domingo, 26 de janeiro de 2014

Em meio à crise carcerária do MA dois detentos fogem do presídio de Pedreiras

Pedrinhas, o principal presídio do Maranhão, palco de uma série de crimes orripilantes

O sistema carcerário do Maranhão vive uma crise que se acentuou desde o segundo semestre do ano passado e para agravar mais ainda a situação, na tarde desta sexta-feira mais dois detentos fugiram do presídio de Pedreiras.

Dois presos fugiram da Unidade Prisional de Ressocialização (UPR) do município de Pedreiras, localizada a cerca de 270 quilômetros da capital, São Luís. De acordo com a Secretaria de Estado de Justiça e Administração Penitenciária (Sejap), a fuga ocorreu na tarde de sexta-feira (24).

Um dos presos, identificado como Miciel Roque dos Santos, foi recapturado logo em seguida. O outro, Manoel Gomes da Silva, o Ligeirinho, continua foragido. Os presos escalaram o muro da unidade para fugir, aproveitando uma falha na segurança.

A Sejap informou também que, durante vistoria, agentes penitenciários e monitores descobriram um túnel na cela 12 do Centro de Custódia de Presos de Justiça (CCPJ) de Imperatriz, a cerca de 750 quilômetros da capital, impedindo a fuga de detentos. Os presos que estavam na cela foram levados para outro espaço na mesma unidade.

No início da noite de quinta-feira (23), um princípio de motim foi registrado no Centro de Detenção Provisória (CDP) de Pedrinhas, em São Luís. O tumulto aconteu após revista feita pela Polícia Militar em algumas celas da unidade prisional. Na ocasião, os policiais encontraram cerca de 40 armas artesanais, além de aparelhos de televisão e reprodutores de CD. Em represália, os presos jogaram pedras nos policiais e queimaram dois colchões. A polícia interveio jogando bombas de efeito moral.

O sistema carcerário do Maranhão vive uma crise que se acentuou desde o segundo semestre do ano passado. Em outubro, a situação se agravou, com uma rebelião no Complexo de Pedrinhas, deixando nove mortos e 20 feridos. A crise fez com que o governo do estado decretasse situação de emergência. Em um ano, 64 detentos foram mortos nos presídios do estado. Quatro somente este ano.

Detentos de Pedrinhas também ordenaram ataques a ônibus e delegacias de São Luís no dia 3 de janeiro. Duas vítimas dos atentados continuam internadas em hospitais de referência para queimaduras.

A paciente internada no Hospital Regional da Asa Norte, em Brasília, Juliane Carvalho Santos, com saúde estável apresenta melhora clínica, segundo boletim médico divulgado pela Secretaria de Saúde do Distrito Federal. Ela teve 40% do corpo queimado e deve passar hoje por mais um desbridamento – procedimento cirúrgico para retirada de pele morta. O estado de saúde outro paciente, Márcio Ronny da Cruz, internado no Hospital de Queimaduras de Goiânia, é estável. Ele teve 72% do corpo queimado.

As pacientes Abyancy Silva Santos e Lorrane Beatriz, que foram tratadas em hospitais de São Luís, já receberam alta médica.

Amanhã (27), a Defensoria Pública começará a fase presencial do mutirão carcerário no Complexo Penitenciário de Pedrinhas. O objetivo é atender todos os 2.704 presos de Pedrinhas. Desses, 1.525 são presos provisórios, que ainda não passaram por julgamento. Os defensores querem identificar os que têm direito à liberdade por estarem presos provisoriamente há mais tempo que o permitido por lei, por já terem cumprido a pena ou que tenham direito à progressão de regime e à liberdade condicional. O atendimento presencial deve durar duas semanas.

Para a terça-feira (28) o Sindicato dos Servidores do Sistema Penitenciário do Maranhão (Sindspem) convocou ato público em São Luís, no qual vai pedir que o governo reveja a portaria da Secretaria de Justiça e Administração Penitenciária (Sejap), que limita a atuação dos agentes concursados à escolta prisional. A mobilização será de manhã e começará em frente à Sejap, de onde seguirá para a sede da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB/MA).

