 e outros

Até Chico Pinheiro questiona sumiço de Gilmar

"Por onde anda Gilmar Mendes, amigo de Temer e de Aécio? Não temos ouvido suas opiniões...", escreveu o jornalista Chico Pinheiro no Twitter; Portal Jurídico Jota informou que investigadores da Lava Jato avaliam pedir o impeachment de Gilmar, que também preside o TSE, após ele ser flagrado em uma ligação telefônica com o senador afastado Aécio Neves (PSDB-MG) articulando apoio no Senado para aprovar um projeto com o objetivo de frear as investigações - o projeto de atualização da Lei de Abuso de Autoridade.

Jornalista Chico Pinheiro questionado o sumiço do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Gilmar Mendes nos últimos dias. "Por onde anda Gilmar Mendes, amigo de Temer e de Aécio? Não temos ouvido suas opiniões...", escreveu o jornalista no Twitter.

Portal Jurídico Jota informou que investigadores da Lava Jato avaliam pedir o impeachment de Gilmar, que também preside o Tribunal Superior Eleitoral, depois que ele foi flagrado em uma ligação telefônica com o senador afastado Aécio Neves (PSDB) articulando apoio no Senado para aprovar um projeto de lei que teria objetivo de frear as investigações do esquema de corrupção da Petrobras – o projeto de atualização da Lei de Abuso de Autoridade.

Conforme a ligação do dia 26 de abril, interceptada pela Polícia Federal com autorização do ministro Edson Fachin, o tucano pediu a Gilmar que telefonasse para o senador Flexa Ribeiro (PSDB-PA) para que ele seguisse a orientação de voto proposta com Aécio no PLS 85/2017. Segundo o senador do PSDB-MG, a alternativa seria uma saída para não parecer que a “bancada foi toda contrariada” (leia mais aqui).

No mesmo dia, o plenário do Senado aprovou o substitutivo do senador Roberto Requião (PMDB-PR) que estabelece as novas penalidades para crimes de abuso de autoridade nos três poderes.

Também pelo Twitter, Chico Pinheiro criticou o pronunciamento de Temer neste sábado (20). "Temer começa seu discurso atacando e desqualificando o PGR Janot e o Min. STF Fachin. A quem interessa isso?", questionou o jornalista.

Vale ressaltar que, em documento enviado ao STF, o procurador-geral da República, Rodrigo Janot, confirmou que Temer e Aécio fizeram articulações para estancar a Operação Lava Jato. "Verifica-se que Aécio Neves, em articulação, dentre outros, com o presidente Michel Temer, tem buscado impedir que as investigações da Lava Jato avancem, seja por meio de medidas legislativas, seja por meio de controle de indicação de delegados de polícia que conduzirão os inquéritos", afirma Janot.

Acusações

Delação dos donos da JBS, os empresários Joesley Batista e seu irmão Wesley, apontou que Temer indicou o deputado Rodrigo Rocha Loures (PMDB-PR) para resolver um assunto da J&F (holding que controla a JBS). Depois, o parlamentar foi filmado recebendo uma mala com R$ 500 mil enviados por Joesley. O empresário disse a Temer que estava dando ao ex-deputado federal Eduardo Cunha (PMDB-RJ) e ao operador Lúcio Funaro uma mesada na prisão para ficarem calados. Diante da informação, Temer incentivou: "Tem que manter isso, viu?". O teor das delações foi publicado pelo colunista Lauro Jardim, do Globo.

Em nota, Temer disse que "jamais" solicitou pagamentos para obter o silêncio de Cunha e negou ter participado ou autorizado "qualquer movimento" para evitar delação do correligionário.

Em delação premiada, o diretor da JBS Ricardo Saud afirmou que Temer, durante a campanha à reeleição em 2014, embolsou R$ 1 milhão de R$ 15 milhões em propina que o PT havia mandado a empresa dar para o então vice-presidente. "Michel Temer fez uma coisa até muito deselegante. Nessa eleição, eu só vi dois caras roubar deles mesmos. Um foi o (Gilberto) Kassab, outro o Temer", disse Saud, em referência também ao ministro de Ciência, Tecnologia, Inovações e Comunicações de Temer, segundo o BuzzFeed Brasil.


O peemedebista será investigado por corrupção passiva, organização criminosa e tentativa de obstrução à Justiça.

Do 247