Do Imparcial

sábado, 25 de janeiro de 2014

Cariocas e paulistas protestam contra a Copa do Mundo em junho no Brasil

Imagens do protesto no Rio

Convocados através das redes sociais, milhares de manifestantes fizeram, no Rio e em São Paulo, protestos contra a realização da Copa do Mundo no Brasil. Intitulado "Não vai ter Copa", o protesto também foi convocado no Espírito Santo, Minas Gerais, Rio Grande do Sul, entre outros estados.

No Rio, o protesto acontece na orla de Copacabana. Centenas de manifestantes se reuniram em frente ao Hotel Copacabana Palace, na Avenida Atlântica, Zona Sul do Rio. A manifestação mobilizou cerca de 5 mil pessoas no Facebook.

Os manifestantes carregam cartazes com frases como "Copa pra quem?" e "Roubaram minha educação! Acabou o amor", e também gritam palavras de ordem contra o governador Sérgio Cabral. A polícia está no local mas, até o momento, não há registro de conflitos. Um grupo angariava assinaturas contra um projeto de lei que pretende proibir protestos durante o Mundial. 

Segundo o Centro de Operações da Prefeitura, a Avenida Atlântica está interditada na altura do Copacabana Palace, no sentido Ipanema. O desvio está sendo feito pela Rua Barata Ribeiro. A Avenida Princesa Isabel, na altura da Rua Barata Ribeiro, sentido Avenida Atlântica também está interditada.

Na página do Facebook, o evento descreve os principais objetivos do protesto, “o intuito dos protestos contra a Copa 2014 é lutar pelos interesses do povo e de qualquer pessoa que deseje um país mais justo e menos desigual. Instruir o povo, cada vez mais, a uma democracia de verdade, participativa, cujo mesmo também governa, e não onde é governado por supostos representantes.”

A passeata em São Paulo, que iniciou pacífica, acabou em conflito com a Polícia Militar por volta das 20h deste sábado. Convocados pelas redes sociais, centenas de manifestantes se reunir à tarde no vão livre do Museu de Arte de São Paulo (Masp) para protestar contra o evento esportivo no Brasil. Quando a marcha chegou próximo ao Theatro Municipal, uma parte desse grupo atacou a sede da Companhia de Engenharia de Tráfego (CET) e uma lanchonete do McDonald´s, na rua Barão de Itapetiniga.

As poucas lojas que estavam abertas na região acabaram fechando. A PM se postou em linha na frente do teatro e os manifestantes começaram a jogar pedras e outros objetos contra os policiais, que não revidaram. Alguns manifestantes colocaram fogo em um Fusca e também atacaram um carro da Guarda Civil Metropolitana, tentando virar o veículo. 

Na Rua Augusta, uma agência do Santander, uma concessionária da Fiat e um ônibus foram depredados. No local, há pouco policiamento.

Desde as 15h30, cerca de 600 pessoas se reuniam sob a bandeira de que "Não vai ter Copa". O policiamento está sendo reforçado na Avenida Paulista em preparação para o protesto. A marcha começou pouco antes das 18h. Por volta das 19h30, o grupo, que já tinha mais de 1,5 mil pessoas, chegou à prefeitura de São Paulo. 

A pista da Avenida Paulista no sentido da Rua da Consolação está interditada desde por volta das 17h. O trânsito em todas as quatro faixas foi interrompido para permitir a caminhada dos manifestantes. No sentido Paraíso, o tráfego segue liberado para os veículos. A entrada de estações de metrô na região continua aberta, porém com segurança reforçada.?

Por volta das 16h30, foi lido um manifesto para a Polícia Militar, que acompanha o protesto. No manifesto, os representantes afirmam que "o Brasil vai sediar a Copa do Mundo de 2014, mas essa não foi uma vitória para o desenvolvimento brasileiro, e sim uma derrota para os direitos da população". Eles relembraram os protestos da população no ano passado para destacar o que consideram uma insatisfação da população com os gastos do evento esportivo no País.

"O levante de junho de 2013 mostrou claramente o que os brasileiros já perceberam: os gastos milionários na construção de estádios não melhoram a vida da população, apenas retiram investimentos dos direitos sociais. Junho de 2013 foi só o começo, e os movimentos coletivos indignados que querem transformar a realidade afirmam, através dessas diversas lutas, que sem a consolidação dos direitos sociais (saúde, educação, moradia e transporte), não há possibilidade de o povo brasileiro admitir megaeventos como a Copa do Mundo e as Olimpíadas", garantiram os manifestantes.

Do JB

sexta-feira, 24 de janeiro de 2014

A Revista Forbes sobre Sarney diz, “Ele é a síntese do Brasil dos coronéis rurais”


 
 Zé Sarney

FORBES (Revista americana sobre economia)
Para a maioria dos jovens profissionais brasileiros recém saídos da faculdade, o emprego dos sonhos é trabalhar para o governo. Só no ano passado, cerca de 12 milhões de brasileiros foram contratados em 180.000 postos do setor público por meio de exames seletivos.

Na maioria dos casos, não é necessária nenhuma experiência anterior nas áreas específicas para as quais é solicitada a certificação, e o salário inicial pode ser de até US $ 5.000 por mês, não incluindo os benefícios, que são normalmente mais elevados do que o salário.

Um relatório de 2012 publicado no jornal O Globo, com base nos dados do Censo de 2010 do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) mostrou que os funcionários públicos em 88% dos cargos preenchidos pelo governo podem ganhar muito mais do que os trabalhadores do setor privado, para não mencionar que, por lei, trabalhadores do setor público não podem ser demitidos nem sofrem cortes no pagamento.

Essa concorrência feroz, resultou em um fenômeno que, em parte, explica o crescimento da educação privada no Brasil ao longo da década de 2000 -, há pelo menos 500 empresas no país que oferecem cursos de preparação para funcionário público, uma indústria, que cresce a uma taxa de 40% anualmente.

Trabalhar para o governo também é muito gratificante para aqueles que sabem como fazer conexões com as pessoas certas. Tomemos o caso de José Sarney, ex-presidente do Brasil, que começou sua carreira política na década de 1950, em seu estado natal, o Maranhão, que era, na época, e continua sendo até hoje, o estado mais pobre do país.

A ascensão de Sarney na política desde seus dias como um jovem congressista só foi ofuscada pelo incrível crescimento de sua riqueza. Sarney começou na política brasileira ao longo de cinco décadas atrás, como um membro do partido Arena, que se alinhou com a ditadura militar da época. Uma vez que o Brasil se tornou uma democracia, ele deixou a Arena para se juntar ao Partido da Frente Liberal, que ele ajudou a criar.

Seu grande momento veio quando ele concordou em concorrer à vice-presidente na chapa de Tancredo Neves, membro do PMDB, um dos partidos que se opunham ao governo militar. Neves foi eleito, mas não assumiu o cargo devido a uma doença que lhe tirou a vida alguns dias antes de sua posse, assim, Sarney tomou seu lugar, servindo como presidente de 1985 a 1990.

No início, ele era muito popular entre as massas, mas, em seguida, sua imagem ficou associada a hiperinflação do Brasil no final dos anos 1980 e início de 1990. Mais recentemente, Sarney também era o presidente do Senado do Brasil entre 2009 e 2013.

Ao longo dos anos, Sarney e sua família tornaram-se o clã político mais poderoso e onipresente do Maranhão, e ele é, sem dúvida, considerado como a síntese do Brasil dos coronéis rurais.

Em 1973, ele adquiriu um jornal chamado Jornal do Dia, que, mais tarde, foi rebatizado como O Estado do Maranhão. O jornal foi a semente de um império de mídia hoje conhecido como Sistema Mirante de Comunicação, que cresceu consideravelmente, enquanto Sarney estava como presidente do Brasil.

O sistema agora compreende as estações de rádio e uma rede de emissoras de televisão afiliadas à emissora do Brasil líder, Globo, cujo fundador, Roberto Marinho, foi um dos bilionários originais Forbes e amigo pessoal de Sarney.

Sistema Mirante de Comunicação é de propriedade dos filhos de Sarney: Roseana Sarney Murad, a atual governadora do Maranhão, o deputado José Sarney Filho e Fernando Sarney, que é engenheiro.

Além disso, os Sarneys também possuem declaradamente uma vasta carteira de imóveis e até mesmo terras no estado do Maranhão, com potencial de exploração de petróleo. A mídia brasileira estima seu patrimônio líquido em mais de $ 100 milhões.

E eles ainda faturam nos grandes dias de pagamento de serviço público. O próprio Sarney ganha R$ 26.000 por mês entre o seu salário como senador e duas pensões a partir de passagens anteriores como governador e um deputado em seu estado natal, o Maranhão, além de benefícios. A maioria de seus custos pessoais são cobertos pelo Estado.

Sua filha Roseana recentemente divulgou o lançamento de uma licitação para escolher um fornecedor de refeições para abastecer as casas oficiais durante o ano de 2014. A lista de alimentos a serem prestados inclui 80 quilos de lagosta fresca e 1,5 toneladas de camarão, que valem, pelo menos, US$ 400.000.

O pregão foi lançado na mesma época que acontecia a carnificina nas prisões do Maranhão que chamou a atenção do Escritório da ONU do Alto Comissariado para os Direitos Humanos, que para a governadora Roseana é resultado de um Maranhão “enriquecido ao longo dos últimos anos”.

O mesmo tipo de bonança ainda está para ser visto pela população do Maranhão. Segundo o Banco Mundial, o Maranhão é o estado mais pobre do Brasil, e a taxa de pobreza é de 52% da população. Ele tem uma renda média per capita de menos de US$ 2 por dia. Os Sarney têm governado o estado desde a década de 1960, apesar de ter sido ligado a vários escândalos políticos ao longo dos anos.

A fim de continuar no poder, eles não são tímidos de usar seu império de mídia, o que é particularmente útil no Maranhão, onde a maioria do eleitorado é analfabeto. O poder da família também se espalha para outros territórios. Em 2009, um tribunal brasileiro proibiu um dos principais jornais de São Paulo de relatar as acusações de nepotismo e corrupção contra Sarney.

Eles contam o ex-presidente Lula da Silva e sua sucessora, a atual presidente Dilma Rousseff, como aliados. Eles são, em essência, a imagem final do semi-feudalismo, e também o passado que os brasileiros estão tão ansiosos para deixar para trás. De alguma forma eles conseguiram sair ilesos, e seu poder e riqueza ainda não mostram quaisquer sinais de desaparecimento.

Não admira que muitos jovens queiram ser como eles.

Do blog do Garrone

Suspeitos de participação em ataques a ônibus no MA são libertados pela Justiça

Dupla era suspeita de ataque a ônibus que matou Ana Clara, de 6 anos. Delegado confirma que não há provas que incriminem os dois.
Sansão (à esq.), Larravardiere (centro) e Julian

 A juíza auxiliar da 1ª Vara Criminal de São José de Ribamar, Lewman de Moura Silva, determinou, na quinta-feira (23), a libertação de dois dos 22 suspeitos de participação no ataques a ônibus e delegacias ocorridos no dia 3 de janeiro, no Maranhão.

Sansão dos Santos Salles, de 19 anos, e Julian Jeferson Sousa da Silva, 21, foram soltos após a Justiça considerar que não existem provas que comprovem o envolvimento dos dois no ataque ao ônibus da Vila Sarney Filho, que resultou na morte de Ana Clara Santos Sousa, de 6 anos, e deixou outros quatro feridos.

O delegado-geral adjunto de Polícia Civil, Marcos Affonso, confirmou a ausência de provas que incriminem os dois.

"Esses dois rapazes, eu não estou dizendo que são santos ou não, eu não estou dizendo que eles não tenham ligação com as pessoas que estavam envolvidas no caso, não é isso. Foi feito esse trabalho em conjunto com o Ministério Público e foi demonstrado isso. Tanto a polícia como o Ministério Público chegaram a essa decisão, de que não tinham elementos de provas convincentes contra esses dois rapazes", disse o delegado, em entrevista.

Sansão e Julian estavam no grupo de seis suspeitos detidos no dia 6 de janeiro, na Vila Sarney Filho. Com eles, foram presos Larravardiere Silva Rodrigues de Sousa Júnior, 31, um dos sete denunciados pelo Ministério Público pela morte de Ana Clara; e mais três menores de 15, 16 e 17 anos.

Segundo o delegado, uma investigação conjunta entre a polícia e o Ministério Público chegou à conclusão que inocenta a dupla.

"De imediato, quando foi feita a prisão de todos eles, existiam indícios de que eles poderiam ter participado dessa situação. Porém, como nós temos que trabalhar com a verdade, nós fomos nos aprofundando nesse trabalho. Houve indício até porque eles têm ligação com o rapazes. Pode ser que ajam juntos em outros casos, mas, nesse caso específico, com o aprofundamento das investigações em conjunto com o Ministério Público, nós chegamos à conclusão de que contra esses dois, não tinha elementos e provas", explicou Affonso. "O clamor é muito grande, mas nós temos que ter cautela e não seria justo e ético manter essas pessoas presas por uma coisa de que nós não temos provas de que participaram", acrescentou.

O G1 entrou em contato com a assessoria do Fórum de Justiça do Maranhão para ter acesso à decisão e fundamentação utilizada pela juíza auxiliar da 1ª Vara Criminal de São José de Ribamar, Leuman de Moura Silva. A assessoria ficou de enviar nota com esclarecimento sobre assunto, mas, até a publicação desta reportagem, não hou ve retorno.

Violência
Uma onda de ataques a ônibus e delegacias aconteceu na noite de 3 de janeiro, em São Luís. A ordem partiu de dentro do Complexo Penitenciário de Pedrinhas. Quatro ônibus foram incendiados, duas delegacias foram alvejadas e cinco pessoas ficaram feridas. Ao todo, 22 suspeitos foram detidos por envolvimento nos atentados; entre eles, seis menores.

Entre as vítimas, estava a menina Ana Clara Santos Sousa, de 6 anos, que teve 95% do corpo queimado e morreu no dia 6 de janeiro . A irmã dela, Lorrane Beatriz Santos, de 1 ano e 5 meses, que teve 20% do corpo queimado, recebeu alta do Hospital Infantil Juvêncio Matos, em São Luís, na quarta-feira (15).

A mãe das duas meninas, Juliane Carvalho Santos, de 22 anos, que teve 40% do corpo queimado no ataque, foi transferida para o Hospital Regional da Asa Norte (HRAN), em Brasília. Ela passou por uma cirurgia no dia 10 de janeiro. Segundo boletim médico divulgado pela Secretaria de Saúde do Distrito Federal, o quadro da paciente é considerado grave, mas ela respira sem a ajuda de aparelhos.

O entregador de frangos Márcio Ronny da Cruz, de 37 anos, que teve 72% do corpo queimado tentando salvar as crianças, foi transferido do Hospital de Queimaduras de Goiânia. Ele está em estado grave e respira com a ajuda de aparelhos.

A operadora de caixa Abiancy Silva dos Santos, de 35 anos, que teve 10% do corpo queimado no ataque, recebeu alta do Hospital Geral Tarquínio Lopes, em São Luís, na manhã de domingo (19) . Ela se recupera de ferimentos no abdômen e no braço direito.

Do G1

quarta-feira, 22 de janeiro de 2014

Em São Luís estudantes pedem nesta quarta o impeachment de Roseana


 

Um grupo de estudantes da região metropolitana de São Luís realiza, na tarde desta quarta-feira (22), uma manifestação pelo impeachment da governadora Roseana Sarney (PMDB). O ato está marcado para às 16h, em frente à Assembleia Legislativa do Maranhão, na avenida Jerônimo de Albuquerque (Cohafuma).

Eles querem pressionar a Assembleia Legislativa que, na pessoa do seu presidente Arnaldo Melo, arquivou o pedido de impeachment da governadora formulado por advogados do movimento de direitos humanos.

“Mais uma demonstração de que a política desse Estado atende unicamente aos interesses particulares de uma oligarquia que nos assola há meio século”, afirmam os organizadores da manifestação.

Nesta terça-feira, o presidente em exercício da Assembleia Legislativa do Maranhão, o deputado estadual Max Barros (PMDB) indeferiu o recurso protocolado por deputados de oposição que recorreram contra a decisão monocrática do presidente Arnaldo Melo, que arquivou o pedido protocolado pelo Coletivo de Advogados em Direitos Humanos (Cadhu) de impeachment da governadora Roseana, por crime de responsabilidade.

Clique AQUI para acompanhar a página do movimento no facebook.

Do blog do Cutrim

Em Anapurus/MA bandidos assaltam posto de gasolina e matam o frentista


 
Frentista
Dois bandidos em uma moto assaltaram no fim da tarde desta terça-feira (21) um posto de gasolina localizado no município de Anapaurus. 

Segundo informações, os bandidos renderam o frentista identificado como Jardiel de Sousa Mendes e pediram todo o dinheiro, logo em depois quando os bandidos estavam saindo na moto, o frentista se moveu rapidamente, mas os bandidos perceberam  a ação e desconfiaram e logo deram cerca de três tiros matando a vítima na hora.

Do JP

terça-feira, 21 de janeiro de 2014

Mais um preso é encontrado morto em Pedrinhas é o terceiro de 2014, confira

Um detento foi encontrado morto na Central de Custódia de Presos de Justiça (CCPJ) do Complexo Penitenciário de Pedrinhas, em São Luís, na manhã desta terça-feira (21), segundo a assessoria da Secretaria de Estado da Justiça e Administração Penitenciária (Sejap). A secretaria informou, por meio de nota, que o preso foi achado enforcado.

Complexo Penitenciário de Pedrinhas

Esse é o terceiro detento encontrado morto em Pedrinhas em 2014. A morte aconteceu um dia depois da transferência de nove presos da penitenciária para o Presídio Federal de Segurança Máxima de Campo Grande (MS).

Na quinta-feira (16), dois tumultos foram registrados na CCPJ. Segundo a Sejap, os presos estão insatisfeitos com a presença da Polícia Militar no presídio. Após uma tentativa de motim, homens da PM e da Força Nacional, com acompanhamento da Corregedoria e Ouvidoria da Sejap, realizaram uma vistoria nas celas da unidade.

No ano passado, 59 presos foram mortos no Complexo de Pedrinhas – sete em menos de uma semana.

Veja a nota da Sejap na íntegra:
 “A Secretaria de Justiça e Administração Penitenciária (Sejap) informa que o detento Jô de Souza Nojosa foi encontrado morto, no início da manhã desta terça-feira (21), em cela do Centro de Custódia de Presos de Justiça (CCPJ) do Complexo de Pedrinhas, em São Luís.

De acordo com as primeiras informações, o preso morreu por enforcamento com uma ‘teresa’. Somente após a perícia vai será possível apontar as circunstâncias da morte. Mais informações serão repassadas após o fim do trabalho da equipe do Instituto de Criminalística (Icrim).”

Transferência
Nove presos da penitenciária de Pedrinhas foram transferidos na segunda-feira (20) para o presídio federal de Campo Grande. Segundo a polícia, os detentos transferidos são suspeitos de participação em ataques a delegacias e ônibus na capital maranhense no início do mês. Eles também fariam parte de grupos criminosos responsáveis por mortes dentro de Pedrinhas.

Violência
Uma onda de ataques a ônibus e delegacias em São Luís teve início na noite de 3 de janeiro. A ordem teria partido de uma facção criminosa instalada dentro do Complexo de Pedrinhas. Quatro ônibus foram incendiados, duas delegacias foram alvejadas e cinco pessoas ficaram feridas. Ao todo, 22 suspeitos foram detidos por envolvimento nos atentados; entre eles, seis menores.

Entre as vítimas, estava a menina Ana Clara Santos Sousa, de 6 anos, que teve 95% do corpo queimado e morreu no dia 6 de janeiro. A irmã dela, Lorrane Beatriz Santos, de 1 ano e 5 meses, teve 20% do corpo queimado e recebeu alta médica na quarta-feira (15). A mãe das duas meninas, Juliane Carvalho Santos, de 22 anos, teve 40% do corpo queimado.

O entregador de frangos Márcio Ronny da Cruz, de 37 anos, que teve 72% do corpo queimado tentando salvar as duas crianças, está internado no Hospital de Queimaduras de Goiânia (HQG). Além deles, a operadora de caixa Abiancy Silva, de 35 anos, teve 10% do corpo queimado no ataque.

Do JP

segunda-feira, 20 de janeiro de 2014

Tribunais de Contas da União e do MA preparam anúncio dos fichas sujas, veja


 
 Pleno do Tribunal Regional Eleitoral receberá a partir de julho, a lista dos impedidos de disputar as eleições estaduais no Maranhão.

Por volta de julho tanto o Tribunal de Contas da União como o Tribunal de Contas do Estado enviarão a lista de gestores com contas desaprovadas a Justiça Eleitoral. O problema é que ainda há dificuldade para identificar os “ficha sujas” uma vez que não existe uma lista com o nome de todos eles. Por isso, o papel de fiscalizar e fazer denúncias cabe não só ao Ministério Público, a imprensa e aos candidatos derrotados ou de oposição, mas a população que deve ficar atenta a indícios que tornam os candidatos inelegíveis.

2014, o ano da tão esperada Copa do Mundo no Brasil é também um ano fundamental para os rumos da nação nos próximos quatro anos. Mas do que dividir atenções com o maior evento futebolístico do planeta, a imprensa e a população brasileira precisam estar vigilantes ao perfil e ações dos candidatos que concorrerão aos cargos de presidente, senador, deputado federal e deputado estadual.

Se a grande maioria das atenções ficarem voltadas apenas para a escalação do time brasileiro e não para a seleção de candidatos que se fará nas urnas, muitos candidatos ficha-sujas poderão comemorar vitórias em cima do povo e permanecer nos mandatos com irregularidades despercebidas.

Se os técnicos escalam suas seleções e todos acompanham o retrospecto de bons e maus resultados dos atletas dentro e fora de campo, com os candidatos não deve ser diferente. Afinal de contas são 200 milhões que deverão mais do que nunca entrar em ação, como diz o famoso refrão ufanista da seleção canarinho.

Mas esta não é uma tarefa fácil, haja visto que não há uma lista que reúna o trabalho de todos os órgãos de controle social com todos os nomes de candidatos com problemas na justiça: “Não existe uma lista de ficha-suja já que a situação dos candidatos muda todo tempo. È inexeqüível fazer isso. Existem apenas as listas que são enviadas pelos tribunais de contas referente a gestores que tiveram suas contas desaprovadas”, explica o professor de Direito Eleitoral Flávio Braga.

Para ele a população precisa estar mais vigilante por que se ninguém fizer uma denúncia, o candidato segue na disputa tranqüilo e até permanece no mandato. 

Do Imparcial